Category: Ministério da Justiça

Governo quer aumentar pena para receptação de celular roubado

Governo quer aumentar pena para receptação de celular roubado

Ministério da Justiça quer criar novo tipo penal para receptação de celulares (imagem: divulgação)

Resumo

O Ministério da Justiça e Segurança Pública propõe aumentar em 50% a pena de receptação de celulares, com pena mínima de um ano e quatro meses e máxima de seis anos.
A proposta inclui criação de novo tipo penal para receptação qualificada e agravamento para furto qualificado, especialmente de celulares e venda de TV box.
Projeto de Lei 494/2025, apresentado pelo senador Flavio Bolsonaro, propõe pena de quatro a oito anos para furto de celulares, complementando a iniciativa do MJSP.

Um projeto de lei do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) quer aumentar em até 50% o tempo de prisão para o crime de receptação quando se tratar de celulares. A proposta, conforme explicado pelo MJSP em comunicado à imprensa, é criar um tipo penal a partir da receptação qualificada.

O projeto apresentado pelo ministro Ricardo Lewandowski traz pena mínima de um ano e quatro meses, com possibilidade de pena máxima de 6 anos.

Como é a proposta de lei apresentada pelo MJSP?

Como explicado pelo MJSP, a proposta propõe duas opções de pena mínima e duas opções de pena máxima para receptação de celulares. O tempo mínimo de prisão no texto criado pelo ministro Ricardo Lewandowski são:

Um ano e quatro meses (aumento de 30% em relação à pena de receptação simples)

Um ano e seis meses (aumento de 50%)

Já as propostas de pena máxima são:

Cinco anos e dois meses (aumento de 30%)

Seis anos (aumento de 50%)

Pena máxima para receptação de celulares pode chegar até 8 anos de prisão com proposta do MJSP (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Atualmente, o crime de receptação, Art. 180 do Código Penal, possui duas modalidades: a simples e a qualificada. A receptação ocorre quando uma pessoa adquire, recebe, transporta, conduz ou oculta, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime. Outro tipo de receptação é influir para que terceiro, de boa-fé, adquira, receba ou oculte o objeto. O tempo de reclusão nesse crime é de um a quatro anos e multa.

A forma qualificada da receptação é quando envolve o exercício de atividades comerciais ou industriais. Sua pena é reclusão de três a oito anos e multa. A proposta do MJSP criaria um novo tipo penal, com penas intermediárias entre as duas modalidades já existente.

Além de celulares, a pena também seria agravada para a receptação de cabos e fios de energia e telecomunicação, dispositivos que armazenam dados pessoais, mercadorias em transporte, medicamentos, combustíveis, fertilizantes, minérios, armas, veículos e cigarros.

Proposta também prevê novo furto qualificado e mira TV box

TV Box também são alvos de proposta de projeto de lei (ilustração: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A proposta do MJSP quer também qualificar o crime de furto realizado com objetivo comerciais. O objetivo é combater quadrilhas especializadas no furto e roubo de celulares para fornecimento de lojas. O texto apresentado por Lewandowski também quer equiparar à receptação qualificada a venda de TV box, já que ela fornece um serviço pirateado.

Em fevereiro, o senador Flavio Bolsonaro apresentou o PL 494/2025, no qual propõe adicionaro ao Art. 155 (furto) do Código Penal, a pena de reclusão de quatro a oito anos para o furto de celulares. O PL ainda não foi analisado pelo Senado.

A proposta do MJSP e do senador Bolsonaro não são concorrentes, mas complementares. A primeira prevê a qualificação para furtos com fins comerciais e um novo tipo de receptação em caso de celulares, enquanto o outro cria uma pena maior para furtos desses dispositivos.

Com informações de Ministério da Justiça e da Segurança Pública
Governo quer aumentar pena para receptação de celular roubado

Governo quer aumentar pena para receptação de celular roubado
Fonte: Tecnoblog

Operação bloqueia mais de 600 sites piratas e prende cinco pessoas no Brasil

Operação bloqueia mais de 600 sites piratas e prende cinco pessoas no Brasil

Mais de 600 sites piratas são retirados do ar por operação 404.7 (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagrou nesta quinta-feira (19) a sétima fase da Operação 404, cujo objetivo é combater a pirataria na internet. A ação envolve cinco diferentes países, que envolve o bloqueio de 675 sites e 14 aplicativos que violam a propriedade intelectual.

Além do Brasil, a operação também aconteceu na Argentina, Paraguai, Peru e Reino Unido. Foram expedidos 30 mandados de busca e apreensão, cujos materiais relacionados aos crimes foram retidos em decorrência das ordens judiciais. Além disso, as autoridades cumpriram cinco mandados de prisão no Brasil.

As ações foram coordenadas pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), e teve participação das Polícias Civis de nove estados: Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Também houve participação dos Ministérios Públicos de São Paulo e de Santa Catarina.

A sétima fase da Operação 404 foi capaz de remover conteúdos em áudio, vídeo, jogos e músicas, com o bloqueio e suspensão de 675 sites e 14 aplicativos de streaming pirata. Outra parte importante foi a desindexação do conteúdo em mecanismos de buscas como o Google, além da remoção de perfis em redes sociais que divulgavam o acesso pirata.

De acordo com a legislação brasileira, o crime de pirataria tem pena de reclusão de dois a quatro anos, multa. Os investigados também podem ser indiciados por associação criminosa.

Operação 404 ocorre desde 2019

A primeira etapa da Operação 404 foi deflagrada em novembro de 2019, com mandados de busca, apreensão e bloqueios de sites e apps de streaming em território brasileiro. Desde então, a força-tarefa continuou e ganhou contribuições de autoridades de outros países e da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA).

Em 2023, a sexta etapa da Operação 404 bloqueou 606 sites irregulares que distribuíam conteúdos protegidos por direitos autorais. Na ocasião, 22 mandados de busca e apreensão foram expedidos.

Além da Operação 404, a Anatel também possui uma força-tarefa similar. Desde 2018, a agência mantém o Plano de Ação de Combate à Pirataria para fortalecer a fiscalização de equipamentos de telecomunicações sem homologação, incluindo celulares irregulares e aparelhos de TV Box pirata.

Equipamentos apreendidos pela Anatel. (Foto: Divulgação/Anatel)

Ao todo, a Anatel já tirou do mercado mais de 7,8 milhões de equipamentos, com valor estimado de R$ 729,5 milhões. Desse total, os aparelhos de TV Box que desbloqueiam canais fechados representam 1,37 milhões de equipamentos, com valor estimado de R$ 322 milhões. A operação também retira de circulação produtos como carregadores, baterias e cabos de telecomunicação que não receberam homologação da agência.
Operação bloqueia mais de 600 sites piratas e prende cinco pessoas no Brasil

Operação bloqueia mais de 600 sites piratas e prende cinco pessoas no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Governo pede que Apple e Google criem senha extra para celulares

Governo pede que Apple e Google criem senha extra para celulares

Ministério da Justiça pede mais medidas de segurança já que bloqueio de tela não é eficaz (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Ministério da Justiça pediu que Apple e Google implementem uma “segunda senha” para apps de email, pois o bloqueio de tela não estaria mais sendo eficaz contra roubos.
O MJSP argumenta que a medida ajudaria a evitar que ladrões acessem apps financeiros após obterem celulares desbloqueados das vítimas.
O iOS 18, que será lançado em setembro, já incluirá uma função de autenticação biométrica para proteger apps, atendendo parcialmente à solicitação do MJSP.
A Samsung já oferece a função de Pasta Segura na One UI, e rumores indicam que a empresa pode exigir senha ou biometria na versão One UI 7.
O Google também estaria desenvolvendo um recurso similar para o Android 15, com pastas seguras e acesso por biometria, seguindo a tendência de segurança alinhada entre as grandes empresas de tecnologia.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) pediu a Apple e Google que criem uma “segunda senha” para aplicativos de email. No ofício enviado às empresas, o órgão aponta que o recurso de bloqueio de tela de celulares não é mais eficaz, já que ladrões pedem que as vítimas entreguem o dispositivo desbloqueado. A iniciativa do MJSP integra as ações Celular Seguro, app do governo para bloquear aparelhos após furtos.

O Celular Seguro foi lançado em dezembro de 2023. Disponível para iPhone (iOS) e Android, o programa visa impedir que ladrões usem apps financeiros das vítimas através do bloqueio do acesso às contas. Ele também avisa operadoras e outras empresas parceiras do furto, que podem cortar outros serviços associados ao aparelho.

Como explica o MJSP, essa nova exigência para as empresas está ligada ao modus operandi dos ladrões de celulares. Os grupos criminosos não buscam apenas revender os smartphones, mas também acessar apps bancários. Ao pedir o celular desbloqueado, eles podem trocar a senha dos programas usando o email da vítima.

Pedido do MJSP existe no iOS 18

iOS 18 exige autenticação biométrica para abrir apps protegidos (Imagem: Divulgação / Apple)

O pedido do MJSP de ter uma “senha extra”, como uma identificação facial para acessar o app do email, já existe no iOS 18. O problema é que o sistema operacional da Apple só será lançado em setembro, junto do iPhone 16.

O novo SO da big tech permitirá que usuários tranquem os apps importantes usando o FaceID. Existe ainda a opção de esconder vários apps em uma única pasta.

Samsung também possui ferramenta do tipo

A Samsung já conta com o recurso pasta segura na One UI, sua interface baseada no Android. Porém, ela não obriga a criação de uma senha para ser acessada — mas recomendamos que faça isso. Um rumor aponta que a sul-coreana lançará o recurso de exigir acesso a aplicativos por senha ou biometria no One UI 7.

Em maio, um mês antes da Apple anunciar o iOS 18, o Google divulgou que estava trabalhando na função de pastas seguras e acesso com biometria para o Android 15. Para abri-la, será necessário usar algum tipo de biometria.

A convergência entre Google e Apple, que apresentaram recursos idênticos com semanas de diferença, sugere que as empresas estão alinhadas no desenvolvimento de ferramentas de segurança contra furtos.

Com informações: MJSP, Tele Síntese, 9to5Mac

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Governo pede que Apple e Google criem senha extra para celulares

Governo pede que Apple e Google criem senha extra para celulares
Fonte: Tecnoblog

Governo anuncia Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares

Governo anuncia Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares

Projeto Celular Seguro ficará turbinado com novo protocolo (ilustração: Vítor Pádua/Tecnoblog)

O governo brasileiro apresentou hoje o projeto do Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares, que tem por objetivo ampliar a eficácia do já conhecido Programa Celular Seguro. A iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) repete a experiência exitosa obtida no Piauí.

Por lá, uma ação do governo estadual resultou na devolução de smartphones roubados ou furtados. Isso ocorre a partir de um trabalho com as operadoras de telefonia, que enviam mensagens sempre que os aparelhos se conectam à rede. O SMS traz o alerta de que aquele telefone é fruto de ação criminosa.

Quais são as fases do novo programa do governo?

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) fez o anúncio do Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares nesta quinta-feira (dia 1º/08) durante uma solenidade em Brasília. Foram anunciadas três fases de projeto:

Fase 1 (realizada hoje)

Formalização da iniciativa

Assinatura de convênio com o estado do Piauí

Ingresso de outros nove estados

Fase 2

Formação de um grupo de trabalho

Elaboração conjunta das etapas, metodologia e fluxo do protocolo

Realização de testes

Fase 3

Implementação nacional

Ingresso de mais estados

Quais estados participam do protocolo?

A pasta informou que os seguintes estados fazem parte do primeiro grupo de trabalho para o processo de turbinar o Celular Seguro:

Acre

Alagoas

Amazonas

Amapá

Bahia

Goiás

Maranhão

Mato Grosso

Pará

Piauí

Evento em andamento
A solenidade do governo ainda está em andamento. Atualize esta página mais tarde para obter novas informações.
Governo anuncia Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares

Governo anuncia Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares
Fonte: Tecnoblog

Governo suspende venda de pacotes flexíveis da Hurb

Governo suspende venda de pacotes flexíveis da Hurb

Após calotes em hotéis e problemas para turistas, a Hurb (antigo Hotel Urbano) sofreu uma intervenção da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça. O órgão proibiu a venda de pacotes flexíveis pela empresa. A decisão foi tomada, de acordo com a Senacon, por “irregularidades encontradas nas práticas comerciais da empresa”.

Hotéis têm recusado clientes da Hurb (Imagem: Ciudad Maderas/Unsplash)

A autoridade e a Hurb se reuniram em 12 de maio, e a empresa se comprometeu a adotar medidas para resolver os problemas. As medidas adotadas deveriam ser detalhadas no plano entregue pela Hurb no último dia 22.

Porém, segundo Wadih Damous, secretário nacional do consumidor, isso não aconteceu. “O documento não trouxe informações suficientes e consistentes”, disse.

A solução encontrada foi uma medida cautelar para que a Hurb suspenda a venda de pacotes flexíveis. Caso descumpra a medida, a multa será de R$ 50 mil por dia. Os pacotes fixos seguem liberados.

Damous diz que a medida vai perdurar até que a Hurb apresente um plano concreto para entregar os pacotes contratados.

A empresa também deverá demonstrar que tem condições financeiras para fechar novas vendas de pacotes flexíveis.

Crise da Hurb vem desde 2022

Os pacotes flexíveis são aqueles em que o cliente compra uma viagem para um destino, mas sem uma data marcada.

Em 2022, os clientes passaram a ter problemas para conseguir viajar com os pacotes comprados em 2020, durante o início da pandemia de COVID-19.

Na época, a Hurb alegou que estava difícil encontrar passagens por valores promocionais. A empresa oferecia três possibilidades: remarcar para 2023, converter o pacote em créditos ou cancelá-lo, recebendo o estorno em até 60 dias.

Em 2023, novos problemas. Hotéis e pousadas passaram a acusar o Hurb de calote, e turistas não puderam se hospedar nos locais planejados.

Ao Tecnoblog, a empresa reconheceu os problemas. Em áudio encaminhado, o então CEO da companhia, João Ricardo Mendes, disse que não seria a última vez com problemas desse tipo, o que ele considerava “ok”: “Se a gente parar de errar, é porque a gente parou de crescer”.

O executivo deixou o cargo em abril de 2023, após divulgar um vídeo em que xinga e ameaça um cliente que da Hurb que teve sua viagem cancelada. Mendes chegou a vazar os dados do consumidor em um grupo de WhatsApp.

Com informações: G1, Folha de S.Paulo
Governo suspende venda de pacotes flexíveis da Hurb

Governo suspende venda de pacotes flexíveis da Hurb
Fonte: Tecnoblog