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Dual channel ou single channel: as diferenças nos modos de comunicação da RAM

Dual channel ou single channel: as diferenças nos modos de comunicação da RAM

Saiba como o dual channel ou single channel influenciam no desempenho de um computador (imagem: Andrey Matveev/Unsplash)

Single channel e dual channel são modos de comunicação que definem como a memória RAM interage com o controlador de memória do processador (CPU). O modo single usa um único canal de dados, atuando com uma largura de banda menor e mais lenta.

O modo dual channel, por outro lado, emprega dois canais de comunicação entre a RAM e o controlador de memória. Essa configuração duplica a largura de banda efetiva, permitindo que a CPU acesse dois módulos de memória de forma simultânea.

A principal diferença é que o dual channel dobra a velocidade de transferência de dados em relação ao single channel. A largura de banda duplicada significa que o controlador tem acesso mais rápido aos dados, resultando em um amplo aumento no desempenho geral do sistema.

A seguir, conheça mais diferenças entre dual channel e single channel, além das vantagens e desvantagens de cada modo de comunicação de RAM. Também saiba em quais casos usar as configurações.

ÍndiceO que são dual channel e single channel?Quais são as diferenças entre dual channel e single channel?1. Canais de comunicação2. Largura de banda3. Questões de compatibilidade4. Modos de usoQuais são as vantagens e desvantagens do dual channel?Em quais casos devo usar dual channel?Quais são as vantagens e desvantagens do single channel?Em quais casos devo usar single channel?Dual channel é melhor que single channel?Preciso ativar o dual channel?Como saber se minha memória está em dual channelExistem outros modos de comunicação de RAM?

O que são dual channel e single channel?

Dual channel é uma arquitetura onde o controlador de memória da CPU usa dois canais de comunicação simultâneos para interagir com os módulos de RAM. Isso permite que o processador acesse dois pentes de memória ao mesmo tempo, dobrando teoricamente a largura de banda e acelerando o desempenho do sistema.

Por outro lado, o single channel é o modo de comunicação básico onde o controlador de memória usa apenas um canal para acessar a RAM instalada. Nesse caso, a CPU só consegue buscar dados em um módulo de memória por vez, limitando a taxa de transferência de dados e restringindo o desempenho total do PC.

A configuração dual channel dobra teoricamete a largura de banda, melhorando o desempenho da máuina (imagem: Andrey Matveev/Unsplash)

Quais são as diferenças entre dual channel e single channel?

As configurações dual channel e single channel têm diferenças claras em relação a canais de comunicação, largura de banda, compatibilidade e modos de uso. Entenda como cada um dos elementos trabalha:

1. Canais de comunicação

O single channel usa um único canal de comunicação com largura de banda de 64 bits para todas as operações de leitura e escrita de dados. Ele opera geralmente com apenas um módulo de memória instalado, utilizando um único slot de memória RAM ou múltiplos módulos, mas conectados unicamente a esse canal.

O dual channel adota dois canais de comunicação paralelos, dobrando a largura de banda para 128 bits. Essa configuração exige a instalação de pares de módulos de memória RAM idênticos ou com especificações similares em slots de memória RAM específicos da placa-mãe.

2. Largura de banda

O single channel usa apenas um canal de 64 bits para a comunicação entre o módulo de RAM e a CPU. Isso resulta em uma largura de banda de dados menor, limitando a taxa de transferência e podendo impactar negativamente no desempenho do PC em tarefas intensivas.

O dual channel utiliza dois canais de 64 bits ao mesmo tempo, criando um caminho de dados de 128 bits entre a memória e a CPU. Essa arquitetura dobra a largura de banda e, consequentemente, a taxa de transferência de dados, tornando a comunicação entre os componentes mais rápida e eficiente.

O modo dual channel torna a comunicação entre CPU e memória mais rápida e eficiente (imagem: Erik G/Pexels)

3. Questões de compatibilidade

O single channel é o modo de comunicação mais básico e flexível de sistemas de memória RAM. Por ser menos exigente, ele é compatível com praticamente todas as placas-mãe, independentemente de sua arquitetura de memória.

O dual channel é uma configuração mais avançada, tendo requisitos mais específicos. Ela exige uma placa-mãe dual channel e a instalação de módulos de memória RAM em pares compatíveis nos slots corretos com suporte a essa arquitetura, geralmente identificados por cores.

4. Modos de uso

Os módulos de RAM single channel podem ser instalados em placas-mãe com arquitetura dual channel. Apesar da flexibilidade de instalação, o sistema irá operar no modo single channel, limitando a largura de banda e impactando negativamente no desempenho total.

Contudo, não é recomendado o uso de módulos de RAM dual channel em uma placa-mãe projetada para single channel. Embora seja possível a instalação física, o módulo funcionará somente no modo single channel e não haverá nenhum benefício de desempenho proporcionada pela arquitetura dual channel da memória.

O dual channel só pode ser ativado em placas-mão com a arquitetura adequada para a configuração (imagem: Sven Finger/Unsplash)

Quais são as vantagens e desvantagens do dual channel?

Estes são os pontos fortes do dual channel:

Largura de banda dobrada: o uso de dois canais de memória simultaneamente dobra a taxa de transferência de dados entre a CPU e a RAM, permitindo que o processador acesse e grave informações muito mais rapidamente;

Melhor desempenho em jogos e aplicações intensas: o aumento na largura melhora as taxas de quadros (FPS) em jogos e acelera a execução de tarefas pesadas como renderização 3D ou edição de vídeo/foto de alta resolução;

Desempenho otimizado da placa de vídeo integrada (iGPU): a RAM em dual channel é essencial para a performance de GPUs integradas, pois elas dependem diretamente da velocidade da RAM principal para processar gráficos;

Maior estabilidade e confiabilidade: usar módulos de RAM idênticos e instalá-los corretamente nos slots designados na placa-mãe pode promover uma comunicação mais estável e confiável entre a memória e a placa-mãe;

Redução na latência efetiva: embora a latência teórica permaneça a mesma, a capacidade da CPU de acessar dois canais simultaneamente pode reduzir o tempo total que uma ação leva para ser concluída, agilizando o carregamento e a troca de dados.

Estes são os pontos fracos do dual channel:

Custo inicial mais elevado: exige geralmente a compra de kits de memória com dois módulos em vez de um único módulo de capacidade total, o que pode ter um preço inicial mais alto;

Maior risco de instabilidade: os módulos devem ser os mais idênticos possível (frequência, capacidade) para funcionar corretamente, pois misturar os módulos pode causar instabilidades, travamentos e desativação do modo dual channel;

Limitações pela placa-mãe/CPU: é um recurso que depende de um controlador de memória compatível na CPU e de um layout de slots específicos na placa-mãe, não sendo universalmente suportados em todos os sistemas;

Menos impacto em tarefas básicas: o aumento da largura de banda é benéfico principalmente em softwares exigentes ou jogos, sendo quase irrelevante para navegação na internet ou aplicativos de produtividade leve;

Dificuldade na atualização futura: o usuário deve comprar módulos em pares combinados ao expandir a RAM, tornando a atualização menos flexível e potencialmente mais cara.

Dual channel oferece maior desempenho, mas exige o uso de módulos em pares identicos para a ativação (imagem: Andrey Matveev/Unsplash)

Em quais casos devo usar dual channel?

O dual channel é recomendado para aprimorar o desempenho do sistema, especialmente em cenários que demandam maior largura de banda e acesso rápido à memória RAM. Por exemplo:

Games: o dual channel fornece maior largura de banda para jogos modernos e exigentes, resultando em taxas de quadros (FPS) mais altas e uma jogabilidade consideravelmente mais fluida e responsiva;

Edição de vídeo e renderização 3D: aplicativos profissionais que exigem acesso rápido a grandes volumes de dados, como editores de vídeo e softwares de gráficos 3D, têm ganho notável de desempenho e velocidade de processamento de tarefas;

Multitarefa avançada: a configuração consegue executar vários aplicativos pesados simultaneamente, como manter diversas abas do navegador abertas com um software de edição de imagem ou planilhas complexas, tornando o sistema mais responsivo e eficiente sob carga;

Processadores com gráficos integrados (APUs/iGPUs): processadores que dependem da RAM do sistema para rodar gráficos integrados se beneficiam do dual channel, melhorando o desempenho gráfico e a qualidade de imagem em jogos e vídeos;

Máquinas virtuais (VMs): a execução de ambientes virtuais é uma tarefa que exige muita memória e processamento, apresentando ganhos de desempenhos cruciais para a estabilidade e velocidade da máquina virtual ao adotar o dual channel.

A configuração dual channel é recomendada para tarefas mais pesadas, como jogos e edição de vídeo (imagem: Athena Sandrini/Pexels)

Quais são as vantagens e desvantagens do single channel?

Estes são os pontos fortes do single channel:

Menor custo inicial: a configuração single channel requer menos módulos de RAM, reduzindo significativamente o custo de aquisição e implementação do sistema;

Simplicidade de montagem e configuração: a instalação é direta e simples, usando apenas um slot de memória, tornando os sistemas single channel extremamente fáceis de montar e configurar, ideal para usuários com pouca experiência em hardware;

Desempenho suficiente para uso cotidiano: oferece uma performance adequada e eficiente para a maioria das tarefas diárias, como navegação e consumo de mídia, sem a necessidade de poder extra ou investimento em soluções mais complexas;

Menor consumo de energia: há uma redução no consumo total de energia do sistema por ter menos módulos de RAM em uso, o que pode ser benéfico para eficiência energética;

Maior compatibilidade: usar apenas um módulo de RAM minimiza o risco de problemas de incompatibilidade ou instabilidade que podem surgir ao tentar fazer pares de módulos de diferentes fabricantes ou especificações operarem em conjunto.

Estes são os pontos fracos do single channel:

Largura de banda reduzida: limita significativamente a quantidade de dados que a memória pode transferir para a CPU a cada ciclo, criando um gargalo perceptível no fluxo de informações;

Menor desempenho em aplicações exigentes: tarefas intensivas em dados, como jogos pesados, renderização 3D e edição de vídeo/foto em alta resolução, têm o desempenho drasticamente comprometido pela lentidão na comunicação com a RAM;

Maior latência de acesso à memória: o sistema pode levar mais tempo para acessar os dados ao usar apenas um canal, aumentando a latência e impactando a velocidade de resposta geral, especialmente em operações de leitura e escrita;

Uso ineficiente das placas gráficas integradas (iGPU): processadores com gráficos integrados (iGPU), que dependem da RAM principal, sofrem uma queda profunda no desempenho, pois o canal único restringe o fornecimento de dados para a GPU;

Capacidade de upgrade e escalabilidade limitada: a arquitetura single channel oferece pouca margem para futuras melhorias de desempenho relacionadas à memória, tornando-o uma escolha ruim para sistemas que exigem altas taxas de transferência consistentemente.

A configuração Single Channel funciona com apenas um pente de memória RAM, mas oferece taxa de transferência reduzida (imagem: Everton Favretto/Tecnoblog

Em quais casos devo usar single channel?

A configuração single channel é a escolha adequada e, às vezes, necessária quando o foco é uso básico, custo-benefício ou limitações de hardware:

Computação básica e uso diário leve: o single channel oferece um desempenho adequado para a maioria das tarefas cotidianas, como navegação na internet, edição de documentos, consumo de mídia e uso de aplicativos de produtividade leve;

Sistemas de baixo orçamento: um único módulo de RAM single channel tem um custo inicial mais baixo do que adquirir dois módulos para o dual channel, sendo a opção mais econômica quando o orçamento é o fator mais restrito;

Slots limitados na placa-mãe: em placas-mãe com somente um slot de RAM ou em situações em que todos os slots já estão ocupados e a única opção de upgrade é substituir um módulo existente por um de maior capacidade.

O modo single channel atende as necessidades de um PC para tarefas básicas do dia a dia (imagem: Elias Gamez/Pexels)

Dual channel é melhor que single channel?

Sim, o modo dual channel é superior ao single channel em desempenho porque dobra a largura da banda da memória RAM. Isso permite a transferência mais rápida de dados entre a memória e o processador (CPU), otimizando a resposta do sistema em tarefas de alta demanda.

O ganho de velocidade beneficia sistemas com Unidade de Processamento Acelerado (APU) ou placa de vídeo integrada (iGPU), que dependem da memória principal para os gráficos. Aqui, o dual channel duplica o caminho de comunicação, permitindo que o dobro de informações seja lido e escrito simultaneamente.

Em aplicações exigentes, como jogos modernos, edição de vídeo e multitarefas, o desempenho se eleva com o dual channel. O resultado é um ganho notável em fluidez e taxa de quadros (FPS), sendo a configuração ideal para o máximo proveito do hardware.

Preciso ativar o dual channel?

O dual channel é uma tecnologia ativada pela configuração física da memória RAM, sem a necessidade de software ou botões. É preciso instalar pelo menos dois módulos de RAM idênticos nos slots específicos da placa-mãe para fazer dual channel.

O sistema operacional e o BIOS/UEFI da máquina reconhecem automaticamente essa configuração. Contudo, é essencial verificar no manual da placa-mãe a posição correta dos slots e garantir que está usando módulos compatíveis para ativar o dual channel.

Para obter melhor desempenho, o ideal é usar módulos de RAM de mesmo tamanho e velocidade, frequentemente vendidos em kits. Depois, é possível usar softwares como o CPU-Z para confirmar se a memória está de fato operando no modo dual channel após a instalação.

Os módulos de RAM devem ser posicionados nos slots da mesma cor para ativar o dual channel (imagem: reprodução)

Como saber se minha memória está em dual channel

Você pode verificar o status do dual channel de forma rápida e nativa no Windows pelo Gerenciador de Tarefas. Pressione “Ctrl+Shift+Esc” para abrir o menu, vá até a aba “Desempenho”, selecione “Memória” e veja se a informação exibida no campo “Canais” é “Dual”.

Outra opção é usar o programa gratuito CPU-Z, disponível para Windows, Mac e Linux. Após instalá-lo e executá-lo, clique na aba “Memory” e confira se o campo “Channel” (ou “Canal”), indica “Dual” para uma confirmação detalhada.

Por último, dá para checar diretamente na BIOS/UEFI ao ligar o computador (geralmente com F2, Del ou F10). Procure por seções como “Memory” ou “System Information” e dentro dela por “Memory Channel Mode” ou similar, onde a configuração “Dual” deve estar especificada.

Existem outros modos de comunicação de RAM?

Sim, há mais modos de comunicação de RAM para aumentar a largura de banda da memória. Alguns deles são:

Triple channel: semelhante ao dual channel, utiliza três canais de dados paralelos, aumentando ainda mais a largura de banda e o desempenho. É menos comum, mas é encontrado em sistemas mais antigos de alto desempenho;

Quad channel: usa quatro canais de dados paralelos, proporcionando ainda maior largura de banda. Ideal para quem precisa de desempenho máximo para aplicativos e carga de trabalho com uso intensivo de memória;

Hexa Channel: modo avançado que usa seis canais de dados em paralelo. É encontrado em servidores de alto nível e workstations que exigem o máximo de largura de banda e capacidade de memória para cargas de trabalho extremas;

Octa Channel: opera com oito canais de dados simultaneamente, oferecendo o maior aumento de largura de banda entre os citados. É uma configuração usada quase exclusivamente em servidores de última geração ou datacenters de ponta.

Dual channel ou single channel: as diferenças nos modos de comunicação da RAM

Dual channel ou single channel: as diferenças nos modos de comunicação da RAM
Fonte: Tecnoblog

Intel promete manter GPUs Arc após parceria com Nvidia

Intel promete manter GPUs Arc após parceria com Nvidia

Placa de vídeo Arc B580 (imagem: divulgação/Intel)

Resumo

Intel afirma que acordo com a Nvidia não altera seu roadmap de produtos;

Parceria entre Nvidia e Intel envolve investimento de US$ 5 bilhões e prevê lançamento de chips x86 com GPU RTX;

Futuro da linha Arc permanece incerto no longo prazo, porém.

O surpreendente acordo da Nvidia com a Intel anunciado na quinta-feira (18/09) vai resultar no lançamento de processadores x86 que contam com GPUs integradas da série RTX. Depois do anúncio, ficou a dúvida: será que a parceria fará a Intel desistir das GPUs Arc? A companhia deu a entender que não.

A dúvida é pertinente porque, desde 2021, quando a Intel introduziu as GPUs Arc, elas nunca tiveram grande destaque em termos de desempenho. Não por acaso, as placas de vídeo dedicadas da família Arc têm participação quase inexpressiva no mercado, que continua dominado pelas GPUs Nvidia GeForce e AMD Radeon.

Como a Intel enfrenta uma crise, não seria espantoso se a companhia desistisse das GPUs Arc para reduzir custos ou priorizar produtos mais rentáveis. Com o recém-anunciado acordo com a Nvidia, essa possibilidade ganhou força.

Mas não parece ser o caso. Ao site PCWorld, um representante da Intel declarou o seguinte:

Não estamos discutindo roadmaps específicos neste momento, mas a colaboração [com a Nvidia] é complementar ao roadmap da Intel, e a companhia continuará a oferecer produtos de GPU.

O que a declaração informa é que a Intel tinha uma programação de lançamentos definida antes da parceria com a Nvidia, que pretende mantê-la, e que o que vier com base no acordo será complementar.

No entanto, a declaração não deixa claro o que acontecerá com as GPUs Arc no longo prazo, isto é, após a programação definida atualmente ser cumprida.

Uma hipótese é a de que a Intel continue desenvolvendo a sua tecnologia própria de GPUs, mas para atender a segmentos do mercado focados em custo-benefício, deixando as opções com GPU Nvidia RTX para aplicações que demandam mais desempenho. Mas, de novo, essa é só uma hipótese.

Como é a parceria da Nvidia com a Intel?

Nvidia anuncia acordo com a Intel (imagem: divulgação/Nvidia)

A Nvidia irá investir US$ 5 bilhões na Intel. Esse investimento será feito por meio da aquisição de ações ordinárias desta última.

O acordo determina que Nvidia e Intel trabalhem juntas no desenvolvimento de soluções com arquitetura x86 direcionadas a datacenters, bem como na criação de chips para PCs que reúnem CPUs x86 e GPUs RTX.
Intel promete manter GPUs Arc após parceria com Nvidia

Intel promete manter GPUs Arc após parceria com Nvidia
Fonte: Tecnoblog

Nvidia vai investir US$ 5 bilhões na Intel para criar chips x86 com GPU RTX

Nvidia vai investir US$ 5 bilhões na Intel para criar chips x86 com GPU RTX

Nvidia anuncia acordo com a Intel (imagem: divulgação/Nvidia)

Resumo

Nvidia vai investir US$ 5 bilhões na Intel para desenvolver chips x86 com GPU RTX;

Parceria prevê desenvolvimento de soluções para datacenters e PCs;

Jensen Huang (CEO da Nvidia) e Lip-Bu Tan (CEO da Intel) destacam impacto histórico da colaboração.

Já imaginou se deparar com um chip que combina CPU Intel com GPU Nvidia? Essa possibilidade é factível: a Nvidia acaba de anunciar um investimento de US$ 5 bilhões (R$ 26,4 bilhões, na conversão direta) na Intel justamente para que as duas companhias possam desenvolver chips em conjunto.

Do ponto de vista técnico, a base dessa parceria será a tecnologia Nvidia NVLink, que permite que GPUs se comuniquem rapidamente entre si, e possibilita também que essa comunicação ocorra entre GPUs e CPUs.

Em seu comunicado, a Nvidia explica que a parceria com a Intel será direcionada a soluções para datacenters, bem como para produtos de computação pessoal, isto é, para PCs.

Para datacenters, o acordo prevê que a Intel produza CPUs com arquitetura x86 sob medida para a Nvidia que, por sua vez, integrará essas unidades às suas plataformas de infraestrutura direcionadas à inteligência artificial.

Já no segmento de PCs, a parceria permitirá o desenvolvimento de SoCs que reúnem núcleos de CPU de arquitetura x86 com chiplets de GPUs RTX. Explicando de maneira mais clara: em breve, veremos processadores x86 com gráficos Nvidia RTX integrados serem lançados.

CEO da Nvidia fala em “colaboração histórica”

O acordo é interessante para a Nvidia, pois dá abertura para que a companhia incorpore mais uma arquitetura (x86) ao seu rol de soluções tecnológicas. É o que a declaração do CEO da companhia dá a entender:

Esta histórica colaboração une firmemente a IA e a pilha de computação acelerada da Nvidia com as CPUs da Intel e o vasto ecossistema x86 — uma fusão de duas plataformas de alcance mundial. Juntos, expandiremos nossos ecossistemas e lançaremos as bases para a próxima era da computação.

Jensen Huang, CEO da Nvidia

Jensen Huang, CEO da Nvidia (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O líder da Intel também comentou a parceria:

A arquitetura x86 da Intel tem sido fundamental para a computação moderna por décadas — e estamos inovando em todo o nosso portfólio para habilitar as cargas de trabalho do futuro.

Lip-Bu Tan, CEO da Intel

Tan não comentou nada a respeito, mas é impossível não imaginar que o acordo, se devidamente aprovado pelos órgãos reguladores, ajudará a Intel a sair da grave crise que a companhia enfrenta pelo menos desde o ano passado.

A Nvidia fará o investimento de US$ 5 bilhões por meio da compra de ações ordinárias da Intel ao custo de US$ 23,28 por papel.
Nvidia vai investir US$ 5 bilhões na Intel para criar chips x86 com GPU RTX

Nvidia vai investir US$ 5 bilhões na Intel para criar chips x86 com GPU RTX
Fonte: Tecnoblog

Arm anuncia próxima geração de CPUs e GPUs que equiparão seu celular

Arm anuncia próxima geração de CPUs e GPUs que equiparão seu celular

Arm anuncia próxima geração de CPUs e GPUs que equiparão seu celular (imagem: reprodução/Arm)

Resumo

Arm muda nomenclatura de suas CPUs e apresenta a série C1, com mais desempenho e eficiência energética;
GPUs Mali também ganham nova geração, a série G1, novamente com promessa de mais desempenho;
Celulares com chips baseados nas novas CPUs e GPUs devem chegar ao mercado já no próximo ano.

A Arm escolheu esta semana para anunciar seus novos designs de CPU e GPU para dispositivos móveis. Isso é importante porque as plataformas da companhia servem de base para chips de marcas como Qualcomm, MediaTek e Samsung. As novidades poderão marcar presença no seu próximo celular, portanto.

As mudanças começam com uma nova nomenclatura. Até então, a Arm usava nomes como Cortex-X e Cortex-A para distinguir núcleos de CPU de diferentes categorias. Abordagem parecida existia para as GPUs, batizadas de Mali ou Immortalis.

Na nova geração, as CPUs serão chamadas de “C1” e serão classificadas nas categorias Ultra, Premium, Pro e Nano para distinção de desempenho ou aplicação. Já as GPUs continuarão com a denominação Mali, mas serão complementadas com o nome “G1”.

Essa combinação de designs de CPU e GPU, quando direcionada a dispositivos móveis, forma a plataforma Lumex. Só para constar, há outras plataformas no ecossistema da Arm, como Niva para PCs, e Zena para sistemas automotivos. Mas, aqui, o foco é a nova plataforma Lumex.

O que os núcleos Arm C1 oferecem?

Os núcleos Arm C1 são baseados na arquitetura Armv9.3 e suportam recursos como a Scalable Matrix Extension 2 (SME2), que otimiza cargas de trabalho de inteligência artificial, entre outras tarefas. As principais características de cada categoria são estas:

Arm C1-Ultra: design topo de linha com desempenho de thread única até 25% maior em relação ao Cortex-X925, o núcleo mais avançado da geração anterior;

Arm C1-Premium: é estruturalmente semelhante à versão Ultra, mas tem uma área de superfície 35% menor, o que torna essa variação menos custosa, mas adequada a tarefas que exigem um nível de desempenho inferior;

Arm C1-Pro: para aparelhos de nível intermediário, tem desempenho até 16% maior em relação ao núcleo Cortex-A725 da geração anterior, ou o mesmo nível de desempenho, mas com eficiência energética 12% melhor;

Arm C1-Nano: tem foco em dispositivos mais simples ou que priorizam a eficiência energética, sendo até 26% melhor que o núcleo Cortex-A520 de geração anterior nesse aspecto.

Tal como ocorre atualmente, esses núcleos poderão ser combinados. Por exemplo, um chip para celulares avançados poderá combinar dois núcleos C1-Ultra de alto desempenho com seis núcleos C1-Pro para tarefas menos exigentes.

CPUs Arm de diferentes níveis poderão ser combinados (imagem: reprodução/Arm)

E o que as GPUs Arm Mali G1 oferecerão?

As novas GPUs Arm são classificadas nas categorias Mali G1-Ultra, Mali G1-Premium e Mali G1-Pro. A primeira tem entre dez e 24 núcleos de shader, a segunda tem de seis a nove, enquanto a terceira tem entre um e cinco.

Mali G1-Ultra é a GPU mais avançada (imagem: reprodução/Arm)

Fica claro que a Mali G1-Ultra é a GPU mais avançada do trio. Ela oferece desempenho até 20% superior em jogos em relação à GPU G925, a geração anterior, bem como é até duas vez mais rápida em ray tracing, por exemplo.

A expectativa da Arm é a de que os primeiros celulares equipados com chips que contam com CPUs C1 e GPUs G1 cheguem ao mercado em um “futuro muito próximo”, talvez já em 2026.
Arm anuncia próxima geração de CPUs e GPUs que equiparão seu celular

Arm anuncia próxima geração de CPUs e GPUs que equiparão seu celular
Fonte: Tecnoblog