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Winamp tem repositório de código-fonte aberto apagado sem explicação

Winamp tem repositório de código-fonte aberto apagado sem explicação

Winamp clássico (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

No final de setembro, o código-fonte do clássico reprodutor de mídia Winamp foi aberto. Mas não da maneira convencional: a licença de uso do código não permite a distribuição de softwares derivados, por exemplo. Esse pode ter sido um dos fatores que, aparentemente, fizeram a Llama Group apagar o repositório de código do player.

O código-fonte do Winamp estava disponível no GitHub. Mas, desde a semana passada, o link para o projeto exibe um erro de página não encontrada. Até o momento, não há explicação oficial para o que teria feito o repositório sumir menos de um mês depois de ter sido criado.

Nem tão aberto assim

De acordo com o Ars Technica, há pelo menos dois fatores que podem ter levado ao sumiço do repositório. Um são as críticas que a iniciativa vinha recebendo pelo fato de o código do Winamp não ter sido aberto de forma ampla.

Normalmente, projetos de código aberto são disponibilizados com base em licenças abrangentes, como GPL e MIT. Contudo, o código-fonte do reprodutor foi liberado por meio de uma licença própria, chamada de Winamp Collaborative License (WCL).

O maior problema da WCL é que essa licença permite que o desenvolvedor use, modifique e estude o software, ou faça contribuições voluntárias para o projeto. Mas a pessoa não pode distribuir versões modificadas do player. Projetos derivados devem ser mantidos para uso pessoal, consequentemente.

A reação da comunidade foi imediata. Apesar da proibição, mais de 2.600 forks (projetos derivados) do Winamp foram criados em um visível movimento de protesto contra as restrições da licença WCL.

Para completar, alguns desenvolvedores destacaram que o repositório do Winamp pode ter liberado, sem autorização, o código-fonte de componentes externos ao projeto, a exemplo do software do servidor Shoutcast para transmissões de áudio.

É possível que esses dois fatores, especialmente o último, tenha feito a Llama Group (atual responsável pelo Winamp) eliminar o repositório, mas não há confirmação sobre isso. O Ars Technica e outros veículos pediram um posicionamento sobre o assunto, mas a companhia não se manifestou até o momento.

Enquanto isso, a abertura do código do Winamp fica em uma espécie de “limbo”. Ninguém sabe o que acontecerá com o projeto.

Winamp clássico e suas skins (imagem: reprodução/Winamp Skin Museum)

Winamp fez sucesso no Windows XP

O Winamp surgiu em 1997 e, anos depois, se tornou muito popular, principalmente entre usuários do Windows XP. A facilidade de uso, os recursos de reprodução e a capacidade de personalização de visual oferecida pelas “skins” contribuíram para o sucesso do player.

Com a popularização do streaming, o Winamp foi sendo deixado de lado. O reprodutor chegou a ser relançado em 2018 e vinha sendo atualizado desde então, mas sem o sucesso de antes. Apesar disso, o reprodutor ainda tem fãs. Prova disso é a versão física do Winamp criada por um deles.
Winamp tem repositório de código-fonte aberto apagado sem explicação

Winamp tem repositório de código-fonte aberto apagado sem explicação
Fonte: Tecnoblog

IA do GitHub alerta e corrige vulnerabilidades em códigos

IA do GitHub alerta e corrige vulnerabilidades em códigos

GitHub vai utilizar inteligência artificial para corrigir erros em códigos (Imagem: Divulgação/GitHub)

O GitHub anunciou nesta semana o lançamento da AI Autofix, ferramenta que utiliza inteligência artificial para detectar bugs e possíveis vulnerabilidades em códigos. O recurso foi desenvolvido pela Sentry, empresa de tecnologia que desenvolve soluções de segurança e correção de código. A AI Autofix servirá como um complemento ao GitHub Copilot, outra ferramenta de IA que auxilia desenvolvedores.

O GitHub já havia apresentado uma prévia da AI Autofix em novembro de 2023, acompanhando um período no qual a Microsoft, sua proprietária, apresentava novos recursos do Copilot. O Copilot é a linha da big tech para serviços ligados a sua IA generativa. A AI Autofix está disponível para os clientes do GitHub Advance Security — ou GHAS, um serviço comprado à parte para os clientes do plano GitHub Enterprise.

AI Autofix ainda está em beta, mas já pode ser útil

Apesar do lançamento para todos os usuários do GHAS, a AI Autofix ainda está em beta. Pierre Tempel, gerente de produto do GitHub, afirma que a ferramenta é capaz de reconhecer mais de 90% de alertas para JavaScript, TypeScript, Java e Python. Mesmo em beta, a AI Autofix já pode facilitar o trabalho dos desenvolvedores.

AI Autofix do GitHub notificará se encontrar uma falha ou bug em código (Imagem: Divulgação/GitHub)

Ao detectar um bug ou vulnerabilidade, como mostra a imagem, a AI Autofix enviará uma notificação. Na janela que abrir, haverá uma mensagem explicando a causa do erro ou da falha de segurança. Então, a AI Autofix passará uma sugestão de correção — o usuário poderá aceitar ou não essa dica da inteligência artificial.

Assim como o GitHub Copilot, essa nova ferramenta economiza tempo para os desenvolvedores. Eles não precisam ir até a linha e editar o código, basta autorizar que a AI Autofix aplique a sugestão. Para quem não conhece, o GitHub Copilot sugere o restante do código conforme o dev vai escrevendo — similar ao Gmail, Word e teclado de smartphones com suas funções de auto-completar palavras ou orações.

E claro, a grande vantagem da AI Autofix é de diminuir a probabilidade de desenvolvedores lançarem sistemas com falhas de segurança. O GitHub afirma ainda que essa ferramenta recebeu um incremento da tecnologia do Copilot.

Com informações: TechCrunch e The Hacker News
IA do GitHub alerta e corrige vulnerabilidades em códigos

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Fonte: Tecnoblog

GitHub Copilot X é um chatbot com GPT-4 para ajudar desenvolvedores

GitHub Copilot X é um chatbot com GPT-4 para ajudar desenvolvedores

Um dos usos mais interessantes para a inteligência artificial é escrever código. Com instruções simples, ela é capaz de gerar várias linhas de comando. Para quem trabalha nessa área, vai ficar mais fácil usar esse tipo de recurso. O GitHub anunciou nesta quarta-feira (22) a nova versão do seu Copilot. Chamado Copilot X, ele usa o GPT-4 da OpenAI como base e ficou mais parecido com o ChatGPT.

GitHub Copilot X (Imagem: Divulgação/GitHub)

O Copilot foi apresentado em junho de 2021 e oficializado em junho de 2022. A ferramenta usava IA para sugerir códigos, funções complexas e testes unitários completos. As recomendações aparecem em tempo real.

A nova versão parece mais completa. O Copilot X, segundo o GitHub, é inspirado no ChatGPT: ele tem uma interface de chat que se integra com o VS Code e o Visual Studio.

Além de interagir desta forma, a inteligência artificial reconhece o código escrito e mensagens de erro. Assim, o desenvolvedor pode pedir uma análise profunda, com explicações do que cada bloco de código deve fazer. Ele até sugere correções de bugs.

GitHub Copilot X sugerindo correção de bug no chat (Imagem: Divulgação/GitHub)

Outro recurso adicionado é o de reconhecimento de voz. Com ele, os programadores poderão falar instruções em linguagem natural. A inteligência artificial, então, se encarrega de criar o código.

O novo Copilot usa o GPT-4, da OpenAI, como base. Vale lembrar que o GitHub foi comprado pela Microsoft em 2018, por US$ 7,5 bilhões.

A mesma Microsoft investiu outros bilhões de dólares na OpenAI, e vem colocando tecnologias do tipo em seus produtos, como o Bing e o Microsoft 365.

IA em documentação e pull requests

O Copilot vai além de sugerir códigos e correções, e o GitHub está preparando novas funcionalidades, que ainda serão testadas.

A ferramenta pretende criar descrições para pull requests, como são chamadas as solicitações para incluir alterações feitas em um projeto inicial.

Ainda nesse campo, a inteligência artificial vai identificar se um pull request não foi testado o suficiente e sugerir como fazer isso. As recomendações podem ser aceitas, editadas ou recusadas.

O GitHub criou ainda o Copilot for Docs. A ferramenta, ainda em fase experimental, pode gerar respostas para perguntas sobre a documentação do projeto.

Ele traz informações sobre linguagem, frameworks e tecnologias que estão sendo usadas. Por enquanto, ela vai funcionar com documentações para React, Azure Docs e MDN.

Com informações: GitHub
GitHub Copilot X é um chatbot com GPT-4 para ajudar desenvolvedores

GitHub Copilot X é um chatbot com GPT-4 para ajudar desenvolvedores
Fonte: Tecnoblog