Category: Polícia Civil

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Agente da Anatel na operação Fantasma da Rede (imagem: reprodução/Anatel)

Resumo

Anatel e DEIC/SP desmantelaram central clandestina de TV e internet na Zonal Leste de São Paulo;
No local foram encontrados roteadores não certificados ou com homologação vencida e infraestrutura de call center usada para suporte técnico aos clientes;
Operação Fantasma da Rede resultou na apreensão de equipamentos e na prisão de dois envolvidos.

Fantasma da Rede. Esse é o nome de uma ação realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de São Paulo (DEIC/SP) que resultou no desmantelamento de uma rede pirata de TV por assinatura na Zonal Leste de São Paulo (SP).

As investigações levaram as autoridades, na terça-feira (12/08), a um sobrado que aparentava ser residencial, mas que, na verdade, abrigava uma central de telecomunicações clandestina. O serviço era operado por um provedor local que também oferecia planos de acesso à internet.

De acordo com a Anatel, os agentes encontraram, no local, vários equipamentos para a prestação dos serviços. Entre eles estavam roteadores não certificados ou com homologação vencida e até uma infraestrutura de call center para prestação de suporte técnico aos clientes.

Tanto os serviços de TV por assinatura quanto de acesso à internet foram interrompidos com respaldo judicial. Estima-se que a empresa, que não teve o seu nome divulgado, tinha cerca de 30.000 clientes na região em que operava.

A ação também resultou na apreensão dos equipamentos encontrados no sobrado. Além disso, duas pessoas ligadas ao provedor foram presas. Uma foi liberada pouco tempo depois, mas a outra continuou detida por determinação judicial.

Ainda como parte da operação Fantasma da Rede realizada na terça-feira, as autoridades cumpriram ordens judiciais para identificar e interromper serviços não autorizados de TV por assinatura em outros locais.

A Anatel explica o porquê da ação:

Além da violação de direitos autorais, a atividade configura crime contra a ordem econômica e pode estar associada a práticas de receptação qualificada e lavagem de dinheiro, com indícios de envolvimento de organizações criminosas.

Sede da Anatel em Brasília (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Anatel atua contra serviços irregulares de telecomunicações

Operações como essa não são isoladas. Com auxílio de autoridades policiais, a Anatel tem atuado contra serviços de telecomunicações que operam de modo irregular ou sem as devidas autorizações.

Um exemplo recente vem de uma ação da Anatel a e Polícia Federal contra uma “gatonet” no Paraná e Distrito Federal.

Ainda com relação a esse assunto, nesta semana, a Anatel emitiu um alerta sobre o malware Bad Box 2.0, identificado em TV boxes clandestinos. Estima-se que mais de 1,5 milhão de equipamentos estejam infectados pela ameaça, com grande parte deles estando em uso no Brasil.
Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata
Fonte: Tecnoblog

Suspeito de ataque hacker a bancos é preso pela Polícia Civil

Suspeito de ataque hacker a bancos é preso pela Polícia Civil

Homem foi preso após investigação do Deic (imagem: Kevin Horvat/Unsplash)

Resumo

A Polícia Civil de São Paulo prendeu João Nazareno Roque, funcionário da C&M Software suspeito de facilitar o ataque hacker contra o sistema do Banco Central.
Roque teria fornecido senha a hackers e permitido acesso pelo seu próprio computador.
Ele teria recebido R$ 5 mil para liberar o acesso e, depois, mais R$ 10 mil para ajudar a criar um sistema para desvios.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nessa quinta-feira (03/07) o homem acusado de facilitar um dos maiores ataques hackers já registrados contra o sistema financeiro nacional. Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o alvo é João Nazareno Roque, funcionário da C&M Software (CMSW) — empresa que conecta sistemas de bancos e fintechs ao Pix do Banco Central.

Segundo o G1, Roque teria permitido o acesso de criminosos a sistemas sigilosos usando seu próprio computador. O ataque veio a público na quarta-feira (02/07) e afetou pelo menos seis instituições financeiras.

Entenda o caso

A fraude veio à tona depois que a BMP, cliente da C&M Software, registrou um boletim de ocorrência relatando desvios milionários. A própria C&M também notificou o Banco Central (BC) sobre um ataque. 

Ainda não há confirmação oficial do valor total desviado, mas a estimativa é de algo em torno de R$ 800 mil e R$ 1 bilhão. A polícia bloqueou uma conta com R$ 270 milhões, que teria sido usada para receber o dinheiro. O BC também não informou o nome de todas as instituições afetadas.

O suspeito disse à polícia que recebeu R$ 5 mil em maio deste ano para liberar o acesso aos hackers e outros R$ 10 mil para ajudar a criar um sistema que permitisse os desvios, ainda de acordo com o G1. Ele teria trocado de celular a cada 15 dias para evitar que fosse rastreado.

Roque contou que foi abordado por WhatsApp para fornecer o login e a senha que abriram a porta para a invasão ao sistema de pagamentos instantâneos da CMSW.

A prisão aconteceu no bairro City Jaraguá, na Zona Norte da capital paulista. A investigação ainda apura a extensão dos prejuízos e outros envolvidos no esquema.

A C&M atua como uma ponte para que bancos menores e fintechs se conectem aos sistemas do BC e realizem operações como o Pix. Para isso, a empresa opera contas de reservas, que funcionam como uma espécie de conta corrente mantida pelas instituições financeiras dentro do BC, usada para processar e liquidar transações. 

Logo após o ataque, o Banco Central suspendeu o acesso das instituições afetadas aos sistemas operados pela C&M. A suspensão, que era total, foi revisada e virou uma suspensão parcial.

Com informações do G1
Suspeito de ataque hacker a bancos é preso pela Polícia Civil

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Fonte: Tecnoblog