Category: Povo dos Estados Unidos

Gigantes da inteligência artificial se comprometem com regras do governo dos EUA

Gigantes da inteligência artificial se comprometem com regras do governo dos EUA

As grandes empresas de inteligência artificial anunciaram o comprometimento de seguir as diretrizes do governo americano sobre o desenvolvimento seguro de IAs. Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI aprovaram as medidas da Casa Branca nesta sexta-feira (21). Com esse acordo, as companhias seguirão diretrizes de segurança para evitar riscos na evolução das IAs.

Principais empresas de IA na atualidade aprovaram diretrizes sugeridas pelo governo americano (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O anúncio do acordo entre as partes (governo e empresas) foi publicado no site oficial da Casa Branca. Segundo o texto, o comprometimento das empresas foi voluntário. O governo americano informa ainda que está em contato com outras nações, incluindo o Brasil, para ampliar o número de empresas e governos que apoiam as diretrizes de segurança para o desenvolvimento de IAs.

Medidas para o desenvolvimento seguro de IAs

No total, foram apresentadas oito diretrizes (ou medidas) para o desenvolvimento seguro de inteligências artificiais. Essas medidas são apenas o primeiro passo da Casa Branca antes de criar uma proposta de regulamentação. Iremos resumi-las de acordo com as suas similaridades.

Garantir uma IA segura antes do lançamento: Neste ponto, as empresas se comprometem a permitir que terceiros realizem testes com suas inteligências artificiais. Esses testes verificarão os riscos da IA expor dados sobre biossegurança e cibersegurança.As empresas também compartilharão informações com governos, indústria, sociedade e academia, além de promover práticas positivas sobre segurança, compartilhar técnicas e tentativas de “driblar” as medidas de segurança das IAs — como aquelas que impedem om ChatGPT de escrever vírus.

OpenAI, criadora do ChatGPT, é uma das empresas que aceitou as diretrizes da Casa Branca (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

“Segurança em primeiro lugar”: Basicamente um complemento do ponto anterior, essa diretriz exige que as empresas só lance seus modelos após a garantia de que a IA é segura. As companhias também facilitarão que terceiros descubram e reportem vulnerabilidades. A IA necessitará ainda de um “mecanismo robusto” de comunicação de falha.

“Conquistar a confiança do público”: Aqui, a proposta do governo americano é que as empresas criem ferramentas que permitam identificar se um conteúdo é gerado por IA; divulguem as capacidades das suas IAs (que pode evitar os casos de acusações falsas de plágio pelo ChatGPT); priorizem pesquisas no riscos da tecnologia sobre a sociedade; evitem conteúdos prejudiciais e discriminatórios e protejam a privacidade.Há também uma exigência para que as empresas desenvolvam sistemas avançados de IA para resolver os principais desafios da sociedade, como cura de cânceres e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Com informações: New York Times e Google
Gigantes da inteligência artificial se comprometem com regras do governo dos EUA

Gigantes da inteligência artificial se comprometem com regras do governo dos EUA
Fonte: Tecnoblog

Militares americanos divulgaram dados sensíveis por causa de erro de digitação

Militares americanos divulgaram dados sensíveis por causa de erro de digitação

Errar é humano, mas alguns erros têm um custo imensurável quando se trata de segurança nacional. Um exemplo disso são os milhares de emails do Exército dos Estados Unidos que foram enviados “para contas do Mali”, na África — tudo por causa de um único erro de digitação. Ao invés de digitar “.MIL” no destinatário, alguns membros das forças armadas dos EUA digitam “ML”, domínio do país africanos.

Militares americanos digitaram domínio errado na hora de enviar emails (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Para a sorte do Exército estadunidense, nenhuma informação classificada foi enviada nesses emails. O pior caso foi o compartilhamento dos detalhes de viagens de oficiais de alto escalão — e quem tem general, tem medo. Quem recebia esses e-mails é Johannes Zuurbier, empresário neerlandês (gentílico correto de quem nasce nos Países Baixos) contrato pelo governo do Mali para gerenciar o domínio “.ML”.

De acordo com o empresário, somente em janeiro ele recebeu 117.000 emails que deveriam ter o domínio “.MIL” inseridos em seu final. Além do itinerário de viagem de oficiais, um caso que chama a atenção é o de um email de um agente do FBI que queria informar sobre uma ação do grupo turco PKK (leia com atenção) para invadir escritórios da Turkish Airlines nos Estados Unidos.

Outras informações sensíveis envolvem identidades de militares, fotos de bases e inspeções em navios da marinha.

Enviando emails para nação aliada da Rússia, hackers do Kremlin nem têm trabalho (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Contrato de Zuurbier termina em breve e é risco para os Estados Unidos

Apesar do empresário estar desde 2013 recebendo esses emails (e avisando para as forças armadas estadunidenses), o risco desses envios errados será “ampliado” a partir da próxima segunda-feira, quando o contrato de Zuurbier com o governo Mali será encerrado.

Apesar de ser um país longe dos holofotes da mídia, o recebimento desses emails pelo Mali representa uma grande peça da geopolítica. O país africano é alinhado com a Rússia e possui tropas do grupo de segurança privada Wagner, que recentemente se envolveu em uma tentativa de golpe contra o ministério da defesa russo — mas ainda opera no Mali com apoio do Kremlin.

Com informações: Financial Times e TechSpot
Militares americanos divulgaram dados sensíveis por causa de erro de digitação

Militares americanos divulgaram dados sensíveis por causa de erro de digitação
Fonte: Tecnoblog