Category: Meta

Meta vai liberar dados para pesquisas sobre saúde mental no Instagram

Meta vai liberar dados para pesquisas sobre saúde mental no Instagram

Instagram é acusado de viciar crianças e adolescentes (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Meta vai permitir que um grupos selecionados de pesquisadores acessem um pequeno conjunto de dados do Instagram. Projetos escolhidos por uma organização independente terão acesso a informações sobre adolescentes, como quantas contas seguem, quanto tempo passam na rede social e quais configurações usam. O objetivo é estudar possíveis danos à saúde mental, assunto que vem sendo muito debatido nos últimos anos.

O programa será feito em parceria com a organização sem fins lucrativos Center for Open Science (COS). A entidade vai escolher até sete propostas de pesquisas de diferentes áreas relacionadas à saúde mental de adolescentes. A Meta não participará deste processo.

Debate sobre saúde mental e redes sociais está em alta (Imagem: Robin Worrall / Unsplash)

Os dados compartilhados não vão incluir acesso a informações demográficas de usuários específicos, conteúdos das publicações, comentários ou mensagens. Os especialistas também poderão recrutar adolescentes para participar do estudo, com permissão dos responsáveis.

“Pais, formuladores de políticas públicas, acadêmicos e empresas de tecnologia estão tendo dificuldades para dar apoio a jovens em espaços na internet, mas nós precisamos de mais dados para entender a situação como um todo”, disse Curtiss Cobb, vice-presidente de pesquisa da Meta.

O COS afirma que os estudos de dados obtidos diretamente do Instagram podem ajudar a compreender melhor o bem-estar, desde que sejam combinados a outras fontes de informações, como questionários e pesquisas.

Instagram é apontado como causa de problemas de saúde mental

A abertura dos dados internos pode ser vista como uma resposta da Meta às críticas contra o Instagram. Nos últimos anos, a rede social vem sendo acusada de causar problemas de saúde mental em crianças, adolescentes e jovens.

Em 2021, a ex-funcionária do Facebook Frances Haugen veio a público e apresentou pesquisas internas da empresa que sugeriam que os próprios adolescentes apontavam o Instagram como motivo para ansiedade e depressão. A companhia sabia, por exemplo, que uma a cada três meninas associava a rede social a problemas de imagem corporal.

Em junho de 2024, Vivek Murthy, chefe da saúde pública dos Estados Unidos, pediu que o Congresso americano aprove uma lei para incluir advertências em redes sociais. O aviso seria semelhante às mensagens presentes em embalagens de cigarros e alertaria sobre os malefícios das plataformas para a saúde mental.

Esta posição, porém, não é consenso. A Electronic Frontier Foundation, organização sem fins lucrativos que defende liberdades digitais, acusou Murthy de criar pânico. A entidade considera que o assunto é mais complexo e que as redes sociais podem, inclusive, oferecer espaços e comunidades para adolescentes que se sentem isolados ou ansiosos.

Com informações: The Verge
Meta vai liberar dados para pesquisas sobre saúde mental no Instagram

Meta vai liberar dados para pesquisas sobre saúde mental no Instagram
Fonte: Tecnoblog

Brasil proíbe uso de dados em IA do Instagram e Facebook; Meta se diz “desapontada”

Brasil proíbe uso de dados em IA do Instagram e Facebook; Meta se diz “desapontada”

Novos termos da Meta entraram em vigor em 26 de junho (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A ANPD suspendeu nova política de privacidade da Meta, que usava postagens de brasileiros para treinamento de IA.
Há ainda multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
Os riscos apontados pela ANPD incluem: uso inadequado de dados; falta de informações claras; limitações aos direitos dos usuários; e tratamento de dados de menores sem salvaguardas.

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) decidiu suspender imediatamente a nova política de privacidade da Meta que autorizava o uso de postagens e fotos de brasileiros no treinamento de tecnologia de inteligência artificial. A decisão foi divulgada na manhã desta terça-feira (dia 02/07). O órgão também determinou multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. Em nota, a empresa se diz “desapontada”.

Dona das plataformas, a Meta começou a aplicar os novos termos de uso em 26 de junho. Eles permitiam o uso das informações publicadas de forma livre nas redes sociais. Somente o Facebook possui mais de 102 milhões de usuários ativos no país.

Despacho da ANPD no Diário Oficial da União de 02/07/2024 (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

A ANPD entendeu que existem riscos “de dano grave e de difícil reparação” caso a Meta continuasse com as novas regras. A medida preventiva leva em consideração os seguintes indícios, de acordo com a autoridade:

Uso de hipótese legal inadequada para o tratamento de dados pessoais

Falta de divulgação de informações claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a alteração da política de privacidade e sobre o tratamento realizado

Limitações excessivas ao exercício dos direitos dos titulares

Tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes sem as devidas salvaguardas

A Meta também fica proibida de realizar a chamada operação de tratamento. Na prática, isso significa que ela está impedida de fazer o processamento de dados dos usuários para fins de IA enquanto não fornecer as devidas explicações.

A gigante americana agora tem cinco dias úteis para excluir o trecho sobre IA da política de privacidade.

Confira a resposta da Meta

O Tecnoblog recebeu a seguinte nota da Meta na manhã desta terça-feira:

“Estamos desapontados com a decisão da ANPD. Treinamento de IA não é algo único dos nossos serviços, e somos mais transparentes do que muitos participantes nessa indústria que têm usado conteúdos públicos para treinar seus modelos e produtos. Nossa abordagem cumpre com as leis de privacidade e regulações no Brasil, e continuaremos a trabalhar com a ANPD para endereçar suas dúvidas. Isso é um retrocesso para a inovação e a competividade no desenvolvimento de IA, e atrasa a chegada de benefícios da IA para as pessoas no Brasil.”
Meta

Já na documentação sobre o tema, a empresa diz que os dados dos usuários não serão usados de forma a identificá-los de maneira individual:

“Modelos são construídos analisando as informações das pessoas para identificar padrões, como entender frases coloquiais ou referências locais, e não para identificar uma pessoa específica ou suas informações.”

Brasil proíbe uso de dados em IA do Instagram e Facebook; Meta se diz “desapontada”

Brasil proíbe uso de dados em IA do Instagram e Facebook; Meta se diz “desapontada”
Fonte: Tecnoblog

Comitê diz que Meta só demonstrou ter cumprido 28% das recomendações

Comitê diz que Meta só demonstrou ter cumprido 28% das recomendações

Comitê revisa decisões de moderação de Facebook e outras redes da Meta (Imagem: Brett Jordan / Unsplash)

O mais recente relatório do Comitê de Supervisão da Meta indica que a empresa implementou total ou parcialmente 75 das 266 recomendações feitas, segundo as provas obtidas pelo grupo. Isso dá cerca de 28%. A companhia também relata “progresso” em outras 81 recomendações (30%).

Ainda segundo o documento, a Meta diz que outras 42 das 266 recomendações já foram colocadas em prática, mas ainda não publicou informações que demonstrem isso.

Outras 15 recomendações foram rejeitadas após avaliação de viabilidade, 32 foram recusadas, 16 foram omitidas ou reformuladas e 5 ainda aguardam resposta. Os dados vão de janeiro de 2021 a maio de 2024.

Como nota o Engadget, o documento não traz nenhum comentário sobre estes números, nem mesmo sobre recomendações específicas que a Meta deixou de cumprir.

Comitê funciona como “suprema corte” da Meta

O Comitê de Supervisão da Meta (ou Oversight Board, em inglês) é um órgão independente, composto por especialistas de diversas áreas. Ele foi criado para revisar a moderação das plataformas da empresa, funcionando como uma espécie de suprema corte das redes sociais, a quem os usuários podem recorrer caso não concordem com as decisões.

Meta é dona de WhatsApp, Instagram e Facebook (Ilustração: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O relatório anual também mostra a enorme quantidade de apelos que o Comitê recebe: em 2023, foram 398.597. De todos estes, apenas 53 foram “julgados”. O grupo explica que estes casos são os que teriam maior repercussão entre os usuários da Meta.

Entre os exemplos, estão melhorias no sistema de “strikes” das redes da empresa e a funcionalidade de status da conta, que mostra aos usuários se alguma de suas publicações violou as regras da companhia.

O documento ainda traz alguns assuntos que o Comitê pretende abordar nos próximos meses. Entre eles, estão a “demoção”, que é quando uma publicação tem sua visibilidade limitada — o contrário de promoção. Usuários do Facebook e Instagram chamam isso de “shadowban”, termo que significa que a conta foi banida do algoritmo de recomendação sem que o dono tenha sido informado. A Meta nega a prática.

Com informações: Engadget
Comitê diz que Meta só demonstrou ter cumprido 28% das recomendações

Comitê diz que Meta só demonstrou ter cumprido 28% das recomendações
Fonte: Tecnoblog

É proibido, mas se quiser pode

É proibido, mas se quiser pode

Todos os dias, inúmeros conteúdos que quebram as regras das plataformas digitais vão ao ar. A expectativa é que seriam excluídos, mas isso nem sempre acontece. É o caso da avalanche de perfis que divulgam jogos de azar, como o do Tigrinho, além do perigo dos anúncios enganosos. Nem os marketplaces escapam: grandes lojas, como Amazon e Mercado Livre, não conseguem se livrar de produtos irregulares.

É proibido, mas se quiser pode (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No episódio de hoje, traçamos um panorama de alguns destes conteúdos, e discutimos como as redes sociais e varejistas on-line tentam lidar com o problema. Não aguenta mais ser marcado em spam de cassino on-line? Conhece alguém que caiu no golpe da loja falsa? Então dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Josué de Oliveira

Thássius Veloso

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Grupos da Caixa Postal do Tecnocast:

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Produção: Josué de Oliveira

Edição e sonorização: Ariel Liborio

Arte da capa: Vitor Pádua

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É proibido, mas se quiser pode

É proibido, mas se quiser pode
Fonte: Tecnoblog

Apple e Meta conversaram sobre parceria de IA, diz jornal

Apple e Meta conversaram sobre parceria de IA, diz jornal

Apple Intelligence pode usar AI da Meta (Imagem: Reprodução/Apple)

Uma das principais novidades do iOS 18 é a Apple Intelligence, que funciona com modelos desenvolvidos pela Apple, mas que também pode se integrar ao ChatGPT para entregar respostas aos usuários do iPhone. No entanto, a OpenAI pode não ter sido a única opção de IA generativa cogitada pela gigante de Cupertino: informações apontam que a Apple discutiu uma parceria com a Meta, dona do Facebook e Instagram.

O Walt Street Journal divulgou uma reportagem neste domingo (23) sobre as discussões entre Apple e Meta. De acordo com a reportagem, a fabricante do iPhone não busca uma parceria financeira para levar modelos de IA generativa aos seus sistemas; em vez disso, ela poderia ficar com uma fatia das assinaturas premium realizadas nos dispositivos, nos mesmos moldes da App Store.

Durante a apresentação da WWDC 2024, a Apple deixou claro que seu ecossistema poderia receber novos modelos de IA generativa além do ChatGPT. Isso poderia incluir empresas como a Meta, Google e Microsoft, com a possibilidade de integração direto no sistema.

Para a Apple, manter parcerias com múltiplos fornecedores de IA pode ser uma boa jogada, uma vez que evita a dependência da tecnologia de uma única empresa. De acordo com Craig Federighi, VP de engenharia de software da companhia, os usuários podem preferir determinado modelo de linguagem para diferentes tipos de tarefas.

Siri do iOS 18 usa IA para buscar respostas na web (Imagem: Reprodução/Apple)

De acordo com a Reuters, a Meta não é a única empresa em conversas com a Apple nesse momento. A maçã também mantém conversas com a startup Perplexity para integrar o mecanismo de busca baseado em IA diretamente nos sistemas operacionais.

Meta e Apple têm relação “complicada”

Com uma possível chegada do Meta AI integrada ao iPhone, a criadora do Facebook pode avançar na corrida da inteligência artificial. Isso também poderia amenizar a relação conturbada da empresa com a Apple.

Em 2021, a Apple atualizou seus sistemas com proteções de privacidade com medidas que causariam alto impacto em empresas que sobrevivem de anúncios. A Meta chegou a divulgar que essas mudanças poderiam repercurtir na receita do ano seguinte com a cifra de US$ 10 bilhões.
Apple e Meta conversaram sobre parceria de IA, diz jornal

Apple e Meta conversaram sobre parceria de IA, diz jornal
Fonte: Tecnoblog

Instagram agora permite fazer lives exclusivas para melhores amigos

Instagram agora permite fazer lives exclusivas para melhores amigos

Você poderá fazer uma live no Instagram apenas para seus amigos próximos (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Se você é tímido como eu, provavelmente nunca fez uma live no Instagram. A rede social quer mudar isso, e agora permite que criar transmissões de vídeo ao vivo exclusivas para quem está na lista de Amigos Próximos.

O recurso foi liberado nesta última quinta-feira (20) para todos os usuários. Ao iniciar uma live, é possível escolher se ela será compartilhada com todos ou apenas para sua lista de melhores amigos.

Quem está na lista de close friends receberá uma notificação assim que a live começar. A transmissão para os Amigos Próximos é idêntica à de uma live convencional, e os espectadores podem curtir, comentar, enviar perguntas e até mesmo pedirem para participar ao vivo em vídeo.

Melhores amigos serão notificados ao iniciar uma live exclusiva para a lista (Imagem: Reprodução/Meta)

Com o novo recurso, o Instagram quer fomentar transmissões de vídeo mais íntimas e espontâneas. No X (ex-Twitter), a rede social deu exemplo de criar uma live para pedir conselhos aos amigos sobre qual roupa utilizar.

NEW Go Live with your Close Friends to ask for OOTD advice or just chat in real time pic.twitter.com/wDYjqw1N4f— Instagram (@instagram) June 20, 2024

Instagram colocou comentários nos stories

Outra novidade anunciada pelo Instagram nessa semana é a possibilidade de adicionar comentários nos stories. A mecânica é diferente das respostas e curtidas, pois os novos comentários podem ser vistos por qualquer pessoa.

Somente é possível adicionar comentários para amigos — ou seja, apenas se a pessoa em questão também segue de volta o seu perfil. Ao visualizar um story com comentário, um pequeno balão de texto aparece no canto inferior esquerdo da tela do smartphone.

Ao contrário das lives para melhores amigos, os comentários nos stories não estão disponíveis para todas as contas — de acordo com a rede social, trata-se de um teste que começou com “um pequeno grupo de pessoas”.

Ao menos por enquanto, não é possível desativar os comentários nos stories, caso essa função esteja disponível na sua conta — mas é possível apagar e denunciar comentários. Nada muda nas respostas e curtidas, que continuam privadas.
Instagram agora permite fazer lives exclusivas para melhores amigos

Instagram agora permite fazer lives exclusivas para melhores amigos
Fonte: Tecnoblog

Instagram reduz preço e libera mais recursos para influenciadores

Instagram reduz preço e libera mais recursos para influenciadores

Nova assinatura concede selo de verificado por R$ 53,90 mensais (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Instagram reduziu o preço da assinatura do Meta Verified de R$ 55 para R$ 53,90 por mês no Brasil.
Influenciadores agora têm acesso a uma ferramenta que permite adicionar imagens na aba de links do perfil.
A atualização do Meta Verified alinha a ferramenta para criadores com novos planos de negócios em teste, de acordo com a empresa.

O Instagram decidiu reduzir o preço da assinatura do Meta Verified, que dá direito ao selo de verificado e a outros benefícios. Se você é adepto do serviço, provavelmente não perceberá no bolso: o valor caiu de R$ 55 para R$ 53,90 por mês.

Talvez mais importante do que isso, os influenciadores terão acesso a uma nova ferramenta que enriquece a visualização da página de perfil. A aba de links passa a mostrar também imagens. Dá para colocar uma foto grande e os ícones do TikTok, YouTube e Spotify, segundo exemplos postados na internet.

Assinantes do Meta Verified podem incluir imagens na aba de links (Imagem: Reprodução/Jonah Manzano)

A Meta declarou ao Tecnoblog que a mudança “alinha melhor” a ferramenta para criadores aos novos planos de negócios que estão em fase de testes. Ainda de acordo com a empresa, esta versão do Meta Verified está disponível somente quando o acesso ocorre por dispositivo móvel.

Meta Verified é o nome do serviço pago oferecido pela Meta a quem busca funções avançadas dentro das redes sociais. Ele foi apresentado em junho de 2023 pelo preço fixado em R$ 55 (por rede social e por mês). Há duas semanas, o conglomerado de Mark Zuckerberg revelou que o WhatsApp também terá selo de verificado pelo mesmo valor. O anúncio foi feito num evento em São Paulo que teve a participação do Tecnoblog.

No vídeo abaixo, confira dados sobre o WhatsApp no Brasil

Com informações: Canal Jonah Manzano
Instagram reduz preço e libera mais recursos para influenciadores

Instagram reduz preço e libera mais recursos para influenciadores
Fonte: Tecnoblog

O WhatsApp vai continuar de graça, promete diretor da Meta

O WhatsApp vai continuar de graça, promete diretor da Meta

Guilherme Horn é diretor do WhatsApp para mercados estratégicos (Foto: Caio Graça/Divulgação/Meta)

(Direto de São Paulo) O conglomerado Meta realizou um grande evento nesta semana no qual anunciou novidades do WhatsApp para empresas: desde as transações com Pix até o selo de verificado. Alguns recursos custam dinheiro. E apesar da sua potência enquanto habilitador de negócios, o aplicativo continuará de graça para o usuário final – esta é a promessa de Guilherme Horn, diretor do app em mercados estratégicos.

O executivo reflete sobre o tanto de ferramentas que facilitam a vida de lojistas e comerciantes. Tudo isso faz do WhatsApp um ecossistema completo que caiu no gosto do brasileiro, a ponto de Mark Zuckerberg surgiu num vídeo chamando o app por seu apelido. Confira os destaques da conversa concedida por Horn a mim com exclusividade. O material foi editado para fins de clareza e brevidade.

Thássius Veloso – Quanto custa e qual é a estratégia por trás do Meta Verified no WhatsApp?

Guilherme Horn (WhatsApp) – O serviço começa em R$ 55 por mês. Esta será a faixa de preço mais interessante para a maioria dos negócios, na nossa visão. Os demais valores serão propostos de acordo com os recursos incluídos nos planos. Empresas que quiserem mais possibilidades vão poder mudar para modalidades mais caras. Nós começamos com essa novidade agora no Brasil e em alguns outros países, depois de testes na Colômbia.

Os testes foram bem-sucedidos?

Foram sim. Estes experimentos acontecem sempre com grupos muito pequenos, mas a gente decidiu trazer para o Brasil porque foi bem-sucedido.

Há influenciadores, profissionais liberais e autônomos que atuam por meio do MEI. Essas pessoas vão poder contratar o selo de verificado?

Qualquer CNPJ estará apto a solicitar a verificação do Meta Verified no WhatsApp.

Lá no comecinho, os fundadores batiam na tecla de que a plataforma seria gratuita para sempre. Ele vai continuar de graça para as pessoas físicas? Noto que algumas empresas já têm custo vinculado ao WhatsApp, dependendo do que querem fazer na plataforma.

A gente não tem nenhum plano de cobrar do usuário final. A forma como as empresas usam o WhatsApp (e elas usam cada vez mais para diferentes coisas) naturalmente traz um custo para elas. Nós somos uma plataforma tecnológica e vemos com muita naturalidade que negócios paguem para usar certos recursos.

Me pareceu que o Pix via WhatsApp vai funcionar como o que o Banco Central categoriza como iniciador de pagamentos. O aplicativo virou banco?

Na verdade não é nem uma iniciação de pagamento. Nós estamos usando uma integração com a API do Banco Central para exibir o código Pix na tela. É aquele código dinâmico que já inclui o valor da transação. Nós estamos simplesmente divulgando esta informação. O cliente pega o código e vai para o app da instituição de pagamento ou do banco para concluir a transação.

Executiva detalha chegada do Pix ao WhatsApp (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O que o WhatsApp ganha com isso? O WhatsApp Pagamentos inicialmente era vinculado a certas bandeiras e certos bancos, então rolava alguma grana neste arranjo. E no caso do Pix?

Não tem custo nenhum. A gente já vê transações comerciais deste tipo acontecendo dentro do WhatsApp. Tem quem compre produtos ou contrate serviços pela plataforma. Ouvíamos dos pequenos negócios que parte dos potenciais consumidores abandonava a compra no momento do pagamento. Havia uma perda deste cliente.

Algum motivo específico?

É um comportamento natural quando existe uma fricção na jornada do consumidor. No momento em que você tem que parar e ir para um outro aplicativo fazer uma outra coisa, é natural que exista uma ruptura. A função de pagamentos foi criada para reduzir ou talvez eliminar essa fricção. A integração com o Pix é um complemento que estava faltando.

Minha impressão é de que o WhatsApp Pagamentos nunca deslanchou. Tinha gente que tinha medo de golpe, por exemplo. Qual a sua visão sobre a ferramenta?

As pessoas que usam adoram.

E quem usa?

A gente não divulga os números. Mas assim, tanto os usuários finais quanto as empresas adoram o Pagamentos. Ele resolve o problema da fricção e cria um novo hábito. O Brasil tem um sistema financeiro extremamente sofisticado, com muita pulverização e inúmeras formas de fazer qualquer transação. Talvez exista a expectativa de que o WhatsApp vá se tornar o principal meio, mas essa não é a ideia.

Thássius Veloso viajou para São Paulo a convite da Meta
O WhatsApp vai continuar de graça, promete diretor da Meta

O WhatsApp vai continuar de graça, promete diretor da Meta
Fonte: Tecnoblog

Fones de ouvido com câmeras e IA podem ser a próxima invenção da Meta

Fones de ouvido com câmeras e IA podem ser a próxima invenção da Meta

Fones de ouvido com câmeras e IA podem ser a próxima invenção da Meta (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A corrida por produtos ou serviços disruptivos às vezes leva a ideias inusitadas. É o caso da Meta, que estaria trabalhando em fones de ouvido equipados com câmeras. O objetivo? Permitir que os fones identifiquem objetos e, com auxílio da inteligência artificial, descrevam os itens ao usuário. O projeto teria codinome “Camerabuds”.

Isso nos faz pensar em uma solução para quem tem um nível importante de comprometimento visual ou não enxerga nada. Mas os Camerabuds também poderiam ser usados para tradução de idiomas em tempo real. Isso seria útil para te ajudar a ler placas ou embalagens em países cujos idiomas você não domina.

Os supostos fones de ouvido foram revelados pelo The Information, que afirma ter recebido alguns detalhes sobre o assunto de três funcionários da Meta. As identidades e cargos deles não foram divulgados.

O veículo também conta que o próprio Mark Zuckerberg estaria mostrando grande interesse pelo projeto, tendo até já revisado alguns conceitos de design do dispositivo.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta (imagem: Anthony Quintano/Flickr)

E como seriam esses Camerabuds?

Ainda não está claro se o plano seria fazer os Camerabuds serem fones supra-auriculares ou intra-auriculares, por exemplo. Em todos os casos, há grandes desafios a serem vencidos. Entre eles estão o risco de cabelos longos obstruírem as câmeras, de superaquecimento ou de as baterias não terem autonomia satisfatória.

Além disso, é de se esperar que os fones de ouvido façam descrições de objetos ou traduções em tempo real, o que sugere que o produto precisará de uma boa conexão à internet para funcionar a contento.

São tantos os desafios que, segundo um dos funcionários, a Meta tinha expectativa de aprovar os fones já no primeiro trimestre de 2024, mas esse período já passou e não há um prazo definido para que a aprovação aconteça.

Essa pode ser uma daquelas ideias interessantes que não saem dos muros do laboratório, portanto. Mas a informação de que a Meta teria fechado uma parceria com a empresa de fones de ouvido especiais Ear Micro aumenta as chances de os fones se tornarem realidade. Pelo menos um pouco.
Fones de ouvido com câmeras e IA podem ser a próxima invenção da Meta

Fones de ouvido com câmeras e IA podem ser a próxima invenção da Meta
Fonte: Tecnoblog

Meta libera bônus de até US$ 5 mil para criadores publicarem no Threads

Meta libera bônus de até US$ 5 mil para criadores publicarem no Threads

Criadores de conteúdos podem se inscrever em programa da Meta para receber bônus por publicações de grande alcance (Imagem: Divulgação/Meta e Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Meta confirmou que liberou o programa de bônus para criadores de conteúdo no Threads. De acordo com imagens dos convites enviados para alguns criadores, a big tech promete pagar até US$ 5.000 (R$ 25.557) de bônus, dependendo da publicação e de fatores ainda não revelados. Para receber o pagamento, é necessário atingir mais de 10 mil visualizações em uma única publicação.

O programa de bônus para criadores começou a ser testado no início deste mês. Os posts elegíveis a monetização precisam seguir algumas regras, conforme explica a Meta na página de suporte do Instagram (sim, o Threads usa a mesma página de suporte do Instagram). Essas regras explicam que a publicação:

Não pode violar direitos autorais

Não pode violar as Políticas de Monetização de Conteúdo do Instagram

Não pode ser publi

Precisa ser de um idioma suportado pelo programa de bônus — o programa só está disponível nos Estados Unidos

Não pode ter marca d’água de outras redes sociais

O engajamento não pode ser fraudado — como uso de bots ou outros sistemas para aumentar as métricas.

Não pode ser excluída

Precisa de mais de 2.500 visualizações qualificadas — visualizações que vieram diretamente do app do Threads, não de incorporações ou sugeridas em outras redes da Meta. Isso visa incentivar o download do app e acesso ao site do Threads

Precisa incluir texto

Programa de bônus para criadores visa aumentar base de usuários do Threads incentivam grandes nomes a publicarem na plataforma (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Programa tem objetivo de aumentar número de usuários ativos

A estratégia da Meta de ampliar o programa para mais criadores — e pagando mais — visa ampliar o número de usuários na plataforma. O Threads teve um começo acelerado, batendo recordes de inscrição de usuários, seguido de um período de estagnação e crescimento novamente (mas ainda longe do pico).

Na última semana, durante a apresentação de resultados da Meta, Mark Zuckerberg revelou que o Threads passou de 150 milhões de usuários ativos nos três primeiros meses do ano, 30 milhões a mais do desempenho no último trimestre de 2023 — e praticamente metade do que o X/Twitter tem. Parte desse crescimento pode estar ligado ao lançamento da rede social na União Europeia.

O programa de bônus para criadores é um instrumento fundamental para incentivar o crescimento de uma rede social. Afinal, essas plataformas precisam de criadores e influencers para serem atrativas para os usuários. Para os mais críticos, a medida pode ser um desespero para alavancar o Threads. Contudo, as outras redes da Meta e concorrentes já contam com programas desse tipo.

Dado a grande integração do Threads com o Instagram, é esperado que a Meta esteja enviando o convite do programa para os criadores e influencers da rede social de fotos. Postagens no Threads também aparecem no feed do Instagram, o que soa atrativo para os participantes, que podem ganhar mais visibilidade.

Com informações: TechCrunch (1 e 2), Meta, SocialMediaToday
Meta libera bônus de até US$ 5 mil para criadores publicarem no Threads

Meta libera bônus de até US$ 5 mil para criadores publicarem no Threads
Fonte: Tecnoblog