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Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA

Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA

Microsoft seria empresa sigilosa que firmou acordo com HarperCollins (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Microsoft teria firmado um acordo com a editora HarperCollins para usar livros do seu catálogo no treinamento de IA. O acordo envolve alguns títulos de não-ficção (o Copilot não lerá Senhor dos Anéis) e os autores terão a escolha de entrar ou não no contrato. Assim, caso algum autor seja contrário à proposta, ele pode negar o uso de sua obra para o treinamento de IA.

A confirmação do acordo veio da própria HarperCollins, que apenas cita ter assinado uma parceria com uma empresa de inteligência artificial. Fontes da Bloomberg afirmam que a empresa é a Microsoft — e o histórico dela reforça isso.

A big tech vem firmando parceria com veículos de notícias para treinamento de LLM e investindo em ferramentas de IA para esse mercado. O valor negociado entre a HarperCollins e Microsoft segue um segredo. Contudo, o autor Daniel Kibblesmith (responsável por levar o caso ao público) mostrou que ele receberia o pagamento único de US$ 2.500 (R$ 14.518) por título licenciado — com validade de três anos.

Copilot será treinado com alguns títulos publicados pela HarperCollins, confirma a empresa (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Como o acordo da HarperCollins e Microsoft foi revelado?

Kibblesmith revelou o caso ao publicar o email recebido do agenciador do seu livro informando sobre o acordo da HarperCollins e “uma grande empresa de IA”. A agência explica que a parceria entre as duas companhias envolve termos gerais e já estava fechado, impedindo que autores negociassem suas condições individualmente.

A agência também explica que centenas de autores aceitaram a proposta. O email ainda repete o que foi confirmado pela HarperCollins nesta semana, dizendo que a resposta para o acordo é apenas “sim ou não”.

O email revelado por Kibblesmith ainda mostra uma contradição na história. Em nota enviada ao The Guardian, a HarperCollins explica que apenas livros de não-ficção serão usados no treinamento. Porém, a editora pede o licenciamento do livro Santa’s Husband, um livro infantil.

Email recebido por Kibblesmith diz que livro infantil será usado no treinamento de IA (Imagem: Reprodução/Bluesky)

HarperCollins em nova controvérsia com IA

Essa não é a primeira “treta” da HarperCollins com IA. Em abril, a editora firmou um acordo com a ElevenLabs, empresa de áudio gerado por IA. A parceria permitirá que livros sejam transformados em audiobooks de outros idiomas mais rapidamente, além de gerar versões em línguas que não seriam contempladas pela HarperCollins por pouca demanda.

Por outro lado, o acordo levanta o tema de que isso prejudica dubladores. O uso desse serviço pode indicar que a editora, dona do direito de obras de grandes autores, como J.R.R. Tolkien e Agatha Christie, pare de investir em audiobooks com atores renomados.

Com informações: The Guardian e Bloomberg
Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA

Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA
Fonte: Tecnoblog

Microsoft será investigada pela FTC por práticas anticompetitivas no Azure

Microsoft será investigada pela FTC por práticas anticompetitivas no Azure

Microsoft cobraria taxas abusivas para clientes que estão de saída para outros serviços de nuvem (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A FTC, comissão de comércio dos Estados Unidos, iniciará uma investigação antitruste contra o serviço de computação em nuvem da Microsoft. O órgão americano busca compreender se a big tech está utilizando práticas anticompetitivas no Azure. A apuração foi realizada pelo Financial Times, que ouviu fontes ligadas ao assunto.

As denúncias indicam que a Microsoft usa políticas punitivas para evitar que clientes migrem do Azure para outros serviços concorrentes. A investigação reflete uma demanda observada pela FTC, na qual indústria e consumidores reclamaram de práticas abusivas no mercado de computação em nuvem.

Como seriam as práticas punitivas do Microsoft Azure?

A Microsoft, segundo informações das denúncias, cobra taxas exorbitantes de fim de contrato e faz o Office 365 ser incompatível com serviços das nuvens rivais. Com esses obstáculos, os clientes podem entender que se manter no Azure é mais prático que buscar um novo fornecedores de cloud computing.

Microsoft também estaria impedindo a compatibilidade do Office 365 com serviços de nuvem das concorrentes (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Segundo fontes ouvidas pelo Financial Times, a FTC ainda não requiriu à Microsoft os documentos e outras informações ligadas ao inquérito. Contudo, a previsão é que a investigação seja oficialmente aberta antes do fim do mandato do presidente Joe Biden.

A investigação antitruste sobre o serviço de computação em nuvem da Microsoft seria uma resposta da FTC às pesquisas realizadas no ano passado. O órgão buscou feedbacks de consumidores e indústrias para saber quais os principais pontos de preocupação relacionados à competição. A maioria das respostas envolveu o segmento de cloud computing.

Apesar da Microsoft ser o alvo do momento, a FTC identificou que diferentes serviços de nuvem adotam práticas similares entre si, como a cobrança de taxa para transferência de dados para outros fornecedores.

Mudança de governo não deve mudar posição da FTC

Lina Khan é atual diretora da FTC e seu sucessor deve manter posição combativa a big techs (Imagem: Graeme Jennings-Pool/Getty Images)

A atual diretora da FTC, Lina Khan, teve um mandato marcado por uma postura mais combativa contra big techs — o que até a levou a ser barrada de um programa de entrevistas da Apple TV+. A Microsoft já foi alvo de outros processos, assim com a Meta e a Amazon. Indicada por Joe Biden, Khan será substituída com o retorno de Donald Trump à presidência.

Porém, o partido republicano também é crítico às big techs do país — um dos pontos de união entre os eles e os democratas. O diretor que será indicado por Trump pode ser menos rígido que Khan, mas também será um incômodo para as grandes empresas do Vale do Silício.

Com informações: Financial Times e Ars Technica
Microsoft será investigada pela FTC por práticas anticompetitivas no Azure

Microsoft será investigada pela FTC por práticas anticompetitivas no Azure
Fonte: Tecnoblog

Apple reconhece que outros produtos não serão lucrativos como o iPhone

Apple reconhece que outros produtos não serão lucrativos como o iPhone

iPhone é o maior sucesso da Apple e a big tech sabe que será difícil repetir o feito com novos dispositivos (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Apple publicou no relatório de resultados financeiros que novos produtos podem não ser lucrativos como o iPhone. Essa nota da big tech integra a parte do relatório sobre os riscos aos seus negócios. A Apple iniciou a aposta em dois novos mercados em 2024, lançando o headset VR Apple Vision Pro e a sua IA generativa Apple Intelligence.

O relatório enviado para a SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, é uma das etapas da apresentação de resultados financeiros trimestrais. A última apresentação desse tipo ocorreu na semana passada, após o lançamento do Mac Mini, iMac e MacBook Pro com o processador M4. Essa nota, pelo que apuramos, é a primeira vez em que a big tech reconhece a dificuldade de repetir o sucesso do iPhone em outros segmentos.

Por que a Apple divulgou essa informação?

Apple Vision Pro tem hardware de ponta, ainda que com bateria externa, mas está em mercado já consolidado (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O objetivo do relatório é ser transparente com investidores sobre o cenário e apostas de mercado da big tech. Ao entrar em novos mercados, a Apple enfrenta novos desafios e pode competir com empresas mais experientes — ainda que ela seja uma referência em tecnologia.

O cenário mais difícil para a big tech (fazendo uma rápida análise) pode ser o de headsets VR. O Apple Vision tem hardwares topo de linha, mas chegou com um preço inicial de US$ 3.499 (R$ 20.127,30), bem mais caro que os concorrentes, e está em um mercado mais competitivo, com marcas consolidadas como a Quest. Para complicar, o segmento VR ainda é nichado.

Com a Apple Intelligence, que possui integração com o ChatGPT, a situação parece ser mais vantajosa. Ainda que a Apple tenha lançado sua IA para celulares depois da Samsung, sua maior concorrente, esse produto ainda é novo e o público está se acostumando com essa novidade. A big tech espera lançar seu próprio LLM nos próximos anos.

iPhone é o principal produto da Apple

Barra azul representa receita com iPhone, enquanto Macs são apenas a quarta maior fonte de receita da Apple (Imagem: Reprodução/Apple)

Para a surpresa de ninguém, o iPhone é o principal produto da Apple, sendo o dispositivo mais vendido do portfólio da marca há mais de uma década. Por exemplo, ainda que os Macs tenham uma alta qualidade, eles ficam longe das vendas do iPhone, como mostra a tabela acima, divulgada na apresentação de resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024.

O iPhone revolucionou o mercado de celulares e abriu a era dos smartphones em 2007. A Apple se manteve como referência no segmento e o dispositivo virou seu principal produto.

Relembre o lançamento do iPhone 16

Com informações: Financial Times, TechCrunch e Apple Insider
Apple reconhece que outros produtos não serão lucrativos como o iPhone

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Fonte: Tecnoblog

Apple investe US$ 1,1 bi para expandir serviço via satélite no iPhone

Apple investe US$ 1,1 bi para expandir serviço via satélite no iPhone

Apple adquire 20% da Globalstar e faz investimentos na empresa de satélite (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple abriu sua carteira novamente, e dessa vez a gigante de Cupertino adquiriu 20% da Globalstar. A empresa atua no setor de comunicação via satélite, e é a atual fornecedora do serviço SOS de emergência que está disponível desde o iPhone 14.

A participação de 20% na Globalstar equivale a US$ 400 milhões. No entanto, a Apple irá investir US$ 1,1 bilhão na expansão da capacidade de satélite da companhia. Os detalhes foram revelados em um relatório enviado para a SEC, agência americana responsável pela fiscalização e regulação do mercado financeiro.

De acordo com o documento, a Globalstar deverá fornecer os serviços de conectividade para a Apple em uma nova rede de satélite, incluindo uma nova constelação e expansão da infraestrutura terrestre. A fabricante do iPhone também terá direito de utilização de 85% da capacidade da companhia.

Essa não é a primeira vez que a Apple investe na Globalstar. Em 2022, próximo ao lançamento do iPhone 14, a empresa aportou US$ 450 milhões. Em 2023, a companhia também se comprometeu a financiar uma nova frota de satélites de baixa órbita (LEO), com pagamento de US$ 252 milhões.

Vale lembrar que a Apple concorre com a Starlink quando se fala de comunicação em locais remotos. A companhia do Elon Musk testa o padrão Direct-to-Device (D2D), com sinal 4G emitido pelos satélites. No Brasil, a Anatel liberou a operadora de satélite AST Mobile a efetuar testes com a tecnologia.

Como funciona o iPhone via satélite?

A Apple oferece conectividade via satélite desde o iPhone 14, e o serviço inicialmente era restrito para localização pela rede Buscar ou emergências — ou seja, não era possível navegar na internet, enviar mensagens ou fazer ligações.

Conectividade via satélite está disponível a partir do iPhone 14 (Imagem: Reprodução / Apple)

Com a chegada do iOS 18, a capacidade de comunicação via satélite foi expandida. Além de permitir serviços de emergência, usuários do iPhone agora podem enviar mensagens via SMS ou iMessage, permitindo a comunicação em locais onde o Wi-Fi ou sinal de celular terrestre não chega.

No lançamento do iPhone 14, a Apple prometeu a conectividade via satélite gratuita pelo período de dois anos. No entanto, a companhia estendeu esse período por mais um ano, com previsão de cobrança nos períodos seguintes. O preço do serviço ainda não foi publicamente revelado.

A conectividade via satélite da Apple ainda não está disponível no Brasil. O serviço foi inicialmente lançado nos Estados Unidos, mas foi posteriormente expandido para Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Espanha, França, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Nova Zelândia, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suíça.

Com informações: The Verge
Apple investe US$ 1,1 bi para expandir serviço via satélite no iPhone

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Fonte: Tecnoblog

Em crise, Dropbox vai demitir mais de 500 funcionários

Em crise, Dropbox vai demitir mais de 500 funcionários

Dropbox no iPhone (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Faz tempo que o Dropbox está em uma fase ruim, mas, infelizmente, a situação só tem piorado. Prova disso é que Drew Houston, fundador e CEO da companhia, anunciou uma restruturação que culminará na demissão de aproximadamente 20% da força de trabalho global do Dropbox.

Isso significa que 528 dropboxers (como os funcionários do Dropbox são chamados) serão desligados das unidades da empresa em todo o mundo. O objetivo é cortar gastos em áreas em que o Dropbox fez muitos investimentos e, ao mesmo tempo, ter uma equipe mais “enxuta e eficiente”, explica o executivo em carta aberta.

Houston também afirma que o Dropbox está passando por um momento de transição. Isso porque, de acordo com o executivo, o negócio de compartilhamento e sincronização de arquivos da companhia amadureceu, o que dá a entender que crescer nesse segmento está cada mais difícil.

O Dropbox vem, então, apostando em novos produtos, como o Dash, uma plataforma online focada em empresas que oferece busca auxiliada por inteligência artificial, integração com aplicativos de terceiros, recursos para governança de dados, entre outros. É essa mudança de foco que Houston chama de transição.

Mas, apesar da aposta em novos produtos, o Dropbox permanece em situação desfavorável. “Continuamos a ter uma demanda mais fraca e ventos contrários amplos contra nosso negócio principal [compartilhamento e sincronização de dados].

De fato, tem sido cada vez mais difícil para o Dropbox se manter no mercado. A concorrência com serviços como Google Drive, Microsoft OneDrive e Box é cada vez mais acirrada.

Como destaca o TechCrunch, o Dropbox teve apenas 63 mil novos clientes em seu último trimestre fiscal, quase nada se levarmos em conta que a empresa tem uma base com 18 milhões de usuários registrados.

Espaço do Dropbox (imagem: reprodução/Dropbox)

“Assumo toda a responsabilidade por esta decisão”

Na carta, O CEO do Dropbox declarou:

Como CEO, assumo toda a responsabilidade por esta decisão [as demissões] e pelas circunstâncias que a levaram, e lamento sinceramente por aqueles que forem impactados por esta mudança.

(…) Estamos fazendo cortes mais significativos em áreas onde estamos investindo demais ou tendo um desempenho baixo, ao mesmo tempo em que planejamos uma estrutura de equipe mais enxuta e eficiente no geral.

Drew Houston, CEO do Dropbox

Apesar da criticidade da decisão, Houston dá a entender que o Dropbox não está “morto”. No entanto, a empresa só revelará mais detalhes sobre as suas novas estratégias em 2025.
Em crise, Dropbox vai demitir mais de 500 funcionários

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Fonte: Tecnoblog

Google enfrenta a maior multa de todos os tempos: US$ 2,5 decilhões

Google enfrenta a maior multa de todos os tempos: US$ 2,5 decilhões

Google não oferece mais serviços na Rússia (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Resumo

O Google enfrenta uma multa de US$ 2,5 decilhões na Rússia.
O valor resulta de 17 processos de jornais russos bloqueados pelo buscador desde 2020.
A Justiça da Rússia deve encontrar dificuldades em cobrar o valor, devido à falência da subsidiária do Google no país.

O Google está enfrentando a provável maior multa de todos os tempos. Segundo um jornal da Rússia, a big tech possui uma dívida de US$ 2,5 decilhões (um número seguido de 33 zeros) com a Justiça daquele país. Esse valor é resultado de processos abertos por jornais que são ligados ao Kremlin e que foram bloqueados pelo buscador.

Como o Google atingiu uma multa desse valor?

A subsidiária do Google na Rússia começou a ter problemas com a Justiça em 2020, quando bloqueou os canais do Tsargrad TV (canal de TV com posição pró-Putin) e da RIA FAN (mídia estatal). Os veículos entraram com ações pedindo o desbloqueio. Ficou decidido que a multa em caso de descumprimento dobraria a cada semana.

Mais 15 veículos de imprensa processaram o Google pelo mesmo motivo, com os novos casos surgindo após o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia. E como a matemática é quase mágica, a soma das multas atingiu esse valor estratosférico.

Sundar Pichai, CEO do Google, teria que fazer mágica para pagar a multa (Imagem: Reprodução/Google)

O Google vai negociar a dívida?

A Justiça russa terá uma difícil tarefa de cobrar o Google. Primeiro, porque a subsidiária no país teve a falência decretada por causa dos processos. Segundo, porque a big tech não deve voltar a operar na Rússia – pelo menos enquanto não houver uma mudança de governo.

Decilhões de dólares

As boas práticas do jornalismo dizem que devemos sempre converter uma moeda estrangeira para a moeda nacional. Porém, imagine multiplicar 2,5 decilhões por 5,75, que é o câmbio do dólar frente ao real nesta terça-feira (dia 29/10). É dinheiro infinito até mesmo para a Nvidia e a Apple, as empresas mais valiosas do mundo.

Mas bem, segue a conta feita pelo Bing.

Conversão de US$ 2,5 decilhões para Reais gera número em notação científica (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Com informações: RBC, The Moscow Times e Android Headlines
Google enfrenta a maior multa de todos os tempos: US$ 2,5 decilhões

Google enfrenta a maior multa de todos os tempos: US$ 2,5 decilhões
Fonte: Tecnoblog

Nubank revela a operadora de telefonia NuCel; saiba os preços

Nubank revela a operadora de telefonia NuCel; saiba os preços

Resumo

O Nubank lançou a operadora de telefonia NuCel, com planos a partir de R$ 45/mês e testes já em andamento com clientes.
A NuCel opera como MVNO, utilizando a infraestrutura da Claro, e oferece planos com 15 GB, 20 GB e 35 GB.
Os planos incluem WhatsApp ilimitado e voz ilimitada; a ativação é feita pelo aplicativo do Nubank em cerca de 2 minutos.

O Nubank apresenta nesta manhã a operadora de telefonia móvel Nucel, numa aposta de levar os serviços amigáveis aos consumidores para um novo setor. Os preços começam em R$ 45/mês. O movimento foi antecipado pelo Tecnoblog há mais de seis meses. Agora oficial, o projeto se inicia com testes que já estão sendo realizados junto a clientes do Nubank.

“A gente deixa de ser uma aplicação financeira e passa a ser uma aplicação de life style”, afirmou a CEO do Nubank, Livia Chanes, num evento nesta terça-feira (dia 29/10). A empresa promete um “jeito inteligente” de se conectar.

O que é Nucel?

NuCel é a marca de telefonia do Nubank (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

NuCel é o nome da nova operadora de telefonia do Nubank, que ficou famoso pelo cartão de crédito roxinho e que agora oferece uma série de serviços financeiros.

Ela existe no formato MVNO, ou seja, é uma operadora virtual. Isso significa que o Nubank não possui torres de telefonia nem qualquer parte da infraestrutura de rede, mas contrata estas funcionalidades de outra empresa de telecomunicações. É o mesmo modelo da LariCel, a marca de telefonia da atriz Larissa Manoela que se aproxima dos 10 mil clientes.

Quais os preços do serviço móvel do Nubank?

O Nubank divulgou três opções de planos da NuCel:

15 GB por R$ 45/mês

20 GB por R$ 55/mês

35 GB por R$ 75/mês

Todos os planos incluem WhatsApp ilimitado, voz ilimitada, acesso ao aplicativo do Nubank e uma caixinha com rendimento de 120% do CDI. Por outro lado, a NuCel não oferece roaming internacional.

Os clientes do Nubank Ultravioleta e do Nubank+ vão receber 10 GB de bônus.

Ativação fácil e sem letras miúdas

A NuCel vai ganhar uma aba no aplicativo do Nubank, utilizado por quase 100 milhões de brasieiros. Toda a experiência de contratação ocorre diretamente pelo aplicativo, em cerca de 2 minutos, de acordo com o diretor-geral Paulo Barbosa. A cobrança é feita diretamente na fatura do cartão de crédito.

Os adeptos da NuCel precisarão ter um smartphone com tecnologia eSIM, o chip virtual que virou tendência no setor de telefonia. O chip físico será adicionado no futuro, segundo a CEO.

A NuCel utiliza a rede da Claro, inclusive com a cobertura do 5G. Livia Chanes explicou que a parceria ocorre no modelo de revenue share.

O diretor-geral da NuCel, Paulo Barbosa, disse que o novo serviço não terá letras miúdas. Ele prometeu maior transparência do que nas demais empresas do setor, até porque esta é uma das maiores críticas dos clientes de telecomunicações.

Paulo Barbosa e Livia Chanes, do Nubank (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Inter também oferece telefonia

O banco Inter também vende planos próprios de celular, anteriormente sob a marca InterCel, por meio de uma parceria com a Vivo.

Alguns pacotes têm preços competitivos, como o de 14 GB por R$ 30/mês. É necessário ser cliente Inter para realizar a contratação. O assinante recebe o chip de telefonia em casa.

O jornalista Thássius Veloso viajou para São Paulo a convite do Nubank
Nubank revela a operadora de telefonia NuCel; saiba os preços

Nubank revela a operadora de telefonia NuCel; saiba os preços
Fonte: Tecnoblog

Amazon também vai usar energia nuclear para inteligência artificial

Amazon também vai usar energia nuclear para inteligência artificial

Amazon é mais uma big tech a investir em energia nuclear para a sua operação de data centers e IA (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O papa é pop e a inteligência artificial é nuclear. Depois da Microsoft e do Google, agora é a vez da Amazon anunciar seu investimento em energia nuclear para o desenvolvimento de IAs. A big tech tem planos de iniciar o uso dessa energia a partir de 2030.

Os acordos firmados pela Amazon envolvem a Energy Northwest e a X-Energy. A primeira é um consórcio público do estado de Washington, onde fica uma das sedes da big tech. Já a X-Energy é uma startup que desenvolve reatores modulares pequenos (SMR em inglês) — uma concorrente da Kairos Power, que produzirá os SMR do Google.

A X-Energy anunciou que recebeu US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) em sua última rodada de investimentos. A startup divulgou no comunicado que esse valor foi “ancorado pela Amazon”, o que indica que a big tech foi a maior investidora. A Universidade de Michigan e a gestora de ativos Ares Management também colocaram dinheiro na X-Energy.

Amazon unindo o útil ao agradável com parcerias

X-Energy desenvolverá reatores para Energhy Northwest (Imagem: Divulgação/Amazon)

Os acordos divulgados pela Amazon são complementares. A Energy Northwest terá quatro SMR produzidos com sua tecnologia. No futuro, a X-Energy entregará mais reatores para a operação na usina do consórcio. A meta é operar com 12 SMR e gerar 960 MW de energia na planta da Energy Northwest.

A parceria entre Amazon e X-Energy também prevê a criação de outras usinas em diferentes partes dos EUA, visando gerar 5 GW de energia até 2039. Essas unidades serão criadas em regiões chaves e visam atendar uma demanda crescente de energia. Não a demanda da população, mas do desenvolvimento de inteligência artificial — ainda que não deixe isso explícito.

Assim como o Google e a Microsoft (que usará energia gerada na Usina de Three Mile Island), a Amazon possui planos de zerar a emissão de carbono na sua operação. Com a evolução das IAs, as big techs aumentam o gasto energético em seus data centers.

Usina de Three Mile Island fornecerá energia para a Microsoft (Imagem: Divulgação/Constellation)

Por consequência, a emissão de carbono cresce. Apesar d os debates sobre energia nuclear, ela é uma fonte limpa do ponto de vista de geração energética, já que não emite gases do efeito estufa (a cadeia de produção da usina, mineração e tratamento do urânio são outros 500).

Amazon, Google e Microsoft já embarcaram no uso de energia nuclear para seus data centers e desenvolvimento de IA. Agora só faltam Apple e Meta.

Com informações: The Verge e TechCrunch
Amazon também vai usar energia nuclear para inteligência artificial

Amazon também vai usar energia nuclear para inteligência artificial
Fonte: Tecnoblog

Claro fatura R$ 12,4 bilhões com alta em planos pós-pagos e internet fixa

Claro fatura R$ 12,4 bilhões com alta em planos pós-pagos e internet fixa

Claro teve aumento de 8% na receita líquida (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Resumo

A Claro gerou R$ 12,4 bilhões em receita total no 3º trimestre de 2024, alta de 8% em relação ao mesmo período de 2023.
A Claro possui 88,3 milhões de linhas celulares, com 53,2 milhões em planos pós-pago e 25 milhões em planos pré-pago.
No segmento de banda larga fixa, a Claro mantém a liderança, com 41,6 milhões de domicílios cobertos em 512 municípios e 2,3 milhões de contratos a partir de 500 Mb/s.

A Claro Participações divulgou seus resultados financeiros para o 3º trimestre de 2024. A operadora gerou receita de R$ 12,4 bilhões, alta de 8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques, a Claro comemora o bom desempenho em banda larga, celular pós-pago e o plano digital Claro Flex.

Confira abaixo os principais indicadores financeiros da Claro para o 2º trimestre de 2024 e o comparativo com o mesmo período do ano anterior.

Indicador2º trimestre de 20242º trimestre de 2023DiferençaReceita líquida totalR$ 12,39 bilhõesR$ 11,48 bilhões+8%Receita de serviços móveisR$ 6,62 bilhõesR$ 6,03 bilhões+9,8%Receita de serviços fixosR$ 5,15 bilhõesR$ 4,95 bilhões+4,1%EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)R$ 5,68 bilhõesR$ 4,92 bilhões+13%

Por ser uma companhia de capital fechado no Brasil, a Claro não divulga o lucro líquido como as concorrentes Vivo, TIM e Oi. O EBITDA, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, saltou 13% no ano, e a margem EBITDA cresceu 2 pontos percentuais em comparação com trimestre do ano anterior.

Aumento de gastos por usuário e portabilidade impulsionam móvel

O serviço móvel é o carro-chefe da Claro e teve receita de R$ 6,62 bilhões, alta de 9,8% em relação ao mesmo período de 2023. A operadora afirma que o bom desempenho foi gerado por vários fatores, incluindo a liderança na portabilidade, crescimento no pós-pago e aumento do preço médio por usuário (ARPU).

A tele possui a vice-liderança no mercado brasileiro de telefonia móvel com 33,7% dos clientes, cujo pódio é ocupado pela Vivo. A Claro encerrou o trimestre com 88,3 milhões de linhas celulares, com adições líquidas via portabilidade de 610 mil linhas recebidas.

Plano digital Claro Flex cresceu 51,6% em número de usuários (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

Do total de linhas, 53,2 milhões de clientes utilizam planos pós-pago ou controle, que geram maior receita mensal e maior recorrência de gastos. O pré-pago também cresceu e atingiu 25 milhões de contratos.

O plano digital Claro Flex também trouxe um impacto significativo no balanço da Claro, com crescimento de base de 51,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A operadora não detalha quantas linhas utilizam esse plano, no entanto.

Falando de cobertura, a Claro atua com serviços móveis em 4,8 mil municípios brasileiros, atrás da Vivo e TIM. A operadora atua com tecnologia 5G em 265 municípios, enquanto o 4G atende 4.602 cidades.

Claro cresce em clientes com planos a partir de 500 Mb/s

No segmento residencial, a Claro mantém a liderança no serviço de banda larga fixa no Brasil e comemora 59,8 mil adições líquidas positivas em comparação com o ano anterior. A tele também cresceu no segmento de velocidades a partir de 500 Mb/s, com aumento de 2,3 milhões de contratos no último ano.

Claro lidera mercado brasileiro de banda larga fixa (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

A maioria dos clientes de banda larga da Claro utilizam tecnologia de cabos coaxiais, e o serviço via fibra óptica atende apenas 16,2% dos usuários. Considerando todos os padrões, o serviço fixo da Claro tem cobertura para 41,6 milhões de domicílios em 512 municípios.

Falando do serviço de TV a cabo ou satélite, a Claro teve queda de 11% no número de assinantes. No entanto, esses números não levam em conta o serviço Claro TV+, aposta da operadora que funciona via streaming e não se enquadra como serviço tradicional de TV por assinatura regulado pela Anatel.

Em julho, a operadora havia revelado ter ultrapassado a marca de 1 milhão de clientes na plataforma online. A operadora recentemente reformulou as ofertas do Claro TV+ Box, que agora incluem opções com Netflix, Max, Globoplay e Apple TV+ sem alteração no preço mensal.
Claro fatura R$ 12,4 bilhões com alta em planos pós-pagos e internet fixa

Claro fatura R$ 12,4 bilhões com alta em planos pós-pagos e internet fixa
Fonte: Tecnoblog

Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil

Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil

Motorola e Ericsson têm disputa em corte do Reino Unido e na Justiça do Rio de Janeiro (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Motorola está em disputa judicial com a Ericsson no Reino Unido por licenciamento de patentes relacionadas ao 5G.
A Ericsson também processa a Motorola no Brasil, com possível envolvimento da Anatel para suspender a venda de produtos.
A Motorola afirma que continua comercializando smartphones 5G no Brasil; ela lançou seis novos modelos recentemente.
O esclarecimento foi feito com exclusividade ao Tecnoblog.

A Motorola continua vendendo celulares com tecnologia 5G no Brasil, conforme a empresa esclareceu ao Tecnoblog com exclusividade. O tema entrou no radar da indústria depois de relatos de uma encrenca entre a fabricante de telefones e a Ericsson por causa do pagamento pelo uso de patentes.

A companhia americana – controlada pela chinesa Lenovo – realizou diversos lançamentos nos últimos meses, conforme você pode ver na listagem abaixo:

Moto G85 (04/07)

Motorola Razr 50 Ultra (17/07)

Motorola Edge 50 (11/09)

Motorola Edge 50 Neo (17/09)

Motorola Razr 50 (26/09)

Moto G55 (02/10)

A ideia é continuar trazendo novos modelos ao mercado. A maioria dos celulares da Motorola já conta com tecnologia 5G, que marca presença em centenas de cidades.

Ericsson vs Motorola no exterior

O esclarecimento a respeito deste tema tem como pano de fundo a disputa entre Motorola e Ericsson no Reino Unido. O assunto é bastante complexo, mas o resumo é de que as empresas estão se processando mutuamente por causa do licenciamento de tecnologias que fazem parte do 5G nos smartphones.

Na semana passada, a Veja publicou que a Ericsson também estaria processando a Motorola no território brasileiro, e que até mesmo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) poderia ser envolvida no caso. O objetivo seria barrar a comercialização dos aparelhos 5G enquanto a situação não é resolvida, de acordo com a revista.

Nós temos poucas informações porque o processo corre em segredo de Justiça e nenhuma das empresas envolvidas se pronunciou sobre ele. De toda forma, a declaração da Motorola ao Tecnoblog passa a mensagem de que nada muda no catálogo de telefones – o que deve tranquilizar os fãs da marca.
Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil

Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil
Fonte: Tecnoblog