Category: Computador

Chip quântico do Google faz em 5 minutos tarefa que levaria 10 septilhões de anos

Chip quântico do Google faz em 5 minutos tarefa que levaria 10 septilhões de anos

Chip quântico Willow (imagem: reprodução/Google)

A corrida pela computação quântica continua. Os esforços mais recentes nessa área vêm do Google. A companhia anunciou um chip de codinome Willow que foi capaz de resolver em cinco minutos um problema que um supercomputador atual levaria dez septilhões de anos para processar.

Fica mais fácil termos uma noção do que isso representa se olharmos para a quantidade de zeros desse número. Dez septilhões também podem ser escritos da seguinte forma: 10.000.000.000.000.000.000.000.000.

Tamanho poder é fruto da combinação de uma série de avanços. Uma delas é a capacidade do Willow de reduzir os erros quânticos, um dos principais problemas da computação quântica atual.

Para tanto, os pesquisadores do Google conseguiram desenvolver uma abordagem que reduz a quantidade de erros à medida que o número de qubits do supercomputador aumenta.

Em tempo, qubit é a abreviação de bit quântico. Enquanto a computação atual, baseada na lógica binária, trabalha com um bit assumindo um estado representado por 0 ou 1, a computação quântica permite que um qubit assuma 0, 1 ou uma superposição de ambos os valores.

Isso aumenta a capacidade do computador de resolver problemas complexos. Por isso, quanto mais quibts um computador quântico tiver, maior tende a ser a sua capacidade de processamento. Por outro lado, o risco de erros aumenta. Com o Willow, o Google dá a entender que conseguiu inverter essa “regra”.

Quantos qubits o Willow tem?

Na atual fase, o Willow trabalha com 105 qubits. Não é um número impressionante, mas, sobre esse aspecto, o Google explica que se focou em qualidade, não em quantidade: “somente produzir um número maior de qubits não ajudará se eles não forem de qualidade alta o suficiente”.

Colocado à prova no benchkmark de amostragem de circuito aleatório (RCS, na sigla em inglês), que compara o desempenho em relação a computadores convencionais, o chip quântico do Google conseguiu finalizar o teste em menos de cinco minutos, enquanto um supercomputador convencional levaria os já mencionados dez septilhões de anos para isso.

É um feito notável, afinal, o RCS é um tipo de benckmark extremamente complexo.

Ainda em desenvolvimento

Apesar de ter apresentado resultados impressionantes, o Willow é um projeto cujo desenvolvimento está longe da conclusão. Um dos desafios atuais do Google está em reduzir ainda mais a ocorrência de erros. O projeto teve um avanço importante nesse aspecto, mas ainda é preciso fazer mais.

Outro desafio do Google está em fazer as suas pesquisas em computação quântica encontrarem espaço em aplicações reais. A própria companhia enfatiza que o resultado alcançado no benchkmark é animador, mas que o benchkmark RCS “não tem aplicações conhecidas no mundo real”.

Os pesquisadores do Google já até apontaram uma área que deve se beneficiar fortemente dos computadores quânticos: ela mesma, a inteligência artificial.

Chip quântico do Google faz em 5 minutos tarefa que levaria 10 septilhões de anos

Chip quântico do Google faz em 5 minutos tarefa que levaria 10 septilhões de anos
Fonte: Tecnoblog

Mesmo prestes a acabar, Windows 10 volta a crescer no mundo

Mesmo prestes a acabar, Windows 10 volta a crescer no mundo

Windows 10 perderá o suporte em 2025, mas ganhou quase 1% de usuários entre outubro e novembro (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

O Windows 10 está chegando na fase final da sua vida, mas segue ganhando espaço no mercado de sistema operacionais da Microsoft — possivelmente até tirando espaço do Windows 11. Lançado em 2015, o Windows 10 ganhou quase 1% de fatia de mercado entre os SOs da Microsoft entre outubro e novembro, aponta o StatCounter, chegando a 61,83% de presença nos computadores. No mesmo período, o Windows 11 caiu de 35,58% para 34,94%.

Por que o Windows 10 segue tão popular?

O motivo para o Windows 10 seguir com uma fatia tão grande de mercado — e até crescer mesmo com o Windows 11 — pode ser as suas especificações mais acessíveis. O sistema operacional lançado em 2015 necessita de no máximo 2 GB de memória RAM e 20 GB de armazenamento para ser instalado.

Gráfico mostra crescimento do Windows 10 e queda no Windows 11 (Imagem: Reprodução/StatCounter)

Quem tem um PC mais modesto, vai seguir usando o Windows 10, mesmo com uma versão mais moderna do sistema operacional já disponibilizado. E ainda há o problema de que o Windows 11 exige o chip TPM 2.0 para a sua instalação.

Esse componente ficou mais popular nas placa-mães mais modernas. Então o usuário até pode ter um PC com o mínimo de 64 GB de armazenamento e de 4 GB de RAM para o Windows 11, mas sem o TPM 2.0 o sistema operacional não funciona. A Microsoft já declarou que a exigência do chip não é negociável: ou você tem, ou você fica sem o Windows 11.

E como o Windows 10 cresceu nos últimos meses?

Já sobre o crescimento do Windows 10, os motivos podem ser usuários fazendo downgrades do Windows 11, consumidores que saíram do W11 para migrar para o Linux ou macOS e até usuários que estão vindo do Windows 8 ou 7 — sim, eles ainda existem.

A versão do Windows 7 para ponto de vendas, a última que ainda recebia updates, teve seu suporte encerrado em outubro. Assim, uma parcela dos usuários pode ter escolhido fazer o upgrade para o Windows 10, já que PCs e totens para PDV precisam ter o básico para rodar o SO e o programa de vendas.

A Steam encerrou o suporte para o Windows 7 e 8 neste ano, parando de funcionar nesses sistemas operacionais a partir de outubro.

Já sobre o downgrade do Windows 11 para o Windows 10, o usuário pode ter optado pelo retorno devido a maior estabilidade do SO (que não trava jogos da Ubisoft) e para ganhar 44 GB de armazenamento. Se você é gamer, 34 GB permite instalar pelo menos um jogo AA.

O Windows 10 perderá o suporte da Microsoft em 14 de outubro de 2025. Porém, os usuários podem pagar US$ 30 para ganhar um ano extra de atualizações.

Com informações: TweakTown
Mesmo prestes a acabar, Windows 10 volta a crescer no mundo

Mesmo prestes a acabar, Windows 10 volta a crescer no mundo
Fonte: Tecnoblog

Raspberry Pi lança versão wireless da plaquinha Pico 2 por apenas US$ 7

Raspberry Pi lança versão wireless da plaquinha Pico 2 por apenas US$ 7

Raspberry Pi Pico 2 W traz Wi-Fi e Bluetooth (imagem: divulgação/Raspberry Pi)

Promessa cumprida: a Raspberry prometeu anunciar uma versão do diminuto Pico 2 compatível com Wi-Fi até o fim de 2024 e assim o fez. Com preço de apenas US$ 7 (R$ 41 na conversão atual), o Raspberry Pi Pico 2 W continua baseado no microcontrolador RP2350, mas adiciona suporte a Wi-Fi 4 (802.11n) e a Bluetooth 5.2.

O Raspberry Pi Pico 2 “normal” foi lançado em agosto de 2024 com preço oficial de US$ 5. Porém, o modelo não traz recursos de conectividade sem fio de fábrica. O Raspberry Pi Pico 2 W vem para preencher essa lacuna por um preço um pouco maior: US$ 7, como você já sabe.

Por ser uma variante, não necessariamente uma nova versão, o modelo W mantém as características de hardware do Raspberry Pi Pico 2. O destaque vai para o chip RP2350, que traz dois núcleos Arm Cortex-M33 rodando a 150 MHz e, para quem precisa do dispositivo para aplicações RISC-V, dois núcleos Hazard3, também de 150 MHz. Pode-se alternar entre Arm e RISC-V na inicialização do Raspberry Pi Pico 2 W.

As demais características incluem 520 KB de memória SRAM e 4 MB de memória Flash para armazenamento interno. As conectividades Wi-Fi e Bluetooth são garantidas pela adição do modem Infineon CYW43439, que inclusive é suportado por bibliotecas para desenvolvimento em C e MicroPython.

Por que um hardware tão simples?

Para quem não é familiarizado com a linha Raspberry Pi ou dispositivos similares, as especificações do Raspberry Pi Pico 2 W podem causar estranheza por conta de sua simplicidade.

Mas a plaquinha tem a sua razão de existir. Ela pode ser empregada em aplicações muito específicas e que não precisam de alta capacidade de processamento, como alarmes inteligentes, sistemas de iluminação, aparelhos de áudio, automação industrial e assim por diante, tudo isso a um custo acessível.

A versão com conectividade sem fio amplia o leque de aplicações possíveis, principalmente no âmbito da internet das coisas.

O chip do Raspberry Pi Pico 2 (imagem: divulgação/Raspberry Pi)

Ficha do Raspberry Pi Pico 2 W

Chip: RP2350 com dois núcleos Arm Cortex-M33 ou dois núcleos RISC-V Hazard3 a 150 MHz

SRAM: 520 KB

Armazenamento: Flash de 4 MB (QSPI)

GPIO: 30 pinos

Alimentação: 1,8 a 5,5 V via micro-USB ou VSYS

Conectividade sem fio: Wi-Fi 802.11n e Bluetooth 5.2

Dimensões: 51 x 21 mm

Outros: interface USB 1.1, Arm TrustZone e Secure Boot para segurança, produção garantida até 2040

Raspberry Pi lança versão wireless da plaquinha Pico 2 por apenas US$ 7

Raspberry Pi lança versão wireless da plaquinha Pico 2 por apenas US$ 7
Fonte: Tecnoblog

Com AMD, El Capitan se torna o supercomputador mais potente do mundo

Com AMD, El Capitan se torna o supercomputador mais potente do mundo

Supercomputador El Capitan (imagem: divulgação/LLNL)

A lista TOP500 dos supercomputadores mais potentes do mundo chegou à 64ª edição. Nela, nos deparamos com um novo líder: o El Capitan. Esse supercomputador é baseado em chips AMD e alcançou o primeiro lugar do ranking ao registrar 1,742 exaflop de desempenho em processamento.

Ao chegar a esse patamar, o El Capitan conseguiu desbancar o Frontier, supercomputador que liderou a lista TOP500 nas últimas edições. O feito também frustrou os planos da Intel de colocar o Aurora na primeira posição: esse supercomputador ficou no terceiro lugar da lista.

O El Capitan é um supercomputador controlado pelo Lawrence Livermore National Laboratory (LLNL), um centro de pesquisas baseado na Califórnia e que é ligado ao Departamento de Energia dos Estados Unidos.

As especificações técnicas do El Capitan são espantosas. O supercomputador tem 11.039.616 núcleos de CPU e GPU combinados. Eles são oriundos de 44.544 APUs AMD Instinct MI300A e trabalham em conjunto com 5,4 petabytes de memória.

O projeto é baseado ainda em uma rede Cray Slingshot 11 para transferência de dados e trabalha com 58,89 gigaflops por watt. Este último número fez o El Capitan ficar na 18ª posição da lista GREEN500, que registra os supercomputadores com os melhores níveis de eficiência energética.

Mas o feito mais notável está em registrar a marca de 1,742 exaflop de desempenho no benchmark High Performance Linpack (HPL). Isso significa que o El Capitan pode lidar com 1,742 quintilhão de operações por segundo.

Os dez primeiros supercomputadores da lista

Os primeiros dez supercomputadores da 64ª edição da lista TOP500 aparecem na tabela a seguir. Note que a capacidade de cada um é informada em petaflops (um exaflop é equivalente a 1.000 petaflops):

SupercomputadorPetaflopsBase tecnológicaPaís1. El Capitan1.742HPE + AMDEstados Unidos2. Frontier1.353HPE + AMDEstados Unidos3. Aurora1.012HPE + IntelEstados Unidos4. Eagle561Microsoft + Intel + NvidiaEstados Unidos5. HPC6478HPE + AMDItália6. Fugaku442FujitsuJapão7. Alps435HPE + NvidiaSuíça8. Lumi380HPE + AMDFinlândia9. Leonardo241Eviden + Intel + NvidiaItália10. Tuolumne208HPE + AMDEstados Unidos

Vale destacar que, apesar de ter perdido a primeira posição, o Frontier teve uma evolução expressiva em relação à 63ª edição da lista TOP500. Na edição anterior, o supercomputador registrou 1.206 petaflops de desempenho. Como a lista atual deixa claro, essa capacidade aumentou para 1.353 petaflops.

Para tanto, o Frontier teve a sua quantidade de núcleos combinados aumentada de 8.699.904 para 9.066.176 unidades.

Quanto ao Aurora, os administradores desse supercomputador não enviaram o resultado do benckmark avaliado à TOP500.org, razão pela qual ele manteve o registro do ranking anterior (1.012 petaflops).
Com AMD, El Capitan se torna o supercomputador mais potente do mundo

Com AMD, El Capitan se torna o supercomputador mais potente do mundo
Fonte: Tecnoblog

Youtuber instala um Mac Mini M4 dentro de um iMac G4 de 2002

Youtuber instala um Mac Mini M4 dentro de um iMac G4 de 2002

Mac Mini M4 é a menor versão do Mac Mini já lançada e cabe em um iMac G4 de 2002 (Imagem: Divulgação/Apple)

O youtuber Sean Malseed fez um teste para ver o quão mini realmente é o Mac Mini M4. O criador do canal Action Retro instalou os componentes do mini PC da Apple em um iMac G4, computador da big tech lançado em janeiro de 2002. A fusão entre os dois dispositivos permite que o Mac Mini ganhe um monitor — ou é o iMac G4 quem ganha um upgrade?

Antes de seguirmos adiante, vale explicar uma coisa: Malseed já havia customizado o iMac G4, trocando a velha placa-mãe por uma nova, feita especialmente para o projeto de retrofit do computador.

Isso permitiu que o iMac G4 ganhasse portas HDMI e USBs mais atuais. No início do vídeo, Malseed conecta o Mac Mini M4 à porta HDMI, permitindo que a tela LCD do iMac G4 fosse usada pelo mini PC. O iMac G4, quando usado como fonte de energia do Mac Mini, permite ligar o mini PC, corrigindo o design problemático do botão que fica na parte inferior do dispositivo.

Como o Mac Mini foi instalado no iMac G4?

Apesar de parecer que o Mac Mini M4 cabe dentro do gabinete do iMac G4, o youtuber teve que remover os componentes dochassi do mini PC. Existia a possibilidade de que o chassi era alto demais para o gabinete do iMac G4.

Malseed também instalou uma ventoinha/cooler (cada um chama de um jeito) da Noctua para melhorar o arrefecimento do “FrankenMac” (como ele brincou). Como vemos no vídeo, ele ainda colou alguns componentes do Mac Mini, como o alto-falante, em partes do novo gabinete usando fita adesiva — não é o ápice da organização, mas o importante é caber.

Ele ligou as portas do Mac Mini M4 nas portas e conexões da placa-mãe nova instalada no iMac. Basicamente, essa motherboard serve com um “hub” para o Mac Mini, a tela e as portas do gabinete.

No fim do vídeo, Malseed ainda conecta as caixas de som originais do iMac G4. O youtuber também elogiou a qualidade do monitor, destacando que mesmo sendo uma tela LCD de 22 anos, ela ainda mantém uma boa imagem.
Youtuber instala um Mac Mini M4 dentro de um iMac G4 de 2002

Youtuber instala um Mac Mini M4 dentro de um iMac G4 de 2002
Fonte: Tecnoblog

Latitude 5455 é o primeiro Copilot+ PC corporativo da Dell no Brasil

Latitude 5455 é o primeiro Copilot+ PC corporativo da Dell no Brasil

Notebook Latitude 5455 (imagem: divulgação/Dell)

Não são apenas computadores para uso doméstico que podem ser enquadrados na categoria Copilot+ PC. Máquinas para o segmento corporativo também. É o caso do novo Dell Latitude 5455, que acaba de ser anunciado oficialmente para o Brasil. O modelo vem com chip Snapdragon X Plus. Mas o preço inicial é alto: R$ 11.649.

O Snapdragon X Plus é um chip da Qualcomm que traz NPU (Unidade de Processamento Neural) de 45 TOPS. Esse é o atributo mais importante para o notebook ser considerado um Copilot+ PC, afinal, a categoria exige uma NPU com pelo menos 40 TOPS (ou seja, capaz de realizar 40 trilhões de operações por segundo, no mínimo) para processamento de tarefas de inteligência artificial (IA).

Note, porém, que o Latitude 5455 é equipamento com o Snapdragon X Plus que traz oito núcleos de CPU (existe uma versão com dez núcleos de CPU). O chip é acompanhado por 16 GB de memória LPDDR5x, além de SSD NVMe com 256 GB, 512 GB ou 1 TB de capacidade de armazenamento.

A própria Qualcomm comentou o lançamento do Latitude 5455, e o fez promovendo os atributos do seu produto, obviamente:

A Qualcomm Technologies acredita no poder da IA para transformar a maneira como trabalhamos e o Latitude 5455, equipado com o Snapdragon X Plus, torna essa visão realidade para um número ainda maior de profissionais.

Nossa plataforma, com CPU, GPU e NPU de alto desempenho e eficiência energética, oferece uma experiência de IA poderosa e acessível, democratizando o acesso a ferramentas avançadas de produtividade e colaboração, sem comprometer a mobilidade.

Allan Giangrossi, diretor sênior de marketing da Qualcomm

Notebook Latitude 5455 (imagem: divulgação/Dell)

O que mais o Dell Latitude 5455 oferece?

Mas falta falar de uma característica tão importante quanto: a tela. O Latitude 5455 tem um painel LCD WVA de 14 polegadas com resolução FHD+ (1920×1200 pixels), taxa de atualização de 60 HZ e brilho típico de 300 nits.

Outros atributos do notebook incluem:

webcam de 1080p com infravervemelho;

Wi-Fi 7 e Bluetooth 5.4;

Bateria de 54 Wh;

Leitor de cartão microSD;

Duas portas USB4 tipo C com DisplayPort e Power Delivery, uma porta USB 3.2 gen 1, conexão para fones e microfone;

Windows 11 Pro (preparado para chips Arm).

Notebook Latitude 5455 (imagem: divulgação/Dell)

Disponibilidade e preços

O Latitude 5455 já está à venda no Brasil. De acordo com a Dell, os preços oficiais para o mercado brasileiro partem de R$ 11.649.
Latitude 5455 é o primeiro Copilot+ PC corporativo da Dell no Brasil

Latitude 5455 é o primeiro Copilot+ PC corporativo da Dell no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Arm ameaça revogar licença de arquitetura da Qualcomm

Arm ameaça revogar licença de arquitetura da Qualcomm

Qualcomm recebeu aviso da Arm de que licença para usar sua arquitetura será revogada em 60 dias (imagem: divulgação/Qualcomm)

A Arm comunicou que revogará a licença da Qualcomm para a fabricação de processadores com a sua arquitetura. A Qualcomm recebeu um aviso de que a licença será cancelada em 60 dias. Com isso, a venda de notebooks, tablets e celulares Android com chips Snapdragon pode ser afetada.

O caso é especulado como mais um capítulo na disputa judicial entre a Arm e Qualcomm, parceiras de longa data e agora “inimigas”. A Arm acusa a parceira de violação contratual e de sua marca. O processo foi iniciado em 2022 e envolve a aquisição da Nuvia pela Qualcomm.

Por que a Arm processa a Qualcomm?

Para a Arm, a Qualcomm está violando o contrato e sua marca ao utilizar a licença da Nuvia para fabricar seus processadores para PCs. A Nuvia também era parceira da Arm, mas trabalhava no desenvolvimento de chips para computadores. Com a compra desta empresa, a Qualcomm, segundo a autora do processo, deveria ter negociado uma nova licença.

Revogação de licença pode afetar venda de dispositivos equipados com SoCs Snapdragon Elite (imagem: divulgação/Qualcomm)

A tecnologia desenvolvida pela Nuvia os núcleos Oryons usados nos processadores Snapdragons para PCs e celulares — estes últimos foram anunciados na segunda-feira, junto do Snapdragon 8 Elite. O cancelamento da licença impactaria a venda dos dispositivos equipados com esses SoCs.

Já o prazo para revogação da licença serve para que a Arm e a Qualcomm cheguem a um acordo. Como dito anteriormente, sem licença a Qualcomm não pode vender os chips. Sem vender os SoCs, as suas clientes ficam sem terminar a montagem dos produtos.

Um porta-voz da Qualcomm disse para o The Register que a revogação é uma ameaça da Arm para medir forças. O julgamento do caso será em dezembro e, para a Qualcomm, a vitória é certa. Assim, o cancelamento da licença seria uma estratégia para forçar um acordo antes do julgamento.

Arm “acerta” timing de revogação de licença

Novo SoC para celulares Snapdragon 8 Elite foi anunciado na segunda-feira (imagem: divulgação/Qualcomm)

A notícia sobre a revogação da licença ocorre durante a Snapdragon Summit, evento no qual Qualcomm revela seu novo SoC topo de linha para celulares. O evento também tem a apresentação de novas tecnologias da marca.

Analisando um período maior de tempo, a Arm ameaça cancelar a licença no momento que os PCs Windows com Snapdragon estão ganhando espaço no mercado. Até o fim do ano, a Qualcomm será a fornecedora exclusiva de chips da arquitetura Arm para a Microsoft. Depois, AMD, Intel e até a Nvidia podem entrar nesse segmento.

Com informações: Bloomberg e The Register
Arm ameaça revogar licença de arquitetura da Qualcomm

Arm ameaça revogar licença de arquitetura da Qualcomm
Fonte: Tecnoblog

Ubuntu, 20 anos: distribuição faz sucesso como Linux flexível e fácil de usar

Ubuntu, 20 anos: distribuição faz sucesso como Linux flexível e fácil de usar

Ubuntu Linux (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No dia 20 de outubro de 2004, uma nova distribuição de Linux era lançada. Baseado no Debian e contando com o apoio da empresa Canonical e de uma grande comunidade, o Ubuntu se tornaria uma das distribuições mais populares do sistema do pinguim.

Até aqui, foram 20 anos pensados na facilidade de uso e no suporte aos usuários. O sistema operacional se desdobrou e saiu dos desktops para conquistar a nuvem e o mercado, além de ganhar muitas versões feitas pela própria comunidade. Nestas duas décadas, vieram muitos acertos e, inevitavelmente, alguns erros.

ÍndiceO que significa Ubuntu?Do CD para a nuvemAposta em facilidade de usoOs enganos do Unity e da versão para celularQual o futuro do Ubuntu? Nos parece animador

O que significa Ubuntu?

O nome do Ubuntu vem de uma filosofia do povo sul-africano Nguni, que pode ser sintetizada na frase “eu sou porque nós somos”.

O sentido de coletividade e comunidade esteve presente desde o lançamento, e pôde ser visto no programa Ubuntu ShipIt. Iniciado em 2005, ele enviava um CD da distribuição a qualquer pessoa interessada. O programa durou até 2011, quando não era mais necessário, graças à facilidade de download.

Ubuntu 4.10 Warty Warthog, a versão de estreia (Imagem: Altonbr / Wikimedia Commons)

Do CD para a nuvem

Pouco a pouco, o Ubuntu foi ganhando recursos para ir além dos CDs e chegar muito longe.

Em 2008, o Wubi foi lançado, permitindo o dual-boot em máquinas com Windows.

Também naquele ano, as primeiras imagens do Ubuntu Cloud foram lançadas em fase beta.

Em 2011, a distribuição adotou o OpenStack, que, mais tarde, seria essencial para dominar a nuvem.

Em 2017, o Ubuntu chegou onde, anos antes seria inimaginável: no Windows, por meio do Windows Subsystem for Linux.

Atualmente, a distribuição tem presença forte em nuvens públicas, e pode ser contratado em serviços como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud.

Aposta em facilidade de uso

Desde cedo, o Ubuntu priorizou a facilidade de uso para pessoas comuns, incluindo estabilidade e suporte. Isso foi se desenvolvendo ao longo das duas décadas, para além dos já mencionados ShipIt e Wubi.

Em 2006, a Canonical lançou a versão 6.06 Dapper Drake, a primeira a contar com suporte de longo prazo (LTS, em inglês).

Atualmente, uma nova versão LTS é disponibilizada a cada dois anos, contando com cinco anos de suporte padrão. Durante este tempo, são disponibilizadas versões Interim a cada seis meses, com nove meses de atualizações.

Outra mudança importante veio em 2016, com os pacotes Snap, criados pela Canonical. Com eles, os desenvolvedores puderam criar um único pacote para seus aplicativos, que pode funcionar em todas as distribuições Linux, e os usuários passaram a instalar programas com mais facilidade.

A flexibilidade do Ubuntu também apareceu nas diversas versões criadas pela comunidade. Entre elas, estão o Kubuntu (que usa o KDE Plasma), o Lubuntu e o Xubuntu (leves, para PCs com pouco hardware) e o Ubuntu Kylin (para o mercado chinês), entre muitas outras.

CDs do Ubuntu e variantes; o Edubuntu é um sabor descontinuado (imagem: Bartosz Senderek/Wikimedia)

Os enganos do Unity e da versão para celular

É impossível acertar todas em 20 anos, e o Ubuntu não foge à regra. Um desses “vacilos” foi a interface Unity. Apresentada em 2011, ela se tornou padrão a partir do Ubuntu 11.04, como substituto do Gnome.

Não deu certo. Usuários reclamaram de recursos inconsistentes e experiências confusas. Um dos episódios com repercussões negativas foi quando a busca da interface passou a exibir resultados da Amazon.

Dá para imaginar como a comunidade reagiu. Richard Stallman, presidente da Free Software Foundation, não aliviou nas críticas e chamou a versão 12.10 do Ubuntu de “spyware”.

Unity ainda sobrevive em uma versão própria da distribuição (Imagem: Reprodução / Ubuntu Unity)

Em 2017, a Canonical jogou a toalha e voltou ao Gnome como ambiente de desktop padrão. Mesmo assim, quem gostava da Unity ainda pode contar com o “sabor” Ubuntu Unity, que foi, inclusive, oficializado pela empresa.

A Unity, porém, não foi criada por acaso. Ela era parte de um plano para colocar o Ubuntu em outros aparelhos, como tablets e smartphones. Nos dispositivos móveis, a interface teria navegação por gestos.

A ideia mais ambiciosa era que houvesse uma convergência entre smartphones e desktops. Bastaria plugar um teclado e um monitor para que o celular se tornasse um computador, como o Samsung DeX ou o Motorola Ready For. O projeto, porém, não decolou, sendo encerrado pela Canonical também em 2017.

Qual o futuro do Ubuntu? Nos parece animador

Lançado no início de outubro, o Ubuntu 24.10 Oracular Oriole traz uma série de easter eggs que fazem alusão ao Ubuntu 4.10 Warty Warthog, a primeira versão do sistema operacional, como papéis de parede e sons. Mas, deixando de lado a nostalgia, o futuro do Ubuntu parece continuar sua trajetória de sucesso até aqui.

A distribuição vem marcando presença em computadores pessoais, servidores, sistemas corporativos e aparelhos da internet das coisas, o que mostra sua capacidade de se adaptar aos mais diferentes usos.

O Ubuntu também tem as vantagens de ser um software livre e gratuito. Com isso, ele é interessante para instituições educacionais e governamentais, principalmente nos países emergentes, que têm menos recursos financeiros para gastar com licenças.

Aliado a isso, a comunidade fortalece quem quer migrar. O Ask Ubuntu (de propriedade da Stack Exchange), por exemplo, já conta com mais de 1,6 milhão de usuários e 420 mil questões respondidas, o que o torna um bom repositório para solucionar problemas comuns.

“Uma coisa que permaneceu igual é o coração do Ubuntu: vocês, uma comunidade de usuários, entusiastas e colaboradores, todos ajudando a disseminar a mensagem de mudar o mundo por meio do software de código aberto”, diz a Canonical em seu vídeo comemorativo. “Nós não teríamos conquistado tudo isso sem vocês”, conclui a empresa.
Ubuntu, 20 anos: distribuição faz sucesso como Linux flexível e fácil de usar

Ubuntu, 20 anos: distribuição faz sucesso como Linux flexível e fácil de usar
Fonte: Tecnoblog

Qualcomm comunica cancelamento de mini PC Windows

Qualcomm comunica cancelamento de mini PC Windows

Snapdragon Dev Kit seria um mini PC com processador Arm e Windows, mas Qualcomm cancelou projeto (Imagem: Divulgação/Qualcomm)

A Qualcomm comunicou na noite de quinta-feira (17) o fim do Snapdragon Dev Kit, um mini PC com processador Arm e Windows. No email enviado aos clientes que já haviam pago pelo produto, cujo lançamento era previsto para junho, a empresa explica que o mini PC não atendeu os requisitos de excelência esperados. A Qualcomm também iniciou o reembolso das compras.

A empresa, obviamente, não explicou o motivo do cancelamento — pelo menos não até a publicação dessa notícia. Revelar a causa pode impactar as ações e a percepção do público com a marca. Contudo, o problema parece ser a entrada HDMI do Snapdragon Dev Kit.

O que causou o cancelamento do Snapdragon Dev Kit?

A provável causa do cancelamento do mini PC Snapdragon Dev Kit é a entrada HDMI. Mesmo com atraso no lançamento, alguns usuários receberam o produto — e com a porta HDMI desativada, como foi o caso com Richard Campbell. Os Snapdragon Dev Kit enviados contam com um adaptador USB-C para HDMI.

Snapdragon Dev Kit foi anunciado com entrada HDMI, mas modelos vendidos chegaram com porta desativada ou com chassi tampando o espaço (Imagem: Divulgação/Qualcomm)

Campbell, engenheiro de computação, diretor da Microsoft e comentarista tech, supõe que a Qualcomm teve problemas na certificação da entrada HDMI com a FCC (órgão americano equivalente à Anatel). Campbell explicou em um podcast que já trabalhou no desenvolvimento de produtos com essa porta. O engenheiro comentou que um problema de radiação de sinal ou eletricidade numa etapa avançada da fabricação compromete os prazos de entrega.

Para piorar, explica Campbell, uma reprovação na certificação de um produto te leva para o fim da fila de homologação. Ou seja, se você passou por todas as etapas e precisa corrigir um único item, não terá prioridade.

Placa HDMI do Snapdragon Dev Kit tem espaço para porta HDMI — só faltou a porta (Imagem: Reprodução/Jeff Geerling)

O influencer tech Jeff Geerling também recebeu um Snapdragon Dev Kit. Geerling abriu o mini PC e notou que a placa para o HDMI tem um espaço vazio (foto acima). A placa possui um cabo para a conversão HDMI para DisplayPort. Isso poderia ser a causa do problema no Snapdragon Dev Kit.

Com informações: The Verge
Qualcomm comunica cancelamento de mini PC Windows

Qualcomm comunica cancelamento de mini PC Windows
Fonte: Tecnoblog

Asus Zenbook S 14 estreia Intel Core Ultra de 2ª geração no Brasil

Asus Zenbook S 14 estreia Intel Core Ultra de 2ª geração no Brasil

Asus Zenbook S 14 é um AI PC equipado com processador Intel Core Ultra 7 (Imagem: Divulgação/Asus)

Resumo

O novo notebook Asus Zenbook S 14 é equipado com o Intel Core Ultra 7 e custa R$ 12.999.
Ele possui tecla dedicada para ao Microsoft Copilot e tampa feita de Ceraluminium.
O modelo conta com 32 GB de RAM, 1 TB de armazenamento, tela OLED de 14 polegadas com resolução 2,8K e sistema de áudio Harman Kardon com Dolby Atmos.

A Asus anunciou nesta quinta-feira (17) o lançamento do Zenbook S 14 para o mercado brasileiro, com preço sugerido de R$ 12.999. O laptop é equipado com o Intel Core Ultra 7, processador Intel para AI PCs, dispositivos que atendem as especificações da Microsoft para executar nativamente tarefas de IA. Por conta disso, o Zenbook S 14 também possui uma tecla dedicada para o Copilot, a IA generativa da Microsoft.

O novo notebook da Asus é mais um modelo da marca a usar o material Ceraluminium, desenvolvido pela própria empresa. O Ceraluminium é um material que mistura cerâmica e alumínio (o nome é a mistura desses dois componentes), prometendo mais resistência ao laptop — principalmente contra arranhões. Além deste modelo, o Zenbook S 16 também adota o material na sua tampa

Zenbook S 14 tem potência para tarefas de IA?

Tampa do Asus Zenbook S 16 é fabricada com material Ceraluminium (Imagem: Divulgação/Asus)

O Intel Core Ultra 7 que equipa o Zenbook S 14 possui uma NPU de 47 trilhões de operações por segundo — ou 47 TOPS. Para ser considerado um AI PC e compatível com a plataforma Copilot+, a NPU precisa fornecer pelo menos 40 TOPS.

O Zenbook S 14 tem ainda 32 GB de memória RAM e 1 TB de armazenamento (bem acima dos valores mínimos de 16 GB de RAM e 256 GB de armazenamento exigidos pela Microsoft). Ele não conta com GPU dedicada.

A tela do Zenbook S 14 mede 14 polegadas e tem painel OLED. O display suporta resolução 2,8K, tem taxa de atualização variável de 120 Hz e HDR. O sistema de áudio utiliza quatro alto-falantes da Harman Kardon, além de ter suporte para Dolby Atmos.

Zenbook S 14 possui tela OLED de 14 polegadas (Imagem: Divulgação/Asus)

Outro elemento que o Zenbook S 14 adota do Zenbook S 16 é o amplo touchpad. Ele mede 16 cm de largura, que é praticamente metade da parte inferior do laptop. O touchpad também suporta os atalhos nas laterais, que permite controlar o volume e brilho da tela.

O Zenbook S 14 possui entrada HDMI 2.1, duas portas Thunderbolt 4, USB 3.2 Gen 2 Tipo A e entrada para fone e microfone. Na parte de conexão, há Bluetooth e Wi-Fi 6E.

No vídeo: conheça o Zenbook S 16, lançado há duas semanas

Asus Zenbook S 14 estreia Intel Core Ultra de 2ª geração no Brasil

Asus Zenbook S 14 estreia Intel Core Ultra de 2ª geração no Brasil
Fonte: Tecnoblog