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Do B2B ao SaaS: conheça modelos de negócios de startups, big techs e e-commerces

Do B2B ao SaaS: conheça modelos de negócios de startups, big techs e e-commerces

Modelos de negócios são essenciais para a operação de uma empresa (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Modelos de negócios são formatações estratégicas que definem e guiam a operação de uma empresa. Essas estruturas de funcionamento se baseiam principalmente na geração de valor e de lucro, e são adotadas por companhias de qualquer área.

No ramo tecnológico, modelos de negócios baseados em computação em nuvem (como SaaS e IaaS) integram a cartilha de big techs. Outros modelos como B2B, B2C, marketplace e economia compartilhada também são comuns entre empresas do setor.

Vale destacar que não existe necessariamente um modelo de negócios melhor que o outro: estruturações estratégicas validadas podem performar melhor ou pior que outras, dependendo do negócio, da implantação, entre outros fatores.

A seguir, entenda o que são modelos de negócios, e confira os principais formatos de operação usados por empresas de tecnologia.

ÍndiceO que são modelos de negócios?Para que servem os modelos de negócios?Quais são os principais modelos de negócios de empresas de tecnologia?1. Business to Business (B2B)2. Business to Consumer (B2C)3. Marketplace4. Modelo Freemium5. Economia compartilhada6. Peer to Peer (P2P)7. Modelo de assinaturas8. Business to Government (B2G)Quais são os principais modelos de negócios baseados em computação em nuvem?1. Software as a Service (SaaS)2. Platform as a Service (PaaS)3. Infrastructure as a Service (IaaS)Qual é a diferença entre SaaS, PaaS e IaaS?Qual é a diferença entre B2B, B2C e B2G?

O que são modelos de negócios?

Modelos de negócios são formas de operação de uma empresa para geração de valor, entrega de produtos ou serviços, bem como a obtenção de lucro. Em outras palavras, trata-se de toda a estruturação que norteia o modus operandi de uma companhia em prol de seu sucesso financeiro.

O conceito de modelo de negócios é comparável à espinha dorsal de uma empresa, e se baseia nos seguintes princípios: proposta de valor, definição do público-alvo, capacidade de produção, identificação de canais de rede, recursos e rede de parceiros, cálculo da estrutura de custo, além do mapeamento de fontes de receita.

Para que servem os modelos de negócios?

Os modelos de negócios servem para definir a estrutura de uma empresa, de modo a guiar ou reforçar o modo de operação adotado. Por conta disso, a definição do modelo de negócios ocorre durante a criação de uma companhia e antes mesmo do início das operações.

Uma vez que a estratégia é traçada, agentes internos (como funcionários) vão seguir a cartilha para o sucesso financeiro do negócio, e poderão fazer alterações (se necessário). Já agentes externos (como clientes ou parceiros) poderão entender melhor a proposta de valor da empresa.

Importante destacar que os modelos de negócios são essenciais para qualquer tipo de empresa, independentemente do ramo. E a falta de uma estratégia bem definida pode comprometer a saúde financeira do negócio, bem como dificultar um recálculo de rota diante de desafios do mercado.

Quais são os principais modelos de negócios de empresas de tecnologia?

Empresas de tecnologia podem aderir a diversos modelos de negócios, dependendo da proposta para geração de valor, produto ou serviço ofertado, canal de distribuição, entre outros fatores. E dentre as principais estruturas de negócios voltados para o mercado tech, estão:

1. Business to Business (B2B)

O Business to Business (ou “Empresa para Empresa”) é voltado para companhias que ofertam produtos ou serviços para outras empresas. Geralmente, o fornecimento de serviços está ligado a softwares, APIs ou infraestruturas de TI que habilitam a operação de outra empresa.

Microsoft, Salesforce e Amazon Web Sevices (AWS) são exemplos de negócios do mercado B2B, com a oferta de softwares e plataformas corporativas, e até mesmo servidores e serviços de computação em nuvem.

2. Business to Consumer (B2C)

O modelo Business to Consumer (B2C) significa “Empresa para Consumidor”, e abrange companhias cujos produtos e serviços são voltados para o consumidor final, sem a necessidade de um intermediário. Trata-se de um modelo amplo, que pode ofertar de serviços digitais a conteúdos de entretenimento diretamente ao cliente.

Empresas fintechs como o Nubank são exemplos de players B2C, embora a instituição financeira também atue no modelo de negócios B2B.

3. Marketplace

O modelo marketplace tem operação similar à de lojas varejistas e atacadistas físicas (B2B), mas com funcionamento no ambiente digital. O modelo de negócios abrange tanto as lojas digitais (e-commerces), quanto plataformas online que conectam compradores e vendedores.

Amazon e Shopee são duas das maiores empresas que adotam o modelo de negócios marketplace dentro de suas cadeias de operação.

Muitas lojas físicas modificaram seus modelos de negócios para marketplace (Imagem: AS Photography/Pexels)

4. Modelo Freemium

Um dos grandes exemplos de modelo de negócios adotados por empresas tech é o freemium: o modelo costuma envolver a oferta de serviços de forma gratuita e com limitações, mas que desbloqueia todos os recursos caso o cliente contrate o plano pago.

O Duolingo é um exemplo de serviço que depende de um plano pago para uma experiência mais completa, assim como a plataforma Spotify.

5. Economia compartilhada

Economia compartilhada é outra estrutura de negócios popular entre as empesas tech. Neste modelo, as empresas oferecem bens ou espaços de serviço de forma temporária (aluguel, empréstimo ou compartilhamento) ao invés da posse definitiva.

Diversas empresas do tipo startup nasceram e se mantêm no modelo de economia compartilhada, a exemplo do Airbnb com os aluguéis de estadias, ou da Uber com o uso compartilhado de veículos.

6. Peer to Peer (P2P)

Peer to peer (P2P) significa “Ponto a Ponto” em tradução livre, e refere-se ao modelo que habilita negócios diretos entre duas partes de maneira mais descentralizada. O P2P pode ter operação similar ao de um marketplace, mas com atuação com menos interferências para mais autonomia entre usuários.

A plataforma Paxful é considerada uma das maiores plataformas P2P do ramo de criptomoedas e ativos digitais.

7. Modelo de assinaturas

Modelos de assinaturas abrangem negócios que operam sob contratações periódicas (mensais, anuais, entre outras) para a oferta do produto ou serviço. O modelo já era adotado no passado, mas se tornou ainda mais popular com a ascensão dos serviços online devido à convergência digital.

Plataformas de streaming como Netflix e Amazon Prime Video são bons exemplos de negócios baseados em assinaturas.

No modelo de assinaturas, é preciso pagar mensalidades ou anuidades para garantir acesso ao serviço (Imagem: yousafbhutta/Pixabay)

8. Business to Government (B2G)

Business to Government (traduzido como “Negócios para Governo”) é um modelo similar ao B2B, mas cuja estrutura se baseia em serviços e produtos de uma empresa a uma entidade governamental. No ramo de tecnologia, o modelo B2G geralmente envolve soluções e infraestruturas em prol da administração pública.

Empresas como a TOTVS são exemplos de companhias que atuam com órgãos governamentais.

Quais são os principais modelos de negócios baseados em computação em nuvem?

Modelos de negócios baseados em computação em nuvem são bastante comuns no mercado tech, especialmente pelas gigantes de tecnologia. E as três principais estruturas de operação desse ramo incluem:

1. Software as a Service (SaaS)

Software as a Service (ou “Software como Serviço”) é um modelo de negócios que se baseia na oferta e manutenção de aplicações armazenadas em nuvem: os softwares são disponibilizados via internet, sem a necessidade de instalações para rodar a operação.

Serviços do Google Workspace são exemplos de SaaS, já que podem rodar diretamente do navegador pelos clientes finais.

Aplicações que rodam via nuvem facilitam o acesso pelos usuários (Imagem: Hazel Z/Unsplash)

2. Platform as a Service (PaaS)

Platform as a Service significa “Plataforma como Serviço”, e é uma estrutura de negócios baseada na oferta de ambientes em nuvem completos para criação, execução e gerenciamento de aplicativos. Neste modelo, desenvolvedores só focam nas aplicações e dados, enquanto todo o resto é gerenciado pelo fornecedor de serviços.

O serviço Google Cloud Run é um exemplo de PaaS voltado para o desenvolvimento baseado em contêineres. 

3. Infrastructure as a Service (IaaS)

Já o Infrastructure as a Service (ou “Infraestrutura como serviço”) consiste em modelo de negócios do qual a empresa oferta infraestrutura completa via computação em nuvem para o cliente, eliminando a necessidade de instalação ou implementação de infraestruturas físicas.

Dentre os exemplos de IaaS está o IBM Cloud Virtual Server for VPC, que oferece recursos de computação de provisionamento rápido (máquinas virtuais) com altas velocidades de rede.

Qual é a diferença entre SaaS, PaaS e IaaS?

A principal diferença entre SaaS, PaaS e IaaS envolve o nível de controle e capacidade de gerenciamento de clientes e fornecedores no serviço de computação em nuvem.

No SaaS, a empresa oferece a aplicação pronta para o cliente, que precisa apenas usar o serviço. Já no PaaS a empresa disponibiliza infraestrutura e plataforma, mas exige que os clientes testem e executem seus códigos para o funcionamento da aplicação.

No IaaS, a fornecedora disponibiliza apenas a infraestrutura. Logo, o cliente tem mais responsabilidades de gerenciamento, já que cuidará da implementação de sistema operacional, da plataforma de operação, da execução da aplicação e dos demais processos.

Em uma analogia, SaaS seria como um restaurante que serve pratos prontos, enquanto PaaS seria uma empresa que oferece cozinha e alimentos para o preparo, e IaaS seria comparável a uma companhia que disponibiliza somente a cozinha.

Qual é a diferença entre B2B, B2C e B2G?

As diferenças entre B2B, B2C e B2G estão ligadas ao público-alvo do negócio: no B2B o serviço é oferecido de uma empresa para outra companhia, enquanto o B2C foca em produtos e serviços voltados para o consumidor final, e o B2G refere-se aos serviços de uma empresa à administração pública (governo).
Do B2B ao SaaS: conheça modelos de negócios de startups, big techs e e-commerces

Do B2B ao SaaS: conheça modelos de negócios de startups, big techs e e-commerces
Fonte: Tecnoblog

CEO da Microsoft prevê agentes de IA acabando com SaaS

CEO da Microsoft prevê agentes de IA acabando com SaaS

Satya Nadella, CEO da Microsoft, deu entrevista para podcast onde compartilhou insights sobre futuro da IA (imagem: reprodução/YouTube)

Os agentes de IA podem acabar com o modelo de uso de programas por assinatura, o famoso SaaS (Software as a Service), que conhecemos hoje. A previsão foi feita por Satya Nadella, CEO da Microsoft, em uma entrevista para o podcast americano Bg2 Pod sobre a sua visão de futuro para serviços de IA. O cenário imaginado pelo CEO também pode afetar a própria Microsoft futuramente, que tem no Microsoft 365 uma das fontes de receita.

Contudo, a tendência é que a big tech não perca receitas com o cenário de agentes de IA tomando o lugar de softwares como o Excel, o Word ou um ERP. A Microsoft segue investindo bilhões de dólares no desenvolvimento da tecnologia. Ou seja: o agente do Copilot, IA da empresa, será o substituto desses programas — com os quais ele já tem integração.

Por que Nadella vê os agentes de IA no lugar de programas SaaS?

Na opinião de Nadella, as IAs e agentes de IA serão capazes de usar sozinhos os programas necessários para as empresas. Nas palavras do CEO, a Microsoft buscará agressivamente o “colapso” do modelo atual de aplicativos para empresas. Nadella usa como exemplo a integração do Excel com Python e Copilot.

CEO of Microsoft Satya Nadella: We are going to go pretty aggressively and try and collapse it all. Hey, why do I need Excel? I think the very notion that applications even exist, that’s probably where they’ll all collapse, right? In the Agent era. RIP to all software related jobs. byu/Just-Grocery-2229 inagi

Como explica o CEO da Microsoft, essa combinação transforma o Copilot em um analista de dados. Assim, no futuro, o usuário não terá que usar diretamente o Excel. Bastará entregar os dados para o Copilot, aplicar um prompt e a IA acessará o programa para gerar os resultados. Incluindo gráficos e, meu palpite, um relatório com a análise dos dados.

Podemos inferir pela entrevista que a Microsoft não quer matar os seus icônicos programas de suíte de escritório. É você, usuário humano, que não pagará um SaaS para escrever um texto no Word ou fazer uma planilha no Excel. Você assinará o Copilot e ele fará tudo isso por você.

A entrevista de Nadella mostra outra visão da Microsoft e de outras empresas de IA: essa tecnologia só será fornecida por elas. Como bem destaca um comentário sobre a entrevista no Reddit, a declaração do CEO mostra porque será necessário termos uma IA local rodando nos nossos computadores.

Do contrário, as pessoas não terão acesso gratuito a esses serviços que podem aumentar a produtividade no trabalho — e eliminando algumas profissões no caminho.

Com informações de Bg2 Pod e Windows Central
CEO da Microsoft prevê agentes de IA acabando com SaaS

CEO da Microsoft prevê agentes de IA acabando com SaaS
Fonte: Tecnoblog