Category: Retrospectiva 2023

Apple teve 2023 morno, com foco no Brasil e chegada do Vision Pro

Apple teve 2023 morno, com foco no Brasil e chegada do Vision Pro

Em um ano de altos e baixos, quem teve mais a celebrar sobre a Apple em 2023 foram os clientes brasileiros (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Se o ano de 2023 da Apple fosse um jogo na Steam, a opinião sobre ele seria “Neutra”. A empresa teve momentos positivos, mas também alguns percalços no caminho. Neste ano, a Apple apresentou seu primeiro novo grande produto em anos e trouxe o USB-C para o iPhone. Também deu mais atenção ao Brasil e outros mercados em desenvolvimento.

Nas linhas a seguir, confira o destaques da Apple ao longo dos últimos 12 meses.

Headset VR é apresentado pela Apple

Depois de anos de rumores, a Apple finalmente apresentou o Vision Pro, seu primeiro headset VR e primeiro novo produto desde 2014, quando anunciou o Apple Watch. Com vendas previstas para fevereiro, o dispositivo foi anunciado com um preço de US$ 3.500. Nem adianta fazer a conversão direta (que dá R$ 16.887,15), pois ele só será vendido nos Estados Unidos — pelo menos no seu primeiro ano de vida.

Apple Vision Pro é o primeiro grande produto da Apple desde 2014 (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O nosso editor Thássius Veloso esteve em Cupertino, onde fica a sede da companhia, testou e ficou impressionado com o Apple Vision Pro. A Apple lançou um sistema operacional dedicado para o headset, o visionOS. O público-alvo do produto ainda é uma incógnita. A Apple deu várias demonstrações de consumo de conteúdo audiovisual (e não vê problema no uso de pornô) e promete que a tela virtual equivale à resolução 4K, mas isso você pode ver no seu PC, tablet ou smartphone — e ainda tem o Meta Quest, que é mais barato.

É provável que o maior uso do headset esteja na indústria, permitindo que a realidade mista auxilie nas tarefas de mecânicos, fábricas e até telemedicina. Um exemplo desse uso profissional são os das companhias aéreas, que utilizam óculos VR/MR para que mecânicos em lugares diferentes conversem entre si sobre reparos de peças.

iPhone 15 traz USB-C e uma “novidade” quente

Linha iPhone 15 estreia o conector USB-C, iPhone 15 Pro Max (foto) traz chassi de titânio (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O Vision Pro é, sem dúvidas, a maior e principal novidade da Apple do ano. Mas adotar o USB-C no iPhone 15 também marcou a empresa. E não caia no papo de que ela fez isso para “seguir as tendências do mercado”, tal qual foi dito na apresentação do aparelho. A Apple se adiantou à legislação da União Europeia, que exige que todos os smartphones vendidos na zona econômica usem USB-C.

Ao adotar o USB-C, a Apple finaliza a era do cabo Lightning em seus dispositivos — pelo menos nos mais novos — e a era do “alguém tem carregador de iPhone?”. Há anos a big tech da Maçã estava trocando o conector em outros aparelhos, como iPads e Macs. Porém, o USB-C da Apple não possui algumas das vantagens deste padrão, como a velocidade de recarga que não passa de 26W no Pro Max.

A principal dor de cabeça da Apple foi o superaquecimento relatado por usuários de iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro max. De acordo com a empresa, a causa era um bug no iOS 17. Em outubro, alguns dias depois do lançamento do smartphone, a Apple lançou uma atualização do sistema operacional para corrigir o problema.

No geral, o iPhone 15 é uma evolução natural do iPhone 14 — assim como o Galaxy S23 é uma evolução natural do Galaxy S22. Tudo isso é um modo de dizer “é muito bom, um dos melhores smartphones do ano”, mas seguimos sem grandes novidades, sem o fator ‘UAU!”.

Ao menos a empresa saiu na frente ao adotar o chassi de titânio, material mais nobre que deixa o telefone mais leve e robusto. As rivais rapidamente se movimentaram: a Xiaomi apresentou o Xiaomi 14 em outubro também com corpo de titânio, e os rumores dão conta de que o Galaxy S24 seguirá pelo mesmo caminho.

Apple deu mais atenção ao Brasil neste ano

iPhone 15 não é do Brasil-sil-sil-sil, mas chegou aqui bem rapidinho (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A chegada do iPhone 15 representou ainda uma nova estratégia de comercialização da Apple para o Brasil. Pela primeira vez, os smartphone chegaram ao Brasil na semana seguinte ao início das vendas nos Estados Unidos.

Entre os motivos que levaram a Apple a dar mais atenção ao Brasil estão novos meios de pagamento e de aquisição dos iPhones e o fato de que a chegada de uma nova série alavanca a venda das gerações mais antigas — que seguem como boas opções para quem quer ter um celular com o icônico logo da maçã.

Uma boa novidade para os usuários do iPhone no Brasil foi a parceria da Apple com a Claro, que resultou na ferramenta nativa de transferência de eSIM. O recurso permite que os clientes convertam um chip físico em eSIM, transfiram um chip físico para eSIM entre iPhones compatíveis ou façam a transferência eSIM para eSIM entre iPhones. Essa ferramenta está disponível no iOS 17.2.

Chips M3 estreiam o ray tracing nos Macs

MacBook Pro é um dos Macs que estreou o chip M3 (Imagem: Reprodução/Apple)

Em outubro, a Apple apresentou ao público seus novos Macs equipados com os chips M3, trazendo ray tracing para os SoCs. No evento Scary Fast, realizado na véspera do Halloween, a empresa lançou os MacBooks Pro (14 polegadas e 16 polegadas) e iMac equipados com a nova linha de processadores.

A principal estrela do Scary Fast (rapidamente assustador, em tradução direta) foi o M3 Max. O chip topo de linha tem 16 núcleos de CPU, 40 de GPU e pode ser equipado com até 128 GB de memória RAM. Segundo a Apple, o M3 tem um desempenho 80% mais rápido na geração de gráficos do que o seu antecessor, o M2. O MacBook Pro com M3 Max é capaz de exibir imagens 4K em até quatro monitores externos.

Apple lança novos relógios, mas não pode vendê-los

Monitoramento de treino do Smart Gym no Apple Watch Ultra 2 (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog )

Aos quarenta e cinco do segundo tempo, esse fato chegou à retrospectiva do Tecnoblog. A Apple teve que suspender a venda dos Apple Watch 9 e Ultra 2 nos Estados Unidos por causa de uma ação judicial. A empresa do ramo de saúde Masimo acusa a gigante de Cupertino de violar patentes para tecnologias usadas nos oxímetros, ou seja, os sensores de oxigênio no sangue.

A Apple acatou a decisão do órgão de comércio dos Estados Unidos, que julgou a causa favorável à Masimo. Somente o presidente do país, Joe Biden, poderia reverter a decisão. Mas na briga entre empresas americanas, Biden ficou quieto e a Apple entrou com um recurso para liberar a venda dos relógios. A decisão afetou até a venda de alguns Apple Watch 7 e 8, além do conserto dos produtos.

Nos acréscimos, quando este texto já estava pronto, a Justiça americana reverteu a suspensão. Agora, a big tech seguirá vendendo os smartwatches pelo menos até 12 de janeiro. Na data, a alfândega dos Estados Unidos decidirá se as alterações feitas nos dispositivos corrigem a violação de patente. Se a resposta for negativa, a corte terá que julgar novamente se retoma a suspensão ou libera a venda até o fim do julgamento.

Ainda no assunto Apple Watch, um aplicativo feito por um brasileiro foi considerado o app do ano para o smartwatch. Outra brasileira teve destaque na categoria de apps para iPad.
Apple teve 2023 morno, com foco no Brasil e chegada do Vision Pro

Apple teve 2023 morno, com foco no Brasil e chegada do Vision Pro
Fonte: Tecnoblog

O que mudou no WhatsApp? Confira as novidades apresentadas em 2023

O que mudou no WhatsApp? Confira as novidades apresentadas em 2023

Recursos mais esperados pelos usuários chegaram em 2023 (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O WhatsApp ganhou muitos recursos ao longo de 2023. Se teve uma coisa que a Meta fez, foi atualizar o aplicativo, que permanece como o rei da comunicação digital no Brasil. Algumas funções movimentaram o contato entre empresas e seus consumidores, como é o caso dos Canais. Outras chegaram até tarde demais, como a edição de mensagens após seu envio.

Siga aqui para acompanhar as principais novidades do WhatsApp anunciadas durante este ano. Será que você se lembra de tudo?

O WhatsApp trabalhou para juntar a galera em 2023

Faz quase 12 meses que o WhatsApp anunciou o recurso de Comunidades. Na prática, um mesmo administrador consegue tocar até 50 grupos, reunindo até 5 mil pessoas. Bastante gente.

Com o recurso, uma escola, por exemplo, pode criar grupos de cada sala de aula para se comunicar diretamente com os pais daqueles alunos específicos. O mesmo vale para síndicos, restaurantes ou outros serviços que necessitam de uma comunicação exclusiva para diferentes pessoas.

Comunidades do WhatsApp (Imagem: Divulgação/WhatsApp)

Ainda falando em comunicação em massa, em setembro foi a vez dos Canais darem as caras. A ferramenta permite que empresas e influenciadores criem um espaço para enviar mensagens a seus seguidores.

O número de inscritos que um Canal pode ter é ilimitado, funcionando mais como um espaço de reações, já que os seguidores não podem conversar entre si. Por sinal: lembre de seguir o Canal do Tecnoblog para receber as notícias mais quentes da tecnologia.

Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Tecnoblog (@tecnoblog)

Recursos muito esperados finalmente chegaram

Ninguém aguentava mais mandar um asterisco (*) quando errava alguma palavra na mensagem enviada. Ainda bem que a opção de editar mensagens desembarcou na plataforma em maio. O prazo ainda é curto: somente 15 minutos. Ainda assim, ficou mais fácil corrigir um texto, mesmo que a pessoa na outra ponta fique sabendo da modificação.

Dentro dos recursos mais esperados, ainda tivemos a ferramenta para usar duas contas do WhatsApp no mesmo celular – uma maravilha para os empreendedores que precisam alternar entre a conta pessoal e profissional. E, para fechar, chegou a possibilidade de usar o mesmo número do WhatsApp em vários dispositivos.

Interface do WhatsApp com duas linhas ativas (Imagem: Divulgação/Mark Zuckerberg)

Facilidade: tudo o que a gente queria

O WhatsApp também trabalhou para facilitar o seu uso em 2023. Vimos a chegada dos pagamentos dentro do app, como uma forma de melhorar a experiência entre compradores e vendedores que utilizam a plataforma como principal meio de comunicação. Já o compartilhamento de tela em chamadas de vídeo ajuda nas reuniões e o envio de fotos em alta resolução complementa a função de repassar imagens na plataforma.

No finalzinho do ano, também acompanhamos a chegada dos áudios de visualização única e da opção de fixar mensagens em conversas e grupos por até 30 dias.

Pagamentos no WhatsApp (imagem: Divulgação/Meta)

Segurança? É sempre bom

No quesito segurança, o WhatsApp não deixou a desejar. Primeiro que a plataforma começou a liberar a opção de silenciar ligações de desconhecidos, principalmente porque ninguém suporta mais receber chamadas de estranhos.

Depois, foi a vez da opção de mandar mensagem sem precisar adicionar o número da pessoa. O recurso chegou com a proposta de manter a segurança e privacidade nas conversas.

Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Tecnoblog (@tecnoblog)

Por fim, o uso de códigos secretos em conversas individuais foi liberado. O chamado Chat Lock, que permite inserir senhas únicas em cada conversa que deseja manter privada, vem para garantir privacidade e proteção, principalmente para pessoas em situações vulneráveis.

Bom, ainda restam dois dias para o ano acabar. Será que a Meta lança mais alguma coisa?
O que mudou no WhatsApp? Confira as novidades apresentadas em 2023

O que mudou no WhatsApp? Confira as novidades apresentadas em 2023
Fonte: Tecnoblog