Category: Europa

Lei europeia obriga iPhone a aceitar app pornô pela primeira vez

Lei europeia obriga iPhone a aceitar app pornô pela primeira vez

Donos de iPhone podem instalar aplicativos “por fora” da App Store na União Europeia (foto: Darlan Helder/Tecnoblog)

Resumo

O iPhone terá, pela primeira vez, um aplicativo dedicado a conteúdo pornográfico.
A União Europeia obrigou a Apple a permitir lojas alternativas no iPhone, abrindo espaço para aplicativos como o Hot Tub.
O Hot Tub é um navegador focado em sites adultos, com bloqueio de anúncios e rastreadores, e está disponível apenas na UE.
Ainda assim, a Apple não aprovou o Hot Tub diretamente e mantém restrições na App Store, mas as novas regulamentações permitem a distribuição de aplicativos antes proibidos.

O iPhone terá, pela primeira vez, um aplicativo voltado especificamente para conteúdo pornográfico. Chamado Hot Tub, ele será distribuído por uma loja de apps alternativa, o que só foi possível devido às leis da União Europeia para regulamentar o setor de tecnologia.

O Hot Tub é um “navegador para sites adultos”, com bloqueio de anúncios e rastreadores. Ele será distribuído pela AltStore PAL, loja de aplicativos voltada a desenvolvedores independentes e disponível apenas na União Europeia.

Por que a União Europeia obrigou o iPhone a aceitar um app pornô?

O Regulamento de Mercados Digitais (DMA, na sigla em inglês) da União Europeia obrigou a Apple a abrir o iPhone para instalação direta de apps (também conhecida como sideloading) e lojas alternativas. Isso abriu caminho para aplicativos que antes eram proibidos pela App Store oficial.

União Europeia obrigou Apple a abrir o iPhone para evitar monopólio (imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

Aplicativos com conteúdo adulto são um exemplo disso: a Apple não permite apps com “material abertamente pornográfico ou sexual” na App Store. Como lembra o Verge, o próprio Steve Jobs disse, em 2010, que a empresa tinha “uma responsabilidade moral de manter a pornografia fora do iPhone”.

A opinião da Apple sobre o assunto não mudou, de lá para cá. Em fevereiro de 2024, Paul Schiller, chefe da App Store, disse que a loja tinha regras para não permitir “certos tipos de conteúdo questionável”, mas que o DMA tiraria esta decisão das mãos da companhia.

Então, a Apple aprovou um app pornô para iPhone?

Não. Em um posicionamento enviado ao MacRumors, a empresa diz não ter aprovado o aplicativo e que nunca o ofereceria na App Store. O comunicado foi uma resposta à AltStore, que anunciou o Hot Tub como o “primeiro app pornô aprovado pela Apple”.

A AltStore provavelmente se referia à chamada notarização. Atualmente, ela é o único processo de revisão que a Apple faz nos apps distribuídos por fora da App Store, checando se os programas não têm malware ou ameaças à segurança, nem são fraudulentos.

Outros apps proibidos estão disponíveis na UE

A AltStore PAL foi a primeira loja independente de aplicativos para iPhone a aproveitar as mudanças impostas pelo DMA, em abril de 2024. Como diferencial, ela trouxe acesso a outros apps proibidos pela Apple, incluindo, entre outros:

Aplicativos de torrent

Emuladores de jogos (que foram liberados oficialmente pela Apple meses depois)

O game Fortnite (banido da App Store desde 2020)

Com informações do Verge, 9to5Mac e MacRumors
Lei europeia obriga iPhone a aceitar app pornô pela primeira vez

Lei europeia obriga iPhone a aceitar app pornô pela primeira vez
Fonte: Tecnoblog

Europa anuncia OpenEuroLLM para brigar com EUA e China em IA

Europa anuncia OpenEuroLLM para brigar com EUA e China em IA

Europa anuncia OpenEuroLLM para brigar com EUA e China em IA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A União Europeia anunciou a OpenEuroLLM, uma iniciativa para desenvolver modelos avançados de inteligência artificial de código aberto.
Liderada por Peter Sarlin, da Silo AI, a aliança terá início em fevereiro de 2025, com financiamento da Comissão Europeia e a participação de mais de 20 instituições e empresas.
O projeto contará com um orçamento inicial de 52 milhões de euros (cerca de R$ 311 milhões), focando em infraestruturas digitais e IA.
A iniciativa surge como resposta ao avanço dos Estados Unidos e da China no setor de inteligência artificial.

A União Europeia não quer ficar para trás dos Estados Unidos e da China quando o assunto é inteligência artificial. Por isso, o bloco anunciou uma aliança para desenvolver LLMs avançados e com código aberto: a OpenEuroLLM.

O projeto apoiará ou contará com o apoio de startups, centros de pesquisa, instituições de ensino e organizações especializadas em computação de alto desempenho que tenham sede em países da União Europeia.

De acordo com o anúncio oficial, mais de 20 instituições de pesquisa e empresas da região já fazem parte da iniciativa, que terá a missão de construir uma “família base de modelos de larga escala de alto desempenho, multilíngues e de grande porte para serviços comerciais, industriais e públicos”.

A OpenEuroLLM será comandada por Peter Sarlin, cofundador de Silo AI, empresa com sede na Finlândia especializada em inteligência artificial, mas que foi adquirida pela AMD em julho de 2024 por US$ 665 milhões (R$ 3,86 bilhões, na conversão atual).

Por que a OpenEuroLLM foi criada?

Segundo a própria entidade, o projeto foi criado com o intuito de “melhorar a competitividade e a soberania digital da Europa”.

Não é um discurso raso. De um lado, a União Europeia vê organizações americanas, com destaque para a OpenAI, dominando a cena da inteligência artificial.

Como se não bastasse, os Estados Unidos anunciaram o Stargate Project logo após a posse de Donald Trump como presidente do país. A iniciativa investirá US$ 500 bilhões para deixar os Estados Unidos na vanguarda da IA.

De outro lado, a Europa vê a DeepSeek se destacando como uma força chinesa em IA. Ainda que essa plataforma esteja sob questionamentos a respeitos dos custos reduzidos e do desempenho melhorado que afirma ter, o projeto mostra que a China não está alheia a todo esse movimento.

Bandeiras da União Europeia (foto: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

Oficialmente, a OpenEuroLLM iniciou suas atividades em 1º de fevereiro de 2025 com base em um financiamento concedido pela Comissão Europeia por meio do Programa Europa Digital.

Os LLMs a serem desenvolvidos na OpenEuroLLM deverão seguir a estrutura regulatória da Europa, bem como alguns preceitos estabelecidos pela Comissão Europeia, entre eles, a “diversidade linguística e cultural”, de modo que todo o continente possa ser beneficiado pelos projetos que saírem de lá.

Ao TNW, Peter Sarlin declarou:

Isso não é sobre criar um chatbot de propósito geral, mas sobre construir a infraestrutura digital e de IA para permitir que companhias europeias inovem em IA.

Peter Sarlin, líder da OpenEuroLLM

Ainda de acordo com Sarlin, a fase inicial do projeto contará com um orçamento de 52 milhões de euros (R$ 311 milhões). Fiquemos de olho.
Europa anuncia OpenEuroLLM para brigar com EUA e China em IA

Europa anuncia OpenEuroLLM para brigar com EUA e China em IA
Fonte: Tecnoblog

Apple melhorou iPad e Mac, perdeu briga na Europa e se enrolou com IA

Apple melhorou iPad e Mac, perdeu briga na Europa e se enrolou com IA

CEO Tim Cook dá início a evento da Apple (imagem: reprodução/Apple)

Em 2024, a Apple lançou a quarta geração da sua linha de chips para computadores de um jeito diferente: o M4 chegou ao iPad antes de aparecer no Mac. A marca também reduziu o Mac Mini e deixou o iPad Pro bem fininho.

O ano da empresa de Cupertino teve ainda brigas com a União Europeia, um comercial para lá de polêmico e um botão novo no iPhone. A marca da maçã também tentou correr atrás do prejuízo na disputa do mercado de inteligência artificial, mas com a Apple Intelligence, fica claro que ela largou depois e continua bem atrás das concorrentes.

Veja nesta retrospectiva1️⃣ Apple apresenta IA, mas ela ainda vai demorar2️⃣ União Europeia obriga Apple a abrir iOS3️⃣ M4 faz sua estreia no iPad Pro4️⃣ Polêmico comercial5️⃣ Mac Mini “ainda mais mini” é o destaque dos computadores6️⃣ iPhone 16 tem botão novo para câmera

1️⃣ Apple apresenta IA, mas ela ainda vai demorar

Já faz alguns anos que a inteligência artificial generativa é o assunto do momento. Enquanto Google, Microsoft e Samsung (entre outras empresas) lançaram rapidamente seus produtos, a Apple demorou um pouquinho mais.

Em junho, durante a WWDC 2024, a Maçã apresentou sua Apple Intelligence. O pacote traz ferramentas para transformar rabiscos em desenhos, sugerir respostas, resumir notificações, remover objetos de fotos e pedir para a Siri usar o ChatGPT na hora de dar respostas.

Apesar do anúncio já ter quase seis meses, nem todos os recursos da Apple Intelligence estão disponíveis. No iOS 18.1, em outubro, chegaram as ferramentas de texto e a limpeza de objetos em fotos. No iOS 18.2, em dezembro, veio a integração da Siri com o ChatGPT.

Mesmo assim, há limitações importantes. Uma delas é de hardware: entre os smartphones, apenas iPhones 16 Pro, 16 e 15 Pro têm acesso aos recursos. Outro problema é que a IA da Apple só terá suporte ao português em 2025 — por enquanto, ela só fala e entende inglês.

2️⃣ União Europeia obriga Apple a abrir iOS

Depois de anos de discussões, legislações, julgamentos e muito mais, finalmente chegou a hora de a Apple mexer no seu sistema para adequá-lo às regras da União Europeia.

As mudanças foram anunciadas em janeiro:

O sideloading (instalação direta de apps, sem precisar da App Store) está liberado.

Lojas de apps alternativas estão disponíveis para o iPhone.

Apps poderão usar sistemas de outras empresas para processar pagamentos de compras de itens ou assinaturas, por exemplo.

Navegadores de outras empresas agora podem usar seus próprios motores de renderização — antes, eram obrigados a usar o WebKit, da Apple.

O NFC do iPhone poderá ser usado para pagamentos sem precisar do app Carteira e do Apple Pay.

Parecia o fim das brigas envolvendo comissões e métodos de pagamento, mas não foi o que ocorreu. A Apple criou novas taxas e regras para apps distribuídos fora da App Store, irritando Spotify e Meta, por exemplo.

E em 2025, poderemos ver novos capítulos desta novela aqui no Brasil. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) quer que a Apple libere sideloading, lojas alternativas e outros sistemas de pagamento para compras in-app. A empresa recorreu da decisão.

3️⃣ M4 faz sua estreia no iPad Pro

Nos últimos anos, a Apple vinha colocando seus novos chips primeiro nos computadores e depois nos tablets. Em 2024, a empresa inverteu isso e promoveu a estreia do M4 no iPad Pro, no mês de maio.

iPad Pro 2024 tem chip atualizado e tela OLED (Imagem: Reprodução/Apple)

Além do novíssimo chip, a versão top de linha do iPad recebeu tela OLED pela primeira vez, com dois painéis sobrepostos (tecnologia que a Apple chamou de Tandem OLED) e brilho máximo de 1.000 nits. Outra novidade é que o iPad Pro de 2024 é fininho, com 5,1 mm (versão de 11 polegadas) e 5,2 (13 polegadas).

4️⃣ Polêmico comercial

O iPad Pro também acabou envolvido em um episódio controverso por causa de sua publicidade. A Apple fez um vídeo de lançamento do aparelho em que uma prensa esmagava diversos itens “criativos”, como instrumentos musicais, videogames, tintas, cadernos e obras de arte. No fim, o resultado era um iPad Pro.

A ideia da Apple era mostrar que várias atividades poderiam ser “compactadas” em seu novo produto, mas a peça acabou causando a impressão de que a empresa acredita que a tecnologia pode destruir e substituir a criatividade humana. “Erramos o alvo com esse vídeo e pedidos desculpas por isso”, admitiu Tor Myhren, vice-presidente de marketing da empresa.

5️⃣ Mac Mini “ainda mais mini” é o destaque dos computadores

O M4 do iPad Pro deu as caras novamente no segundo semestre — desta vez, na linha Mac. MacBook Pro e iMac receberam o novo chip, sem fazer grandes alterações no design de gerações anteriores.

Já o Mac Mini foi completamente remodelado. O computador de mesa ficou “ainda mais mini”, com dimensões próximas às de uma Apple TV, e agora conta com mínimo de 16 GB de RAM.

Por outro lado, ele não conta mais com portas USB-A, apenas USB-C, o que pode exigir o uso de adaptadores e dongles. E a Apple colocou o botão liga/desliga embaixo do computador. É para deixar em standby para sempre? Ainda não sabemos.

6️⃣ iPhone 16 tem botão novo para câmera

Como já é de costume, a Apple mostrou seu novo iPhone ao mundo no mês de setembro. O iPhone 16 traz como principal destaque um botão dedicado para a câmera. Ele tem sensibilidade ao toque, e pode ser usado também para alternar entre funções e dar zoom, por exemplo.

Tirando isso, as mudanças são bastante tímidas. O modelo base agora tem câmeras alinhadas na vertical, retomando um pouco do design dos modelos Xr e XS. Ele também herdou o botão de Ação do iPhone 15 Pro, que pode ser configurado para o que o usuário preferir.

Já o iPhone 16 Pro tem telas maiores (6,3 e 6,9 polegadas) e novos recursos para gravar áudio e vídeo. O conjunto de câmeras passou por mudanças: o modelo Pro recebeu o mesmo zoom óptico de 5x do Pro Max, e ambos agora contam com uma câmera ultra-wide de 48 megapixels.

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Apple melhorou iPad e Mac, perdeu briga na Europa e se enrolou com IA

Apple melhorou iPad e Mac, perdeu briga na Europa e se enrolou com IA
Fonte: Tecnoblog

Alô, Nintendo: óculos smart da Samsung podem se chamar Switch

Alô, Nintendo: óculos smart da Samsung podem se chamar Switch

Headset MR ou óculos smart da Samsung podem se chamar Switch segundo documentação de patente (Imagem: Reprodução/Samsung)

A Samsung patenteou a marca Switch para um dispositivo de realidade mista (RM) na Europa. O nome do produto, que pode ser para os óculos smart ou headset RM da sul-coreana, chama a atenção por ser o mesmo do console da Nintendo. O registro da patente foi realizado em dois órgãos: o Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) e o seu equivalente no Reino Unido (UKIPO).

Os óculos smart da Samsung podem se chamar Switch?

Sim — sendo curto e grosso. Segundo a documentação de patente enviada pela Samsung, a marca Switch menciona diversos tipos de dispositivos, incluindo headsets de RV, headsets de realidade aumentada (RA), headset RV para jogos e óculos smarts. Porém, o nome Switch também pode ser aplicado em hardware de RA.

Registro da marca Switch pela Samsung na EUIPO deixa claro que nome será usado em dispositivo de realidade virtual (Imagem: Reprodução/EUIPO)

Seja lá o que esse produto for, a certeza é que ele terá Switch em alguma parte do nome. Em tradução direta, “switch” significa trocar. Isso pode ser uma sugestão de algum recurso do produto ou da sua própria função. Por exemplo, a troca da realidade física para a realidade virtual/mista/aumentada.

O nome Switch também pode indicar alguma troca no modo de uso do produto — caso ele suporte realidade mista. Essa troca pode se referir a utilizar tanto a realidade aumentada quanto a virtual em um único headset.

A RA se refere a aplicação de objetos virtuais sobrepostos ao ambiente físico, enquanto RV é uma interface completamente digital. A realidade mista (também abreviado por XR), como sugere o nome, é a combinação entre as duas tecnologias.

Outra ideia que o nome Switch pode evocar é a troca no modo de jogos: você pode mudar de um monitor para o headset VR em um game compatível com esse modo. Contudo, aqui a coisa pode complicar com a Nintendo e o Nintendo Switch.

Conhecida por suas ações judiciais contra tudo que ela considera pirataria, a japonesa pode não gostar de ver a marca Switch usada em um produto ligado ao mercado de jogos. Mas demorará mais alguns meses para entendermos como a Samsung usará o nome Switch no seu headset ou óculos VR.

Os rumores apontam que a Samsung pode lançar os óculos smart no segundo semestre de 2025. Existe ainda o projeto Moohan, headset XR da sul-coreana que é o primeiro protótipo a usar a plataforma Android XR do Google. Assim como os óculos smart, o Moohan tem lançamento previsto para o próximo ano, mas ainda sem previsão de qual mês.

Com informações: GalaxyClub e SamMobile
Alô, Nintendo: óculos smart da Samsung podem se chamar Switch

Alô, Nintendo: óculos smart da Samsung podem se chamar Switch
Fonte: Tecnoblog

Meta recebe multa por não proteger senhas de usuários em sistemas internos

Meta recebe multa por não proteger senhas de usuários em sistemas internos

Órgão regulador da Irlanda condenou a Meta por deixar senha de usuários sem proteção em seus sistemas (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Meta foi multada em US$ 102 milhões (R$ 544,2 milhões) na Europa por deixar as senhas de usuários sem proteção em seus sistemas. A multa foi aplicada pela Comissão de Proteção de Dados (DPC) da Irlanda, órgão responsável por esses tipos de casos na União Europeia (UE). Os relatos sobre o descuido da Meta com essas senhas surgiram em 2019, mas a empresa mantinha os arquivos sem criptografia pelo menos desde 2012.

Como foi revelado em 2019, a big tech mantinha todas as senhas em texto puro em seus sistemas internos. Mais de 600 milhões de senhas poderiam ser acessadas por aproximadamente 20.000 funcionários da Meta. O caso envolveu tanto as contas do Facebook quanto do Instagram.

Engenheiros consultaram dados que revelavam senhas

Quando o caso foi à tona, uma fonte informou que pelo menos 9 milhões de consultas que mostravam as senhas foram feitas por engenheiros e devs da empresa — em torno de 2 mil profissionais viram dados que permitiam visualizar a senha na íntegra. Na época, a Meta (ainda com o nome de Facebook Inc.) afirmou que não houve abuso dessas senhas e nem vazamentos.

Pelo menos 9 mil funcionários fizeram consultas que permitiam visualizar senhas de usuários do Facebook e Instagram (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Em comunicados à imprensa e entrevistas, a Meta reconheceu que falhou na proteção desses dados. Um dos preceitos básico da segurança da informação é que a empresa precisa aplicar mais camadas de proteção em bancos de dados, evitando que um funcionário mal-intencionado publique ou venda as informações para terceiros.

Geralmente isso é feito com criptografia. Fazendo uma “ilustração desse caso”, é como se as senhas da Meta estivessem salvas em uma planilha do Excel no PC doméstico, com toda família podendo visualizar o conteúdo.

A investigação do DPC começou em 2019 e foi encerrada em janeiro deste ano. Em junho, a decisão final sobre o caso foi publicada e enviada para outros órgãos de proteção de dados da UE. A oficialização da multa foi feita nesta sexta-feira (27).

Até o fechamento dessa notícia, a Meta não se pronunciou sobre um possível recurso da multa. No ano passado, a empresa foi multada em 1,1 bilhão de Euros por compartilhar dados de usuários da Europa com os Estados Unidos. Em 2022, a Meta pagou US$ 276 milhões pelo vazamento de dados ocorrido em 2021.

Com informações: Apple Insider e Android Headlines
Meta recebe multa por não proteger senhas de usuários em sistemas internos

Meta recebe multa por não proteger senhas de usuários em sistemas internos
Fonte: Tecnoblog

Meta revela como WhatsApp vai conversar com outros apps na Europa

Meta revela como WhatsApp vai conversar com outros apps na Europa

WhatsApp e Messenger terão que se conectar a outros apps no Velho Continente (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Meta explicou como vai funcionar a interoperabilidade do WhatsApp e do Messenger com outros aplicativos de mensagens na Europa. Esta é uma exigência do Regulamento de Mercados Digitais da União Europeia (também conhecido pela sigla em inglês DMA).

O WhatsApp e o Messenger foram considerados intermediários importantes no mercado digital, sendo obrigados a funcionar com serviços de mensagem concorrentes. As regras passaram a valer em março de 2024, e desde então, havia a expectativa para que a Meta demonstrasse como seguiria a legislação.

Para colocar isso em prática, a gigante das mídias sociais vai exigir que outras empresas assinem um acordo para integrar os sistemas. Entre as condições, está o uso do protocolo Signal, de criptografia de ponta a ponta.

O bloco de países alega que a legislação vai estimular a concorrência e evitar monopólios no setor de tecnologia. Apesar disso, caberá aos usuários ativar o recurso e escolher de quais plataformas eles querem receber mensagens.

Conversas em grupo, reações e mais

Além das chamadas de voz e vídeo, os apps de mensagens da Meta vão ganhar novos recursos nos próximos anos para melhorar a comunicação com os concorrentes. WhatsApp e Messenger vão deixar o usuário escolher se prefere “misturar” conversas com todos os contatos ou separá-las por serviço, deixando as plataformas de terceiros em uma área isolada do app.

Conversas de outros apps poderão ficar na mesma lista ou em uma área separada (Imagem: Divulgação / Meta)

A Meta também promete disponibilizar conversas em grupo envolvendo usuários de plataformas rivais. Este suporte deve chegar em 2025. Já ligações de voz e vídeo devem chegar em 2027, quando a União Europeia passará a exigir o recurso.

Além disso, o WhatsApp e o Messenger terão notificações para avisar os usuários quando um novo serviço for compatível com a interoperabilidade.

Sempre que um novo serviço de mensagens estiver disponível, usuários receberão notificação (Imagem: Divulgação / Meta)

Recursos avançados de conversas também serão compatíveis com serviços de terceiros, mas ainda não há previsão para isto. Isso inclui reações, respostas a mensagens específicas, confirmações de leitura e indicadores de que o usuário está digitando.

Com informações: Meta, TechCrunch, The Verge
Meta revela como WhatsApp vai conversar com outros apps na Europa

Meta revela como WhatsApp vai conversar com outros apps na Europa
Fonte: Tecnoblog

Microsoft e Apple se afastam de conselho da OpenAI para evitar problemas

Microsoft e Apple se afastam de conselho da OpenAI para evitar problemas

OpenAI recebeu investimentos da Microsoft e fechou parceria com a Apple (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Microsoft deixou seu assento de observadora no conselho da OpenAI, posto que obteve em novembro de 2023, e a Apple recusou posição semelhante, que faria parte do acordo para colocar o ChatGPT nos iPhones. Segundo o Financial Times, o motivo do movimento é o crescente escrutínio de governos em todo o mundo sobre os investimentos de gigantes da tecnologia em startups de inteligência artificial.

A União Europeia e o Reino Unido, por exemplo, investigam a relação entre a Microsoft e a OpenAI: elas querem saber se a gigante de Redmond é dona ou exerce controle da desenvolvedora do ChatGPT. A Microsoft investiu mais de US$ 13 bilhões e tem direito a parte dos lucros da OpenAI, até um certo limite. Em seu site, a startup de IA diz ser totalmente independente e comandada pela OpenAI Nonprofit, organização sem fins lucrativos.

Tecnologias da OpenAI ajudaram a impulsionar ferramentas de IA da Microsoft (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Já a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) está examinado os investimentos feitos por Microsoft, Amazon e Google. Uma fonte ligada ao FTC disse ao Financial Times que a saída do conselho não deve resolver as preocupações da agência.

OpenAI fará reuniões com quem não está no conselho

Em uma carta escrita pelo conselheiro Keith Dolliver, a Microsoft diz que o assento de observadora no conselho da OpenAI não é mais necessário, já que a empresa viu “progresso significativo do novo conselho e está confiante nos rumos da companhia”.

A empresa comandada por Satya Nadella tinha esta posição desde novembro de 2023, quando Sam Altman, CEO e cofundador da OpenAI, foi demitido abruptamente e readmitido em um intervalo de menos de duas semanas.

Já o posto de observadora da Apple seria ocupado por Phil Schiller, líder da App Store e dos eventos, de acordo com informações publicadas pela Bloomberg na semana passada. Agora, de acordo com o Financial Times, isso não vai mais acontecer.

Segundo o jornal, apesar deste afastamento, o contato permanecerá: a OpenAI fará reuniões regulares com Microsoft e Apple, além de investidores como Thrive Capital e Khosla Ventures.

Com informações: Financial Times
Microsoft e Apple se afastam de conselho da OpenAI para evitar problemas

Microsoft e Apple se afastam de conselho da OpenAI para evitar problemas
Fonte: Tecnoblog

Vision Pro chega a mais oito países, mas Brasil fica fora da lista

Vision Pro chega a mais oito países, mas Brasil fica fora da lista

Apple Vision Pro na sede da Apple nos Estados Unidos (Imagem: Thássius Veloso / Tecnoblog)

A Apple vai vender o headset Vision Pro em mais oito países. Ele chega a Japão, China e Singapura em 28 de junho (com pré-venda a partir do dia 13 de junho) e a Reino Unido, Austrália, Canadá, França e Alemanha em 12 de julho (com pré-venda a partir de 28 de junho). Por enquanto, nada de lançamento oficial no Brasil.

A expansão foi anunciada na abertura da WWDC 2024, conferência da Apple voltada a desenvolvedores. A empresa também apresentou sua aguardada inteligência artificial, chamada Apple Intelligence, o iOS 18 com recursos para trancar e esconder apps e o macOS Sequoia com espelhamento da tela e de notificações do iPhone, entre outras novidades.

Tela virtual ultrawide é uma das novidades do visionOS 2 (Imagem: Divulgação / Apple)

O Vision Pro foi lançado na WWDC 2023 e chegou às lojas em fevereiro de 2024, com preços que vão de US$ 3.499 a US$ 3.899 (cerca de R$ 18,7 mil a R$ 20,9 mil, em conversão direta). No entanto, ele era exclusivo para o mercado dos Estados Unidos.

visionOS 2 tem tela virtual maior e vídeo imersivo

Além de vendas em mais países, a Apple também apresentou o visionOS 2, nova versão do sistema operacional do headset de computação espacial, como a Apple gosta de chamar. A atualização traz diversas novidades.

O usuário poderá fazer um gesto de pinça para abrir a visualização inicial; ao girar a mão, o dispositivo mostra hora e bateria, e ao repetir o gesto de pinça, abre a Central de Controle.

Tela virtual ultrawide para o Mac, equivalente a dois monitores 4K, além contar com suporte a um mouse físico.

Suporte a até cinco transmissões esportivas simultâneas via Apple TV.

Suporte a AirPlay de conteúdo do iPhone, iPad ou Mac.

APIs para apps imersivos e jogos de tabuleiro.

Novo formato de vídeo imersivo, com resolução 8K, campo de visão de 180 graus e Áudio Espacial.

Suporte a trens no Modo Viagem, para poder usar o aparelho durante o transporte do dia a dia.

O visionOS 2 está disponível em preview para desenvolvedores, mas não há previsão de lançamento.

Confira o resumo da abertura da WWDC 2024 no vídeo abaixo

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Com informações: Apple
Vision Pro chega a mais oito países, mas Brasil fica fora da lista

Vision Pro chega a mais oito países, mas Brasil fica fora da lista
Fonte: Tecnoblog

Pequenos navegadores crescem na Europa

Pequenos navegadores crescem na Europa

Vivaldi é um dos navegadores que relata o crescimento de usuários na União Europeia (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Semanas após entrar em vigor, a Lei dos Mercados Digitais (DMA) da União Europeia está mostrando resultado no mercado de navegadores. Browsers menos populares, como o DuckDuckGo, Ecosia, Vivaldi e Aloha relatam que o número de seus usuários está aumentando nos países membros do bloco econômico. E isso aparentar estar ligado com o recurso de escolher o navegador padrão no iPhone e celulares Android.

A DMA institui diretrizes que visam reduzir a força das big techs em forçar seus serviços para os usuários. Uma das soluções apresentadas pela legislação é que as fabricantes de smartphones facilitem a escolha do navegador padrão. No caso do iOS, o usuário recebe uma tela listando, em ordem aleatória, diferentes browsers.

Nova tela do iOS para escolha do navegador padrão. Listagem de browsers é aleatória (Imagem: Reprodução/Brave)

Navegadores poucos conhecidos ganham espaço na UE

Além do Opera e Brave, navegadores que possuem uma certa fama no Brasil, browsers menores, como o DuckDuckGo, Ecosia, Vivaldi e Aloha estão relatando o aumento de instalações em celulares na União Europeia.

Em resposta para a Reuters, o navegador Aloha relatou que o número de usuários cresceu 250% em março. A empresa relata que possui 10 milhões de usuários ativos, mas essa informação não explica se isso era antes ou depois desse salto de crescimento. Assim como o seu rival Vivaldi, o Aloha se vende como um produto focado em privacidade.

O CEO do navegador Aloha, Andrew Frost Moroz, explica que a Europa saltou de quarto para segundo maior mercado da empresa. Bélgica e França lideram o ranking de países com mais novos usuários.

Talvez desconhecido para muitos, o Ecosia, criado na Alemanha, é também um buscador. Sua proposta é usar parte do dinheiro da publicidade para plantar árvores. O navegador alemão, assim como o Vivaldi, DuckDuckGo e Brave, relatam que as instalações estão subindo nas últimas semanas — e talvez isso seja só o começo.

Brave e Opera apresentaram crescimento nas últimas semanas, mas instalações podem seguir crescendo (Imagem: Denny Müller/Unsplash)

Apple e Google segurando atualização?

Segundo a Mozilla, dona do navegador Firefox, apenas 19% dos usuários de iPhone na UE receberam o update que mostra a tela para escolher o navegador padrão. Além disso, a tela só aparece quando se clica no navegador Safari, de propriedade da Apple. O DuckDuckGo também destaca que a aceleração do update pode ampliar o número de instalações.

O Google, assim como a Apple, é acusado pelos navegadores de atrasar o envio da atualização com a função de escolher o navegador padrão. A big tech do buscador mostra essa tela apenas nos Pixels, que têm uma fatia de mercado muito inferior ao iPhone.

Por isso, o crescimento desses navegadores no Android pode ser maior quando as fabricantes que utilizam o sistema operacional do Google, como Samsung e Xiaomi, liberarem a tela de escolha de browser padrão em suas interfaces.

E sim, essas reclamações não passaram batidas pela União Europeia. O bloco já anunciou que está investigando se as big techs estão cumprindo a legislação.  

Com informações: ReadWrite e Reuters
Pequenos navegadores crescem na Europa

Pequenos navegadores crescem na Europa
Fonte: Tecnoblog

Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone

Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone

App Store da Apple (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple restaurou a conta de desenvolvedor da Epic Games na Europa, o que permitirá que a publisher de jogos libere o Fortnite e outros games no iOS — mas só nos países que integram a União Europeia (UE). A recuperação da conta de desenvolvedor acontece dois dias depois da Epic Games ter a conta removida pela Apple. Agora, a empresa de games seguirá o plano de lançar sua própria loja no iOS.

Em outro efeito desta medida, a UE deve interromper a coleta de informações sobre o caso, uma ação que antecede uma investigação formal de violações da Lei de Mercados Digitais (DMA), que tem entre seus objetivos combater práticas anticompetitivas em plataformas digitais. O bloco econômico divulgou na quarta-feira que estava colhendo informações acerca dos motivos que levaram a Apple a excluir a conta da Epic Games.

Apple chiou, mas fechou acordo

Apple justificou decisão da justiça americana, mas reverteu banimento em acordo com a Epic (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Em nota, a Apple explicou que autorizou o retorno da Epic após esta concordar com suas regras e políticas baseadas na DMA. A big tech não explica quais são essas regras, mas podemos supor que se trata da comissão de venda para lojas de terceiros.

Mesmo liberando a loja de aplicativos de terceiros no iOS, obrigada pela DMA, a Apple cobrará uma taxa de 0,50 Euros (R$ 2,70) por download de apps com mais de 1 milhão de atualização por aplicativos instalados por essas lojas — o que gerou críticas do Spotify e da própria Epic Games.

Na quarta-feira, ao defender a exclusão da conta da Epic, a Apple relembrou que a justiça americana a autorizou a banir a empresa. A big tech apontou que a empresa de jogos violou as políticas de desenvolvedores. A Apple diz que liberou após conversar com a Epic e esta concordar com as regras, mas os bastidores podem envolver o medo de uma nova multa bilionária — jamais saberemos.

Com informações: TechCrunch e The Verge
Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone

Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone
Fonte: Tecnoblog