Google começa a barrar dispositivos Android com apenas 16 GB de armazenamento
Google começa a barrar dispositivos Android com apenas 16 GB de armazenamento
Google vai impor novas exigências para a certificação GMS (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog) Resumo
O Google passou a exigir no mínimo 32 GB de armazenamento interno para que dispositivos com Android 15 recebam a certificação GMS.
O processador dos aparelhos deve ser compatível com a API gráfica Vulkan 1.3 e utilizar bibliotecas ANGLE.
Os dispositivos também devem permitir o compartilhamento opcional de contatos de emergência durante chamadas, com alertas de privacidade.
O Google agora exige que, a partir do Android 15, todos os dispositivos Android tenham no mínimo 32 GB de armazenamento interno para serem lançados com seus serviços pré-instalados, segundo o site Android Authority. Essa medida dobra o limite anterior, de 16 GB, considerado insuficiente pela empresa para garantir uma boa experiência de uso, já que boa parte desse espaço é ocupada pelo próprio sistema operacional. Mesmo com as tentativas de otimizar o sistema para hardwares mais simples, aparelhos com 16 GB vinham apresentando problemas de desempenho.Google pode proibir celulares com menos de 32 GB? Galaxy S24 Ultra tem acesso à interface One UI 7 com Android 15 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)Por questões legais, o Google não pode impedir que fabricantes lancem celulares com menos de 32 GB de armazenamento — desde que esses aparelhos usem apenas a versão de código aberto do Android (AOSP). Isso porque os termos de licenciamento da iniciativa AOSP não permitem esse tipo de restrição.No entanto, o que a big tech tem liberdade para impor são exigências aos dispositivos que buscam a certificação do Google Mobile Services (GMS), pacote proprietário que inclui apps como Play Store, Gmail, YouTube e Google Maps.Na prática, isso significa que a nova regra vale para todos os aparelhos que desejam oferecer os serviços do Google integrados — um requisito quase obrigatório no mercado. Sem a certificação GMS, os dispositivos ficam limitados à versão “pura” do Android, sem acesso nativo aos principais aplicativos e ferramentas do ecossistema Google.De acordo com o Android Authority, com o Android 15, ao menos 75% dos 32 GB obrigatórios devem ser destinados à partição de dados, responsável por armazenar apps do sistema, arquivos do usuário e componentes essenciais. Quais são os novos requisitos para celulares com Android 15?Além do aumento do armazenamento mínimo, os dispositivos com Android 15 precisam atender outros requisitos para obter a certificação GMS. Um deles é a obrigatoriedade de que celulares permitam o compartilhamento de contatos de emergência com os serviços de localização durante chamadas. A função é opcional para o usuário e deve contar com aviso claro sobre a privacidade das informações.Outro requisito importante tem a ver com os gráficos dos dispositivos. Segundo o Android Authority, para um novo processador ser compatível com o Android 15, ele precisará oferecer suporte à API gráfica Vulkan 1.3 — um padrão que melhora o desempenho de jogos e aplicativos com gráficos avançados. Essa exigência faz parte do perfil Android Baseline 2022, conjunto de regras mínimas de compatibilidade que o Google define para garantir uma melhor experiência.Celulares e tablets também precisarão incluir bibliotecas ANGLE (Almost Native Graphics Layer Engine), responsáveis por garantir que aplicativos e jogos mais antigos — ainda dependentes da tecnologia OpenGL ES — continuem funcionando normalmente. A partir do Android 16, o uso dessas bibliotecas deverá vir ativado por padrão.Com informações de Android Authority e Android Open Source ProjectGoogle começa a barrar dispositivos Android com apenas 16 GB de armazenamento
Google começa a barrar dispositivos Android com apenas 16 GB de armazenamento
Fonte: Tecnoblog