Category: Finanças

Spotify cresce e alcança a marca de 515 milhões de usuários

Spotify cresce e alcança a marca de 515 milhões de usuários

O Spotify divulgou o relatório financeiro para o primeiro trimestre de 2023 na manhã da terça-feira (25). A plataforma viu um aumento em quase todos os ambientes. Entre os destaques estão o crescimento de 22% nos usuários ativos e de 15% nos assinantes do serviço premium. Segundo a empresa, esse é o momento mais forte da marca desde que se tornou pública em 2018.

Spotify (Imagem: Pixabay / PhotoMIX-Company)

Depois de um último trimestre de 2022 bastante satisfatório para o Spotify, a companhia criou expectativas para mais três meses de crescimento da marca. No relatório divulgado em sua área de notícias, a empresa afirmou que seus indicadores de desempenho (KPIs) foram, em sua maioria, superados.

Primeiramente, a base de usuários ativos mensais (MAUs) aumentou em 22%, chegando na marca de 515 milhões de ouvintes. Para efeito de comparação, esse número se encontrava em 422 milhões no mesmo período do ano passado.

Além disso, o Spotify também viu uma ampliação dos assinantes do serviço premium da plataforma. Agora há 210 milhões de pagantes, 28 milhões a mais em comparação aos três primeiros meses de 2022. Ou seja, 15% de aumento ano a ano. De acordo com a companhia, essa melhora deve-se a regiões como a Europa e a América do Sul.

Spotify continua crescendo (Imagem: Divulgação / Spotify)

Novidades ajudaram na receita

A adição de novos usuários ativos tanto no modelo premium quanto no gratuito deve-se às novidades que o Spotify trouxe nesse começo de ano, segundo a marca. Há desde melhorias na interface a contratos de exclusividade com personalidades, como Markiplier.

No início de março, por exemplo, a empresa lançou um novo feed no aplicativo, que promete melhorar a experiência de sugestões para as pessoas. Há uma maior interação com os artistas a partir dessa tela inicial, conectando os fãs com os nomes que mais gostam.

Outro recurso que chegou foi a opção de você escolher playlists que não vão impactar suas recomendações. Com isso, o indivíduo consegue remover qualquer playlist de seu “Perfil de Gosto Musical”, que é baseado no que ele ouve e como o faz.

O rendimento total (total revenue) da plataforma cresceu 14% em comparação ao mesmo período em 2022, garantindo um crescimento de € 3 bilhões. Essa ampliação foi impulsionada por novos assinantes. Já a margem bruta viu um aumento de 25,2%, um número extremamente próximo do que foi visto nos três primeiros meses do ano passado.

Vale lembrar que o Spotify demitiu cerca de 600 funcionários em janeiro de 2023, cerca de 6% de sua força de trabalho global.

Spotify cresce e alcança a marca de 515 milhões de usuários

Spotify cresce e alcança a marca de 515 milhões de usuários
Fonte: Tecnoblog

iFood agora aceita NuPay, do Nubank, e pode ter limite extra

iFood agora aceita NuPay, do Nubank, e pode ter limite extra

Clientes do Nubank terão uma nova forma de pagar seus pedidos no iFood: o NuPay, método do próprio banco digital. Com ele, não é necessário digitar dados do cartão, só concluir a transação no app. E, para alguns clientes, a compra terá limite extra.

Nubank (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A novidade foi anunciada nesta quarta-feira (19) pelas duas empresas. Agora, ao fechar um pedido, o cliente verá um item “Nubank” entre as opções de pagamento.

Caso escolha essa alternativa, ele será levado ao app do banco, onde deverá escolher entre crédito ou débito. Depois, é só confirmar com a senha de quatro dígitos e pronto, nada de digitar números longos ou códigos.

A grande vantagem do NuPay é não precisar digitar os dados do cartão nem deixá-los salvos no app.

O Nubank também pode oferecer um limite extra na compra. Assim, o valor do pedido não consome o pedido do cartão.

A informação sobre o limite extra aparece na hora de escolher se o pagamento será no crédito ou no débito. Ele depende de uma análise especial de crédito.

Segundo as empresas, a opção de pagar com Nubank estará disponível para todos os clientes nas próximas semanas.

Nubank aparecerá como opção de pagamento no iFood (Imagem: Reprodução/Nubank)

O Nubank não é o primeiro banco a facilitar o pagamento no iFood. Em 2021, o Itaú passou a concluir automaticamente pagamentos feitos via Pix.

Assim, o cliente não precisava fazer todo o processo de copiar o código, mudar de app, colar o código no banco e só aí concluir a transação.

NuPay tem parcelamento e taxa menor

O NuPay foi lançado em março de 2022, como uma forma de concluir pagamentos com mais facilidade e rapidez. Além disso, ele oferece parcelamento em até 24 vezes.

Para isso, porém, ele precisa estar integrado à loja online. Do lado do lojista, a principal vantagem é oferecer taxas mais baixas e repasse mais rápido que os métodos convencionais.

Outra promessa é a melhora na taxa de conversão: como o processo fica mais simples para o cliente, a expectativa é que o número de carrinhos abandonados na hora do pagamento diminua.

Atualmente, algumas varejistas aceitam o NuPay, como Reserva, Cobasi, Pichau e Consul. Esta forma de pagamento também é usada na loja do próprio app do Nubank.

Com informações: Nubank, iFood
iFood agora aceita NuPay, do Nubank, e pode ter limite extra

iFood agora aceita NuPay, do Nubank, e pode ter limite extra
Fonte: Tecnoblog

Bradesco fica fora do ar no começo da noite desta segunda-feira (10)

Bradesco fica fora do ar no começo da noite desta segunda-feira (10)

Você é cliente do Bradesco e teve dificuldade em acessar sua conta nesta segunda-feira (10)? O problema foi generalizado: diversos relatos apontaram que o sistema da instituição financeira caiu e o aplicativo para iPhone e Android parou de funcionar. A empresa ainda não se pronunciou.

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Fachada do Bradesco (Imagem: Sindicato dos Bancários de Santos e Região)

Bradesco cai em dia de vencimento

Segundo relatos no Twitter, o aplicativo do Bradesco ficou fora do ar. Ao tentar acessar a conta, clientes se depararam com uma mensagem de erro, que dizia: “Algo deu errado por aqui… Mas você pode acessar sua conta pelo Internet Banking (computador) ou, se preferir, voltar mais tarde”.

A mensagem ainda alerta vaque o aplicativo não deve ser desinstalado para não perder a chave de segurança.

O app do Bradesco caiu? pic.twitter.com/pX9hSnOWTZ— Bruno Gall De Blasi (@brunogdb) April 10, 2023

Estes bugs foram relatados desde às 17h50 de hoje, segundo o DownDetector. O pico de reclamações ocorreu por volta de 19h.

Gráfico mostra início dos problemas no app do Bradesco (Imagem: Reprodução/DownDetector)

No Twitter, muitos usuários reclamaram que não conseguiam pagar suas contas ou realizar compras. Vale lembrar que hoje é dia 10, quando muitos boletos vencem.

Apesar das muitas menções, a conta oficial do Bradesco no Twitter não respondeu a nenhum usuário, ao contrário do que as instituições financeiras costumam fazer.

Justo hoje que é dia de pagar o cartão, o App do Bradesco está fora — Nayara Caroline (@nayaracarol7) April 10, 2023

Ia fazer uma compra com meu cartão virtual mas o app do @Bradesco tá fora.Será um sinal pra eu não gastar? Kkkkkk— Felipe Arena (@felpsarena) April 10, 2023

Alô @Bradesco em pleno dia 10, 18h o app de vocês fora do ar? Vão pagar os juros das minhas contas? Inclusive os juros que vocês vão cobrar do atraso da fatura do cartão Bradesco?— Débora Arendartchuk (@de_arendartchuk) April 10, 2023

O Tecnoblog entrou em contato com a assessoria de imprensa do Bradesco e atualizará este texto se houver uma resposta.
Bradesco fica fora do ar no começo da noite desta segunda-feira (10)

Bradesco fica fora do ar no começo da noite desta segunda-feira (10)
Fonte: Tecnoblog

Em meros dois dias, o banco das startups afundou

Em meros dois dias, o banco das startups afundou

O Silicon Valley Bank foi fundado em 1983 com um foco muito claro. Basta olhar para o nome da instituição para entender qual era: atender as empresas que despontavam no Vale do Silício. Em conjunto com elas, o banco prosperou, tornando-se o 16º maior dos Estados Unidos.

Em meros dois dias, o banco das startups afundou (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

E essa era a realidade até bem pouco tempo. O SVB era considerado uma instituição bancária confiável, e seus serviços eram utilizados por cerca de metade das startups americanas apoiadas por fundos de capital de risco.

Mas isso é passado. No dia 10 de março, o SVB teve suas portas fechadas pelas autoridades regulatórias americanas. A falência foi a segunda maior de uma instituição bancária nos EUA, perdendo apenas para a do Washington Mutual, em plena crise de 2008.

Como isso aconteceu?

Como um banco fica sem dinheiro

O Silicon Valley Bank tinha US$ 209 bilhões em ativos. Isso não significa, porém, que toda essa grana estivesse parada num cofre em algum lugar. Como explicamos no Tecnocast 281, não é assim que os bancos funcionam.

O dinheiro estava circulando, afinal, ele é o produto “alugado” (emprestado) pelo banco a diversas pessoas e organizações. A maior parte do dinheiro do SVB, portanto, não estava no SVB.

Normalmente, isso não seria um problema. Mas imagine que, por algum motivo, todos os clientes do banco decidam, ao mesmo tempo, sacar os valores que têm depositados. O banco certamente se veria em maus lençóis cobrir esses saques.

Bem, foi mais ou menos isso que ocorreu com o SVB. Num só dia, cerca de US$ 42 bilhões em saques foram solicitados. Quase um quarto dos ativos da instituição em apenas 24 horas. É claro que o banco não conseguiu aguentar muito mais do que isso.

A situação é uma clássica corrida aos bancos, evento em que os clientes, num estado de pânico, decidem resgatar tudo que possuem com medo de perder as economias. Nesse cenário, quem chegar por último periga ficar sem dinheiro, afinal, uma hora o banco não vai ter mais como atender à demanda por saques.

A pergunta que surge, então, é: o que provocou o pânico que quebrou o Silicon Valley Bank?

Muitos ovos numa cesta só

Se você acompanha o noticiário, sabe que a economia vai mal e a inflação tem sido um problema em vários países. Em resposta a isso, Bancos Centrais no mundo todo têm aumentado as taxas de juros. Guarde essa informação.

Nesse momento delicado, os fundos de capital de risco reduzem seus investimentos em empresas de tecnologia e startups. Numa consequência natural, estas precisam sacar o dinheiro depositado nos bancos para manter suas operações.

Esse movimento já vinha ocorrendo, e o SVB teve de lidar com isso. O banco tinha colocado a maior parte de seu dinheiro em títulos do governo americano, um investimento considerado seguro; e em outros ativos de renda fixa. Mas tratava-se de títulos pré-fixados, ou seja, seria necessário esperar a data combinada na compra para receber o valor esperado.

Mas o SVB não podia esperar. Precisava do dinheiro agora. Assim, a solução encontrada foi vender parte desses títulos.

E aí está o cerne do problema. Lembram do aumento na taxa de juros? Ele fez com que os títulos perdessem valor. Ao vendê-los para lidar com a situação que se colocava, o Silicon Valley Bank teve um prejuízo de cerca de US$ 1,8 bilhão. Essa foi a faísca que resultou no incêndio de pânico.

Percebam que, se o banco tivesse esperado alguns anos até o momento correto de resgatar o investimento, não teria perdido nada. As circunstâncias, no entanto, exigiram uma resposta rápida, e o SVB tinha muitos ovos numa cesta só. Precisou vender os títulos, assumir a prejuízo, e daí para frente tudo veio a baixo.

Um tipo diferente de corrida aos bancos

A perda levou a uma crise de confiança. De uma hora para outra, investidores passaram a recomendar a retirada dos fundos do SVB, e o pânico se espalhou.

Vale apontar o papel de redes sociais e grupos de mensagens na criação e ampliação desse clima de temor. A velocidade com que informações correm fez com que os receios sobre o SVB se espalhassem em tempo recorde entre fundadores de startups, que correram para resgatar seus fundos.

Além disso, a digitalização do acesso a instituições bancárias torna esse tipo de corrida muito mais prática: com alguns cliques, é possível mover seu dinheiro de um banco para outro. Não houve tempo para reação por parte do SVB.

Dois dias foram suficientes para decretar a quebra do banco. No dia 8 de março houve o comunicado do prejuízo inicial de US$ 1,8 bilhão; no dia 10, os órgãos reguladores já haviam assumido o controle da situação.

Diversas medidas foram anunciadas para garantir que todos os clientes tenham acesso aos seus depósitos. Mas a atuação do governo é importante também por outro motivo: conter o pânico. Por ser uma reação irracional, ele pode acabar atingindo outras instituições financeiras, gerando danos em cadeia.

Esta foi a história do Silicon Valley Bank, um banco que cresceu na esteira do Vale do Silício. Não deixa de ser um tanto irônico — e trágico — que, neste momento de adversidade para as empresas dessa região, o banco das startups tenha sucumbido ao pânico que as assolou.
Em meros dois dias, o banco das startups afundou

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Fonte: Tecnoblog