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YouTube desativa receita de anúncios para canais de trailers de filmes falsos

YouTube desativa receita de anúncios para canais de trailers de filmes falsos

YouTube remove a monetização de dois grandes canais que criavam trailers com IA (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O YouTube desmonetizou os canais Screen Culture e KH Studios por criarem trailers falsos com IA, e vai redirecionar a receita para estúdios de Hollywood.
O sucesso desses trailers se explica, em partes, pela obsessão dos fãs por conteúdo e à falta de rótulos claros indicando que os vídeos são fictícios.
A plataforma enfrenta um aumento de canais que usam IA para criar vídeos enganosos, explorando temas populares com aparência autêntica.

O YouTube cortou a monetização de dois grandes canais que produzem trailers falsos com IA. O Screen Culture (1,4 milhão de inscritos) e o KH Studios (685 mil inscritos), como revelou o site Deadline, foram removidos do programa de parceiros da plataforma. Segundo o site, agora toda a receita dos vídeos dos canais vai para os grandes estúdios de Hollywood.

Em sua apuração, o Deadline, site especializado em cinema e TV, descobriu que Warner Bros. Discovery e Sony estão entre os estúdios que receberão a receita oriunda dos trailers fakes do Screen Culture e KH Studios.

Como os estúdios estão recebendo a receita dos canais?

Os estúdios não responderam aos contatos do site. Porém, podemos imaginar como será a divisão da receita dos trailers feitos por IA. Exemplo: um teaser feito para a segunda temporada de The Last of Us terá sua monetização entregue para a Warner Bros. Discovery, dona da Max.

Trailer fake de The Last of Us 2 está próximo de bater 1 milhão de visualizações (imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

Como explica o Deadline, isso é uma exceção ao processo normal do YouTube. Quando um canal viola a política de direitos autorais, o procedimento padrão é apenas o desmonetizar, não repassar a receita ao proprietário dos direitos.

Por que os trailers fakes fazem tanto sucesso no YouTube?

Existem dois motivos para o sucesso dos trailers fakes: a obsessão dos fãs em consumir conteúdo das suas obras favoritas e o desconhecimento de alguns sobre a veracidade dos vídeos. Vamos por partes.

Alguns fãs gostam de participar de comunidades que criam teorias sobre sua obra favorita. Além disso, com o maior tempo de lançamento entre temporadas de séries e produções cinematográficas, a carência deixa os fãs mais sedentos por qualquer material ligado a sua querida série ou filme.

KH Studios publica dos trailers falsos por dia (imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

O outro motivo para o sucesso é que os canais agem de má-fé para enganar os espectadores. No título do vídeo não há nenhuma indicação de que o vídeo é “fan made”, um conceito ou criado por IA. O trailer fake para a segunda temporada de The Last of Us 2, por exemplo, tem o título “The Last of Us Season 2 | Ultimate Trailer | Max” — isso engana qualquer um.

A explicação de que o vídeo é um “conceito” só é relatado na descrição do vídeo, que mal é mostrada na versão web e mobile — e na descrição do canal só aparece no segundo parágrafo. Ao abrir um vídeo no navegador, a descrição só é mostrada ao rolar para baixo. No celular você precisa clicar na descrição para ler.

E sim, o YouTube e o seu algoritmo têm culpa no cartório. Como analisou o Deadline, os trailers falsos chegam a ficar mais bem ranqueados na busca que os trailers originais. E isso apesar de o YouTube proibir conteúdo feito para enganar os usuários, além de exigir que seja informado que IA foi usada na produção.

YouTube e o crescimento de canais de IA

Canais com conteúdo todo feito por IA vêm crescendo no YouTube (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A caçada do YouTube contra esses canais pode mostrar os próximos passos da plataforma contra um problema crescente: canais de IA. Repare nas recomendações que aparecem para você. Canais novos, com áudio de narração estranho e temas repetidos sobre algo que você gosta, podem ter vídeos produzidos por IA.

Os criadores desses canais pegam assuntos populares e usam IA para produzir o conteúdo. Por exemplo, o YouTube já me sugeriu um canal sobre o legendário de Tolkien. O vídeo recomendado continha imagens de orcs claramente geradas por IA, uma narração robótica e roteiro que se repetia no final. Se você ver algo assim, verifique quando o canal foi lançado — se foi depois de 2022, provavelmente é IA.

Com informações de Deadline e The Verge
YouTube desativa receita de anúncios para canais de trailers de filmes falsos

YouTube desativa receita de anúncios para canais de trailers de filmes falsos
Fonte: Tecnoblog

YouTube pode ganhar outros streamings e ficar parecido com Prime Video

YouTube pode ganhar outros streamings e ficar parecido com Prime Video

YouTube está sendo preparado para vender assinaturas de outros streamings (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O YouTube está reformulando seu app para destacar serviços de streaming de terceiros.
A mudança busca aumentar a visibilidade e acessibilidade desses conteúdos, aproximando-se do modelo do Amazon Prime Video.
A alteração pode ampliar a disponibilidade do Primetime Channels para mais países além dos atualmente compatíveis, como os EUA.

O YouTube já permite que os usuários acessem, ali, plataformas como Paramount+ e Crunchyroll, mediante assinatura adicional. No entanto, essas opções são oferecidas em poucos países, como os Estados Unidos. E, neles, muitos usuários não sabem dessa possibilidade. Mas isso pode mudar em breve: o YouTube está sendo preparado para dar mais espaço a serviços de streaming de terceiros.

Pelo menos é o que relata o site The Information. De acordo com o veículo, o aplicativo do serviço está sendo reformulado para melhorar a visibilidade da área Primetime Channels, introduzida em 2022 justamente para permitir que usuários assinem serviços como Paramount+, Max e Crunchyroll sem sair do YouTube. Como contrapartida, o YouTube recebe uma parte do valor de cada assinatura.

A reformulação do app do YouTube é necessária para isso porque a interface atual não dá boa visibilidade para as plataformas de streaming já integradas à modalidade. Supostamente, é essa falta de visibilidade que fez o YouTube não ampliar as parcerias via Primetime Channels.

Nas novas versões do aplicativo, o conteúdo de terceiros poderá ser destacado até na página inicial do YouTube, o que deve alavancar as assinaturas.

Primetime Channels no YouTube (imagem: divulgação/YouTube)

YouTube deve ficar parecido com o Amazon Prime Video

Kurt Wilms, diretor sênior de produtos do YouTube, declarou ao The Information que a intenção é tornar os conteúdos de plataformas de terceiros tão acessíveis quanto os vídeos publicados na própria plataforma:

A ideia é que quando você acessar nosso aplicativo [de TV] e estiver procurando por um programa, ele simplesmente se misturará, seja esse programa vindo de um canal Primetime ou de um criador [que publica no próprio YouTube].

Essa explicação nos faz pensar que o YouTube ficará parecido com o Amazon Prime Video, que sugere filmes ou séries de outras plataformas no meio de seu próprio conteúdo. É uma estratégia para convencer o usuário a realizar assinaturas adicionais de streaming.

Apesar do foco em TVs, é de se esperar que essa reformulação também envolva os apps para dispositivos móveis do YouTube ou até a versão web do serviço. E é possível também que, depois da reformulação, a quantidade de plataformas de streaming oferecidas via Primetime Channels aumente.

Resta saber se a mudança ampliará a oferta do serviço em mais países. As assinaturas via Primetime Channels não estão disponíveis no Brasil, por exemplo.
YouTube pode ganhar outros streamings e ficar parecido com Prime Video

YouTube pode ganhar outros streamings e ficar parecido com Prime Video
Fonte: Tecnoblog

Projeto de lei quer impedir que Netflix cobre taxa para residência adicional

Projeto de lei quer impedir que Netflix cobre taxa para residência adicional

Serviços de streaming podem ficar impedidos de cobrar taxas por residências adicionais (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Um projeto de lei em trâmite na Câmara dos Deputados quer barrar plataformas de conteúdo de cobrarem tarifas adicionais para acessar o serviço em outro endereço. A legislação afetaria diretamente a Netflix e demais serviços de streaming que planejam cobrar ou restringir o acesso a uma determinada residência.

O texto é de autoria do deputado Marx Beltrão (PP/AL), e tramita na Câmara dos Deputados desde 2023, pouco após a Netflix iniciar as cobranças por residências adicionais. O projeto veda que provedores de conteúdo sob demanda cuja finalidade seja ofertar conteúdo musical ou audiovisual cobrem pelo acesso fora do endereço de residência.

Na justificativa do projeto, o deputado evidencia a insatisfação com a Netflix, que passou a cobrar R$ 12,90 por mês por membro extra que resida em outro local. Beltrão cita que o serviço de streaming recebeu notificação de Procons de ao menos cinco estados, e que o serviço de streaming contrariou o Código de Defesa do Consumidor ao aplicar as novas regras de forma unilateral.

Com a cobrança por casas adicionais, a Netflix viu um grande salto no número de assinantes. No entanto, essa lua de mel parece estar acabando: analistas reportam queda no crescimento de novos usuários, com metade das adições em relação ao trimestre anterior.

Para entrar em vigor, a proposta legislativa deverá passar por análise em caráter conclusivo nas comissões de Comunicação, de Defesa do Consumidor, de Constituição e Justiça e de Cidadania. Após todos os trâmites, o texto ainda precisa passar pelo Senado para poder virar lei.

Projeto também pode atingir outros streamings

A Netflix foi a primeira plataforma a cobrar taxas por residências adicionais, mas essa mecânica também está no radar de mais empresas. Em novembro de 2023, o Disney+ começou a restringir o compartilhamento de contas no Canadá e informou que a mecânica também seria expandida para mais países no futuro.

A medida também deve ser adotada pela Max (antigo HBO Max), que planeja impedir o acesso por pessoas que dividem uma conta mas moram em diferentes residências. As restrições devem ser impostas em 2024, iniciando por alguns países da Europa e sem previsão oficial de chegada ao Brasil.

Contrato do Spotify Família veda compartilhamento com moradores de outras residências (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

No caso da Netflix, o serviço de streaming identifica que o usuário está em diferentes casas através do endereço de IP. A plataforma recebeu uma multa do Procon-MG de R$ 11 milhões; um dos motivos foi publicidade enganosa, uma vez que a empresa divulgava que os clientes poderiam assistir “onde quiser”.

Além das plataformas acima, o projeto de lei também poderia interferir nos planos familiares do Spotify Premium e YouTube Premium. Os termos de uso determinam que a assinatura somente poderia ser compartilhados por membros que moram em uma mesma residência.

Com informações: Câmara dos Deputados
Projeto de lei quer impedir que Netflix cobre taxa para residência adicional

Projeto de lei quer impedir que Netflix cobre taxa para residência adicional
Fonte: Tecnoblog

Claro TV+ lança planos com Max, Netflix e Globoplay incluídos

Claro TV+ lança planos com Max, Netflix e Globoplay incluídos

Claro TV+ Box ganha novo plano com três serviços de streaming (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

A Claro atualizou seu portfólio de planos de TV, e a operadora aposta em juntar serviços de streaming no Claro TV+. O serviço agora conta com assinatura da Max, em conjunto com Netflix e Globoplay que já eram incluídos anteriormente.

Os novos planos estão disponíveis em três verticais: Claro TV+ Box (IPTV, que exige conexão banda larga via Wi-Fi ou cabo de rede), Claro TV+ 4K (TV a cabo tradicional) e Claro TV+ Soundbox (IPTV ou TV a cabo em decodificador com som Dolby Atmos). A Netflix e Max estão nas versões mais básicas, com anúncios, enquanto o Globoplay é oferecido na variante com canais ao vivo.

Confira os preços:

ProdutoPreço mensalClaro TV+ Box (IPTV) Inclui Globoplay + Canais, Max com anúncios e Netflix com anúnciosR$ 119,90Claro TV+ 4K (TV a cabo convencional)Inclui Globoplay + Canais, Max com anúncios e Netflix com anúnciosR$ 149,90Claro TV+ Soundbox (IPTV ou TV a cabo convencional)Inclui Globoplay + Canais, Max com anúncios e Netflix com anúnciosR$ 159,90

Além dos serviços de streaming, todos os pacotes do Claro TV+ também incluem mais de 120 canais lineares e catálogo com mais de 50 mil conteúdos on demand. Um detalhe importante é que os pacotes com Max não dão acesso aos canais HBO, que continuam comercializados separadamente.

Além dos planos acima, a Claro também oferece opções sem assinatura da Max. Ainda é possível contratar o Claro TV+ Box apenas com Netflix Padrão pelo preço mensal de R$ 109,90, por exemplo.

Interface da Claro TV+ (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A combinação com serviços de streaming parece ser uma aposta da operadora para fidelizar o assinante em seus serviços de TV. De acordo com dados da Anatel, a Claro perdeu cerca de 660 mil contratos de TV por assinatura no último ano. Devido ao alto custo mensal, muitos clientes migram para plataformas online ou apelam para a pirataria via IPTV.

A Claro também comercializa outros serviços de streaming com cobrança na fatura de TV. São eles: Disney+, Paramount+, Amazon Prime, Looke e Telecine. O próprio decodificador de TV é compatível com as plataformas, sem necessidade de utilizar uma smart TV.

Upgrade para Max sem anúncios não tem desconto

Nos planos combinados com a Max não é possível fazer o upgrade da assinatura do streaming para a versão sem anúncios. Os clientes com essa intenção deverão contratar um pacote adicional que dá direito aos canais HBO e ao Max — mas pelo preço cheio, sem abater qualquer valor.

Além disso, o novo plano não permite fazer upgrade da assinatura da Netflix para a versão padrão sem anúncios ou premium. Nesse caso, é necessário escolher outro pacote do Claro TV+ que não inclui a Max com anúncios.

A Claro não lançou um plano que inclui a Max com anúncios no Claro TV+ App, versão mais barata que também conta com Globoplay e funciona diretamente no aplicativo para smart TVs, celulares e tablets, sem necessidade de decodificador. Nesse serviço, a operadora oferece apenas a opção para adicionar uma conta da Netflix (seja na versão com anúncios, padrão ou premium) ou ao combo HBO + Max pelo preço cheio.
Claro TV+ lança planos com Max, Netflix e Globoplay incluídos

Claro TV+ lança planos com Max, Netflix e Globoplay incluídos
Fonte: Tecnoblog

Claro vira alvo de críticas por chegada turbulenta da Max

Claro vira alvo de críticas por chegada turbulenta da Max

Clientes criticam Claro por causa de downgrade na Max (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Clientes da Claro estão insatisfeitos com a migração para o streaming Max. A empresa prometeu o acesso ao plano Platinum, mas concedeu o streaming no plano Standard.
Entre as principais diferenças estão a resolução e a o número de telas simultâneas. O plano Standard dá direito ao Full HD, e não ao conteúdo em 4K.
Vivo e TIM ofereceram o plano Standard da Max desde o início.
A transição do HBO Max para a Max ocorreu em 27 de fevereiro. A nova plataforma de streaming custa a partir de R$ 29,90/mês.

Os clientes da Claro estão furiosos por causa da maneira como a operadora fez a migração do HBO Max para a plataforma de streaming Max. A gigante das telecomunicações tinha prometido que os assinantes teriam acesso ao plano mais completo, chamado de Platinum, mas não foi o que aconteceu.

Desde a semana passada, os adeptos da Claro se queixam de que foram migrados para o plano Standard, que possui características inferiores. Ocorreu, por exemplo, o downgrade da resolução 4K para Full HD.

Claro prometeu acesso Platinum

A Claro chegou a dizer ao Tecnoblog em 5 de fevereiro que os assinantes de pacotes com HBO Max teriam direito à Max na modalidade Platinum. Nós estamos procurando a operadora desde a semana passada para entender o motivo da confusão, mas a Claro não nos respondeu.

Ela foi a única empresa de telefonia/TV por assinatura com tal promessa. Enquanto isso, a Vivo e a TIM disseram desde o começo que os clientes teriam acesso ao plano Standard. O site oficial da Claro ainda causa confusão ao dizer, por exemplo, que a assinatura com HBO e Max prevê três telas no serviço de streaming – sendo que os pacotes preveem duas telas ou quatro telas simultâneas.

Site da Claro promete Max com três telas simultâneas (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

O assunto ganhou as páginas do site Reclame Aqui, especializado em queixas de consumidores. Um deles, do Espírito Santo, disse que há uma diferença “absurda” de Full HD para 4K quando estamos falando de TV e de videogame.

Outra pessoa, de São Paulo, afirmou que é falta de respeito e prática abusiva. “Pago pelo serviço e não vou usufruir do plano completo?”, indagou um terceiro cliente.

Procon-SP entra na jogada

O Procon estadual de São Paulo enviou uma notificação à HBO, dona do serviço de streaming, solicitando informações. O órgão quer saber de que forma ocorreu a transição e quais foram as mudanças nos planos. A empresa tem até esta terça-feira (dia 05/03) para se pronunciar.

Em linhas gerais, a assinatura da Max ficou mais cara do que o HBO Max. Agora são três modalidades:

PlanoPreçoCaracterísticasBásico com anúnciosR$ 29,90 (mensal)R$ 225,90 (anual)Anúncios limitados2 telas simultâneasFull HDStandardR$ 39,90 (mensal)R$ 357,90 (anual)2 telas simultâneasFull HD30 downloadsPlatinumR$ 55,90 (mensal)R$ 477,90 (anual)4 telas simultâneasFull HD ou 4KÁudio Dolby Atmos100 downloads
Claro vira alvo de críticas por chegada turbulenta da Max

Claro vira alvo de críticas por chegada turbulenta da Max
Fonte: Tecnoblog