Category: negócios

Netflix e Amazon fecham novo contrato de publicidade

Netflix e Amazon fecham novo contrato de publicidade

Sistema deve simplificar processo de compra de espaço para anunciantes (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Netflix fechou uma parceria com a Amazon para oferecer a compra de anúncios via Amazon DSP.
Acordo permite compra automatizada de publicidade com segmentação, baseada em dados proprietários da empresa.
Parceria começa a valer no quarto trimestre de 2025 no Brasil e em mais dez países.

A Netflix fechou com a Amazon uma parceria no mercado de publicidade digital. Com o acordo, anunciantes poderão comprar espaços do inventário de anúncios da Netflix diretamente pela Amazon DSP, ferramenta de mídia programática da companhia.

A integração deve simplificar o processo para marcas que querem alcançar o público engajado da plataforma de streaming, sem precisar negociar diretamente com a empresa.

O que é a Amazon DSP?

A Amazon DSP (Demand-Side Platform) funciona como uma central de compra automatizada de anúncios, que distribui campanhas em diferentes sites, aplicativos e serviços parceiros.

Contudo, diferente de ferramentas mais conhecidas como o Google Ads, que foca em buscas e display, a DSP da Amazon enfatiza o uso de dados proprietários da empresa — como histórico de compras no e-commerce — para segmentar audiências com precisão, otimizando campanhas em tempo real.

Com a inclusão da Netflix, marcas que já compram publicidade no ecossistema da Amazon terão a opção de direcionar anúncios também para o público do streaming. Entretanto, o contrato não significa que a Amazon terá exclusividade sobre os anúncios da Netflix, já que a empresa também trabalha com a The Trade Desk, Google e a Microsoft.

Acordo vale para o Brasil

Netflix passará a mostrar anúncios com base no banco de dados da Amazon (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O acordo entra em vigor no quarto trimestre de 2025 e estará disponível no Brasil e mais dez mercados: Estados Unidos, Reino Unido, França, Espanha, México, Canadá, Japão, Itália, Alemanha e Austrália.

Em comunicado, Amy Reinhard, presidente de publicidade da Netflix, afirmou que a integração com a Amazon DSP “facilita mais do que nunca a conexão com o público global engajado da Netflix” ao habilitar capacidades avançadas ao longo do tempo.

Já Paul Kotas, vice-presidente sênior da Amazon Ads, reforçou que o objetivo é “eliminar o trabalho de adivinhação para anunciantes”, para simplificar o gerenciamento, planejamento e compra de espaços publicitários, incluindo os de streaming, por meio da Amazon Ads.

Como observa o Hollywood Reporter, essa não é a primeira parceria do tipo para a Amazon. A empresa tem acordos semelhantes com NBCUniversal (Peacock), Warner Bros. Discovery (HBO Max), Paramount (Paramount+ e Pluto TV) e Disney (Disney+, Hulu e ESPN).

Monetização com anúncios nos streamings

Prime Video avisa sobre taxa para ver conteúdo sem anúncios (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O acordo chama atenção, já que a Amazon é dona de sua própria plataforma de streaming. Mas streamings estão cada vez mais apostando em publicidade para diversificar receitas, mesmo em planos pagos. A Netflix, por exemplo, viu seu plano com anúncios crescer para 94 milhões de usuários globais. Isso é mais que o dobro dos 40 milhões reportados em maio de 2024.

A Amazon, por sua vez, dobrou a quantidade de anúncios no Prime Video, podendo chegar a 6 minutos por hora. A empresa também pode inserir publicidade na Alexa+, sua assistente com IA generativa, como forma de descoberta de produtos e geração de receita.

Com informações da Variety
Netflix e Amazon fecham novo contrato de publicidade

Netflix e Amazon fecham novo contrato de publicidade
Fonte: Tecnoblog

Após defender home office, Microsoft agora prioriza trabalho presencial

Após defender home office, Microsoft agora prioriza trabalho presencial

Após defender home office, Microsoft agora prioriza trabalho presencial (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Microsoft determina que funcionários compareçam ao escritório três vezes por semana, a partir de fevereiro de 2026, começando por Seattle;

Companhia priorizava modelo de home office até recentemente;

Novo regime será híbrido, mas ainda há dúvidas sobre sua continuidade no longo prazo.

O embate entre home office e trabalho presencial acaba de ganhar mais um capítulo: a Microsoft determinou que seus funcionários passem a frequentar os escritórios da companhia pelo menos três vezes por semana. A empresa era uma das poucas big techs que ainda mantinham o trabalho remoto.

E ainda mantém. Mas, com a nova abordagem, o modelo de home office passa a ficar em segundo plano. As mudanças acontecerão em três fases:

em fevereiro de 2026, o trabalho presencial com frequência de pelo menos três dias na semana será mandatório para funcionários de Seattle, nos Estados Unidos, e que estejam a até 80 km da sede da Microsoft (Redmond);

posteriormente, em data ainda a ser definida, a decisão valerá para funcionários que estão próximos a escritórios da Microsoft em outras regiões dos Estados Unidos;

por fim, a decisão valerá para escritórios da Microsoft em outros países.

Em comunicado aos funcionários, a líder da recursos humanos da Microsoft justificou a decisão:

Analisamos como nossas equipes funcionam melhor e os dados são claros: quando as pessoas trabalham juntas pessoalmente com mais frequência, elas prosperam.

(…) Com isso em mente, estamos atualizando nossas expectativas de trabalho flexível para três dias por semana no escritório.

Amy Coleman, Vice-presidente executiva e diretora de pessoal da Microsoft

Funcionários que não puderem trabalhar presencialmente na frequência determinada pela Microsoft terão até 19 de setembro (próxima semana) para solicitar uma exceção, embora a companhia não tenha deixado claro quais critérios levará em conta para aceitar esse pedido.

Sede da Microsoft, em Redmond (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Microsoft segue movimento de retorno ao escritório

A adesão ao modelo de trabalho remoto ganhou força durante o período da pandemia de Covid-19. Terminada essa fase, muitas companhias mantiveram essa abordagem. Em 2024, a própria Microsoft decidiu continuar com o home office.

Contudo, a priorização do trabalho presencial tem crescido nos últimos meses. Em linhas gerais, as companhias que defendem esse modelo mencionam o ganho de produtividade como o seu principal benefício. A Amazon entende que não é possível inovar com o trabalho remoto, só para dar um exemplo.

No caso da Microsoft, o novo regime de trabalho será híbrido, pois ainda permitirá o home office em alguns dias da semana. A dúvida é se a companhia manterá a abordagem mista no longo prazo.

Com informações de Business Insider
Após defender home office, Microsoft agora prioriza trabalho presencial

Após defender home office, Microsoft agora prioriza trabalho presencial
Fonte: Tecnoblog

Neuralink é barrada ao tentar registrar “telepatia” e “telecinese”

Neuralink é barrada ao tentar registrar “telepatia” e “telecinese”

Empresa de Elon Musk chegou dois anos atrasada no registro dos nomes (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Neuralink teve os pedidos de registro das marcas “Telepathy” e “Telekinesis” rejeitados pelo órgão responsável nos EUA.
O escritório de patentes apontou solicitações anteriores do empresário Wesley Berry.
Os nomes seriam usados em produtos que permitem controlar dispositivos por meio da atividade cerebral, mas Berry já havia registrado as marcas em 2023 e 2024.

A Neuralink, empresa de neurotecnologia cofundada por Elon Musk, está com dificuldades para registrar as marcas “Telepathy” (Telepatia) e “Telekinesis” (Telecinese). O pedido foi protocolado em março, mas em agosto o Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO) apontou que já existiam solicitações anteriores para os mesmos nomes, travando o processo.

A empresa escolheu as marcas para batizar os seus primeiros produtos comerciais, ligados ao controle de dispositivos a partir da atividade cerebral. Musk havia anunciado o nome Telepathy em janeiro de 2024, ao se referir ao chip neural destinado a pessoas com limitações motoras.

Comandos pela mente

Implante da Neuralink é chamado, até o momento, de Telepathy (imagem: reprodução/YouTube)

A Neuralink não pretende transformar nenhum ser humano em X-Men, mas os nomes refletem a proposta da tecnologia: permitir que pessoas com paralisia consigam interagir com o mundo digital apenas pelo pensamento, convertendo-o em textos e ações numa tela.

Criada em 2017, a companhia anunciou em 2020 o implante cerebral que permitira essas ações. O dispositivo registra sinais neurais e os traduz em comandos, permitindo mover um cursor ou digitar em uma tela sem necessidade de teclado ou mouse.

Desde 2024, a empresa usa a designação Telepathy para a tecnologia, aplicada pela primeira vez em janeiro daquele ano. O número de voluntários desde então subiu para 11, segundo a revista Wired, sendo os dois últimos transplantes feitos no Canadá. É a primeira vez que a empresa aplicou o transplante fora dos EUA, segundo anúncio feito pelo X/Twitter.

Disputa pelas marcas

O registro das marcas daria à empresa a exclusividade comercial sobre esses termos. O problema é que, segundo cartas enviadas em agosto pelo USPTO à empresa, outra pessoa chegou primeiro: Wesley Berry, um cientista da computação e cofundador da startup de tecnologia Prophetic.

Berry solicitou o registro de Telepathy em maio de 2023 e de Telekinesis em agosto de 2024. A Neuralink só protocolou suas intenções em março de 2025. Em ambos os casos, os solicitantes fizeram os pedidos como intenção de uso, mecanismo que reserva os direitos sobre um nome antes da chegada de um produto ao mercado. Com isso, Berry tem três anos para comprovar o uso efetivo da marca.

Curiosamente, o cenário é semelhante à disputa entre a Gradiente e a Apple no Brasil. A Gradiente registrou a marca “G GRADIENTE IPHONE” em 2000, mas a Apple questionou a validade do registro por falta de uso comercial contínuo, gerando uma batalha judicial que se arrasta há anos.

Enquanto os pedidos de Berry estiverem ativos, a Neuralink tem poucas alternativas. A empresa pode negociar a compra dos direitos, buscar um acordo de consentimento ou, caso Berry consiga comprovar o uso comercial e finalize o registro, pode ser obrigada a escolher novos nomes para seus produtos.

Neuralink é barrada ao tentar registrar “telepatia” e “telecinese”

Neuralink é barrada ao tentar registrar “telepatia” e “telecinese”
Fonte: Tecnoblog

Loja virtual da Apple movimenta R$ 63,8 bilhões por ano no Brasil

Loja virtual da Apple movimenta R$ 63,8 bilhões por ano no Brasil

Montante considera compras feitas na App Store (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Apple revelou que a App Store gerou R$ 63,8 bilhões em vendas no Brasil em 2024, com a maioria das transações relacionadas a produtos físicos.
Apenas 10% das transações são sujeitas a comissão pela Apple, com 78% delas pagando taxas reduzidas por meio de programas de incentivo à inovação.
O estudo feito por uma economista também destaca o crescimento de desenvolvedores brasileiros e o impacto da App Store em apps nacionais de sucesso.

A Apple divulga hoje um estudo inédito sobre o impacto da App Store no mercado brasileiro, com a estimativa de R$ 63,8 bilhões em vendas somente no ano passado. O cálculo foi feito pela economista Silvia Fagá de Almeida, professora da Fundação Getúlio Vargas, num extenso trabalho encomendado pela gigante de tecnologia.

Este montante considera as compras feitas diretamente na App Store, como a comercialização de apps e assinaturas, e também as transações feitas em aplicativos de iPhone e de iPad, mas que não necessariamente passam pelos sistemas da Apple. Por exemplo, se você adquire um produto pelo app do Magalu no iPhone, isso é contabilizado no que chamam de “ecossistema”.

A maior parte do faturamento está relacionada à venda de produtos e serviços físicos, totalizando R$ 50,22 bilhões em 2024. Estas transações não resultam em cobrança de comissão para a Apple.

O estudo lista as seguintes categorias:

Varejo: R$ 24,13 bilhões

Transporte por app: R$ 9,15 bilhões

Viagem: R$ 8,04 bilhões

Delivery e retirada de comida: R$ 6,99 bilhões

Mercado: R$ 1,92 bilhões

Estudo traz detalhes sobre o ecossistema da App Store no Brasil (imagem: Silvia Fagá de Almeida/reprodução)

Os anúncios dentro de apps representam R$ 7,46 bilhões. Já os chamados produtos e serviços digitais, sobre os quais incide a comissão da fabricante, totalizaram um impacto econômico de R$ 6,10 bilhões no ano passado.

“No Brasil, desenvolvedores estão aproveitando a App Store para transformar suas paixões em negócios prósperos e criar apps incríveis que os usuários adoram”, disse Tim Cook, CEO da Apple, numa nota enviada à imprensa. “O trabalho deles capacita pessoas no mundo todo a serem mais criativas, se divertirem, aumentarem a produtividade e muito mais. Mal podemos esperar para ver o que eles vão fazer a seguir.”

Apple no olho do furacão

O estudo de Fagá aponta que a Apple cobra comissão sobre apenas 10% das transações no ecossistema da App Store. Desses, 78% pagam taxas reduzidas, da ordem de 15%, devido aos vários programas de estímulo à inovação e novos negócios.

Este tema está em alta, pois a empresa é investigada por condutas supostamente anticompetitivas. Ela pode ter de abrir o iPhone tanto a lojas alternativas quanto a métodos de pagamentos sem contato de outras empresas. Os dois temas estão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Representantes da empresa foram perguntados sobre o assunto, numa reunião da qual o Tecnoblog participou, mas não quiseram comentar sobre qual seria o impacto das potenciais mudanças no funcionamento da App Store.

Apple Pay tokeniza cartão de crédito e realiza pagamento por aproximação (imagem: divulgação)

Brasileiros com apps de sucesso aqui e lá fora

O estudo traz alguns big numbers para ficarmos de olho:

Usuários brasileiros fizeram quase 1,5 bilhão de downloads na App Store em 2024

Usuários da App Store no restante do mundo baixaram apps brasileiros 570 milhões de vezes

Os ganhos totais de desenvolvedores de pequeno porte na App Store aumentaram 55% entre 2021 e 2024

25,5 milhões de visitantes semanais na App Store para o país

Os aplicativos oficiais de iFood, Kobe Apps, Nubank, Gov.br, Magalu e Globoplay são citados como cases de sucesso entre empresas de grande porte. Já o app de saúde mental Zen e os apps musicais produzidos por Marcos Tanaka ganharam destaque por serem operações menores, mas que também fizeram bonito no mercado doméstico.

Mateus Abras é a mente por trás do app SmartGym (foto: divulgação)

O trabalho da professora Fafá ainda lista apps desenvolvidos no Brasil que ganharam muitos adeptos no exterior. São eles: SmartGym, Falou, PlayKids+ e os games do Wildlife Studios.

O estudo encomendado pela Apple apresenta os principais pilares da gigante de tecnologia para que a App Store continue com uma presença maiúscula no ambiente digital: distribuição, confiabilidade e segurança, descoberta, pagamentos e comércio, analytics, e treinamento e suporte aos desenvolvedores.
Loja virtual da Apple movimenta R$ 63,8 bilhões por ano no Brasil

Loja virtual da Apple movimenta R$ 63,8 bilhões por ano no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: A parceria entre Claro e ChatGPT para promover IA no Brasil

Exclusivo: A parceria entre Claro e ChatGPT para promover IA no Brasil

Novos clientes da Claro terão acesso ao ChatGPT Plus (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Claro e OpenAI anunciam hoje uma parceria que trará o ChatGPT Plus gratuitamente para alguns clientes da operadora, por meio de vouchers.
O ChatGPT será incluído no Extra Play, a franquia adicional de internet móvel da Claro, para tornar a tecnologia acessível aos usuários.
A popularidade do ChatGPT no Brasil é crescente, com o país ocupando o top 3 global em termos de uso da ferramenta.

A Claro e a OpenAI anunciaram uma parceria que prevê benefícios especiais para os clientes da operadora de telefonia no uso do ChatGPT. A prestadora passará a considerar essa tecnologia como parte do Extra Play, franquia de internet móvel distinta da navegação tradicional. Hoje, as redes sociais já fazem parte dela.

Além disso, a Claro também tem planos de liberar a versão paga do ChatGPT, chamada de ChatGPT Plus, de graça para parte dos clientes. Isso deve ocorrer por meio de um voucher com duração de alguns meses.

Clientes de pós-pago combinado com fibra ótica terão quatro meses de acesso sem custo adicional.

Hoje, uma assinatura assim custa US$ 20, o que equivale a cerca de R$ 110.

Os demais detalhes serão anunciados num evento na manhã de hoje em São Paulo.

O CMO da Claro, Marcio Carvalho, nos conta que as duas empresas estabeleceram “uma relação de confiança” desde o início das conversas. Ambas estão “comprometidas em fazer a parceria dar certo”, o que inclui o esforço mercadológico.

Marcio Carvalho é CMO da Claro (foto: divulgação)

Ele também diz que o movimento conjunto dá mais “conforto” para que os clientes da Claro utilizem uma ferramenta digital que só cresceu nos últimos dois anos. De acordo com o CMO, as pessoas ainda estão se acostumando com a inteligência artificial generativa e descobrindo o que o ChatGPT é capaz de fazer.

O Brasil rapidamente se tornou um mercado com grande relevância para o ChatGPT, já que aqui são enviados 140 milhões de mensagens por dia. Estamos no top 3 global, segundo estimativa da própria OpenAI.

Os principais usos da ferramenta são redação e comunicação (20%); aprendizado e capacitação (15%); e programação, ciência de dados e matemática (6%).

Exclusivo: A parceria entre Claro e ChatGPT para promover IA no Brasil

Exclusivo: A parceria entre Claro e ChatGPT para promover IA no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Mercado Livre quer virar farmácia e vender remédios online

Mercado Livre quer virar farmácia e vender remédios online

Com negócio, Mercado Livre pretende vender fármacos na plataforma (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Mercado Livre anunciou a compra da farmácia em São Paulo, visando entrar no setor de medicamentos online
Aquisição depende de aprovação do Cade.
Negócio busca superar barreiras regulatórias, permitindo que o Mercado Livre venda medicamentos online através de uma farmácia física licenciada.

O Mercado Livre pode em breve começar a vender medicamentos em sua plataforma. A empresa anunciou a compra de uma farmácia em São Paulo, em um movimento que pode marcar sua entrada em um dos mercados mais regulados — e lucrativos — do Brasil.

Segundo apuração do jornal O Globo, a empresa alvo é a Target (Cuidamos Farma Ltda.), localizada no bairro do Jabaquara, na Zona Sul da capital paulista. A farmácia pertence à Memed, uma startup de prescrição de receitas digitais.

A transação ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em comunicado enviado à imprensa, a companhia confirma a “possível aquisição de uma empresa que comercializa medicamentos”.

Estratégia para vender remédios

O movimento do Mercado Livre visa superar uma barreira regulatória. Atualmente, a legislação brasileira impõe uma série de restrições à venda de medicamentos online, exigindo que ela seja atrelada a uma farmácia física licenciada e com um farmacêutico responsável.

Ao adquirir uma farmácia, mesmo que de pequeno porte, a gigante do e-commerce pode obter a licença necessária para operar no setor. À revista Exame, analistas classificam a jogada como uma “maneira inteligente de contornar obstáculos regulatórios”. A loja física, nesse cenário, funcionaria como um projeto-piloto e um pequeno centro de distribuição.

A compra está sendo realizada através da K2I Intermediação, uma subsidiária da Kangu, empresa de logística adquirida pelo Meli em 2021.

Reação da concorrência

Venda de medicamentos online é permitida desde 2020 (Imagem: Roberto Sorin / Unsplash)

A entrada do Mercado Livre agita um setor que movimenta mais de R$ 200 bilhões por ano. Segundo a Exame, a notícia teve efeito imediato no mercado financeiro: no dia da divulgação, as ações da RD Saúde (antiga Raia Drogasil), uma das maiores redes do país, chegaram a cair 6%.

A movimentação acontece em um momento de discussões sobre a flexibilização da venda de medicamentos no Brasil. Atualmente, tramita no Congresso o projeto de lei 2.158/2023, que autoriza supermercados a venderem medicamentos isentos de prescrição, ainda que mantenha a obrigação de um farmacêutico presente durante o funcionamento.
Mercado Livre quer virar farmácia e vender remédios online

Mercado Livre quer virar farmácia e vender remédios online
Fonte: Tecnoblog

Fábrica da Samsung no Vietnã bate a marca de 2 bilhões de smartphones

Fábrica da Samsung no Vietnã bate a marca de 2 bilhões de smartphones

Complexo industrial da empresa no país é principal base de fabricação global (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Samsung atingiu a marca de 2 bilhões de smartphones produzidos no Vietnã.
As unidades em Bac Ninh e Thai Nguyen são consideradas essenciais para a produção global.
O governo vietnamita incentivou novos investimentos em áreas como semicondutores e P&D, e a Samsung reafirmou seu compromisso com o país.
No Brasil, a produção local complementa a fabricação global, com smartphones como o Galaxy Z Fold 7 sendo montados na Zona Franca de Manaus.

A Samsung alcançou um marco importante no Vietnã: 2 bilhões de smartphones produzidos, consolidando o país asiático como sua principal base de fabricação global. A notícia foi anunciada esta semana durante uma reunião em Hanói entre o chefe da divisão móvel da empresa, TM Roh, e o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh.

No encontro, realizado na segunda-feira (26/08), o governo local incentivou a gigante sul-coreana a expandir seus investimentos em áreas de alta tecnologia, como semicondutores e pesquisa e desenvolvimento (P&D).

A importância do Vietnã na cadeia de suprimentos global

O volume de produção foi atingido pelas unidades fabris localizadas nas províncias de Bac Ninh e Thai Nguyen, que começaram a operar em abril de 2009. Desde então, o complexo industrial vietnamita tornou-se vital para a cadeia de suprimentos da Samsung, responsável por uma parcela significativa dos dispositivos Galaxy exportados para mercados como América do Norte e Europa.

Durante a reunião, o primeiro-ministro do país destacou a importância da parceria de longo prazo com a empresa e solicitou que a Samsung direcione futuros investimentos para setores como transformação digital e infraestrutura de tecnologia da informação. O governo vietnamita também manifestou interesse no apoio da empresa para a formação de recursos humanos e no aumento da transferência de tecnologia para empresas locais.

CEO da Samsung mencionou o sucesso global do Galaxy Z Fold 7, produzido também no Vietnã (imagem: divulgação)

Por sua vez, TM Roh reafirmou o compromisso da Samsung com o Vietnã. Segundo os dados apresentados, o investimento total da empresa no país já atingiu 23,2 bilhões de dólares até 2024, distribuídos em áreas que incluem eletrônicos e telas.

Nos primeiros seis meses de 2025, a Samsung Vietnã registrou uma receita de US$ 31,8 bilhões (cerca de R$ 172,4 bilhões), dos quais US$ 28 bilhões (R$ 151,7 bilhões) vieram de exportações. Roh agradeceu o apoio contínuo do governo e das autoridades locais e elogiou a dedicação dos cerca de 90 mil funcionários naquele país.

Conexão com a produção de smartphones no Brasil

No Brasil, a estratégia da Samsung se apoia em uma robusta capacidade de produção local, que opera complementando grandes centros de fabricação globais, como o Vietnã. Um dos principais polos produtivos da América Latina fica na Zona Franca de Manaus (AM). Ela emprega cerca de 6,5 mil pessoas, é responsável pela montagem dos modelos de entrada da linha Galaxy A. A gigante sul-coreana também possui uma fábrica de smartphones em Campinas, no interior de São Paulo.

Uma prova recente da sua capacidade tecnológica no paós é que os dobráveis Galaxy Z Fold 7 e Galaxy Z Flip 7 tiveram sua produção nacional iniciada poucas semanas após o anúncio internacional em julho, um avanço significativo em relação às primeiras gerações, que precisavam ser importadas do Vietnã.
Fábrica da Samsung no Vietnã bate a marca de 2 bilhões de smartphones

Fábrica da Samsung no Vietnã bate a marca de 2 bilhões de smartphones
Fonte: Tecnoblog

Google cortou 35% das vagas gerenciais em um ano; entenda a mudança

Google cortou 35% das vagas gerenciais em um ano; entenda a mudança

Escritório do Google em São Paulo (imagem: Felipe Ventura/Tecnoblog)

Resumo

Google reduziu 35% dos cargos gerenciais em um ano como parte de um plano de eficiência operacional;
Os gerentes afetados supervisionavam equipes pequenas e muitos foram realocados para cargos não gerenciais;
A reestruturação visa diminuir a proporção de líderes na força de trabalho, sem estar ligada a uma crise específica.

A Alphabet vem realizando demissões em massa no Google pelo menos desde 2023 como parte de um extenso plano de reestruturação. Essa estratégia já levou à redução de 35% dos cargos gerenciais da companhia, revelou Brian Welle, vice-presidente de análise e desempenho de pessoas.

Citando uma pessoa próxima à companhia cujo nome não foi revelado, a CNBC explica que esses gerentes supervisionavam equipes pequenas, com até três pessoas. Mas isso não significa, necessariamente, que eles foram demitidos. Boa parte deles foi direcionada a cargos não gerenciais.

De acordo com Welle, a redução de 35% dos cargos gerenciais ocorreu no intervalo de um ano para cá. As declarações do executivo foram obtidas pela CNBC com base na gravação de áudio de uma reunião no Google da qual o veículo teve acesso.

No mesmo áudio, o executivo deixou claro que a companhia ainda está focada em enxugar os cargos de liderança:

Quando olhamos para toda o nosso grupo de liderança, ou seja, gerentes, diretores e vice-presidentes, queremos que eles representem uma porcentagem menor da nossa força de trabalho geral no decorrer do tempo.

Brian Welle, vice-presidente de análise e desempenho de pessoas do Google

Por que o Google está reduzindo cargos de liderança?

Movimentos como esse costumam ocorrer em situações de crise. Esse não é bem o caso do Google. A companhia está em estado de atenção por conta das mudanças que a inteligência artificial vem causando em seus modelos de negócio. Por outro lado, a empresa está longe de lidar com uma crise similar à enfrentada pela Intel, por exemplo.

A redução de cargos gerenciais, bem como as demissões em massa que o Google promoveu nos últimos meses, fazem parte de um plano para a companhia tornar a sua operação mais eficiente, como o próprio CEO revelou durante a reunião:

Precisamos ser mais eficientes à medida que crescemos, para não resolvermos tudo com o aumento do número de funcionários.

Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet

Sundar Pichai, CEO do Google (imagem: divulgação/Google)

Na mesma reunião, Pichai explicou que os desligamentos realizados até agora envolveram não só cortes em massa, como também programas de demissão voluntária.

Ainda na reunião, funcionários fizeram várias perguntas relacionadas às manutenções dos empregos. Nesse sentido, o que ficou claro é que a reestruturação da companhia não terminou. Cargos gerenciais ainda devem ser reduzidos e mais demissões podem ocorrer, seja por meio de cortes massivos, seja por meio de programas de desligamento voluntário.

Essa não é uma estratégia exclusiva da Alphabet. A Microsoft é outro exemplo de companhia que tem promovido cortes de cargos gerenciais.
Google cortou 35% das vagas gerenciais em um ano; entenda a mudança

Google cortou 35% das vagas gerenciais em um ano; entenda a mudança
Fonte: Tecnoblog

Governo dos EUA agora é dono de quase 10% da Intel

Governo dos EUA agora é dono de quase 10% da Intel

Secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, ao lado do CEO da Intel, Lip-Bu Tan (imagem: reprodução)

Resumo

O governo dos Estados Unidos adquiriu 9,9% das ações da Intel em um acordo avaliado em US$ 11 bilhões (R$ 59,6 bilhões), com 433,3 milhões de ações.
O acordo é ligado a subsídios da lei CHIPS and Science Act, que prevê o fortalecimento da produção de semicondutores no país.
A Intel enfrenta perda de participação de mercado.
Investimento estatal oferece fôlego financeiro, mas não resolve as dificuldades tecnológicas da empresa.

Após uma semana de especulações, o governo dos Estados Unidos confirmou, nesta sexta-feira (22/08), que finalizou um acordo para adquirir uma participação acionária de quase 10% da Intel. O presidente Donald Trump compartilhou a informação em seu perfil na rede Truth Social. No post, Trump afirma que os EUA “não pagaram nada” pelas ações, “agora avaliadas em aproximadamente US$ 11 bilhões” (R$ 59,6 bilhões em conversão direta).

Segundo a Bloomberg, fontes próximas ao assunto afirmam que o acordo prevê que o governo receba 433,3 milhões de ações da Intel, o equivalente a 9,9% da empresa. A participação, entretanto, não garante direito a voto nem posições no conselho de administração.

A operação estaria atrelada à liberação de US$ 8,87 bilhões (R$ 48 bilhões) em subsídios da lei CHIPS and Science Act, já reservados para a companhia, mas ainda não distribuídos. Sancionada em 2022, ela prevê investimentos bilionários para fortalecer a produção de semicondutores em solo americano — embora tenha sido alvo de críticas de Donald Trump, que considera a medida um gasto ineficiente dos recursos públicos.

Fim do impasse entre Trump e Intel

Donald Trump agradece e elogia Lip-Bu Tan após acordo (imagem: Felipe Faustino/Tecnoblog)

A oficialização do acordo encerra, por enquanto, a celeuma entre o governo norte-americano e a Intel, que se desenrolou ao longo de agosto, quando Trump disse que o CEO da Intel deveria renunciar imediatamente por supostas ligações com empresas de tecnologia da China.

Após isso, Tan, que assumiu a função de CEO em março deste ano, adotou um tom conciliador e se reuniu com Trump na Casa Branca. A reunião, que inicialmente serviria para apaziguar os ânimos, evoluiu para a negociação que culminou na aquisição de parte da empresa.

Segundo a agência Reuters, em declaração a repórteres na Casa Branca, o presidente afirmou que o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, concordou com o acordo para resolver o impasse entre eles. “Ele entrou querendo manter o emprego e acabou nos dando US$ 10 bilhões para os Estados Unidos”.

O movimento com a Intel se soma a outras ações recentes do governo: além de um acordo para receber 15% da receita da Nvidia e da AMD com a venda de chips de IA para a China, o Departamento de Defesa também adquiriu uma participação de US$ 400 milhões (R$ 2,17 bilhões) na MP Materials, produtora de terras raras considerada estratégica.

Intel tenta sair da crise

Intel vem tomando ações extremas para sair da crise (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

As ações da Intel subiram mais de 7% após o anúncio. Apesar disso, analistas apontam que o investimento estatal, por si só, não resolve os problemas da empresa, que enfrenta perda de participação de mercado e de vantagem tecnológica para concorrentes como a TSMC.

“Além de dinheiro, a Intel precisa de clientes”, afirmou o analista Stacy Rasgon, do Bernstein, em nota a clientes. “Financiar uma expansão sem clientes provavelmente não terminará bem para os acionistas, dos quais o governo dos EUA seria o maior nesta situação”, completou.

O acordo, no entanto, oferece um fôlego financeiro imediato para a Intel e, principalmente, para seu ambicioso projeto de construção de um polo de fabricação de chips em Ohio, que vinha sofrendo com atrasos — o que seria um dos grandes motivos para que a Intel tenha buscado uma ajudinha estatal, segundo rumores anteriores.

Governo dos EUA agora é dono de quase 10% da Intel

Governo dos EUA agora é dono de quase 10% da Intel
Fonte: Tecnoblog

Meta congela contratações em divisão de IA após onda de novas admissões

Meta congela contratações em divisão de IA após onda de novas admissões

Mark Zuckerberg é fundador e CEO da Meta (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Meta congelou contratações em sua divisão de inteligência artificial na América do Norte e globalmente, afetando novos cargos e movimentações internas.
Analistas destacam que os custos bilionários com talentos de IA pressionam a rentabilidade.
Nos últimos meses, o time AGI Foundations e outras frentes de IA realizaram contratações agressivas, incluindo mais de 50 especialistas vindos de OpenAI, Google, Apple, xAI e Anthropic.

A Meta decidiu congelar novas contratações em sua divisão de inteligência artificial, poucos meses depois de liderar uma ofensiva para atrair dezenas de engenheiros e pesquisadores do setor. O bloqueio foi implementado na última semana e atinge também movimentações internas de funcionários entre equipes da unidade.

De acordo com pessoas próximas ao assunto ouvidas pelo The Wall Street Journal, a medida não tem prazo definido para terminar. Exceções à regra podem ocorrer, mas apenas com aprovação direta do diretor de IA Alexandr Wang. Procurada pelo jornal, a Meta confirmou a decisão, classificando-a como parte de um processo de “planejamento organizacional e orçamentário anual” para consolidar a estrutura do grupo.

Por que a Meta interrompeu as contratações?

A decisão ocorre em meio a uma reestruturação ampla da área de IA. A companhia dividiu o setor em quatro frentes: uma dedicada a sistemas de superinteligência, chamada TBD Lab; outra voltada a produtos de IA; uma terceira para infraestrutura; e uma quarta focada em pesquisas de longo prazo, batizada de Fundamental AI Research, que permanece praticamente inalterada.

Nos últimos meses, a Meta foi uma das empresas mais agressivas na disputa por talentos em inteligência artificial. Para atrair nomes de peso, ofereceu pacotes de remuneração que chegavam à casa dos bilhões de dólares, além de participar de reverse acquihires, prática em que startups ficam sem seus líderes estratégicos.

A aposta, no entanto, também gerou preocupação entre analistas e investidores. Os custos crescentes de oferecer ações da empresa como parte da remuneração foram apontados como um risco à capacidade de a Meta manter programas de recompra e garantir retorno a acionistas.

Meta realizou agressivas contratações nos últimos meses (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Impactos no mercado e próximos passos

A reestruturação também levou ao fim do time AGI Foundations, responsável pelos modelos de linguagem Llama, que tiveram desempenho abaixo do esperado em sua versão mais recente. Após esse episódio, Mark Zuckerberg passou a se envolver pessoalmente nas negociações, abordando diretamente pesquisadores de rivais como OpenAI, Google DeepMind e Anthropic.

Segundo documentos internos, desde abril, mais de 20 especialistas foram contratados da OpenAI, outros 13 do Google, além de profissionais vindos da Apple, da xAI e da Anthropic, totalizando mais de 50 contratações. Apesar do volume expressivo de admissões, a decisão de congelar o processo de seleção revela um momento de cautela.

Em relatório de 18 de agosto, a empresa global de serviços financeiros Morgan Stanley alertou que os gastos bilionários em talentos de IA podem tanto gerar avanços de grande valor quanto pressionar a rentabilidade das gigantes de tecnologia sem resultados imediatos.

Além do congelamento de admissões, a Meta estuda ajustes adicionais em sua divisão de inteligência artificial. Segundo fontes ouvidas pelo The New York Times, a empresa considera reduzir o tamanho das equipes, o que poderia levar à eliminação de cargos ou à realocação de funcionários para outros setores.

Meta congela contratações em divisão de IA após onda de novas admissões

Meta congela contratações em divisão de IA após onda de novas admissões
Fonte: Tecnoblog