Category: EUA

EUA querem que Google venda o Chrome para resolver monopólio, diz site

EUA querem que Google venda o Chrome para resolver monopólio, diz site

Google Chrome tem 61% do mercado americano (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Autoridades antitruste do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) e procuradores estaduais vão pedir ao tribunal que o Google seja obrigado a vender o navegador Chrome. As informações são da Bloomberg, que ouviu pessoas familiarizadas com os planos.

Os procuradores americanos consideram que o Google usa o Chrome para promover outros produtos da empresa, como a Busca. Isso, de acordo com eles, limitaria os canais e incentivos para que as concorrentes possam crescer. De acordo com dados compilados pelo StatCounter, o Chrome tem uma fatia de 61% do mercado nos EUA.

Google ainda poderá apelar e sugerir seus próprios remédios (Imagem: The Pancake of Heaven / Wikimedia Commons)

Em agosto, o juiz Amit Mehta considerou que o domínio do Google sobre o mercado de buscadores constitui um monopólio, mas não definiu quais seriam os remédios, nome dado às medidas tomadas para resolver violações de concorrência. O processo só deve chegar ao fim em agosto de 2025, após audiências para decidir o que o Google precisará fazer para corrigir o comportamento ilegal.

Android não precisará ser vendido

Segundo a Bloomberg, o DOJ também quer que o Google separe o Android de outros dois produtos: a Busca e o Google Play. Por outro lado, a empresa não vai precisar vender seu sistema operacional.

Outra medida seria dar mais dados aos anunciantes e permitir que eles tenham mais controle sobre onde as propagandas serão exibidas. Sites também podem ganhar mais controle sobre como as ferramentas de inteligência artificial acessam seu conteúdo. Além disso, o Google seria obrigado a vender dados de pesquisa — o que, teoricamente, pode ajudar concorrentes.

O que diz o Google

À Bloomberg, Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, disse que o Departamento de Justiça segue uma “agenda radical” e vai “muito além das questões legais do caso”. A executiva alerta que as medidas podem prejudicar consumidores, desenvolvedores e líderes do mercado de tecnologia dos Estados Unidos.

Com informações: Bloomberg, Reuters
EUA querem que Google venda o Chrome para resolver monopólio, diz site

EUA querem que Google venda o Chrome para resolver monopólio, diz site
Fonte: Tecnoblog

Microsoft será investigada pela FTC por práticas anticompetitivas no Azure

Microsoft será investigada pela FTC por práticas anticompetitivas no Azure

Microsoft cobraria taxas abusivas para clientes que estão de saída para outros serviços de nuvem (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A FTC, comissão de comércio dos Estados Unidos, iniciará uma investigação antitruste contra o serviço de computação em nuvem da Microsoft. O órgão americano busca compreender se a big tech está utilizando práticas anticompetitivas no Azure. A apuração foi realizada pelo Financial Times, que ouviu fontes ligadas ao assunto.

As denúncias indicam que a Microsoft usa políticas punitivas para evitar que clientes migrem do Azure para outros serviços concorrentes. A investigação reflete uma demanda observada pela FTC, na qual indústria e consumidores reclamaram de práticas abusivas no mercado de computação em nuvem.

Como seriam as práticas punitivas do Microsoft Azure?

A Microsoft, segundo informações das denúncias, cobra taxas exorbitantes de fim de contrato e faz o Office 365 ser incompatível com serviços das nuvens rivais. Com esses obstáculos, os clientes podem entender que se manter no Azure é mais prático que buscar um novo fornecedores de cloud computing.

Microsoft também estaria impedindo a compatibilidade do Office 365 com serviços de nuvem das concorrentes (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Segundo fontes ouvidas pelo Financial Times, a FTC ainda não requiriu à Microsoft os documentos e outras informações ligadas ao inquérito. Contudo, a previsão é que a investigação seja oficialmente aberta antes do fim do mandato do presidente Joe Biden.

A investigação antitruste sobre o serviço de computação em nuvem da Microsoft seria uma resposta da FTC às pesquisas realizadas no ano passado. O órgão buscou feedbacks de consumidores e indústrias para saber quais os principais pontos de preocupação relacionados à competição. A maioria das respostas envolveu o segmento de cloud computing.

Apesar da Microsoft ser o alvo do momento, a FTC identificou que diferentes serviços de nuvem adotam práticas similares entre si, como a cobrança de taxa para transferência de dados para outros fornecedores.

Mudança de governo não deve mudar posição da FTC

Lina Khan é atual diretora da FTC e seu sucessor deve manter posição combativa a big techs (Imagem: Graeme Jennings-Pool/Getty Images)

A atual diretora da FTC, Lina Khan, teve um mandato marcado por uma postura mais combativa contra big techs — o que até a levou a ser barrada de um programa de entrevistas da Apple TV+. A Microsoft já foi alvo de outros processos, assim com a Meta e a Amazon. Indicada por Joe Biden, Khan será substituída com o retorno de Donald Trump à presidência.

Porém, o partido republicano também é crítico às big techs do país — um dos pontos de união entre os eles e os democratas. O diretor que será indicado por Trump pode ser menos rígido que Khan, mas também será um incômodo para as grandes empresas do Vale do Silício.

Com informações: Financial Times e Ars Technica
Microsoft será investigada pela FTC por práticas anticompetitivas no Azure

Microsoft será investigada pela FTC por práticas anticompetitivas no Azure
Fonte: Tecnoblog

Governo dos EUA quer que linguagens como C e C++ deixem de ser usadas

Governo dos EUA quer que linguagens como C e C++ deixem de ser usadas

Exemplo de código em C++ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

A CISA e o FBI, dois importantes órgãos de segurança dos Estados Unidos, publicaram um documento em que pedem a empresas de desenvolvimento de software do país que deixem de usar linguagens de programação como C e C++. Motivo? Diminuir as vulnerabilidades em sistemas.

Não é uma recomendação que vem de agora. A própria Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA) tem mantido uma postura contrária ao uso de linguagens de programação antigas pelo menos desde 2019. As linguagens C e C++ têm sidos os principais alvos dos órgãos públicos de segurança americanos por serem amplamente utilizadas pela indústria.

O que há de errado com elas? O relatório da CISA explica que linguagens como C e C++ “dão muita liberdade e flexibilidade no gerenciamento de memória enquanto dependem fortemente do programador para executar as verificações necessárias nas referências de memória”.

Ou seja, o principal problema está no acesso direto à memória. C, C++ e outras linguagens mais antigas dão essa abertura, o que pode ser útil para otimizações finas no desempenho do software, por exemplo. Por outro lado, essa característica aumenta o risco de problemas como estouro ou vazamento de memória.

Problemas dessa ordem, quando encontrados em softwares implementados, podem ser explorados por agentes maliciosos para invasões de sistemas, capturas de dados sigilosos, paralisações de serviços e assim por diante.

Como forma de prevenir esses problemas, a CISA publicou, em outubro, o relatório Práticas Ruins de Segurança de Produtos (em tradução livre). O documento aborda justamente práticas de desenvolvimento de software que são consideradas inseguras atualmente e faz recomendações para substituí-las.

No caso de práticas que envolvem o acesso à memória, o órgão recomenda medidas que previnem esse problema, entre elas, o uso de “uma linguagem [de programação] segura para a memória ou recursos de hardware que previnam vulnerabilidades de segurança de memória”.

Governo dos EUA quer que linguagens como C e C++ deixem de ser usadas (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Use linguagens de programação mais modernas

Entre as linguagens que são mais seguras no aspecto do acesso à memória e, portanto, aparecem como substitutas em potencial, estão Rust, Java, C#, Go, Python e Swift.

Falando assim, parece fácil. Mas migrar de linguagem pode ser uma missão complexa, custosa e demorada, afinal, tende a exigir amplo planejamento, treinamento de programadores, numerosas rotinas de testes, homologação e vários outros procedimentos.

Apesar disso, a CISA pede para que empresas de software elaborem um roteiro para mover suas bases de código a linguagens mais modernas e apresentem esse documento até 1º de de janeiro de 2026.

Ainda que as recomendações sejam direcionadas ao mercado americano, essa mudança pode ter gerar uma mobilização sobre toda a indústria de software.

Com informações: The Register, TechRepublic

Governo dos EUA quer que linguagens como C e C++ deixem de ser usadas

Governo dos EUA quer que linguagens como C e C++ deixem de ser usadas
Fonte: Tecnoblog

iPhones sob custódia policial reiniciam sozinhos e prejudicam perícias

iPhones sob custódia policial reiniciam sozinhos e prejudicam perícias

iPhones mantido sob custódia policial e com iOS 18 estão reiniciando sozinhos e isso é um problema (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Algumas polícias dos Estados Unidos estão passando por um problema grave com iPhones apreendidos. Os celulares da Apple com iOS 18.1 sob custódia da polícia estão reiniciando sozinhos e dificultando a perícia. A possível causa para isso, segundo os próprios policiais, é o novo iOS que faz o iPhone dar um reboot caso fique muito tempo sem conectar a uma rede celular — mas não sabemos se é bug ou feature.

O caso foi revelado pelo site 404Media, que teve acesso a documentos de um departamento policial — possivelmente da cidade de Detroit, Michigan. No documento, oficiais avisam colegas e peritos que iPhones armazenados para perícias podem resetar sozinhos. Esse reboot prejudica o desbloqueio do aparelho e dificultar a extração de dados.

Como funciona esse reboot do iOS 18?

Pelo que se sabe, os iPhones reiniciam após um dia sem conexão ou inatividade de rede celular. Após um modelo passar pelo reboot, ele envia o sinal para outros iPhones realizarem o mesmo. A dúvida é se isso é um recurso do iOS 18 ou um bug similar ao que já aconteceu com o iPhone em outras versões — inclusive o próprio iOS 18 chegou com uma falha desse tipo, no qual o celular reiniciava do nada.

iOS 18.1 seria causa de reboots em iPhones, mas resta saber se é bug ou feature (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Ao ser reiniciado, o iPhone entra no estado chamado de BFU (sigla em inglês para Antes do Primeiro Desbloqueio), que só permite o desbloqueio pelo PIN e criptografa todos os dados do celular. Esse estado dificulta a extração de dados e o trabalho da perícia.

Feito o primeiro desbloqueio, o celular entra no estado AFU (sigla em inglês para Depois do Primeiro Desbloqueio). Aqui os dados são descriptografados — e o Touch ID e o FaceID podem ser usados.

O 404Media tentou contato com a Apple para saber se isso era uma feature ou bug, mas a big tech não respondeu.

Como esses iPhones estavam armazenados?

Segundo o documento obtido pelo 404Media, entre os iPhones rebotados estavam alguns modelos em modo avião. Contudo, um dos casos envolveu um modelo que estava em uma gaiola de Faraday.

Relembrando as aulas de física, essa gaiola gera uma blindagem no envio e recebimento de dados do iPhone. Assim, a polícia evita que o dono do aparelho envie algum comando para apagar dados importantes salvos nos aparelhos.

Com informações: 404 Media e Android Authority
iPhones sob custódia policial reiniciam sozinhos e prejudicam perícias

iPhones sob custódia policial reiniciam sozinhos e prejudicam perícias
Fonte: Tecnoblog

Amazon Prime Video estreia IA que resume episódios e temporadas de séries

Amazon Prime Video estreia IA que resume episódios e temporadas de séries

X-Ray Recaps no Amazon Prime Video (imagem: divulgação/Amazon)

A Amazon anunciou um recurso que promete nos ajudar a relembrar daquilo que já aconteceu em uma série disponível no Prime Video. Chamado de X-Ray Recaps, a novidade utiliza inteligência artificial (IA) generativa para criar resumos de episódios específicos ou até de temporadas inteiras de uma série.

Esse recurso é especialmente útil para quando você para de assistir a uma série e volta a ela tempos depois, mas não se lembra de partes importantes da história. Outra utilidade: te lembrar do que aconteceu na temporada anterior quando você começa a assistir a uma nova. Esquecer detalhes da última temporada é uma situação recorrente comigo, especialmente quando a nova demora para estrear.

Com o X-Ray Recaps, é possível pedir para o Amazon Prime Video gerar um resumo de partes de um episódio, de um episódio inteiro ou de toda a temporada. Para isso, basta acessar o recurso na página de detalhes sobre a série ou na lista de opções que aparece quando um episódio é pausado.

O X-Ray Recaps em série do Prime Video (imagem: divulgação/Amazon)

Como o X-Ray Recaps funciona?

De acordo com a Amazon, a nova funcionalidade é baseada nos recursos do X-Ray, que oferecem informações sobre elenco, trilha sonora e outros aspectos da produção quando um vídeo no Prime Video é pausado.

Para gerar os resumos, o X-Ray Recaps analisa segmentos do vídeo e combina essas informações com legendas e diálogos. Com base nisso, a ferramenta é capaz de produzir resumos em texto que incluem detalhes sobre acontecimentos, lugares, horários e conversas importantes na série.

A companhia explica ainda que o X-Ray Recaps é alimentado pela tecnologia do Amazon Bedrock, um serviço AWS que permite criar e dimensionar aplicações de IA generativa.

O X-Ray Recaps em ação (imagem: divulgação/Amazon)

Disponibilidade do X-Ray Recaps

No momento, o X-Ray Recaps está disponível em fase beta. Somente assinantes do Amazon Prime Video baseados nos Estados Unidos e que utilizam algum dispositivo Fire TV têm acesso à novidade. A Amazon afirma que mais dispositivos serão suportados até o fim do ano, mas ainda não comentou sobre a liberação da ferramenta em outros países.

Outra restrição é que, no momento o X-Ray Recaps só funciona com produções da Amazon MGM Studios, como Upload, Sr. & Sra. Smith, The Boys e A Roda do Tempo.

Amazon Prime Video estreia IA que resume episódios e temporadas de séries

Amazon Prime Video estreia IA que resume episódios e temporadas de séries
Fonte: Tecnoblog

Preço sobe e qualidade cai nos streamings, mostra estudo

Preço sobe e qualidade cai nos streamings, mostra estudo

Propagandas e restrições deixaram assinantes de streaming insatisfeitos (Imagem: Glenn Carsters / Unsplash)

Uma pesquisa mostra que 74,5% dos entrevistados avaliam serviços de streaming sem propaganda entre regular e muito bom, uma queda de 2,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Entre as plataformas com anúncios, esta fatia é de 60,8%, 13,4 pontos percentuais abaixo de 2023.

As demais modalidades consideradas, como TV paga, TV pela internet, streamings gratuitos e aplicativos de TV aberta também mostraram quedas.

Nos últimos anos, vários serviços de transmissão de vídeo ficaram mais caros, passaram a exibir propagandas e proibiram o compartilhamento de senhas. Em contrapartida, eles fecharam pacotes com a concorrência para atrair novos assinantes.

Estes fatores ajudam a explicar a satisfação em queda, mas há outro aspecto em jogo: o conteúdo.

Assinantes estão menos satisfeitos com conteúdo

O levantamento foi realizado nos Estados Unidos e no Canadá pela empresa de gravadores de vídeo Tivo. Scott Maddux, vice-presidente de estratégia e negócios, aponta a qualidade do conteúdo como um motivo da piora nas avaliações.

“A quantidade de conteúdo original nos serviços de streaming pode estar em queda, já que muitas empresas continuam tendo dificuldades para alcançar metas de lucratividade”, declara Maddux ao Ars Technica. “Sem novos conteúdos originais ou acordos de exclusividade, as percepções de valor ou diferenciação podem cair”, conclui o executivo.

Clientes querem conteúdo original e bom acervo, diz empresa responsável por pesquisa (Imagem: Kelly Sikkema / Unsplash)

Outras pesquisas realizadas nos EUA mostram movimentos similares, com quedas graduais na satisfação dos clientes em relação aos serviços.

Segundo um relatório da Whip Media, elaborado com base em uma pesquisa com mais de 2 mil assinantes de streaming dos EUA, as maiores plataformas estão com mais problemas na hora de agradar aos clientes, enquanto serviços médios vêm recebendo avaliações melhores.

“O mercado, cada vez mais competitivo, sugere que há uma alta demanda pela proporção certa de conteúdo original e acervo”, diz o documento, que também cita a experiência do telespectador como um ponto importante nas avaliações.

Plataformas querem gastar menos

A percepção de qualidade parece estar mesmo atrelada a um menor investimento — e isso deve continuar. Segundo cálculos da Variety, o investimento das maiores plataformas de streaming previsto para o período entre 2023 e 2026 deve crescer em um ritmo menor que o que foi visto entre 2019 e 2023.

Este crescimento mais lento deve encontrar outro obstáculo: as produções estão mais caras. Além da inflação, houve um aumento da remuneração após as greves de atores e roteiristas de Hollywood. De acordo com a Bloomberg, algumas empresas vão tentar fazer mais com menos: diminuir o número de produções e investir em qualidade.

Com informações: Ars Technica
Preço sobe e qualidade cai nos streamings, mostra estudo

Preço sobe e qualidade cai nos streamings, mostra estudo
Fonte: Tecnoblog

Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA

Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA

Dados neurais são equiparados a informações biométricas e de saúde (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O governador da Califórnia (Estados Unidos), Gavin Newson, sancionou um projeto que visa impedir que dados cerebrais de consumidores sejam usados de forma inadequada por empresas de tecnologia. Ele altera a lei de proteção de dados pessoas do estado para incluir “dados neurais” na lista de “informações pessoais sensíveis”.

Como explica o New York Times, isso inclui dados gerados pelo cérebro e também pelos nervos do resto do corpo. A Califórnia já incluía imagens faciais, DNA e impressões digitais na lista de dados sensíveis.

Na prática, consumidores poderão pedir acesso a seus dados, além de solicitar que as empresas excluam ou alterem o que foi coletado. Eles também poderão limitar esta coleta, bem como proibir a venda ou o compartilhamento destes dados.

Tecnologias neurais estão em alta

O Times observa que vários produtos e serviços relacionados ao cérebro e à mente vêm surgindo nos últimos anos. Entre eles, estão aplicativos para meditar, melhorar a concentração e tratar transtornos psicológicos, como depressão. Alguns deles podem monitorar e registrar dados cerebrais.

Colorado já tem regras para este tipo de dados, e outros estados discutem leis semelhantes (Imagem: Robina Weermeijer / Unsplash)

A publicação diz que isso pode incluir pensamentos, sentimentos e intenções. Já existem pesquisas científicas para usar este tipo de dados para reconstituir o que uma pessoa viu em um vídeo ou controlar a fala e as expressões faciais de um avatar.

O jornal também destaca que existe uma lacuna regulatória para este tipo de produto. Nos EUA, dispositivos médicos estão sujeitos a leis de saúde federais, mas aparelhos de neurotecnologia não precisam seguir estas regras.

Além disso, a Califórnia é um hub de tecnologia, com inúmeras startups de neurociência. Estes fatores ajudam a explicar a aprovação da lei.

A associação Neurorights Foundation, que atua pela proteção de dados cerebrais, examinado as políticas de dados de 30 empresas. Segundo a instituição, quase todas tinham acesso a este tipo de informação, sem limitações significativas. Além disso, mais da metade permitia o compartilhamento com terceiros.

“O que costumava ser ficção científica não é mais”, diz Rafael Yuste, neurocientista da Universidade Columbia e presidente da fundação.

Antes da Califórnia, o estado do Colorado aprovou uma legislação semelhante. A Neurorights Foundation estão em discussão com parlamentares de Flórida, Texas e Nova York, entre outros estados.

Texto recebe críticas

Para Marcello Ienca, professor da Universidade Técnica de Munique (Alemanha), a lei limita excessivamente os dados neurais, quando deveria se concentrar em prevenir inferências intrusivas sore pensamentos e emoções, independentemente da fonte usada.

“O que importa é se você está fazendo um tipo de inferência que infrinja meus direitos à privacidade”, argumenta Ienca.

A TechNet, que representa empresas como Meta, Apple e OpenAI, se opôs à lei. A associação argumentou que incluir o sistema nervoso periférico seria muito amplo e atrapalharia qualquer tecnologia que registra comportamento humano.

O texto final manteve a menção ao sistema nervoso periférico, mas definiu que informações inferidas por dados não neurais não estariam cobertas pela lei. Na prática, isso libera monitores cardíacos, medidores de pressão e aparelhos de teste de glicemia, explica Jared Genser, consultor da Neurorights Foundation.

Com informações: The New York Times
Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA

Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA
Fonte: Tecnoblog

Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting

Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting

After foi lançado nos EUA e conta com função de feedback para evitar ghosting (ilustração: Vítor Pádua/Tecnoblog)

Um aplicativo de relacionamentos lançado nessa semana nos Estados Unidos espera resolver os problemas de ghosting — prática de parar de conversar com uma ficante/contatinho sem dar explicações. Para isso, o After exige que o usuário envie um feedback ao desfazer um match. Sem enviar o feedback, a pessoa não pode seguir na busca por novos contatos.

Se você já se relacionou com alguém por app nos últimos, seja uma ficante ou pessoa que nem mesmo com quem chegou a rolar um encontro, provavelmente já passou por um ghosting. Nessas situações, a “vítima” fica sem entender por que a conversa foi cortada. Com um feedback, o After espera que pelo menos a pessoa descubra o que rolou de errado no contato.

Criadora quer resolver falhas de apps de encontro

O After foi desenvolvido por Katie Dissanayake, que trabalhou no Hud, outro app de relacionamento. Para Dissanayake, uma das falhas dos aplicativos do tipo é o “cansaço”. Além da ferramenta de feedback, o After envia notificações para as pessoas conversarem entre si.

After cria mensagem “carinhosa” após feedback do autor do ghosting para explicar por que não houve continuação no papinho (Imagem: Reprodução/After)

Por exemplo, se um usuário envia uma mensagem e o outro não responde após um tempo, o app envia uma notificação para que a pessoa lembre de responder. Se nenhum dos dois puxa conversa após um match, ambos recebem o aviso.

Caso a pessoas não responda, ou melhor, caso seja deixado o vácuo, o After exclui automaticamente o match — e aí vem o feedback para explicar por que houve o ghosting. Com o feedback em mãos, o próprio app cria uma mensagem “gentil” para quem ficou no vácuo.

Em entrevista para o TechCrunch, a criadora do app destaca também que o After prioriza a comunicação, por isso suas ferramentas anti-ghosting deletam chats. Se você já usou o Tinder, Happn ou qualquer app do tipo, provavelmente já se viu com uma lista de chats — e vários que não rolam mais nada.

De um modo, o After tende a valorizar as conversas que seguem em frente e não o “volume”. Do outro, isso tira qualquer possibilidade de uma conversa inativa voltar com o “Oi sumida/o”.

Com informações: TechCrunch
Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting

Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting
Fonte: Tecnoblog

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025

Craig Federighi no anúncio da da Apple Intelligence (imagem: ieprodução/Apple)

Quando a linha iPhone 16 foi anunciada, a Apple Intelligence se tornou oficial. Mas usuários brasileiros e portugueses ficaram com uma dúvida: quando a tecnologia terá suporte ao idioma português? Recentemente, a Apple revelou que essa compatibilidade será oferecida em algum momento de 2025.

A Apple Intelligence está entre os principais recursos do iOS 18. Nos Estados Unidos, considerando o idioma inglês, a Apple programou a liberação da tecnologia para outubro de 2024. O iOS 18.1 será lançado no mesmo mês. A Apple Intelligence fará parte da nova versão do sistema operacional, portanto, mas em fase beta.

Em dezembro, a tecnologia chegará aos seguintes países, também considerando a língua inglesa: Reino Unido, Canadá, Austrália, África do Sul e Nova Zelândia. O suporte aos idiomas japonês, chinês, francês e espanhol foi prometido para 2025.

Língua portuguesa na lista de suporte

Esse plano foi anunciado junto ao lançamento da linha iPhone 16. Mas, nesta quarta-feira (18), as páginas de ajuda da Apple Intelligence foram atualizadas para informar que o suporte ao idioma português também está previsto para 2025 (a Apple não fez distinção entre português do Brasil e português de Portugal).

Além do nosso idioma, a Apple Intelligence suportará as seguintes línguas no próximo ano: inglês de Singapura, alemão, italiano, coreano, vietnamita e “outros”.

Curiosamente, a Apple Intelligence não estará disponível para usuários residentes na União Europeia, mesmo havendo suporte aos seus idiomas. A tecnologia só funcionará para essas pessoas quando elas estiverem viajando para um país que não faz parte do bloco. Para elas, outra opção é configurar a Apple ID para um país fora da União Europeia.

Ao TechCrunch, a Apple revelou que essa restrição foi causada por problemas com a Lei dos Mercados Digitais da União Europeia (ou Digital Markets Act — DMA) e que já conversa com a Comissão Europeia para resolver a questão.

A tecnologia também não será liberada na China para usuários cuja Apple ID está configurada para a região. Neste caso, o motivo é o conflito com questões regulatórias chinesas envolvendo inteligência artificial generativa.

Apple Intelligence na linha iPhone 16 (imagem: reprodução/Apple)

O que é Apple Intelligence

Apple Intelligence é um pacote de recursos de inteligência artificial. No iOS 18 e superiores, a tecnologia se integrará a aplicativos nativos e de terceiros para criar imagens exclusivas, remover objetos de fotos, escrever mensagens sob medida, fazer a Siri dar respostas mais precisas, entre várias outras funcionalidades.

A tecnologia só estará disponível para as linhas iPhone 16, iPhone 16 Pro e iPhone 15 Pro, porém.

Vale lembrar que o iPhone 16 será lançado no Brasil custando a partir de R$ 7.799. Já o iPhone 16 Pro custará a partir de R$ 10.499.

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025
Fonte: Tecnoblog

Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio

Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio

Após ser condenada por violar leis antitruste, Google pode ser obrigado pela justiça a vender alguns setores (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos pode obrigar o Google a vender algumas de suas divisões. Segundo a Bloomberg, o órgão estuda forçar que a big tech se desfaça do Android, AdWords ou do Chrome. A decisão final deve demorar, visto que o juiz do caso já adiantou que as partes devem se adiantar para a segunda parte do processo.

Nessa segunda parte, o DOJ apresentará a sua proposta para que o Google encerre o seu monopólio no mercado de buscadores. Já a big tech deve contestar qualquer proposta que vise desmantelar sua gigantesca estrutura — provavelmente até o recurso final. O último caso de monopólio a envolver uma empresa tão grande foi em 1984, quando a telefônica AT&T foi culpada e teve que vender algumas subsidiárias.

Android pode ser principal alvo do DOJ

DOJ pode obrigar o Google a se desfazer do Android (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Android, sistema operacional do Google, pode ser o principal alvo do DOJ no desmantelamento da big tech. No julgamento de monopólio no mercado de buscador, a justiça americana apontou que o Google força as fabricantes de celulares a instalarem o Chrome e o aplicativo de buscador por padrão em suas interfaces.

No acordo da big tech com as fabricantes, a remoção do Chrome, app de busca e alguns outros aplicativos do Google é impossível — pelo menos usando os meios tradicionais. O juiz Amit Mehta usou esse caso entre as provas de monopólio da empresa no ramo de buscadores.

Sem a possibilidade de remover os apps, o Google tem vantagem sobre as concorrentes. Afinal, alguns usuários podem não ver a necessidade de dois apps de navegadores e de buscadores no smartphone.

A Bloomberg buscou o contato do DOJ e do Google, que se negaram a comentar sobre o caso.

Medida mais suave seria compartilhar dados

Solução mais “tranquila” para o Google pode envolver licenciar dados de busca para concorrentes (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Outra possibilidade, segundo fontes do jornal, é que o DOJ obrigue o Google a aumentar a transparência dos seus serviços, compartilhando ou licenciando dados adquiridos pelo sistema de busca. Na investigação do caso, foi revelado que a big tech captura 16 vezes mais dados que o seu rival mais próximo com o app de busca.

Nos contratos do Google com empresas, esses dados extras são restritos às concorrentes. Ou seja, o Bing e DuckDuckGo, principais alternativas ao Google, não tem acesso as mesmas ferramentas da rival para fornecer resultados mais precisos (ou adquirir mais informações privadas do usuário, mas isso é outra conversa).

Outra solução que pode entrar no pedido do DOJ, segundo apurou a Bloomberg, é permitir que sites proíbam o Google de usar seus conteúdos para treinar o Gemini sem os remover do resultado da busca. No momento, a big tech também não permite que os sites escolham sair do AI Overview, resultado de busca feito por IA, e continuem listados nas buscas.

Lembrando, essa julgamento não tem relação com a investigação de monopólio no mercado de anúncios — ainda que o domínio do Google nesse mercado tenha uma forte ligação com seu buscador.

Com informações: Bloomberg, The Verge e Android Headlines
Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio

Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio
Fonte: Tecnoblog