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Celulares irregulares da Xiaomi e Realme são retirados da Amazon

Celulares irregulares da Xiaomi e Realme são retirados da Amazon

Loja desaparece da Amazon após denúncia do CNCP (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

A Amazon tomou providências e retirou da loja alguns celulares de marcas como Xiaomi e Realme tidos como irregulares. Os produtos foram listados num relatório do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), conforme noticiamos na última sexta-feira (dia 10/05). Ao tentar acessar as páginas surge um aviso de “Precisa de ajuda?”.

Nós apuramos que a remoção das ofertas ocorreu ao longo do fim de semana. Ao todo, a Amazon recebeu uma listagem com 50 lojas terceirizadas suspeitas de venderem os smartphones ilegais. Mesmo assim, a Amazon pediu uma extensão no prazo inicialmente determinado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

Por sua vez, o Mercado Livre não parece ter apagado as ofertas irregulares, segundo fontes do mercado. Elas dizem que a interlocução com o MeLi tem sido bem mais difícil.

O que aconteceu?

A queixa de representantes da indústria de eletrônicos contra os smartphones irregulares não é nova. A associação do setor, chamada de Abinee, calcula que 25% do mercado brasileiro são referentes aos produtos que chegam ao país sem pagarem impostos nem estarem contemplados no processo de homologação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

@tecnoblog Os representantes da Amazon entraram em contato com a Secretaria Nacional do Consumidor e conseguiram estender o prazo para remover celulares ilegais da plataforma. Com mais 48 horas, a empresa terá até quarta-feira, dia 15/05, às 16h para cumprir a determinação. Na sexta-feira passada, dia 10/05, tanto a Amazon quanto o Mercado Livre foram notificados por causa da venda de smartphones considerados irregulares em seus respectivos marketplaces. A solicitação foi feita pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), e atendida pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNPC). #amazon #mercadolivre #celular #celulares #techtok #tecnologia ♬ som original – Tecnoblog

A Abinee submeteu um documento ao Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNPC) no começo de maio com lojas infratoras. A partir daí, as autoridades acionaram a Amazon e o Mercado Livre para determinar a remoção dos produtos.

Os produtos irregulares podem custar até metade do preço das versões oficiais. Por óbvio, o valor muito abaixo de mercado acaba por deixá-los muito atrativos. Há relatos de itens vendidos por meio da Amazon e do Mercado Livre que chegaram à casa do comprador sem nota fiscal nem carregador compatível com o padrão brasileiro, duas exigências da legislação atual.

Tanto a Xiaomi quanto a Realme têm operação no Brasil, com direito a executivos, equipe comercial e escritórios em São Paulo. Os chineses da Xiaomi também abriram mais de 20 lojas próprias e quiosques em shoppings de diversas cidades.

O que dizem os e-commerces?

Amazon e Mercado Livre têm dezenas de lojas com celulares irregulares, segundo Senacon (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Amazon e o Mercado Livre afirmam que seguem as regras e que seus termos de uso não permitem a comercialização de produtos não autorizados no país. Em resumo, também prevêem a possibilidade de destruir as cargas com problema e de expulsão dos vendedores.

Esta situação parece estar longe do fim. Pessoas com conhecimento do assunto admitem que a remoção de ofertas faz barulho na imprensa, mas tem impacto pequeno diante de um volume tão grande de smartphones em situação irregular.

Numa entrevista coletiva em 26 de março, o presidente da Abinee, Humberto Barbato, cobrou uma “ação drástica” do poder público para coibir o contrabando, termo popular para o crime de descaminho.
Celulares irregulares da Xiaomi e Realme são retirados da Amazon

Celulares irregulares da Xiaomi e Realme são retirados da Amazon
Fonte: Tecnoblog

Governo quer que SAC seja feito majoritariamente por seres humanos

Governo quer que SAC seja feito majoritariamente por seres humanos

Senacon prepara novo texto para Decreto do SAC (Imagem: Nordwood Themes / Unsplash)

Wadih Damous, chefe da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), quer que o Decreto do SAC obrigue que pelo menos 70% do atendimento seja humano. A proposta de atualização do texto deve ser enviada para a Presidência da República ainda neste semestre. “Eu vou defender que pelo menos 70% do atendimento seja humano”, disse Damous ao site TeleSíntese. “Ninguém aguenta mais robô”, completou.

Como isso será definido ainda está em análise. A Senacon vem analisando o tema desde o ano passado e contatou uma consultoria para avaliar e propor um novo texto para o Decreto. A ideia é determinar a ampliação do atendimento humano e se concentrar também em efetividade e humanização.

Wadih Damous, chefe da Senacon, quer aumentar atendimento humano (Imagem: Valter Vampanato / Agência Brasil)

O texto atual do Decreto do SAC é de abril de 2022, quando passou a prever o atendimento automatizado e os chats. Mesmo assim, ele define que as empresas devem oferecer, no mínimo, oito horas de atendimento humano. Damous considera que este piso é inadequado. Além de melhorar o atendimento, o secretário quer gerar mais empregos no setor.

Anatel exige atendimento humano das 6h às 22h

Órgãos reguladores podem estabelecer períodos diferentes, desde que sejam iguais ou maiores ao que o Decreto do SAC define.

O TeleSíntese menciona o caso da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O Regulamento Geral de Direitos do Consumidor (RGC) obriga as operadoras de grande porte a oferecer atendimento humano 24 horas por dia para demandas urgentes. Para outras demandas, os funcionários devem estar disponíveis de 6h às 22h, todos os dias da semana.

Grandes operadoras são obrigadas a oferecer atendimento humano das 6h às 22h (Imagem: Reprodução/Anatel)

Essas regras foram alteradas em outubro de 2023. Na versão anterior do RGC, as teles eram obrigadas a oferecer atendimento telefônico 24 horas por dia, para todas as demandas. Também não existe mais obrigação de atendimento presencial.

Já os provedores de pequeno porte devem oferecer apenas atendimento telefônico por, no mínimo, oito horas por dia nos dias úteis. Uma atualização do Decreto do SAC pode elevar o mínimo para todas as empresas e, com isso, afetar também os provedores menores.

Com informações: TeleSíntese
Governo quer que SAC seja feito majoritariamente por seres humanos

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Fonte: Tecnoblog