Category: Google Gemini

Google vai dar ainda mais atenção ao Gemini em 2025

Google vai dar ainda mais atenção ao Gemini em 2025

Chatbot Gemini ganha aplicativo próprio e substitui Google Assistente (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Google dedicará seus esforços em 2025 para melhorar o Gemini e diminuir a distância para a OpenAI. A revelação foi feita por Sundar Pichai, CEO da big tech, durante um evento para funcionários. Parte dessa estratégia, segundo Pichai, trará resultados ainda na primeira metade do ano, com o lançamento de mais recursos para o Gemini.

Por que o Google investirá mais no Gemini em 2025?

Os possíveis motivos para o Google investir mais no desenvolvimento do Gemini em 2025 são:

Vantagem da OpenAI no segmento de IA generativa — essa parte explicitada na declaração de Pichai

Processo de monopólio e possíveis decisões que obriguem a venda de produtos — assim ela precisa forçar esse mercado que é a tendência dos próximos anos

Chance de novas legislações que passem a regular o mercado de IA — não só nos Estados Unidos, mas também na Europa

Mais concorrência — além da OpenAI, existem Anthropic (criadora do Claude), Apple Intelligence e Grok

Pichai reconhece que OpenAI está na frente e Google precisa recuperar tempo perdido (Imagem: Divulgação/Google)

Em parte da apresentação, Pichai diz considerar que 2025 será um ano crítico para o Google. “Eu acho que é realmente importante internalizarmos a urgência deste momento e precisamos nos mover rápido como empresa”, falou o CEO do Google.

Ainda que parte das pessoas vejam atualmente pouco valor nas IAs generativas, elas são a aposta das empresas para o grande produto tech dos próximos anos — assim como os smartphones levaram diversas companhias a entrar nesse mercado após o iPhone. O Copilot da Microsoft, por exemplo, está cada vez mais integrado ao Windows.

Pichai também valorizou a atual posição do Gemini. Para ele, a IA generativa da empresa está fortemente embalada e isso deve ser aproveitado para entregar mais valor aos usuários. Parte dessa força pode vir do Galaxy AI. Demis Hassabis, fundador do DeepMind, declarou que as equipes de IA darão uma turbinada no Gemini.

Hassabis também revelou que os números de usuários do Gemini estão crescendo desde fevereiro. O fundador do DeepMind ainda respondeu a um funcionário que perguntou se há planos de vender assinaturas premium da IA — cobrando mais de US$ 200. Hassabis explicou que, por enquanto, o Google não planeja um plano desse tipo, mantendo serviços com valores de US$ 20.

Não espere grandes novidades do Google em 2025, exceto em recursos de IA (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Pichai mostra como será o 2025 do Google

A declaração de Sundar Pichai pode parecer óbvia visto que todas as big techs estão focando em IA generativa. Porém, ela revela boa parte da estratégia do Google para 2025.

Em resumo, a big tech focará em melhorar os seus produtos atuais. Isso significa que não devemos ver novos serviços no próximo ano — e o Google deve manter a tradição de matar produtos para 2025. As grandes novidades estarão ligadas ao Gemini, enquanto os outros grandes produtos da empresa, como YouTube, YouTube Music e dispositivos terão melhorias pontuais. E sim, ganhando recursos do Gemini.

Com informações: Android Headlines, TechCrunch e CNBC
Google vai dar ainda mais atenção ao Gemini em 2025

Google vai dar ainda mais atenção ao Gemini em 2025
Fonte: Tecnoblog

Google lança Android XR, que fará estreia em headset VR da Samsung

Google lança Android XR, que fará estreia em headset VR da Samsung

Headset da Samsung com o codinome Project Moohan chegará ao mercado em 2025 (Imagem: Reprodução/Samsung)

O Google anunciou nesta quinta-feira (dia 12/12) uma nova versão do Android dedicada à realidade virtual (VR) e à realidade aumentada (AR). Chamada Android XR e desenvolvida em parceria com a Samsung e com a Qualcomm, ela poderá equipar headsets de VR e pequenos óculos inteligentes, além de contar com recursos de inteligência artificial da família Gemini.

O primeiro protótipo a usar o sistema é um headset com o codinome Project Moohan, desenvolvido e construído pela Samsung. Ele será o primeiro aparelho a chegar ao mercado com Android XR e estará à venda no ano que vem, mas ainda não há informações sobre data de lançamento ou preços.

O que dá para fazer com o Android XR?

O Google fez demonstrações do Android XR para a imprensa com um headset do Project Moohan e um par de óculos de realidade aumentada, parecido com os óculos comuns que muitos de nós usamos.

Usando a integração com o Gemini, é possível transcrever e traduzir automaticamente, em tempo real, o que outras pessoas falam, gerando uma espécie de legenda na imagem real. Placas também podem ser interpretadas, e a IA é capaz de responder a perguntas considerando aquele contexto.

Cardápio pode ser traduzido com ajuda da IA (Imagem: Divulgação/Google)

Outro exemplo é dizer onde estão itens que passaram diante da câmera, mesmo sem tirar uma foto ou estar diante do objeto — algo que já havia sido indicado pelo Project Astra. O usuário também pode pesquisar um endereço com o auxílio do Gemini e receber instruções diretamente em seus olhos.

Deixando a IA um pouco de lado, em headsets como o Project Moohan, o Android XR também terá opções imersivas para vídeos de YouTube e Google TV.

Circle to Search, já presente em smartphones e tablets, também poderá ser usado no Android XR (Imagem: Divulgação/Google)

A navegação pelo sistema se dá por meio de gestos, e aplicativos para smartphones e tablets poderão ser executados pela nova versão do sistema. Apps como Chrome, Mapas, Fotos e outros poderão ser acessados por aparelhos de realidade virtual ou realidade aumentada.

Headsets de VR e AR estão cada vez mais comuns

O Android XR não é a primeira aventura do Google com o mundo da chamada realidade mista (XR), termo que engloba as variantes virtual (VR) e aumentada (AR).

Há mais de dez anos, a empresa já contava com seu Google Glass, que era capaz de mostrar informações diante dos olhos do usuário. Outra tentativa foi o Cardboard, uma espécie de suporte para celular feito de papelão, que o usuário podia colocar diante do rosto.

Hoje, o mercado de XR parece mais maduro: prova disso é a presença de duas big techs disputando consumidores, com dispositivos bastante diferentes entre si. A Apple apostou suas fichas no Vision Pro, com hardware sofisticado e preço nas alturas: US$ 3.499 (quase R$ 21 mil, em conversão direta). Informações de bastidores indicam que as vendas estão fracas até agora.

Apple Vision Pro na sede da Apple nos Estados Unidos (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Do outro lado, a Meta tem o Quest 3S, com preço bem mais acessível (US$ 299, ou cerca de R$ 1,8 mil), e o Ray-Ban Meta, com câmeras, som e microfones, mas sem mostrar imagens nas lentes. A empresa também investiu em software, com o Horizon OS. O sistema usa o Android Open Source Project (AOSP) como base e deverá ser adotado por aparelhos de Asus, Lenovo e Xbox (Microsoft).

Com informações: Google, Samsung, Ars Technica, Washington Post, The Verge
Google lança Android XR, que fará estreia em headset VR da Samsung

Google lança Android XR, que fará estreia em headset VR da Samsung
Fonte: Tecnoblog

Gemini: demonstração da nova IA do Google teria sido ensaiada

Gemini: demonstração da nova IA do Google teria sido ensaiada

Gemini é apontado como o modelo de linguagem em larga escala mais poderoso do Google (Imagem: Divulgação/Google)

O Google revelou o novo modelo de IA Gemini em um ambicioso vídeo demonstração com seis minutos de duração. Entretanto, a big tech está sendo acusada de ter produzido a apresentação em vez de mostrar as habilidades da plataforma em tempo real.

De acordo com Parmy Olsen, colunista da Bloomberg, o vídeo promocional foi ensaiado. Por exemplo, as ações por comandos de voz não foram realizadas em tempo real. Alguém teria escrito prompts com instruções do que a IA deveria responder.

“Isso é bem diferente do que o Google parecia sugerir: que uma pessoa pudesse ter uma simples conversa com o Gemini e a IA respondia em tempo real”, destaca Olsen no artigo publicado na última quinta-feira (7).

A jornalista diz que, quando procurada para comentar o lançamento, a big tech admitiu que o vídeo não foi gravado em tempo real. Então, ela sugere que a empresa estaria enganando os clientes e que a nova IA seria inferior ao concorrente GPT da OpenAI.

No entanto, a descrição da apresentação do Gemini no YouTube tem uma nota de isenção de responsabilidade: “Para fins desta demonstração, a latência foi reduzida e as respostas do Gemini foram encurtadas por questões de brevidade”.

Por fim, vale citar que é comum empresas de tecnologia editarem vídeos de apresentações de produtos. Isso é uma estratégia para evitar que problemas técnicos ocorram ao vivo.

Executivos do Google dizem que vídeo ilustra as reais experiências fornecidas pelo Gemini (Imagem: Reprodução/Google)

Google nega que a demonstração foi ensaiada

O Google se defendeu da acusação de que a apresentação do Gemini teria sido encenada. Oriol Vinyals, vice-presidente de pesquisa da empresa e co-líder do modelo de IA, usou o X/Twitter para explicar como foi a produção da apresentação.

“Todos prompts e resultados no vídeo são reais, abreviados para fins de brevidade. O vídeo ilustra como poderiam ser as experiências de usuário construídas com o Gemini. Fizemos isso para inspirar os desenvolvedores”, disse o executivo.

Diante deste cenário, especialistas acreditam que a melhor forma do Google demonstrar o poder do Gemini seria por meio de um beta público. Assim, jornalistas e desenvolvedores poderiam experimentar as ferramentas da nova IA e tirar as próprias conclusões.

Com informações: Bloomberg, The Verge e X
Gemini: demonstração da nova IA do Google teria sido ensaiada

Gemini: demonstração da nova IA do Google teria sido ensaiada
Fonte: Tecnoblog