Samsung usará seu próprio DOGE para analisar divisão do Exynos
Samsung usará seu próprio DOGE para analisar divisão do Exynos
Samsung sofre há anos com desempenho dos Exynos, mas agora quer entender o que acontece na divisão de SoCs (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Resumo
A Samsung iniciou uma auditoria interna para investigar problemas de desempenho no Exynos e na produção de chips.
Em 2024, a divisão responsável pelo Exynos registrou um prejuízo de 4 a 5 trilhões de won (aproximadamente R$ 19,9 bilhões).
A sul-coreana tem enfrentado dificuldades na execução de desempenho dos chips, enquanto tenta superar a TSMC.
A Samsung está tomando uma medida mais firme para entender os problemas do Exynos e da sua foundry, divisão responsável pela produção de chips. Segundo o jornal sul-coreano Chosun, a empresa iniciou uma auditoria nessas duas divisões. Esse processo é um dos primeiros realizados pelo Escritório de Diagnóstico de Gerência, uma espécie de DOGE da Samsung.
O DOGE é um órgão governamental dos EUA liderado por Elon Musk, cujo objetivo é revisar contratos, cortar gastos e gerar mais eficiência no governo. Quase o que o Escritório de Diagnóstico de Gerência faz. A auditoria da Samsung busca entender os motivos pelos quais, mesmo com investimentos bilionários, sua foundry não tem resultados satisfatórios nas litografias abaixo de 4 nm e por que o Exynos segue problemático.
Por que a Samsung fará uma auditoria em duas divisões?
A Samsung LSI, setor que fabrica o Exynos e os sensores Isocell, e a sua foundy estão entregando resultados que não condizem com os enormes investimentos feitos nos últimos anos.
Samsung Galaxy S22 e sua versão com Exynos 2200 ficou bem abaixo da versão com Snapdragon 8 Gen 1 (foto: Darlan Helder/Tecnoblog)
Começando pelo Exynos, o caso mais conhecido. A Samsung produziu alguns processadores problemáticos recentemente. O Exynos 2200, por exemplo, teve um desempenho tão fraco que a linha Galaxy S22 não teve uma edição FE.
Isso ainda levou a Samsung LSI a abandonar o Exynos 2300 para focar em resolver problemas de desenvolvimento dos SoCs. O Exynos 2400 chegou em um bom nível, mas o Exynos 2500 não foi finalizado a tempo do S25.
No ano passado, a divisão LSI teve uma perda financeira entre 4 trilhões e 5 trilhões de won (R$ 19,9 bilhões). Os sensores Isocell, ainda que não aparentem ter problemas de desempenho, fizeram a fatia de mercado da Samsung nesse segmento cair para menos de 20% — a Sony segue líder indisputada.
O setor de fabricação de chips parece ser o caso mais grave. Em 2019, a Samsung prometeu que até 2030 a divisão receberá um investimento total de R$ 677,1 bilhões. Contudo, desde então, a foundry não reverteu esse valor em crescimento de mercado. O market share caiu de 19,1% para 8,2% no ano passado.
O sonho da Samsung é ser a maior fabricante de chips do mundo, mas está difícil superar a TSMC e conseguir um alto desempenho nas litografias de 4 nm e menores.
Com informações de SamMobile e Chosun
Samsung usará seu próprio DOGE para analisar divisão do Exynos
Samsung usará seu próprio DOGE para analisar divisão do Exynos
Fonte: Tecnoblog