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Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum

Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum

Em março de 2022, uma reportagem do The Washington Post revelou que o Facebook teria contratado uma firma de consultoria para lançar uma campanha difamatória contra o TikTok. Era um momento tenso para a empresa, que, pela primeira vez em sua história, registrava perda de usuários.

As redes sociais podem estar acabando, mas o Facebook, não (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A ideia da campanha era associar o TikTok a desafios e trends perigosas, criando uma imagem problemática para a empresa. O objetivo, é claro, era colocar algum empecilho no caminho do aplicativo de vídeos, provável destino dos usuários que abandonavam o Facebook.

O caso parecia indicar uma empresa desesperada, sem saber como preservar a relevância de seu principal produto. O TikTok, por sua vez, era o novo acontecimento no universo das mídias sociais. Um inesperado concorrente que evidenciava a falta de inovação do Facebook.

Só que muita coisa mudou de lá para cá. Os resultados financeiros mais recentes da Meta apresentam números sólidos. E isso inclui também o Facebook, que, diferente do cenário de 2022, cresceu em número de usuários.

No ano em que comemora seu vigésimo aniversário, a rede de Mark Zuckerberg mostra que ainda está bem viva.

Sinônimo de rede social

O Tecnocast 321 teve como tema os 20 anos do Facebook. Um dos pontos abordados na conversa foi a maneira como a plataforma conseguiu se definir como um sinônimo de rede social.

É claro que o Facebook não foi o primeiro site onde era possível criar um perfil, adicionar amigos, mandar recados e outras funções semelhantes. Antecessores como o Friendster e o Myspace já apresentavam essas funcionalidades. Isso sem falar no Orkut, queridinho entre os brasileiros.

Mas o jeito como o Facebook conseguiu concentrá-las num só lugar e expandir o aspecto social da rede é que o tornou o principal exemplar desse tipo de plataforma. Em dado momento, a quantidade de recursos disponíveis tornava difícil para qualquer outro concorrente oferecer algo que o Facebook já não tivesse.

Feed com atualizações, grupos fechados, páginas que podiam ser seguidas para acompanhar conteúdos específicos, chat, aniversários, eventos. Esse conjunto de elementos formava um ecossistema onde o usuário tinha inúmeros motivos para ficar.

No meio do caminho, a plataforma fazia experiências. Ajustes no feed; novos recursos, como o Facebook 360º (quem lembra?); e até mesmo uma tentativa de competir com a Twitch através do Facebook Gaming.

Site do Facebook (Imagem: Austin Distel/Unsplash)

Vários desses experimentos falhavam, e plataforma os deixava de lado. Na prática, eram tentativas de acrescentar ao que a rede já tinha de sólido. Mesmo quando coisas novas fracassavam, o de sempre continuava funcionando — e trazendo os usuários de volta.

Outro ponto que fortalecia ainda mais o Facebook enquanto rede social era que, em determinado momento, todo mundo já estava lá. Seus amigos, familiares, colegas de faculdade. Ir para outro lugar fazia menos sentido num contexto como esse.

É claro que tamanha concentração de gente num único espaço trouxe seus problemas. E os problemas do Facebook, apesar de seu indiscutível sucesso, se multiplicaram ao longo de seus 20 anos.

Privacidade, bolhas e desinformação

Por melhores que sejam os números reportados — 3.07 bilhões de usuários mensais e 2.11 bilhões de usuários diários —, é inegável que o Facebook de hoje tem um problema de imagem. Os inúmeros escândalos na plataforma são responsáveis por isso.

O mais famoso de todos é o da Cambridge Analytica, quando a empresa de consultoria política teve acesso a dados de 50 milhões de usuários. Tudo devido a permissões dadas a aplicativos externos. De posse dessas informações, foi possível disparar propaganda política direcionada.

A reputação da empresa saiu manchada, e continuaria assim devido a outros casos envolvendo falhas de privacidade. Outro ponto sensível foi a desinformação, que, segundo pesquisadores, recebia muito mais engajamento na plataforma do que histórias e matérias de fontes fidedignas.

A imagem do Facebook como um local cheio de fake news é herdada de eleições recentes, quando a circulação desse tipo de conteúdo se tornou lugar-comum na rede. Isso pôde ser verificado tanto no contexto das últimas eleições americanas quanto nas eleições brasileiras mais recentes.

Notificação para quem interagiu com fake news sobre COVID-19 (Imagem: Divulgação/Facebook)

Da mesma forma, passou-se a questionar mais o papel dos algoritmos na criação de bolhas ideológicas, que reforçam as convicções dos usuários pela oferta reiterada de conteúdos com os quais a pessoa já concorda. Uma espécie de barreira que dificulta o contato com quem pensa diferente.

Estes problemas certamente fizeram o Facebook perder usuários. A saída de muitos nessa época, combinada à perda de usuários mais jovens nos anos recentes, ajudou a criar a noção de uma rede decadente, onde apenas os nossos pais estão.

Os números, no entanto, continuam contando outra história.

Onde está o foco de Mark Zuckerberg?

Em 2021, o metaverso foi apontado como o projeto principal da Meta. A empresa ganhou até um novo nome por conta disso. Mas é evidente que a ideia não ganhou a tração que Zuckerberg gostaria.

Agora, o criador do Facebook e CEO de sua empresa-mãe volta sua atenção para inteligência artificial. Nenhuma surpresa aí: é o que todos no mercado de tecnologia estão fazendo.

Antes disso, houve o lançamento do Threads, concorrente do Twitter. E ainda outros projetos ao longo dos últimos anos que capturaram a atenção de Zuckerberg, desde streaming de vídeo até a criação de uma criptomoeda.

Mark Zuckerberg (imagem: Reprodução/Facebook)

Uma matéria recente da Bloomberg descreve essas mudanças de foco do chefão da Meta como tentativas de criar algo maior que o Facebook, que possa fortalecer as perspectivas da empresa para o futuro.

No entanto, o Facebook segue sendo o produto mais popular da Meta. Por mais que o crescimento não seja tão acentuado quanto no passado e que usuários jovens estejam migrando para o TikTok, algo no Facebook ainda faz com que mais de 2 bilhões de pessoas o acessem todos os dias.

Num momento em que se fala sobre o fim das redes sociais, com novas formas de consumo de conteúdo tomando o lugar das antigas formas de interação on-line, a maior rede de todas mostra que não está nem perto do fim.
Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum

Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum
Fonte: Tecnoblog

Instagram começa a dar avisos a jovens que passam muito tempo no Reels

Instagram começa a dar avisos a jovens que passam muito tempo no Reels

Instagram avisará para os jovens que é hora de dormir após mais de 10 minutos vendo Reels ou trocando DMs (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Meta divulgou nesta quinta-feira um recurso de aviso noturno para usuários adolescentes no Instagram. A notificação é ativada após esses usuários passarem mais de 10 minutos assistindo a Reels ou lendo DMs durante a noite. Na mensagem, o Instagram dará a sugestão para que os jovens fechem a rede social — indiretamente, indicando que é hora de ir de berço.

A medida é uma das diversas iniciativas da Meta lançada nos últimos tempos para proteger os adolescentes nas suas redes sociais — e mitigar as críticas e o histórico de casos envolvendo a saúde mental desses jovens e o uso da plataforma. A funcionalidade não tem integração com o recurso de supervisão parental, que permite que os pais definam limites de tempo diário para os adolescentes usarem o Instagram, contando até mesmo com a opção de criar um período de intervalo.

Instagram vai mandar você sair do celular

Instagram pedirá que os jovens fechem o Instagram e vão dormir (Imagem: Divulgação/Instagram)

Como mostra a imagem divulgada pela Meta, a mensagem sugere ao usuário fazer uma pausa. O texto destaca que já é tarde e pede que o jovem feche o Instagram pelo resto da noite — a mensagem até lembra a saudosa MTV com seu “aproveita e vai ler um livro”. A Meta não explicou a partir de que horas a mensagem começa a aparecer.

Entre outras medidas lançadas pelo Instagram que podem auxiliar no controle do uso da rede social pelos jovens está o Modo Silencioso (que você adulto também pode ativar). A ferramenta permite que o usuário, adolescente ou adulto, desative as notificações do Instagram por um determinado período.

Essa opção é útil ainda para os adultos que não querem se distrair durante o período noturno quando estão próximos de dormir. Afinal, noites bem dormidas não são boas apenas para os adolescentes, mas para os mais velhos também.

Vale destacar que, por padrão, as contas dos menores de idade no Instagram são privadas. Os adolescentes só podem trocar essa configuração quando chegam aos 18 anos.
Instagram começa a dar avisos a jovens que passam muito tempo no Reels

Instagram começa a dar avisos a jovens que passam muito tempo no Reels
Fonte: Tecnoblog

Meta quer criar IA geral e abrir código, anuncia Zuckerberg

Meta quer criar IA geral e abrir código, anuncia Zuckerberg

Para CEO da Meta, IA geral tem que ter raciocínio e intuição para lidar com diferentes tarefas (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou que a empresa está trabalhando em uma inteligência artificial geral, com a intenção de disponibilizá-la ao público, por meio de código aberto. Ele também afirmou que a companhia terá poder de processamento equivalente a 600 mil GPUs H100, da Nvidia, até o fim de 2024.

O anúncio foi feito por Zuckerberg em um vídeo no Instagram e em uma entrevista exclusiva ao site The Verge. Inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês) é o nome dado a uma tecnologia capaz de realizar as mesmas tarefas intelectuais que humanos. Até o momento, ela é apenas hipotética.

“Nossa visão de longo prazo é construir uma inteligência geral, abrir seu código de maneira responsável e disponibilizá-la da maneira mais ampla possível, para que todos possam aproveitá-la”, escreveu o CEO na publicação.

“Está claro que a próxima geração de serviços precisa da criação de uma inteligência geral completa”, diz Zuckerberg no vídeo. “Para isso, é necessário avançar em todos os campos da IA, de raciocínio a planejamento, programação, memória e outras habilidades cognitivas.”

Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Mark Zuckerberg (@zuck)

Sem prazo, nem promessa

Além da Meta, OpenAI, DeepMind (que agora faz parte do Google) e Anthropic têm este mesmo objetivo. No entanto, há controvérsias sobre a definição de AGI e quando ela estará pronta. Para Zuckerberg, a inteligência artificial geral deverá ter diferentes capacidades, conseguidas por meio de raciocínio e intuição, e sua chegada será gradual, sem um momento marcante.

O CEO também diz ter a intenção de abrir o código de uma futura AGI. A Meta já fez isso com o Llama 2, seu modelo de linguagem em grande escala. Mesmo assim, ele não promete nada. “Contanto que faça sentido e seja o mais seguro e responsável a se fazer, acho que vamos tender ao código aberto. Claro, você não quer ficar preso a fazer alguma coisa só porque disse que faria”, pondera Zuckerberg ao The Verge.

Meta liderou compras de principal modelo de GPU em 2023 (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Compra de GPUs mostra ambição da Meta com IA

O anúncio também veio com informações sobre os investimentos da Meta. A empresa terá, até o fim de 2024, 350 mil GPUs H100, da Nvidia. Este modelo é considerado o melhor para o treinamento de IAs generativas, e cada unidade custa cerca de US$ 30 mil. Levando em conta outros modelos de GPU que a companhia possui, o poder de processamento será equivalente a 600 mil H100, segundo Zuckerberg.

O investimento pesado já era conhecido desde o ano passado. A empresa de pesquisa Omdia estima que a Meta comprou 150 mil H100 em 2023, mesma quantidade que a Microsoft, e três vezes mais que Google, Amazon, Oracle e Tencent, que levaram 50 mil cada.

Este poder computacional servirá para treinar o Llama 3, modelo que vai concorrer com o GPT-4, da OpenAI. “O Llama 2 não era o melhor da indústria, mas era o melhor entre os de código aberto”, admite Zuckerberg. “Com o Llama 3 e depois dele, nossa ambição é criar os melhores modelos do setor.”

Com informações: The Verge, PCMag, Venture Beat
Meta quer criar IA geral e abrir código, anuncia Zuckerberg

Meta quer criar IA geral e abrir código, anuncia Zuckerberg
Fonte: Tecnoblog

Agora dá para criar documentos do Office no metaverso de Zuckerberg

Agora dá para criar documentos do Office no metaverso de Zuckerberg

Meta Quest agora é compatível com o Microsoft 365 (Imagem: Lucas Lima/Tecnoblog)

O Microsoft 365 foi liberado nos óculos de realidade virtual/mista Meta Quest. Com isso os usuários do headset já podem utilizar o Word, Excel e PowerPoint no headset da Meta. A versão do Microsoft 365 para o Quest foi anunciada em 2022, mas só agora chegou no metaverso de Mark Zuckerberg.

Para quem não está familiarizado com o Microsoft 365, vamos relembrar que este é o novo nome do Microsoft Office. A big tech de Bill Gates trocou o nome do seu pacote de programas de trabalho no ano passado. Ao levar o Microsoft 365 para os headsets Quest, Mark Zuckerberg segue a sua previsão de que monitores serão substituídos por óculos VR — algo que ele disse no Connect 2022, quando anunciou a maior integração entre seu dispositivo e os serviços da dona do Windows. Mas você seguirá abrindo monitores dentro do Quest.

Microsoft 365 nos headsets Meta Quest

Imaginando um mundo sem monitores, Microsoft 365 no Quest ajuda Mark Zuckerberg na sua previsão (Imagem: Divulgação/Meta)

O programa Microsoft 365 está disponível nos seguintes headsets da Meta: Oculus Quest, Quest 2, Quest Pro e Meta Quest 3. No entanto, apenas o pacote Office clássico, com Word, Excel e PowerPoint é compatível com esses óculos VR. Se você tinha vontade de usar o OneNote ou o Forms nesse dispositivo, sinto muito, você precisa esperar.

O lançamento do Microsoft 365 para os óculos Quest é um grande salto para o equipamento da Meta. O headset ganha mais um público que pode usá-lo profissionalmente, somando àqueles que trabalham com o Quest em áreas na qual simulações em realidade mista são importantes. E claro, o headset também é usado para jogos e atividades físicas (como mostra o trailer do Quest 3).

Todavia, parafraseando o colega Josué de Oliveira, ninguém nunca disse “oba, vou abrir o Excel no metaverso”. A chegada do Microsoft 365 para os headsets Meta Quest preparam os dispositivos para um possível futuro em que eles realmente substituíam monitores e computadores. Falando por mim, prefiro seguir abrindo o Word com o PC e deixar o Quest para jogos de corrida — mesmo que eu não tenha um headset VR.

Com informações: Engadget e Android Central
Agora dá para criar documentos do Office no metaverso de Zuckerberg

Agora dá para criar documentos do Office no metaverso de Zuckerberg
Fonte: Tecnoblog

Threads é finalmente lançado na União Europeia

Threads é finalmente lançado na União Europeia

Usuários da União Europeia não conseguiam entrar no Threads nem com VPN (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A rede social Threads, da Meta, está disponível para usuários na União Europeia, cinco meses após seu lançamento no resto do mundo. Além disso, as pessoas que vivem nos países do bloco poderão acessar a plataforma sem perfil, uma opção que não existe nos outros países.

A novidade foi anunciada por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, em um post no próprio Threads. Com isso, a rede passa a estar disponível para as 448 milhões de pessoas que vivem na União Europeia. Até então, o acesso à plataforma era bloqueado até mesmo usando VPN.

Assim, o Threads, resposta da Meta ao X/Twitter, ganha um pouco de espaço para crescer em número de usuários. O app chegou fazendo muito barulho e quebrando recordes, mas logo nas primeiras semanas, as métricas não se mostraram sustentáveis.

Ligações fortes entre Threads e Instagram foram um dos motivos da demora (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Meta estava com medo das leis da UE

O motivo para a demora foi regulatório. Em entrevista ao Verge, Adam Mosseri, CEO do Instagram, apontou as “complexidades para cumprir algumas das leis que entrarão em vigor no ano que vem [2024]”.

Apesar de não mencionar pelo nome, Mosseri provavelmente estava se referindo ao Digital Markets Act (também conhecido como DMA e Regulamento de Mercados Digitais). A nova lei passará a valer em março de 2024 e visa combater abusos e concorrência desleal das gigantes da tecnologia, como a própria Meta, o Google, a Apple e a Amazon, entre outras.

União Europeia apertou o cerco contra big techs (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

No caso específico do Threads, especula-se que a ligação da nova rede com o Instagram poderia criar problemas para a Meta, já que o DMA inclui regras contra o favorecimento de serviços da mesma empresa.

Essa ligação já foi mais forte: não era possível deletar a conta do Threads sem deletar também a do Instagram, por exemplo, o que mudou em novembro. Mesmo assim, ainda é necessário ter uma conta no Instagram para publicar ou interagir com posts na rede.

O modo de acesso sem login também parece uma maneira de evitar problemas legais. Com ele, o usuário consegue visualizar um feed gerado por algoritmo e buscar contas. Aparentemente, não é possível pesquisar posts específicos.

A chegada à União Europeia não foi a única novidade do Threads. Na quarta-feira (13), Mark Zuckerberg anunciou que a plataforma começou a testar a integração com serviços que também usam o protocolo ActivityPub. Isso pode permitir que, no futuro, usuários do Threads possam interagir com publicações em redes como Mastodon e Bluesky.

Com informações: TechCrunch, The Verge
Threads é finalmente lançado na União Europeia

Threads é finalmente lançado na União Europeia
Fonte: Tecnoblog

Posts eróticos incomodam usuários do Threads; Meta promete correção

Posts eróticos incomodam usuários do Threads; Meta promete correção

Feed do Threads exibe conteúdo 18+ mesmo que a pessoa não queira ver (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Alguns usuários do Threads estão se queixando de posts com teor 18+ que aparecem no feed de maneira aleatória, como se fosse uma recomendação do algoritmo. Em resposta ao Tecnoblog, a Meta reconheceu que está ciente da questão e explicou que as equipes estão trabalhando para resolvê-la.

De acordo com a empresa de Mark Zuckerberg, alguns usuários estão enfrentando “uma experiência diferente da que gostariam”. São mulheres de biquíni, homens com o membro marcando no short e nudes explícitos.

Nas últimas semanas, diversos leitores do Tecnoblog entraram em contato conosco (aproveite para nos seguir: @tecnoblog) para se queixar do problema. Ele ocorre principalmente quando abrem a rede social em ambientes públicos.

, , … e “pessoas biscoiteiras”

Threads tem 100 milhões de usuários mensais, segundo a Meta (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Uma pessoa disse que o Threads está movimentado, mas que o algoritmo está “um pouquinho 18+”. Ela relatou muitos perfis com conteúdo seminu. Ainda questionou: “seria a TikTokzação do Threads?”

Outro adepto da plataforma social foi mais incisivo no comentário: disse que lá está repleto de pessoas biscoiteiras, que mostram as nádegas e tentam vender seus serviços, numa referência a garotas e garotos de programa.

“90% [dos perfis] são mulheres seminuas que só Deus sabe de onde vieram”, desabafou uma terceira pessoa sobre o principal rival do X nestes tempos atuais.

Rival X tem maior controle de conteúdo

A Meta não nos disse quando deve corrigir o problema. Ele fica ainda mais evidente quando se nota que o Threads normalmente abre no feed algorítmico, com conteúdo recomendado. É preciso tocar no nome da rede e selecionar a opção de “Seguindo” para ver as postagens de seus amigos.

Além disso, o Threads não oferece ferramentas para que o usuário eduque o sistema sobre o que o agrada (ou não). O menu de contexto traz opções como de silenciar, bloquear, ocultar ou denunciar.

Aplicativo X promete usar feedback do usuário para melhorar sugestões de conteúdo (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

A título de comparação, o X (antigo Twitter, como você já sabe) permite dizer que “Esse post não me interessa” caso esteja na aba “Para você”. Ao tocar neste botão, a postagem desaparece e a plataforma ainda pergunta se o internauta quer ver menos posts daquela pessoa ou se deseja marcar que conteúdo “não é relevante”.
Posts eróticos incomodam usuários do Threads; Meta promete correção

Posts eróticos incomodam usuários do Threads; Meta promete correção
Fonte: Tecnoblog

Meta libera ferramenta de IA capaz de gerar imagens

Meta libera ferramenta de IA capaz de gerar imagens

Imagine celebra o ano de avanços em tecnologias de IA da Meta (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Meta celebrou os avanços na área de IA ao longo de 2023 anunciando mais uma ferramenta: o Imagine. A plataforma gratuita permite criar imagens em alta resolução a partir de textos (prompts).

O serviço oferece uma experiência independente que pode ser acessada pelo site imagine.meta.com. A novidade é alimentada pelo modelo de geração de imagem EMU e, por enquanto, está disponível somente nos Estados Unidos.

Imagine pode criar imagens em segundos (Imagem: Divulgação/Meta)

Semelhante aos concorrentes DALL-E e Midjourney, o Imagine traz uma caixa para o usuário inserir um texto explicando a arte que deseja. Então, a plataforma pode gerar quatro imagens por prompt em poucos segundos.

Segundo a Meta, o serviço ganhará um recurso de “marca d’água invisível” nas próximas semanas. Assim, a funcionalidade visa facilitar a identificação e rastreabilidade de conteúdos gerados por IA.

O Imagine também será um recurso adicional para os aplicativos da empresa: o Reimagine. Usuários do Messenger e do Instagram poderão compartilhar artes criadas pela IA e realizar alterações a partir de novos prompts sem sair dos apps.

Para usar a ferramenta disponível nos bate-papos, a pessoa deve tocar e segurar a imagem até abrir uma nova caixa para o prompt. Isso deve promover uma experiência divertida entre amigos e permitir que eles explorem toda a criatividade.

Recurso Reimagine promete criar imagens geradas por IA diretamente pelo app do Instagram (Imagem: Divulgação/Meta)

Mais novidades do Meta AI

A Meta anunciou planos para adicionar novas experiências integradas ao assistente Meta IA à família de apps e serviços. A big tech está testando recursos de IA generativa para aprimorar as ferramentas de busca, anúncios, mensagens e outros.

Por exemplo, os usuários do Facebook poderão pedir para IA escrever mensagens de aniversário ou editar as próprias publicações no feed. Já os criadores do Instagram terão a ajuda do assistente para criar respostas “menos engessadas” para DMs e se conectar de forma um pouco mais natural com o público.

De acordo com a Meta, os exemplos de experiências estão em fase de testes nos Estados Unidos. Até o momento, não há previsão de quando elas chegarão ao público brasileiro.

Com informações: Meta e TechCrunch
Meta libera ferramenta de IA capaz de gerar imagens

Meta libera ferramenta de IA capaz de gerar imagens
Fonte: Tecnoblog

Meta vai acabar com integração entre Instagram e Facebook Messenger

Meta vai acabar com integração entre Instagram e Facebook Messenger

Integração do Facebook Messenger e Instagram foi lançada em 2020 (Imagem: Reprodução/Meta)

A Meta encerrará a integração entre o Facebook Messenger e Instagram ainda neste mês de dezembro. A mudança acaba com o suporte para bate-papos entre usuários das duas plataformas da big tech.

Lançado em 2020, o recurso tinha o objetivo de oferecer “uma experiência compartilhada aprimorada” para os usuários das duas redes sociais. Entretanto, a ferramenta não caiu no gosto das pessoas e teve uma baixa adoção.

Recurso permite que usuários do Instagram conversasse com pessoas do Facebook Messenger e vice-versa (Imagem: Divulgação/Meta)

Uma nota na página de suporte do Instagram revelou que a integração com o Facebook Messenger será encerrada “em meados de dezembro de 2023”. Veja o que ocorrerá depois desta data:

Não será possível iniciar novas conversas ou ligações com contas do Facebook no Instagram;

Todos os bate-papos existentes com contas do Facebook se tornarão apenas leitura. O usuário e as outras pessoas não poderão mais trocar mensagens;

Contas do Facebook não poderão ver o status online ou se a pessoa leu a mensagem no Instagram;

Conversas com contas do Facebook não serão transferidas para a caixa de entrada na rede social ou do Messenger;

Para continuar os bate-papos com contas do Facebook será necessário iniciar uma conversa no Messenger ou pela rede social.

Meta busca se adaptar a Lei de Mercados Digitais da União Europeia (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Meta está se adaptando as leis europeias

A Meta não divulgou uma nota oficial explicando o encerramento da integração entre Instagram e Facebook Messenger. Contudo, analistas acreditam que a mudança pode ter relação com a Lei dos Mercados Digitais da União Europeia.

A legislação exige que grandes empresas ofereçam interoperabilidade entre plataformas de mensagens. Por exemplo, o WhatsApp deve receber uma função de “conversas com apps de terceiros” para se adequar às regras europeias.

O fim da integração pode ser uma forma da Meta se preparar para transformar o Facebook Messenger em um comunicador mais completo. Bem como, a big tech pode estar apenas limitando as ações do app para fugir das regras que entrarão em vigor a partir de março de 2024.

Entretanto, também supomos que o motivo seja somente a pequena quantidade de usuários que usam o recurso diariamente. Então, não é interessante para a empresa manter uma funcionalidade pouco usada.

Com informações: Instagram, 9to5Google e WCCFTech
Meta vai acabar com integração entre Instagram e Facebook Messenger

Meta vai acabar com integração entre Instagram e Facebook Messenger
Fonte: Tecnoblog

Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico

Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico

Número de downloads ainda está abaixo de setembro (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O número de downloads diários do Threads cresceu de 350 mil, no início do novembro, para 620 mil, em 23 de novembro. Essa quantidade está longe do 1 milhão do começo de setembro, mas já mostra uma reação da rede social da Meta.

Os dados são da empresa de inteligência Apptopia e consideram novas instalações feitas na App Store, usada pelo iPhone, e no Google Play, usado pelos aparelhos com Android.

A Apptopia acredita que a alta recente nos downloads do Threads se deve ao fato de a Meta estar fazendo propaganda de seu app.

Threads está em alta no iOS e no Android (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Outra boa notícia para a empresa é que o Threads está crescendo fora dos EUA. A Índia foi o país com maior número de novos downloads, com 11,2%. Os EUA vêm em segundo, com 7,4%.

Threads fez sucesso, mas caiu logo em seguida

O Threads teve um começo impressionante. Lançado em julho, ele quebrou o recorde de menor tempo para chegar a 100 milhões de downloads: apenas cinco dias. A marca pertencia ao ChatGPT, que levou dois meses para alcançar este número.

Nas semanas seguintes, porém, o burburinho em torno do Threads foi diminuindo, assim como o interesse pela rede. Passados 15 dias do lançamento, o número de usuários ativos já era 70% menor, e o tempo gasto no app era quatro vezes menor.

A Meta tomou algumas medidas para tentar evitar a saída de usuários. A rede social foi lançada ainda bastante crua, então vieram melhoras de usabilidade e uma versão web. Além disso, o Instagram, rede “irmã” do Threads, passou a recomendar publicações da plataforma.

A queda continuou. Segundo a Apptopia, o Threads tinha 1 milhão de downloads diários no começo de setembro; no começo de novembro, eram 350 mil. Este número subiu para cerca de 620 mil no dia 23.

Somando tudo, o Threads conseguiu 41 milhões de downloads desde 1º de setembro. O número é maior que o do X (antigo Twitter), seu principal concorrente (e inspiração). A rede social de Elon Musk teve 27 milhões de downloads no período.

Com informações: TechCrunch
Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico

Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico
Fonte: Tecnoblog

Como as empresas de telecom querem tirar dinheiro das Big Techs

Como as empresas de telecom querem tirar dinheiro das Big Techs

Quanto do tráfego global na internet é gerado pelas Big Techs? De acordo com um relatório da Sandvine, empresa de inteligência e redes, a resposta é 48%. Ou seja, quase metade dos dados trafegados no planeta vem de um grupo bem seleto de empresas.

Como as empresas de telecom querem tirar dinheiro das Big Techs (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O cenário brasileiro reflete esse achado. Segundo o presidente da Claro, José Félix, só a Meta corresponde a 20,1% do tráfego de dados dos clientes da operadora. Um quinto do volume de dados de uma das maiores operadoras do país.

Em vários países, essa concentração tem levado à formulação de um argumento bastante polêmico. Segundo várias operadoras de telecom, as plataformas digitais geram enorme demanda, mas não contribuem para a manutenção da infraestrutura que permite que seus streamings, redes sociais e aplicativos de mensagens sejam acessados.

O resultado é um cenário injusto, na concepção das teles. Para corrigir isso, as plataformas que mais geram tráfego — ou seja, as Big Techs — devem contribuir financeiramente para os investimentos em rede. Este é conceito por trás do chamado fair share.

Quem gera o tráfego que pague

A discussão sobre o fair share ganhou destaque na Europa, onde uma consulta pública sobre o tema chegou a ser aberta. Havia expectativa de que os legisladores europeus vissem a proposta com bons olhos.

Isso porque a Europa é conhecida por legislações mais rígidas com Big Techs. Além disso, o comissário da União Europeia para mercado interno, Thierry Breton, já foi empresário do setor de telecomunicações. As condições pareciam favoráveis à proposta.

Mas as coisas não se desenrolaram da forma que as teles gostariam. A consulta pública constatou basicamente que todo mundo era contra a ideia, exceto, é claro, as próprias empresas de telecomunicações. O assunto não morreu, mas só deve voltar à tona a partir de 2025.

No Brasil, debates em torno do tema têm sido frequentes em 2023, e as operadoras mantém um discurso afinado a favor da cobrança sobre as Big Techs.

O já citado José Félix reforça que as grandes plataformas são as principais responsáveis pelo aumento no tráfego, sendo necessário, portanto, que contribuam para a implementação das redes.

Camila Tapias, vice-Presidente da Telefônica Vivo, vai além. Segundo ela, o crescimento no volume de dados pode levar a um cenário em que a “qualidade do ecossistema está sob risco”.

Pesaria também o fato de que as operadoras não podem impôr limitações baseadas em franquia de dados aos usuários de internet fixa. Por esse raciocínio, os recursos para melhora da infraestrutura devem sair de outro lugar, portanto: do bolso das Big Techs.

O argumento das teles faz sentido?

Nem todo mundo concorda com a preocupação da executiva, no entanto. No Tecnocast 315, discutimos os diversos aspectos da proposta de fair share, e, de acordo com Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, a internet no Brasil não corre riscos devido ao aumento na demanda.

Ele cita dados do IX.br, projeto de troca de tráfego ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIbr), para mostrar que não há indícios de que a internet esteja em perigo. E mais: mesmo se dobrássemos o consumo de dados no Brasil hoje, a infraestrutura instalada daria conta.

Se não é provável que o ecossistema esteja “sob risco”, qual é a explicação para a reivindicação das teles? Outras falas de executivos do setor deixam claro: trata-se de uma questão econômica.

Segundo Camila Tapias, há uma “insuficiência de retorno econômico” para as prestadoras. Marcos Ferrari, presidente da Conexis, entidade reúne as empresas de telecom e de conectividade, destaca que o retorno das teles gira em torno de 8% na média global. Seria pouco diante dos 30% das Big Techs.

Aí estaria a principal motivação do fair share, na opinião de Ayub.

Eles tão salivando em cima dos 30%, querendo a fatia deles do bolo. É como se o motorista do carro-forte olhasse pelo retrovisor e falasse: poxa, tem tanto dinheiro aqui, quero um pedacinho disso.

Além disso, cabe apontar que as Big Techs fazem, sim, investimentos em infraestrutura. Eles vão desde o financiamento de cabos submarinos ao estabelecimento de redes de entrega de conteúdo, ou CDNs, ao redor do mundo. São conjuntos de servidores que otimizam a entrega de conteúdo ao usuário. Os CDNs melhoram a qualidade do serviço e ajudam a reduzir custos, e não só do lado das Big Techs, mas também das empresas de telecom.

Ou seja: não é verdade que as plataformas digitais simplesmente usam a rede já construída pelas operadoras sem contribuir para melhora do serviço. Todo mundo paga alguma coisa para estar na internet.

No colo de quem vai cair a conta?

A polêmica em torno do fair share deixa clara a dor de cabeça do setor de telecomunicações: encontrar novas fontes de receita. Trata-se de um mercado bastante maduro, com poucos players de grande porte. A briga é muito mais para roubar clientes uns dos outros do que por novos usuários.

Esse cenário de competição é ótimo para o consumidor, é claro. As teles passam a oferecer pacotes mais atrativos na internet fixa, tanto em preço quanto em velocidade, além de pacotes de internet móvel com zero rating para aplicativos muito populares.

A gratuidade destes aplicativos, inclusive, vai contra o próprio argumento das operadoras. Se o grande volume de tráfego fosse de fato um problema, os planos com WhatsApp e Facebook ilimitados já teriam sido abandonados. A concorrência, no entanto, tornou tais produtos praticamente uma commodity.

É difícil, de fato, imaginar novas possibilidade de crescimento para as operadoras, por maior que seja a pressão de investidores por margens de lucro mais altas. No entanto, não parece correto dizer que se trate de uma situação injusta. É apenas o resultado das dinâmicas do mercado.

Além disso, não é difícil imaginar o que aconteceria caso Big Techs fossem obrigadas a pagar pelo uso da rede. Os novos gastos seriam repassados para a ponta. Mensalidades mais altas no streaming, por exemplo, ou uma quantidade ainda maior propagandas exibidas nas principais plataformas. A conta cairia no colo do usuário, é claro.

Não existe internet grátis. Nem pra você, nem para as Big Techs.
Como as empresas de telecom querem tirar dinheiro das Big Techs

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Fonte: Tecnoblog