Category: TikTok

TikTok: Senado dos EUA aprova lei que pode banir rede social no país

TikTok: Senado dos EUA aprova lei que pode banir rede social no país

TikTok é acusado de espionagem (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Senado dos Estados Unidos aprovou uma lei que inclui um dispositivo que obriga a ByteDance a vender a operação americana do TikTok em até um ano. O texto ainda precisa de sanção do presidente Joe Biden, que já comunicou que vai assinar o projeto.

Após a sanção presidencial, a ByteDance terá nove meses para vender o braço americano da rede social. O presidente poderá esticar o prazo por mais três meses, caso haja progresso na direção de um acordo de venda. Se a empresa não fechar nenhum negócio, o aplicativo poderá ser impedido de operar nos EUA.

Joe Biden já confirmou que vai sancionar a lei (Imagem: Prachatai/Flickr)

A ByteDance já anunciou que vai recorrer à Justiça dos EUA assim que a lei for sancionada por Biden. A companhia acredita que a medida fere a Primeira Emenda à Constituição dos EUA, que garante a liberdade de expressão. Isso pode suspender a validade da lei, dando a empresa mais algum tempo para operar no país sem precisar se desfazer do TikTok.

O site Axios especula outra possibilidade: esperar as eleições de novembro, quando Biden e Donald Trump concorrerão ao cargo de presidente. Em seu mandato, Trump tentou banir o TikTok, sem sucesso. Recentemente, ele acusou Biden de tentar beneficiar o Facebook com a medida.

Projeto de lei é o segundo a tentar banir TikTok

O projeto de lei aprovado vai além e inclui tópicos de segurança e relações internacionais, como ajuda militar para Israel, Ucrânia e Taiwan e ajuda humanitária para Ucrânia, Gaza, Sudão e Haiti.

A obrigação de vender o TikTok faz parte das medidas para prevenir países adversários de espionar usuários americanos. Os EUA acusam o governo chinês de usar o aplicativo de vídeos curtos para monitorar indivíduos em países estrangeiros.

Este é o segundo projeto de lei que tenta forçar a venda do TikTok nos EUA. O primeiro era mais restrito e dizia respeito apenas aos produtos de países adversários, o que incluía a rede, mas deixava de fora as questões envolvendo Ucrânia, Israel e outros países. Ele enfrentou resistência no Senado. O segundo texto, com os pacotes de ajuda externa, foi aprovado com 79 votos a favor e 18 contrários.

Com informações: The Verge, CNN, Axios
TikTok: Senado dos EUA aprova lei que pode banir rede social no país

TikTok: Senado dos EUA aprova lei que pode banir rede social no país
Fonte: Tecnoblog

TikTok já testa influencers feitos com IA (mas não deu certo)

TikTok já testa influencers feitos com IA (mas não deu certo)

TikTok pode ter planos de lançar IAs influenciadoras para alavancar vendas na plataforma (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O TikTok está desenvolvendo uma ferramenta para que empresas criem influencers com IA. O objetivo deste recurso é que essas companhias utilizem avatares virtuais para os seus anúncios, tipo uma Magalu, Nat e Sam. Porém, esses influencers de IA seriam feitos para anúncios específicos, não como mascote de uma marca.

De acordo com o The Information, veículo que revelou o caso, o TikTok já testou os influencers de IA na plataforma. No entanto, o resultado não agradou: o número de vendas originárias dos anúncios com avatares foi menor do que aquelas que utilizaram pessoas reais nos vídeos. Isso significa que o TikTok vai abandar a ferramenta? Nada disso.

TikTok seguirá desenvolvendo ferramenta de IA influencer

Segundo o jornal, mesmo com o resultado ruim, o TikTok seguirá apostando na ferramenta de criar influencer com IA generativa. A rede social acredita que, no futuro, a combinação entre criadores de conteúdos humanos e esses avatares pode se mostrar eficaz nos anúncios.

TikTok especula que influencers feitos por IA serão aliados dos criadores de conteúdo para a conversão de vendas (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O The Information revela que o TikTok está conversando com as empresas sobre o uso dessa ferramenta. Contudo, resta saber se a rede social está sendo transparente com seus influencers reais. Afinal, se um anunciante usa um avatar feito por IA na propaganda, é porque deixou de contratar algum influencer para o vídeo.

Assim, um criador está perdendo dinheiro enquanto o TikTok se ganhando. Nos Estados Unidos, uma parte dos usuários e influencers da rede social está defendendo que o app não seja banido no país. Prejudicar os criadores com IA seria uma facada nas costas de quem saiu em sua defesa nos EUA.

Outro ponto importante do tema será a recepção do público a ver um avatar feito com IA fazendo propaganda. Ainda que a Magazine Luiza utilize a Magalu e a Natura a Nat, ambas ainda usam humanos em suas propagadas.

Pegando por exemplo os criadores que fizeram propaganda do jogo do tigrinho, estes ainda podem ser responsabilizados pelos anúncios que fazem. Talvez não civilmente, mas a reação do público com propagandas enganosas levou influencers a se posicionarem e romper contratos com marcas. Ainda há uma figura real para o público se indignar. Agora, um avatar feita por IA não teria medo de perder público caso fizesse propaganda para golpes ou apps caça-níqueis.

Empresas ouvidas pelo The Information comentaram que não há previsão de quando esse recurso será lançado. Visto que o TikTok realizou apenas testes iniciais, é possível que demore ainda um bom tempo — e sempre existe a possibilidade de cancelar a ideia sem lançá-la.

Com informações: The Information, PhoneArena, ITHome e Gizmochina
TikTok já testa influencers feitos com IA (mas não deu certo)

TikTok já testa influencers feitos com IA (mas não deu certo)
Fonte: Tecnoblog

TikTok Notes, rival do Instagram, está próximo do lançamento

TikTok Notes, rival do Instagram, está próximo do lançamento

TikTok Notes será o app de foto da ByteDance para rivalizar com a Meta (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A ByteDance, dona do TikTok, está próxima de lançar o TikTok Notes, rede social para fotos. Nesta terça-feira (9), o aplicativo teve seu site oficial divulgado, mas a página foi rapidamente excluída pela ByteDance. Usuários do TikTok também receberam um comunicado sobre o lançamento da nova plataforma, que visa rivalizar com o Instagram.

O site do TikTok Notes foi salvo no Wayback Machine, permitindo que as pessoas vejam o que existe na primeira versão página. A principal revelação do site é o suposto ícone da rede social, que difere do que foi encontrado em março, quando uma busca nos códigos do TikTok mostrou um logo que usava as cores antigas do app de vídeo — e o nome TikTok Photos.

Possível novo ícone do TikTok Notes, ex-TikTok Photos, no site oficial do app (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

TikTok Notes integrado com TikTok tradicional

Em uma notificação enviada para alguns usuários do TikTok (cuja imagem foi publicada no Reddit), o texto informa que os usuários poderão compartilhar automaticamente no TikTok Notes as publicações que contém apenas fotos. A rede social chinesa conta com a opção de publicar um carrossel de imagens desde outubro de 2022.

O texto confirma que a integração entre fotos publicadas no TikTok e no TikTok Notes será padrão. O usuário, ao receber essa notificação, poderá optar por desligar o compartilhamento automático de fotos entre as duas plataformas. Essa funcionalidade lembra o Instagram e sua opção de publicar as imagens também no Facebook.

Página do TikTok Notes mostra possível layout das publicações (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Em resposta ao TechCrunch, o primeiro veículo a encontrar a página do TikTok Notes, a ByteDance disse que está explorando meios de empoderar a comunidade a criar e compartilhar fotos e textos em um lugar dedicado. O “Notes” do nome (Notas, em inglês) já sugere que o texto será parte importante das imagens — assim como as legendas em algumas publicações do Instagram.

Com informações: The Verge e TechCrunch
TikTok Notes, rival do Instagram, está próximo do lançamento

TikTok Notes, rival do Instagram, está próximo do lançamento
Fonte: Tecnoblog

A cultura da distração

A cultura da distração

Nunca foi tão fácil consumir conteúdo. Da mesma forma, nunca foi tão difícil parar de consumir conteúdo. A exposição ininterrupta às mídias sociais, com seus vídeos curtos e feed infinitos, gera um ambiente onde somos levados a um estado de constante distração. O quadro é ótimo para as plataformas, que criaram uma verdadeira economia em torno disso, mas, obviamente, péssimo para nós.

A cultura da distração (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

No episódio de hoje, batemos um papo sobre a cultura da distração, e o que a tecnologia que usamos todos os dias tem a ver com isso. Será que estamos ficando mais cansados de experiências que exigem atenção? Dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Josué de Oliveira

Isabela Giantomaso

Thássius Veloso

Comentado no episódio

“The State of the Culture, 2024”, texto de Ted Gioia sobre tecnologia, distração, dopamina e a sociedade pós-entretenimento.

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Produção: Josué de Oliveira

Edição e sonorização: Ariel Liborio

Arte da capa: Vitor Pádua

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A cultura da distração

A cultura da distração
Fonte: Tecnoblog

A tiktokização do YouTube e a youtubização do TikTok

A tiktokização do YouTube e a youtubização do TikTok

O TikTok obrigou o YouTube a se mexer. Para se adaptar aos vídeos curtos, a empresa criou o Shorts, altamente inspirado (para usar uma palavra bonita) na proposta do concorrente. Agora, o oposto acontece: o TikTok está incentivando criadores a postarem vídeos mais longos e na horizontal. Será que o aplicativo chinês vem para disputar o espaço no qual o YouTube reina soberano?

A tiktokização do YouTube e a youtubização do TikTok (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

No episódio de hoje, conversamos sobre a curiosa relação de influência entre YouTube e TikTok. Analisamos o que cada plataforma tomou da outra e o que está por trás da estratégia de vídeos longos do TikTok. Dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Josué de Oliveira

Isabela Giantomaso

Amanda Machado

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Arte da capa: Vitor Pádua

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A tiktokização do YouTube e a youtubização do TikTok

A tiktokização do YouTube e a youtubização do TikTok
Fonte: Tecnoblog

Viciados em TikTok agora contam com clínica de reabilitação

Viciados em TikTok agora contam com clínica de reabilitação

Clínica suíça abriu centro de reabilitação para usuários de TikTok (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Uma clínica na Suíça abriu um centro de reabilitação para quem tem dependência digital em TikTok. O centro fica localizado em Thun, cidade da comuna (ou cantão) de Berna, no centro do país. A clínica Meiringen é buscada por adolescentes e jovens adultos, principal público do TikTok — um dos apps mais populares na faixa etária de 12 a 19 anos, segundo a Universidade de Zurique, também na Suíça.

A dependência digital é um dos termos utilizado para se referir às dependências em eletrônicos. Você também pode encontrar esse transtorno sendo chamado de dependência de internet ou tecnológica. Lembrando que, desde a década de 90, com a publicação do CID-10, a OMS considera “vícios” (termo não mais aceito) transtornos mentais.

Clínica está lotada e tem lista de espera

Arrasta para baixo sem parar no TikTok estimula dependência e praticar esportes é uma das alternativas (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Segundo a reportagem do jornal suíço Blick, as 30 vagas ofertadas pela clínica estão preenchidas e há uma lista de espera de várias semanas — vagas devem abrir no final de abril. O centro de reabilitação lotou quatro semanas após a sua abertura.

O tratamento da dependência digital envolve a prática de alternativas saudáveis para o uso de TikTok. Por exemplo, os pacientes podem praticar esporte ou atividades artísticas para “suprimir” a vontade de acessar a rede social.

Stephan Kupferschmid, médico chefe da clínica Meiringen, explica que cada faixa etária possui uma terapia que será mais benéfica. Os pacientes internados têm entre 18 e 25 anos. Durante o tratamento, os jovens aprender a organizar sozinhos as suas tarefas diárias, alocando alternativas para o consumo de redes sociais. O médico ainda declara que o TikTok é um “aspirador de atenção” — sugando o usuário para o aplicativo.

Lulzana Musliu, diretora da ONG suíça Pro Juventute (sim, Juventute), destaca que as redes sociais devem reconhecer a sua responsabilidade e seu potencial viciante. Musliu aponta ainda que é necessário ensinar as boas práticas de uso.

Sobre o potencial viciante do TikTok, a União Europeia está investigando se a rede social chinesa descumpriu a legislação sobre proteção de menores de idade e design viciante. A UE busca entender se o app segue utilizando táticas que estimulam comportamentos de dependência nos usuários da plataforma.

Com informações: The Local e Blick
Viciados em TikTok agora contam com clínica de reabilitação

Viciados em TikTok agora contam com clínica de reabilitação
Fonte: Tecnoblog

Prepare-se para o fim definitivo dos planos com apps ilimitados

Prepare-se para o fim definitivo dos planos com apps ilimitados

Aos poucos, operadoras estão cortando os apps ilimitados (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

De Barcelona – Aqueles comerciais na TV com WhatsApp ilimitado, TikTok fora da franquia, Instagram com acesso grátis etc. estão com os dias contados. Na avaliação do presidente da Anatel, Carlos Baigorri, as empresas de telecomunicações do Brasil se encaminham para uma nova realidade, na qual irão cobrar pelo acesso a cada conteúdo disponível na internet.

O assunto esteve em pauta na principal feira de conectividade do mundo, a MWC 2024, realizada na semana passada. Eu conversei com Baigorri sobre este tema, tendo em vista, por exemplo, que a Claro fez em fevereiro o movimento de retirar alguns aplicativos ilimitados dos novos planos controle.

Entenda o caso

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações fez a ressalva de que o chamado zero rating não é uma questão regulatória, mas sim comercial. “As empresas de telefonia podem fazer isso. Faz mais de uma década que o Cade avaliou uma denúncia e concluiu que isso não fere a neutralidade da rede”. De acordo com ele, as operadoras não pagam à Meta, por exemplo, para incluir o WhatsApp nos pacotes. Trata-se apenas de uma licença de uso de imagem.

Não por acaso, as principais empresas do setor publicaram uma carta aberta reivindicando o fair share a poucos dias do início da MWC. Claro, TIM, Vivo e Algar Telecom aparecem entre as signatárias do documento. Elas querem que empresas do porte de Google (com seu YouTube), Meta (com Instagram e WhatsApp) e Netflix ajudem a pagar a conta da manutenção e expansão da infraestrutura de internet pelo mundo.

Operadoras da América Latina e Caribe cobram o chamado fair share (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Claro, TIM, Vivo e Algar Telecom estão entre as signatárias do chamado (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

O grupo calcula que o consumo mensal médio de 11 GB por smartphone na América Latina deverá quadruplicar para 40 GB até 2028. Elas dizem que os bilhões de dólares movimentados pela indústria de telecomunicações na região não serão suficientes.

O presidente da Anatel nos contou que as reclamações sobre o tema ocorrem desde 2023. O discurso é de que as big tech ocupam a rede, ganham muito dinheiro e não sobra nada para as teles. Baigorri ainda revelou a resposta dele para esta queixa: “É lógico que estão ocupando a sua rede, você está dando tráfego de graça. Quer que aconteça o quê?”

Quando perguntado se essa é uma tendência, Baigorri me falou que “imagina que sim”.

Claro e TIM confirmam o fim do zero rating

As grandes companhias estão ligadas nisso. Numa conversa recente, eu perguntei ao diretor de marketing da Claro se estamos nos encaminhando para o fim do zero rating. Márcio Carvalho comentou: “Nós estamos remodelando a nossa oferta. Isso ocorre também em função da migração para o 5G, que tem maior velocidade. No passado, o Instagram era só foto, agora tem vídeo. Não tem como dar um cheque em branco sem saber o que os aplicativos vão fazer no dia seguinte.” Ele ainda disse que a Claro “tem o desafio de continuar investindo e remunerar este investimento.”

Em fevereiro, o presidente da TIM concedeu uma declaração similar à do executivo da Claro: “Fechamos a torneira para o zero rating. Todos os novos planos não têm zero rating para as redes sociais”. Alberto Grizelli ainda comentou que “o mundo era outro” quando a estratégia foi implementada.

E o consumidor, como fica?

Carlos Baigorri é presidente da Anatel (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Enquanto isso, o consumidor está gastando R$ 100, R$ 150, às vezes R$ 200 por mês para arcar com o custo da internet. Como explicar para este cliente que ele já paga por uma conexão que não deve ficar mais barata, mesmo com a entrada de um possível novo dinheiro?

Baigorri foi sincero: “Essa é uma boa pergunta, eu não sei. Precisava ver a postura do pessoal de marketing das operadoras. Eu compartilho dessa dúvida com você: como eles vão empacotar essa narrativa?”

Ele lembrou que a Agência Nacional de Telecomunicações está realizando uma tomada de subsídios sobre os deveres dos usuários de redes de telefonia. Eles valerão tanto para pessoas físicas – você e eu – quanto para provedores de aplicações que estão conectados à web – como o Google ou o Facebook.

Thássius Veloso viajou para a Espanha a convite da Honor
Prepare-se para o fim definitivo dos planos com apps ilimitados

Prepare-se para o fim definitivo dos planos com apps ilimitados
Fonte: Tecnoblog

TikTok será investigado na UE por descumprir legislação

TikTok será investigado na UE por descumprir legislação

União Europeia quer saber se o TikTok está seguindo as normas da DSA (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A União Europeia (UE) abriu uma investigação sobre possíveis violações do Ato de Serviços Digitais (DSA) pelo TikTok. O bloco econômico quer identificar se a rede social descumpriu os artigos relacionados a proteção de menores de idade, transparência de anúncios, acesso de dados a pesquisadores, design viciante e conteúdo nocivo. O DSA visa ampliar a transparência das redes sociais e combater o mal-uso das plataformas.

No comunicado à imprensa, a UE explica que, com base na investigação preliminar e relatórios enviados pelo TikTok, focará as próximas etapas do processo em quatro pontos:

Efeitos negativos do design, interface e algoritmo do TikTok, que podem estimular comportamentos viciantes

Realização das exigências do DSA para fornecer mais segurança e privacidade para menores de idade.

Seção para checagem de histórico de anúncios na plataforma

Avaliação de medidas para aumentar a transparência na plataforma, o que inclui facilitar o acesso de dados para pesquisadores.

TikTok pode ser multada em 6% do seu faturamento global

TikTok faturou alto em 2023 e pode pagar caro no fim das investigações (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Caso a investigação da União Europeia prove que o TikTok falhou em cumprir a legislação, a rede social pode ser punida em até 6% do seu faturamento global, levando em conta o valor apresentado no encerramento de um ano fiscal.

Em 2023, a plataforma chinesa teve uma receita de US$ 10 bilhões (R$ 49,6 bilhões). Ou seja, uma multa por violações da DAS poderia custar ao TikTok US$ 6 bilhões — ou R$ 29,8 bilhões.

Um dos objetivos da DSA é combater as estratégias das redes sociais para viciar os usuários. Por exemplo, o design de rolagem infinita e algoritmos altamente precisos na recomendação de conteúdo. Para resolver esse problema, o TikTok lançou um feed que usa a localização geográfica no lugar do algoritmo.

No caso das medidas para proteger os jovens que usam a plataforma, a União Europeia focará em investigar se o TikTok transformou algumas configurações em escolha padrão para menores de idade.

A DSA exige que algumas opções da rede social sejam automaticamente escolhidas para esse público. O Instagram, principal rival da rede social chinesa, atende essa norma fechando as contas dos jovens e impedindo que estranhos enviem DMs. Ao restringir automaticamente algumas funcionalidades dos perfis dos menores de idade, as redes sociais criam uma camada extra de proteção para esse público.

Com informações: TechCrunch
TikTok será investigado na UE por descumprir legislação

TikTok será investigado na UE por descumprir legislação
Fonte: Tecnoblog

Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum

Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum

Em março de 2022, uma reportagem do The Washington Post revelou que o Facebook teria contratado uma firma de consultoria para lançar uma campanha difamatória contra o TikTok. Era um momento tenso para a empresa, que, pela primeira vez em sua história, registrava perda de usuários.

As redes sociais podem estar acabando, mas o Facebook, não (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A ideia da campanha era associar o TikTok a desafios e trends perigosas, criando uma imagem problemática para a empresa. O objetivo, é claro, era colocar algum empecilho no caminho do aplicativo de vídeos, provável destino dos usuários que abandonavam o Facebook.

O caso parecia indicar uma empresa desesperada, sem saber como preservar a relevância de seu principal produto. O TikTok, por sua vez, era o novo acontecimento no universo das mídias sociais. Um inesperado concorrente que evidenciava a falta de inovação do Facebook.

Só que muita coisa mudou de lá para cá. Os resultados financeiros mais recentes da Meta apresentam números sólidos. E isso inclui também o Facebook, que, diferente do cenário de 2022, cresceu em número de usuários.

No ano em que comemora seu vigésimo aniversário, a rede de Mark Zuckerberg mostra que ainda está bem viva.

Sinônimo de rede social

O Tecnocast 321 teve como tema os 20 anos do Facebook. Um dos pontos abordados na conversa foi a maneira como a plataforma conseguiu se definir como um sinônimo de rede social.

É claro que o Facebook não foi o primeiro site onde era possível criar um perfil, adicionar amigos, mandar recados e outras funções semelhantes. Antecessores como o Friendster e o Myspace já apresentavam essas funcionalidades. Isso sem falar no Orkut, queridinho entre os brasileiros.

Mas o jeito como o Facebook conseguiu concentrá-las num só lugar e expandir o aspecto social da rede é que o tornou o principal exemplar desse tipo de plataforma. Em dado momento, a quantidade de recursos disponíveis tornava difícil para qualquer outro concorrente oferecer algo que o Facebook já não tivesse.

Feed com atualizações, grupos fechados, páginas que podiam ser seguidas para acompanhar conteúdos específicos, chat, aniversários, eventos. Esse conjunto de elementos formava um ecossistema onde o usuário tinha inúmeros motivos para ficar.

No meio do caminho, a plataforma fazia experiências. Ajustes no feed; novos recursos, como o Facebook 360º (quem lembra?); e até mesmo uma tentativa de competir com a Twitch através do Facebook Gaming.

Site do Facebook (Imagem: Austin Distel/Unsplash)

Vários desses experimentos falhavam, e plataforma os deixava de lado. Na prática, eram tentativas de acrescentar ao que a rede já tinha de sólido. Mesmo quando coisas novas fracassavam, o de sempre continuava funcionando — e trazendo os usuários de volta.

Outro ponto que fortalecia ainda mais o Facebook enquanto rede social era que, em determinado momento, todo mundo já estava lá. Seus amigos, familiares, colegas de faculdade. Ir para outro lugar fazia menos sentido num contexto como esse.

É claro que tamanha concentração de gente num único espaço trouxe seus problemas. E os problemas do Facebook, apesar de seu indiscutível sucesso, se multiplicaram ao longo de seus 20 anos.

Privacidade, bolhas e desinformação

Por melhores que sejam os números reportados — 3.07 bilhões de usuários mensais e 2.11 bilhões de usuários diários —, é inegável que o Facebook de hoje tem um problema de imagem. Os inúmeros escândalos na plataforma são responsáveis por isso.

O mais famoso de todos é o da Cambridge Analytica, quando a empresa de consultoria política teve acesso a dados de 50 milhões de usuários. Tudo devido a permissões dadas a aplicativos externos. De posse dessas informações, foi possível disparar propaganda política direcionada.

A reputação da empresa saiu manchada, e continuaria assim devido a outros casos envolvendo falhas de privacidade. Outro ponto sensível foi a desinformação, que, segundo pesquisadores, recebia muito mais engajamento na plataforma do que histórias e matérias de fontes fidedignas.

A imagem do Facebook como um local cheio de fake news é herdada de eleições recentes, quando a circulação desse tipo de conteúdo se tornou lugar-comum na rede. Isso pôde ser verificado tanto no contexto das últimas eleições americanas quanto nas eleições brasileiras mais recentes.

Notificação para quem interagiu com fake news sobre COVID-19 (Imagem: Divulgação/Facebook)

Da mesma forma, passou-se a questionar mais o papel dos algoritmos na criação de bolhas ideológicas, que reforçam as convicções dos usuários pela oferta reiterada de conteúdos com os quais a pessoa já concorda. Uma espécie de barreira que dificulta o contato com quem pensa diferente.

Estes problemas certamente fizeram o Facebook perder usuários. A saída de muitos nessa época, combinada à perda de usuários mais jovens nos anos recentes, ajudou a criar a noção de uma rede decadente, onde apenas os nossos pais estão.

Os números, no entanto, continuam contando outra história.

Onde está o foco de Mark Zuckerberg?

Em 2021, o metaverso foi apontado como o projeto principal da Meta. A empresa ganhou até um novo nome por conta disso. Mas é evidente que a ideia não ganhou a tração que Zuckerberg gostaria.

Agora, o criador do Facebook e CEO de sua empresa-mãe volta sua atenção para inteligência artificial. Nenhuma surpresa aí: é o que todos no mercado de tecnologia estão fazendo.

Antes disso, houve o lançamento do Threads, concorrente do Twitter. E ainda outros projetos ao longo dos últimos anos que capturaram a atenção de Zuckerberg, desde streaming de vídeo até a criação de uma criptomoeda.

Mark Zuckerberg (imagem: Reprodução/Facebook)

Uma matéria recente da Bloomberg descreve essas mudanças de foco do chefão da Meta como tentativas de criar algo maior que o Facebook, que possa fortalecer as perspectivas da empresa para o futuro.

No entanto, o Facebook segue sendo o produto mais popular da Meta. Por mais que o crescimento não seja tão acentuado quanto no passado e que usuários jovens estejam migrando para o TikTok, algo no Facebook ainda faz com que mais de 2 bilhões de pessoas o acessem todos os dias.

Num momento em que se fala sobre o fim das redes sociais, com novas formas de consumo de conteúdo tomando o lugar das antigas formas de interação on-line, a maior rede de todas mostra que não está nem perto do fim.
Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum

Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum
Fonte: Tecnoblog

TikTok agora quer vídeos na horizontal (tipo YouTube)

TikTok agora quer vídeos na horizontal (tipo YouTube)

TikTok quer youtubezar uma parte dos vídeos na plataforma (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O TikTok está incentivando criadores de conteúdo a publicar vídeos longos na horizontal — sim, igual ao formato de vídeo mais popular no YouTube. A plataforma chinesa começou a enviar o comunicado aos tiktokers na última semana. Vídeos nesse formato podem receber um impulsionamento de divulgação por 72 horas.

Quando o TikTok começou a botar medo nas redes sociais do ocidente, começamos a ver a “tiktokização” nas plataformas. A Meta foi mais rápida que o Google e levou o Reels para o Instagram. Pouco tempo depois, o YouTube lançou o Shorts. Como o mundo não gira, capota, o TikTok começa a “youtubezar” o seu conteúdo.

TikTok quer vídeos longos e na horizontal

@candicedchap Replying to @Kaloneal #longervideo #horizontal #tiktoktips ♬ original sound – Just call me Sunshine

Como mostra o comunicado do TikTok, divulgado por alguns criadores de conteúdo na plataforma, usuários que publicarem vídeos com mais de um minuto e na orientação horizontal podem receber um impulsionamento de divulgação por até 72 horas. Resumindo: o TikTok vai dar mais alcance sem cobrar nada por isso.

Para poder receber esse bônus, além de cumprir as exigências do formato de vídeo, as contas precisam ter mais de três meses, o conteúdo precisa ser original, não ser publi e nem uma conta governamental, de político ou de partido. Vídeos de dublagem são desencorjados.

O uso da hashtag #longervideos é opcional, mas esse ponto da mensagem entrega algo bem importante: o TikTok quer facilitar a busca por esse formato na plataforma e a ajudar na divulgação. Afinal, não basta você entregar um conteúdo se o usuário terá dificuldade em buscá-lo. E muito menos jogar no ralo o esforço do criador que produziu o vídeo.

A adoção de vídeos longos na horizontal é, obviamente, um novo meio do TikTok ganhar mais dinheiro com anúncios. Esse formato é preferível pelos anunciantes e permite à plataforma vender mais espaços em um vídeo. Pegando o YouTube de exemplo, o Google pode colocar dois anúncios seguidos e, em alguns casos, propagandas de 15 segundos que não podem ser puladas.

Com informações: The Verge e Android Headlines
TikTok agora quer vídeos na horizontal (tipo YouTube)

TikTok agora quer vídeos na horizontal (tipo YouTube)
Fonte: Tecnoblog