Category: Spotify

Plano do Spotify com áudio lossless pode estar quase pronto

Plano do Spotify com áudio lossless pode estar quase pronto

Executivo do Spotify diz que custos de contratos estão atrasando plano HiFi (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Uma tela que supostamente seria do Spotify e foi publicada no Reddit sugere que o plano com áudio lossless pode finalmente ser lançado. De acordo com o usuário OhItsTom, a versão 1.2.36 do aplicativo para desktop traz configurações de som que incluem uma opção sem perdas, com formato FLAC de até 2.117 kb/s e qualidade de 24 bits e 44,1 kHz.

Outra tela do aplicativo tem testes para certificar que o aparelho, o tipo de conexão e a largura de banda são adequados para a reprodução de áudio lossless. A interface recomenda fazer o download das faixas para melhorar a experiência — em uma conexão ruim, a taxa de transferência pode não ser suficiente, e o áudio pode ficar cortando. Outra sugestão é não usar Bluetooth, preferindo cabos ou o Spotify Connect.

Tela do Spotify com recomendações para aproveitar áudio lossless (Imagem: Reprodução / Spotify)

A qualidade de áudio de 24 bits e 44,1 kHz, com arquivos no formato FLAC, já tinha sido encontrada em códigos de versões anteriores do aplicativo, lançadas em abril de 2024. Mesmo assim, por enquanto, nada de músicas sem perdas de qualidade na plataforma.

O usuário OhItsTom também alega que o Spotify vem se referindo internamente ao áudio lossless como “audição aprimorada” e não HiFi. Em outros supostos vazamentos, o nome usado era mesmo “Lossless”. Até mesmo uma opção chamada “Supremium” teria sido considerada, com outros recursos avançados.

Concorrentes do Spotify já oferecem lossless

O Spotify anunciou um plano HiFi em fevereiro de 2021, mas de lá para cá, a empresa praticamente não se manifestou sobre o assunto.

Uma dessas raras declarações foi em março de 2023. Gustav Söderström, co-presidente do Spotify, disse que a companhia estava tentando se adaptar à nova realidade do setor. O áudio sem perdas de qualidade representa um custo maior, principalmente em relação a contratos com selos e gravadoras.

De lá para cá, o Spotify passou a contar com videoclipes no app, um feed à la TikTok e até uma inteligência artificial que simula o DJ de uma rádio personalizada para o usuário. Enquanto isso, Apple Music, Amazon Music, Deezer e Tidal contam com áudio lossless em seus planos básicos.

Com informações: The Verge
Plano do Spotify com áudio lossless pode estar quase pronto

Plano do Spotify com áudio lossless pode estar quase pronto
Fonte: Tecnoblog

Spotify lança videoclipes nos apps para celular, computador e TV

Spotify lança videoclipes nos apps para celular, computador e TV

Botão Mudar para Vídeo faz player exibir clipe daquela música (Imagem: Reprodução / Spotify)

O Spotify anunciou que seu aplicativo terá videoclipes, que poderão ser acessados com um toque dentro do player. A novidade ainda está em fase beta, mas será liberada em 11 países, incluindo o Brasil. Por enquanto, apenas vídeos selecionados estarão disponíveis. O recurso é exclusivo para usuários assinantes do pacote Premium.

Segundo o vídeo explicativo liberado pela empresa, o aplicativo para smartphone terá, dentro do player de música, um botão para mudar para vídeo. Ao tocar nele, o clipe começa a ser reproduzido, e ao colocar o aparelho na horizontal, as imagens preenchem a tela toda. O mesmo botão serve para mudar para áudio e voltar a reproduzir apenas o som.

Também dá para ver os clipes com o celular na horizontal (Imagem: Reprodução / Spotify)

A plataforma de streaming vai disponibilizar, inicialmente, um catálogo limitado de videoclipes — o comunicado para a imprensa menciona os internacionais Ed Sheeran, Doja Cat e Ice Spice, além dos brasileiros Anitta, Henrique & Juliano, Luísa Sonza, Zé Felipe e Ludmilla. A plataforma já usa vídeos de outras formas: podcasts podem colocar imagens das gravações dos episódios, por exemplo.

Spotify coloca clipes no Brasil e mais dez países

Inicialmente, apenas 11 países terão acesso ao recurso: os videoclipes estão sendo lançados no Brasil, Reino Unido, Alemanha, Itália, Holanda, Polônia, Suécia, Colômbia, Filipinas, Indonésia e Quênia. Eles estão disponíveis para os aplicativos para Android, iOS, desktop e TV.

Páginas de artista terão espaço dedicado a clipes (Imagem: Reprodução / Spotify)

No Reddit, por volta de dezembro de 2023, alguns usuários dos Estados Unidos compartilharam que os vídeos surgiram como opção nos apps para smartphone e computador. Mesmo assim, o comunicado de hoje não inclui os EUA na lista.

O Spotify não é o primeiro serviço de streaming a agregar os clipes a seu conteúdo. Apple Music e Tidal, por exemplo, contam com os vídeos em suas plataformas há muito tempo. Já o YouTube Music tem a integração com o YouTube, principal canal para clipes da atualidade.
Spotify lança videoclipes nos apps para celular, computador e TV

Spotify lança videoclipes nos apps para celular, computador e TV
Fonte: Tecnoblog

União Europeia multa Apple em 1,8 bilhão de euros

União Europeia multa Apple em 1,8 bilhão de euros

Pela primeira vez, Apple é multada pela União Europeia (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple foi multada nesta segunda-feira (4) em 1,8 bilhão de euros (R$ 9,6 bilhões) pela União Europeia, em um processo aberto pelo Spotify. Há cinco anos, o streaming de música questionou perante o órgão regulador da UE a validade da prática da Apple, aquela conhecida proibição de anúncios de preços menores fora da App Store. Essa prática já havia sido considerada ilegal nos EUA, mas, mesmo com a DMA em vigor no continente europeu, ainda não havia uma decisão sobre o caso.

A Digital Market Act (DMA), Lei dos Mercados Digitais em tradução direta, visa melhorar a experiência dos usuários nas plataformas virtuais e combater práticas anti-competitivas — mas essa lei não tem relação com o caso. O Tecnoblog cobriu essa disputa entre Spotify e Apple desde o início, quando a empresa lançou a campanha “Time to Play Fair” (hora de jogar limpo, em tradução livre). O streaming acusava também a Apple de usar seu ecossistema para favorecer o Apple Music sobre as concorrentes.

União Europeia cita concorrentes do Apple Music

União Europeia afirma que Spotify e outros streamings foram prejudicas pela prática da Apple (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Na sua decisão sobre o caso, a União Europeia citou que a prática da Apple prejudicava não só o Spotify, mas outros aplicativos de streaming de música. A UE relembra que a big tech é a única fornecedora de loja de apps no iOS. Com isso, ela controla toda a experiência do usuário no sistema operacional (alô, DMA).

O Bloco afirma que as suas investigações revelaram que a Apple proíbe os apps de streaming de divulgar outros meios de assinatura e preços diferentes fora do iOS. Nada diferente do que a justiça americana considerou ilegal na disputa entre Epic e Apple.

A UE destaca ainda que a Apple manteve essa prática por quase dez anos, o que levou vários usuários a pagar preços mais caros devido às comissões cobradas pela big tech.

Novamente citando um tema que é foco da DMA, o comunicado à imprensa da UE aponta que isso prejudicou a experiência do usuário, que precisava realizar uma busca “trabalhosa” para pagar menos por um serviço ou desistiam de pagar por algum app — e isso ignorando que as vezes o usuário precisava ir para o computador para contratar um serviço por um preço menor.

Com informações The Verge e 9to5Mac
União Europeia multa Apple em 1,8 bilhão de euros

União Europeia multa Apple em 1,8 bilhão de euros
Fonte: Tecnoblog

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Em 2022, o Parlamento Europeu aprovou o Digital Markets Act. A lei versa sobre a concorrência em mercados digitais, e quem vai sentir as consequências são as grandes empresas de tecnologia estadunidenses.

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Player global no segmento de distribuição de aplicativos, a Apple é uma das impactadas. E, nos últimos anos, cresceu a expectativa de que o DMA levasse a uma abertura sem precedentes no ambiente do iOS.

Desde sempre, a única forma de baixar aplicativos autorizada pela Apple em dispositivos móveis é a App Store. Nenhuma forma de sideloading era permitida. O DMA faria isso mudar, o que muitas empresas e desenvolvedores viam com bons olhos.

No dia 25 de janeiro, no entanto, a Apple divulgou como se adequaria à legislação. Os planos da empresa geraram reações furiosas de quem desejava a total abertura do iOS. A Apple está mostrando que vai ceder só quando não tem saída — e, ainda assim, resistindo ao máximo.

Nova taxa, velhas queixas

De modo geral, é válido dizer que o iOS ficará mais aberto. Porém, como se diz, o diabo está nos detalhes. E a Apple incluiu alguns.

A única forma de baixar aplicativos fora da App Store será por lojas alternativas, que precisaram ser aprovadas pela Maçã. Cada aplicativo presente nessas lojas também passará pelo crivo da Apple.

O desenvolvedor poderá manter seus apps na App Store e também distribuir por lojas alternativas. Porém, ao decidir operar pelas novas regras da UE, ficará sujeito a uma nova taxa, a Core Technology Fee. Este é um dos principais motivos de críticas à Apple.

A CTF atinge principalmente os grandes aplicativos. A partir dela, a Apple estabelece que, após 1 milhão de downloads, recai uma taxa de 50 centavos de euro a cada novo download por usuário. A cobrança será anual.

Com isso, perspectiva é que apps populares, mesmo que optem pela distribuição apenas em lojas paralelas à App Store, deixarão uma boa quantia nas mãos de Tim Cook. Não é à toa que o CEO do Spotify, Daniel Ek, acusa a Maçã de dar uma “aula de distorção” com sua nova política.

iPhone, Safari e App Store passam por mudanças na União Europeia (Imagem: Divulgação/Apple)

A Microsoft pegou um pouco mais leve, avaliando o caso como “um passo na direção errada”. A Epic Games, velha inimiga da Apple quando se trata da política da App Store, também se manifestou com a desaprovação usual (embora já tenha anunciado planos para sua própria loja de aplicativos na Europa).

Com a CTF, mesmo que escapem das comissões atuais de até 30% por transação feitas a partir do ecossistema da Apple, as empresas terão que pagar de outra forma.

A atitude é controversa, tem algo de birra, e ainda pode ser contestada no futuro. É a Apple marcando sua posição: quaisquer que sejam as mudanças exigidas em seu modelo de negócios, ela não as fará de bom grado.

Faturando até mesmo fora da App Store

Há ainda outros aspectos da proposta da Apple que geram protestos de empresas e desenvolvedores. Ressaltamos alguns deles no Tecnocast 322, totalmente dedicado ao tema.

Um dos mais controversos é a cobrança de comissões até mesmo por transações feitas fora da App Store. Os valores podem chegar a 17%.

Algo semelhante vai ocorrer também no mercado americano, vale apontar. O iOS permitirá métodos de pagamento alternativos em decorrência do processo movido pela Epic Games; no entanto, a Apple cobrará até 27% de comissão dos desenvolvedores.

As empresas terão que manter um relatório das transações feitas por plataformas de pagamento independentes e repassar os valores adequados à Apple. Determinar se os repasses estão corretos é um desafio que a própria empresa reconhece.

Outro ponto delicado é a necessidade de um escolha definitiva logo de cara. Desenvolvedores podem optar por simplesmente ignorar as novas regras da UE e se manter sob as normativas atuais da App Store, com taxas de variam entre 15 e 30%.

Tela de instalação de loja de apps no iOS 17.4 (Imagem: Reprodução/Apple)

Por outro lado, quem quiser se aventurar pelo mundo do iOS aberto não pode voltar atrás. Uma vez que a escolha é feita, o desenvolvedor não tem a opção de voltar às regras antigas. É pegar ou largar.

Esse aspecto exige bastante cuidado por parte do desenvolvedor. Não seria possível sequer fazer uma experiência antes e depois retornar, por exemplo.

A exigência certamente gerará receio em quem ficou tentado a testar as novas regras, e é encarada como uma forma de pressão para que o desenvolvedor mantenha tudo como está.

Uma questão de controle

A resposta da Apple ao DMA deixa claro mais uma vez que a empresa não quer abrir mão do controle que tem sobre sua plataforma. O Android tem uma abordagem um pouco diferente, permitindo lojas alternativas Google Play desde sempre. A Apple, por sua vez, optou pelo fechamento.

Como levantamos no Tecnocast 322, esse controle é um dos motivos pelos quais muitos usuários preferem a empresa. Uma experiência bem definida, onde tudo é milimetricamente pensado pela Apple, tem apelo para muita gente. As vendas de aparelhos refletem isso, assim como a oferta de aplicativos.

Um argumento muito utilizado pela Apple para defender sua posição é o da segurança. Marketplaces independentes de apps seriam uma entrada para softwares maliciosos e conteúdo nocivo nos celulares de milhões de pessoas. No comunicado sobre a adequação ao DMA, a Apple reforça essa linha de raciocínio.

O outro lado aponta que a empresa deveria dar liberdade ao usuário de baixar aplicativos de onde quiser. E também aos desenvolvedores de utilizar as plataformas de pagamento que preferirem, incluindo aí opções próprias.

Tim Cook, CEO da Apple (Imagem: Divulgação / Apple)

Dado o tamanho do negócio da App Store, dirão os críticos, a proibição seria uma forma de prender os fornecedores (desenvolvedores) em sua loja, já que dispensar essa opção implicaria numa perda considerável de faturamento e público.

Essas discussões estão nem longe de encerrarem. Uma vez que o DMA não determina como exatamente os mercados digitais devem se abrir, a Apple colocou sua opção de abertura na mesa. No entanto, no conceito da Apple, um iOS aberto ainda é um tanto fechado.
Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle
Fonte: Tecnoblog

Spotify libera acesso às músicas salvas na Playlist para o Futuro

Spotify libera acesso às músicas salvas na Playlist para o Futuro

Spotify lança segunda “fase” da Playlist para o Futuro, permitindo que você veja a que fez em 2023 e crie uma para 2025 (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Spotify liberou o acesso à Playlist para o Futuro, que permite aos usuários criar listas de músicas que estão ouvindo e acessá-las no ano seguinte.
Iniciada em 3 de janeiro de 2023, a iniciativa mostra evolução ou manutenção do gosto musical ao longo do tempo.
A plataforma incluiu “desafios” na criação da playlist, incentivando a escolha de músicas que remetem a amigos, a uma pessoa favorita ou para levar a uma ilha deserta.
 

O Spotify liberou na quinta-feira (4) o acesso à Playlist para o Futuro, iniciativa lançada em 3 janeiro de 2023, que permitia aos usuários criar uma lista com as músicas que eles estavam ouvindo no momento. Essa playlist só seria aberta no ano seguinte. Agora, além de abrir a lista de 2023, os usuários podem criar uma playlist para 2025.

A proposta da Playlist para o Futuro é que os usuários vejam se o seu gosto musical mudou ou se manteve durante o ano. Se você é daqueles que escuta os mesmos artistas sem parar ano após ano (aqui é Skank e Pearl Jam desde 2016), talvez a brincadeira não tenha muita graça para você.

Porém, o Spotify criou alguns “desafios” na criação da playlist. Por exemplo, você pode adicionar alguma música que lembre dos amigos, uma canção que te faz lembrar da “sua pessoa favorita” ou música para levar para uma ilha deserta. Assim, você (e eu) que esqueceu velhas músicas ou estagnou em ouvir novas pode tentar sair da zona do conforto. Afinal, há um exercício de ligar músicas a pessoas ou momentos.

Recuperando e criando a Playlist para o Futuro

Para recuperar a playlist feita em 2023, você precisar abrir o app do Spotify (Imagem: Reprodução/Spotify)

Tanto para recuperar ou criar uma nova Playlist para o Futuro é necessário acessar o Spotify no aplicativo para celulares e ir no menu “Playlist para o Futuro”. Caso você tenha feito a lista em 2023, pode recuperá-la clicando em “Resgatar Playlist”. A opção de recuperar a lista é válida até o dia 31 de janeiro.

Já para criar uma nova playlist, é só clicar em “Criar outra pro ano que vem”, que está embaixo do botão para recuperar a lista de músicas de 2023. A ferramenta do Spotify também permite que você escolha um lugar para “guardar” essa playlist. Entre as opções estão panela de arroz, ninho de passarinho e até uma lixeira — claro, tudo de mentirinha.
Spotify libera acesso às músicas salvas na Playlist para o Futuro

Spotify libera acesso às músicas salvas na Playlist para o Futuro
Fonte: Tecnoblog

Governo do Uruguai recua e Spotify vai continuar operando no país

Governo do Uruguai recua e Spotify vai continuar operando no país

Spotify enviou e-mail a usuários garantindo que fica no Uruguai (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Spotify anunciou que continuará oferecendo seu serviço de streaming no Uruguai. A decisão foi tomada após o governo local assinar um decreto que garante que a empresa não precisará pagar duas vezes pelas músicas da plataforma.

Em e-mail, a plataforma pede que os usuários uruguaios que assinam o plano Premium mantenham seus dados atualizados. Para quem usa o Spotify Free, nada muda.

Retomando cenas dos capítulos anteriores: no fim de novembro, o Spotify havia anunciado que deixaria de operar no Uruguai em fevereiro de 2024.

O motivo era uma mudança na lei de direitos autorais. O novo texto tinha dois trechos que, dependendo da interpretação, poderia obrigar o Spotify a pagar os artistas duas vezes.

Um dos trechos dizia que os intérpretes poderiam exigir pagamento por obras difundidas ou retransmitida pela internet e redes digitais. O outro definia que os artistas teriam direito a remunerações justas quando suas gravações são reproduzidas publicamente.

Agora, um decreto do governo uruguaio “resolveu” a questão. No novo texto, os responsáveis pela remuneração são as partes com quem os artistas têm contratos — ou seja, selos, gravadoras, editoras e outras formas de representação. Por isso, o Spotify não será obrigado a pagar em duplicidade os artistas.

Governo uruguaio subestimou reação do Spotify (Imagem: Matt Rubens/Flickr)

Governo uruguaio reconheceu “erro político”

Segundo o El País, foi o próprio presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, quem articulou o texto inicial com os deputados governistas, respondendo a reclamações de artistas locais, que disseram não receber pagamentos justos por sua obra. No entanto, a reação do Spotify surpreendeu.

A publicação afirma que, internamente, o governo uruguaio considerou que foi um “erro” político não dimensionar a reação do Spotify à nova lei de direitos autorais.

Desde o anúncio da saída, o governo uruguaio passou a tentar resolver a situação. De acordo com o El País, houve uma reunião entre representantes do poder local e do Spotify antes da assinatura do decreto, para acertar os detalhes do novo texto.

Com informações: Spotify, Exame, El País Uruguay
Governo do Uruguai recua e Spotify vai continuar operando no país

Governo do Uruguai recua e Spotify vai continuar operando no país
Fonte: Tecnoblog

Spotify demitirá mais de 1.500 funcionários em terceiro layoff do ano

Spotify demitirá mais de 1.500 funcionários em terceiro layoff do ano

Spotify comunicou nova rodada de demissão nesta segunda-feira (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Spotify realizará mais uma demissão em massa neste ano — a terceira de 2023. Daniel Ek, CEO e fundador do serviço de streaming, divulgou o novo layoff nesta segunda-feira (4) em um email enviado para os seus funcionários e depois publicado no site do Spotify. É esperado que mais de 1.500 empregados sejam demitidos.

No comunicado, Ek revela que 17% dos funcionários serão desligados, até terça-feira, nesta leva de demissões. Podemos identificar o tempo dessa medida por uma parte do texto. O CEO do Spotify explica que o RH realizará reuniões com os empregados afetados até o fim do próximo dia.

Spotify alega economia lenta e aumento de custos

Mesmo com resultado positivo no último trimestre, Spotify realiza terceira demissão em massa no ano (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Entre os motivos apresentados por Daniel Ek para a nova leva de demissões está um cenário de econômico mais lento e aumento dos custos — o que explica o aumento de preços nos planos. No comunicado, o CEO reconhece que um layoff de 17% após a divulgação do resultado positivo no último trimestre é uma surpresa.

Ek explica também as métricas mostram uma maior produtividade, mas que a empresa está menos eficiente. “Hoje ainda temos muitas pessoas se dedicando a suporte ao trabalho e até ajustando seus trabalhos ao invés de estar contribuindo com oportunidade de real impacto”, diz o CEO no comunicado.

Em janeiro, o Spotify demitiu 600 funcionários. Em junho, o streaming realizou um corte de 200 empregados na divisão de podcasts. Agora, com a nova leva de demissão, o quadro de funcionários sai de 9.241 (dados divulgados no último resultado trimestral) para pouco mais de 7.700.

O Tecnoblog entrou em contato com o Spotify para saber se o layoff afetará os quadros da empresa no Brasil. A matéria será atualizada se houver um pronunciamento da empresa.

Com informações: The Verge
Spotify demitirá mais de 1.500 funcionários em terceiro layoff do ano

Spotify demitirá mais de 1.500 funcionários em terceiro layoff do ano
Fonte: Tecnoblog

Spotify só vai pagar royalties para músicas com mais de 1 mil reproduções

Spotify só vai pagar royalties para músicas com mais de 1 mil reproduções

Spotify (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Spotify anunciou suas novas regras para pagamento de royalties. Uma das principais mudanças diz respeito a músicas executadas poucas vezes. A plataforma não vai mais pagar artistas por canções que tiverem menos de 1 mil reproduções em uma janela de 12 meses.

Além disso, o serviço de streaming mudou a forma de remunerar gêneros chamados “funcionais”, como ruído branco, sons de natureza e efeitos sonoros, entre outros. Agora, estas faixas precisarão ter, pelo menos, dois minutos para gerar royalties.

O Spotify também pretende combater streaming artificial, quando robôs colocam músicas para tocar com o único intuito de gerar dinheiro para empresas.

A companhia diz que as mudanças vão liberar US$ 1 bilhão em royalties nos próximos cinco anos, tanto para artistas famosos quanto para novatos.

Músicas pouco reproduzidas geravam centavos

A mudança que mais chamou atenção é a do fim da remuneração para canções pouco populares. Segundo o Spotify, o impacto deve ser mínimo para os artistas.

A empresa diz que uma faixa com menos de 1 mil reproduções gera meros US$ 0,03 mensais, em média. Apenas 0,5% dos streams são em músicas assim.

Músicas pouco populares não serão mais remuneradas (Imagem: Lee Campbell/Unsplash)

Como as gravadoras geralmente exigem um mínimo de US$ 2 a US$ 50 para retirada, e as taxas bancárias podem variar entre US$ 1 e US$ 20, esse dinheiro acaba esquecido. Por outro lado, essas pequenas quantias somadas chegam a US$ 40 milhões por ano.

O Spotify diz que não vai embolsar esta grana. Com a mudança, os centavos que eram destinados às músicas com menos de 1 mil reproduções serão realocados no pool de royalties. Ou seja: quem tem músicas acima desse limite deve ganhar um pouquinho a mais.

Combate aos sons “funcionais”

Outra mudança servirá para o Spotify não dar dinheiro demais para os gêneros “funcionais”: ruído branco, barulho de chuva, ASMR, sons de máquinas, e outros do tipo.

Nos últimos anos, muitos agentes mal-intencionados se aproveitaram da plataforma para ganhar dinheiro com isso. Eles faziam upload de várias faixas “funcionais” de 30 segundos (mínimo para ganhar royalties) e criavam playlists de horas de duração com estas faixas.

Exemplo de playlist que será combatida pelas novas regras (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Assim, um usuário dava centenas de streams sem perceber, e o dinheiro ia parar no bolso de quem fez pouquíssimo esforço.

A partir de 2024, o Spotify só vai pagar royalties para faixas funcionais com, pelo menos, dois minutos de duração. Além disso, a empresa promete pagar um valor inferior ao que paga para músicas.

Com isso, a plataforma quer economizar nos pagamentos a esse tipo de produção e redirecionar o dinheiro aos artistas de verdade.

Detecção de fraudes

Por fim, a terceira mudança no esquema de pagamento de royalties do Spotify é que a empresa vai cobrar gravadoras e distribuidoras por faixa quando o streaming artificial for detectado.

“O Spotify é capaz de combater o streaming artificial assim que ele acontece na nossa plataforma”, diz o texto, “mas é melhor para a indústria se os agentes mal-intencionados forem desincentivados de fazer upload”.

Concorrência fez diferente

As mudanças feitas pelo Spotify foram bem recebidas por distribuidoras e selos independentes. Dois grandes nomes da indústria, porém, não se manifestaram no anúncio feito pela plataforma: Universal Music Group e Warner Music Group.

Coincidentemente ou não, ambas trabalharam com a Deezer em um novo modelo de pagamento de royalties, chamado “artista-cêntrico”, que tem diferenças importantes para o que o Spotify fez.

Deezer (Imagem: Gabrielle Lancellotti/Tecnoblog)

Com as novas regras, a Deezer vai pagar o dobro de royalties para artistas com até 1 mil reproduções mensais, desde que elas venham de 500 ouvintes diferentes.

A empresa também vai dobrar os royalties de faixas com engajamento ativo do público — aquelas que o usuário digita na busca para ouvir, por exemplo.

Por fim, a Deezer teve uma posição radical contra as faixas “funcionais”: ela removeu todo esse tipo de conteúdo e colocou seus próprios sons. Assim, não é necessário pagar royalties.

Com informações: Spotify, Music Ally, Music Business Worldwide, Variety, TechCrunch
Spotify só vai pagar royalties para músicas com mais de 1 mil reproduções

Spotify só vai pagar royalties para músicas com mais de 1 mil reproduções
Fonte: Tecnoblog

Spotify vai usar IA do Google para criar recomendações de podcasts e audiobooks

Spotify vai usar IA do Google para criar recomendações de podcasts e audiobooks

Spotify e Google Cloud são parceiros desde 2016 (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Spotify anunciou que está ampliando a parceria com o Google Cloud. O popular serviço de streaming de música usará grandes modelos de linguagem (LLMs) para analisar os gostos dos usuários e sugerir recomendações de podcasts e audiobooks.

A plataforma foi uma das pioneiras ao usar IA para construir algoritmos de recomendação de músicas. Conforme as informações divulgadas nesta quinta-feira (16), a intenção é repetir o feito usando LLMs para conteúdos não-musicais.

Spotify aposta em podcasts como nova fonte de geração de receitas (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Os LLMs, usados em chatbots como o ChatGPT da OpenAI e o próprio Google Bard, são treinados com grande quantidade de dados. São esses “conhecimentos” que permitem que as IAs possam gerar textos e outros tipos de conteúdo.

Atualmente, o Google Cloud trabalha com diferentes versões de modelos de linguagem de larga escala. Por exemplo, o PaLM 2, Codey, Imagen e Chirp são alimentados com textos, códigos, imagens, áudio e vídeo.

Embora não tenha revelado qual LLM será usado, o co-presidente do Spotify Gustav Söderström demonstrou otimismo em relação à parceria com o Google. As duas empresas trabalham juntas desde 2016, quando o streaming passou a usar data centers da big tech.

“A evolução da nossa tecnologia foi acompanhada pelo compromisso do Google Cloud em construir a melhor plataforma para a execução dos nossos produtos e impulsionar ainda mais a inovação com as capacidades emergentes da IA generativa”, disse o executivo.

DJ X do Spotify usa IA para montar playlists (Imagem: Divulgação/Spotify)

Spotify e a Inteligência Artificial

O Spotify experimentou vários recursos de inteligência artificial em 2023. Em agosto, a plataforma de streaming liberou a versão beta da DJ X, uma IA que faz curadoria de playlists e explica as escolhas como uma locutora. Infelizmente, o Brasil ficou de fora dos testes.

Além disso, o serviço de streaming anunciou uma parceria com a OpenAI em setembro. A plataforma adotou uma tecnologia que “redubla” podcasts para diferentes idiomas com a intenção de expandir o público dos programas.

De acordo com a Reuters, o Spotify tem estudado formas de aumentar os lucros ao ampliar os conteúdos geradores de receitas. Isso inclui os podcasts e os audiobooks. Então, a plataforma tem realizado diferentes ações para alavancar o formato.

Com informações: Reuters
Spotify vai usar IA do Google para criar recomendações de podcasts e audiobooks

Spotify vai usar IA do Google para criar recomendações de podcasts e audiobooks
Fonte: Tecnoblog

Spotify: app para TVs ganha design reformulado e modo escuro

Spotify: app para TVs ganha design reformulado e modo escuro

Spotify lança novo visual do app para TVs (Imagem: Divulgação/Spotify)

O Spotify anunciou nesta quinta-feira (9) uma atualização no design do aplicativo para televisões. O novo visual do app visa deixar os principais atalhos e conteúdos recomendados para o usuário logo na abertura do programa. Todavia, a interface da execução de discos e podcasts continua igual.

O objetivo do Spotify com essa atualização é integrar as experiências nos dispositivos mobile (smartphones e tablets) e televisões, mantendo um design mais próximo entre esses eletrônicos. E ao subir boa parte dos atalhos para o topo, o usuário tem acesso mais rápido aos seus conteúdos favoritos.

Novo visual do Spotify traz mais atalhos no topo do app

Spotify traz mais atalhos no topo da tela (Imagem: Lupa Charleaux/Tecnoblog)

O novo design do app do Spotify para TVs traz os principais atalhos logo no topo da tela — e com mais botões. No total, ao abrir o aplicativo, o usuário verá oito atalhos. Os botões incluem os artistas e álbuns ouvidos recentemente, como mostrado na imagem de divulgação, novos episódios de podcasts e conteúdos baseados no seu gosto.

O Spotify explica em seu blog oficial que essa alteração no visual do aplicativo para TVs tem como objetivo deixá-lo mais parecido com o app para mobile. Nos nossos testes (obrigado, Lupa), o novo visual está seguindo essa proposta desejada pelo Spotify. E o maior número de atalhos e sugestões também é bem-vindo.

Modo escuro no app do Spotify para televisões (Imagem: Divulgação/Spotify)

Outras mudanças do novo visual são a estreia do modo escuro, ícone de perfil ativo visível e lista de músicas reformulada. No modo escuro, além de deixar diminuir o brilho do player, o app mostrará menos recursos.

Já a exibição dos ícones de perfil visa deixar a troca de perfis mais ágeis, além de facilitar a visualização de qual é o usuário ativo no momento. Com a reformulação na lista de música, os ouvintes terão mais controle sobre a fila, podendo gerenciá-la e acessando mais canções de uma só vez — antes disso, o usuário via apenas a música seguinte.

Com informações: Engadget
Spotify: app para TVs ganha design reformulado e modo escuro

Spotify: app para TVs ganha design reformulado e modo escuro
Fonte: Tecnoblog