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Brasil inaugura ia.br e mais três categorias de domínio

Brasil inaugura ia.br e mais três categorias de domínio

Setor de tecnologia terá domínios próprios: ia.br e api.br (Imagem: Glenn Carstens-Peters/Unsplash)

Resumo

O NIC.br lançou quatro categorias de domínio .br: api.br, ia.br, social.br e xyz.br.
O registro não terá restrições para CPF e CNPJ. A compra ocorrerá via o Registro.br ou provedores credenciados.
O registro começa em 01/09/2025 às 15h (horário de Brasília).

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), entidade responsável pela gestão dos domínios .br, anunciou nesta segunda-feira (18/08) o lançamento de quatro novas categorias de registro. A partir do dia 1º de setembro de 2025, às 15h (horário de Brasília), pessoas e empresas poderão registrar endereços com as terminações: api.br, ia.br, social.br e xyz.br.

Segundo as informações do NIC.br, não haverá restrições para o registro de domínios nessas novas categorias. Tanto pessoas físicas (com CPF) quanto jurídicas (com CNPJ) poderão adquirir os endereços diretamente pelo serviço Registro.br ou de provedores de hospedagem credenciados.

O que são e para que servem os novos domínios .br?

As novas categorias foram divididas em dois grupos: Tecnologia e Genéricos. O primeiro conjunto inclui api.br, destinado a projetos de Interfaces de Programação de Aplicações, e ia.br, voltado para o campo da Inteligência Artificial. O segundo grupo é composto por social.br, direcionado a redes sociais e comunidades online, e xyz.br, uma opção de uso diverso e sem tema específico.

A liberação representa uma ampliação significativa no portfólio de domínios .br, que já conta com mais de 130 opções, incluindo os já conhecidos: .com.br, .org.br e .gov.br. Ela atende diretamente uma demanda de desenvolvedores, startups e empresas de tecnologia que buscam endereços mais específicos para seus produtos e serviços.

O Tecnoblog usa o domínio .net, frequentemente escolhido por empresas de tecnologia (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A categoria xyz.br segue uma tendência global de oferecer domínios genéricos e curtos. Ela funciona como uma alternativa versátil para qualquer tipo de projeto, pessoal ou comercial, especialmente quando o nome desejado já está registrado em terminações mais tradicionais, como o .com.br.

A novidade também permite a criação de endereços curtos e mais fáceis de memorizar, que comunicam imediatamente o propósito de um site, sem a necessidade de recorrer a nomes mais longos ou menos intuitivos.

O que é um domínio?

Um domínio é o nome que funciona como endereço exclusivo de um site na internet (Imagem: TheDigitalArtist/Pixabay)

Um domínio funciona como um endereço exclusivo para um site ou serviço. É o nome amigável e fácil de memorizar que os usuários digitam no navegador para acessar uma página, como correios.com.br. A estrutura de um domínio é hierárquica. A parte final, o .br, é chamada de Domínio de Topo (TLD, ou Top-Level Domain). No caso do Brasil, ele é um código de país (ou ccTLD).

As novas categorias, como ia.br e social.br, são Domínios de Segundo Nível (SLD, ou Second-Level Domain) e funcionam como subdivisões temáticas dentro do .br. O nome escolhido pelo usuário (“meuprojeto”, por exemplo) será combinado com a categoria, formando o endereço completo: meuprojeto.ia.br.
Brasil inaugura ia.br e mais três categorias de domínio

Brasil inaugura ia.br e mais três categorias de domínio
Fonte: Tecnoblog

82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso

82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso

Acesso à internet atinge 95% da população brasileira (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.BR) publicou o estudo Conectividade Significativa, que apresenta um panorama sobre o acesso à internet no Brasil em 2023. A pesquisa mostra que o acesso à internet atinge 95% da população, e que 82% das pessoas utilizam a rede diariamente. Ainda assim, apenas 22% dos brasileiros possuem boas condições de conectividade.

Considerando apenas usuários de internet, 84% das pessoas têm frequência diária de acesso. O acesso diversificado entre diferentes dispositivos — como computador e smartphone, por exemplo — é exercido por 34% das pessoas.

Conexões rápidas estão presentes para apenas 35% dos brasileiros

O estudo traz a estatística de que 59% das pessoas utilizam conexão domiciliar via fibra óptica ou cabo, e a velocidade de conexão é maior que 10 Mb/s apenas para 35% dos brasileiros.

É importante salientar que os dados também contemplam pessoas que não são atendidas por banda larga, mas possuem acesso à internet graças aos pacotes de dados celulares.

As estatísticas da Anatel para fevereiro de 2024 mostram que 93,2% das conexões de banda larga fixa são compostas por fibra ou cabo coaxial, e a velocidade média contratada no país foi de 369,4 Mb/s.

Apenas 22% dos brasileiros têm boas condições de acesso

O estudo apresenta um score com nove indicadores para identificar o nível de conectividade. Para o NIC.BR, os resultados da pesquisa mostram um cenário desafiador no Brasil.

A pesquisa leva em conta os seguintes critérios (cada indicador representa 1 ponto):

Custo da conexão domiciliar menor que 2% da renda domiciliar

Presença de plano de celular pós-pago

Dispositivos per capita (quantidade de aparelhos maior que um por cada morador)

Presença de computador no domicílio

Uso diversificado de dispositivos (ex: celular e computador, celular e tablet)

Tipo de conexão familiar (móvel ou banda larga fixa)

Velocidade de conexão familiar maior que 10 Mb/s

Frequência de uso da internet

Locais de uso diversificados (ex: em casa e no trabalho)

Quanto mais pontos, melhor o nível de conectividade. No entanto, 33% da população brasileira com idade acima de 10 anos se encontra na lanterna, com no máximo dois pontos, e 24% das pessoas acumulam três ou quatro pontos.

A conectividade satisfatória, com 7 a 9 pontos, atinge 22% da população brasileira, enquanto 20% das pessoas se enquadram em 5 a 7 pontos.

Gráfico com índice de conectividade por percentual da população brasileira (Imagem: Reprodução/NIC.BR)

Na classificação por raça, classe social e região, 18% dos autodeclarados pretos ou pardos atingem o melhor nível de conectividade, enquanto entre os brancos o número salta para 32%. No recorte por gênero, 28% dos homens são mais conectados; entre as mulheres, são 17%.

Índice de conectividade por recortes sociais (Imagem: Reprodução/NIC.BR)

No recorte regional, a região Sudeste apresenta os melhores índices de conexão, com 31% da população, seguido pelo Sul (27%), Centro-Oeste (19%), Norte (11%) e Nordeste (11).

O estudo completo pode ser acessado no site do NIC.BR.
82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso

82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso
Fonte: Tecnoblog