Category: Computador

Asus lança no Brasil notebook ultrafino Zenbook S 13 OLED

Asus lança no Brasil notebook ultrafino Zenbook S 13 OLED

A Asus lançou nesta quinta-feira (3) o Zenbook S 13 OLED no mercado brasileiro. Com 1 cm de espessura, ele é anunciado como o notebook é o mais fino do mundo entre os que têm telas OLED. Além disso, conta com processadores i5 e i7 da 13ª geração da Intel, até 32 GB de RAM e 1 TB de armazenamento. A empresa também apresentou outros três modelos: o Zenbook 14X, o Vivobook 16X e o Vivobook 15X OLED.

Asus Zenbook S 13 OLED (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

O Zenbook S 13 OLED foi apresentado em abril de 2023 e agora faz sua estreia no Brasil.

A tela OLED de 13,3 polegadas conta com regulagem automática de brilho e temperatura de cor. Ela oferece certificação Pantone, além de 100% da gama de cores DCI-P3 e 133% da sRGB. A resolução é 2.8K.

O display também tem suporte a Dolby Vision, para filmes e séries, e tempo de resposta de 0,2 ms, melhorando a experiência em games.

A Asus aproveitou a tecnologia OLED, que permite ligar e desligar pixels individualmente, para economizar bateria. Com o Target Mode ativado, o notebook pode escurecer janelas que estão inativas, diminuindo o consumo de energia.

Asus Zenbook S 13 OLED (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

A empresa também usa software para desligar e deslocar os pixels da tela de modo imperceptível para o usuário, como forma de tentar evitar o burn-in, nome dado às “queimaduras” das telas OLED.

Na parte de especificações técnicas, o Zenbook S 13 OLED traz opções com Core i5 e i7 de 13ª geração, gráficos Intel Iris Xe, até 32 GB de RAM, até 1 TB de armazenamento SSD e Wi-Fi 6E.

Além da espessura de apenas 1 cm, o Zenbook S 13 OLED pesa apenas 1 kg. Apesar de ser compacto, a dobradiça permite abertura de 180 graus. Além disso, ela cria uma pequena inclinação na base, com o objetivo de oferecer mais conforto.

Asus Zenbook S 13 OLED (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Para conseguir reduzir a espessura, a Asus passou a aplicar a tela em camadas. Os componentes internos também precisaram ser “afinados” e arranjados para otimizar o uso do espaço.

Outro aspecto de design é a resistência de nível militar MIL-STD 810H. O Zenfone S 13 OLED tem duas portas Thunderbolt 4, uma HDMI 2.1, duas USB-C 3.1 e uma saída de 3,5 mm para fonde de ouvido. O notebook conta ainda com alto-falantes Harman Kardon.

O Asus Zenbook S 13 OLED já está disponível na loja online da Asus. Ele custa a partir de R$ 9.999 à vista ou R$ 10.999 à prazo.

Informações do Zenbook S 13 OLED (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Asus Zenbook 14X OLED

A Asus também lançou no Brasil a nova geração do notebook Asus Zenbook 14X OLED. Com foco em performance, ele conta com processador Intel Core i9 de 13ª geração (i9-13900H) e até 32 GB de RAM LPDDR5.

Asus Zenbook 14X OLED (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Como o chip tem 45 W de TDP, a Asus recorreu à tecnologia IceCool, com dois tubos de calor e dutos. A empresa promete ruído menor que 40 dB.

Apesar do foco em desempenho, ele tem 1,69 cm de espessura e 1,5 kg de peso. A bateria de 70 Wh promete até 10 horas de autonomia. Além disso, o notebook conta com carregamento rápido e suporte à USB-C Easy Charge.

Na parte visual, o Asus Zenbook 14X OLED tem tela Lumina OLED HDR, resolução de 2.8K e 120 Hz de taxa de atualização. Em conectividade, o suporte a Wi-Fi 6E é o destaque.

O Asus Zenbook 14X OLED chega às lojas brasileiras até o fim de agosto. O preço ainda não foi divulgado.

Informações do Zenbook 14X OLED (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Asus Vivobook 16X e 15X OLED

A Asus trouxe ainda dois novos notebooks da linha Vivobook: o Vivobook 16X e o Vivobook 15X OLED.

Asus Vivobook 16X (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

O Vivobook 16X tem como maior destaque a placa gráfica Nvidia RTX 2050, com até 4 GB de RAM GDDR6 e ray tracing. O processador é um Intel Core i5 de 12ª geração da série H.

Completando as especificações de desempenho, estão até 16 GB de RAM DDR4 e até 512 GB de armazenamento SSD.

Informações do Asus Vivobook 16X (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Já o Vivobook 15X OLED, como o nome indica, tem a tela como diferencial. O display Lumina OLED de 15,6 polegadas, que conta com certificação Pantone e 100% da gama DCI-P3.

Este modelo tem processador Intel Core i7 de 12ª geração, até 16 GB de RAM e até 512 GB de armazenamento SSD.

O Asus Vivobook 16X chega à loja da marca ainda em agosto. Já o Vivobook 15X OLED desembarca em setembro. Os preços ainda não foram divulgados.
Asus lança no Brasil notebook ultrafino Zenbook S 13 OLED

Asus lança no Brasil notebook ultrafino Zenbook S 13 OLED
Fonte: Tecnoblog

Samsung lança Galaxy Book 3 Ultra no Brasil com Nvidia RTX 4070; veja preço

Samsung lança Galaxy Book 3 Ultra no Brasil com Nvidia RTX 4070; veja preço

A Samsung iniciou as vendas do Galaxy Book3 Ultra no Brasil. O novo notebook topo de linha da fabricante sul-coreana é equipado com processador Intel Core i9 13ª geração e placa de vídeo Nvidia RTX 4070 — trazendo ray tracing para o laptop. O valor sugerido no lançamento é R$ 24.999.

Galaxy Book3 Ultra chega por R$ 24.999 (Imagem: Divulgação/Samsung)

Apesar de absurdamente caro, o valor do laptop é (infelizmente) “padrão” no segmento premium e “gamer” — a Samsung não chega a divulgar o produto como notebook gamer. Alguns laptops gamers e com processador e GPU de geração anteriores ao do Galaxy Book3 Ultra custam facilmente mais de R$ 14.000.

Notebook é fabricado no Brasil e traz algo “pioneiro”

Segundo a Samsung, o Galaxy Book3 Ultra é o primeiro notebook com processador Intel Core i9 13900H ( 13ª geração de codinome Raptor Lake) fabricado no Brasil. A 13ª geração dos CPUs da Intel foi lançada em outubro de 2022, mas as versões mobile só foram apresentadas em janeiro deste ano.

Assim como os processadores da 12ª geração, os Intel Core Raptor Lake utilizam a arquitetura híbrida. Essa configuração é idêntica aos SoCs de celulares, com núcleos para tarefas de alto desempenho e outros para ações menos exigentes.

No caso do i9 de 13ª geração, são 6 núcleos de performance e 8 de eficiência. O total de threads são 20, sendo que somente os núcleos para alto desempenho realizam o multi-thread.

Galaxy Book3 Ultra tem tela Dynamic Amoled 2X (Imagem: Divulgação/Samsung)

A Samsung não chegou a revelar a expectativa de duração da bateria, mas a configuração de núcleos híbridos deve dar um bom tempo de uso.

Porém, se você exigir muito dessa boa combinação entre Intel Core i9 e Nvidia RTX 4070, é bem provável que o seu tempo de uso seja bem encurtado — exemplo, jogando um Red Dead Redemption 2 com a melhor configuração possível para o Galaxy Book3 Ultra.

A Nvidia RTX 4070 possui 8 GB de memória VRAM do tipo GDDR6. Para exibir os gráficos gerados pela GPU, a Samsung equipou o Galaxy Book3 Ultra com um tela Dynamic AMOLED 2X. A resolução máxima é de 3K.

O Book3 Ultra possui 32 GB de memória RAM e sai de fábrica com um SSD de 1 TB de capacidade.
Samsung lança Galaxy Book 3 Ultra no Brasil com Nvidia RTX 4070; veja preço

Samsung lança Galaxy Book 3 Ultra no Brasil com Nvidia RTX 4070; veja preço
Fonte: Tecnoblog

O que são processadores e quais os tipos usados em celulares, PCs e câmeras?

O que são processadores e quais os tipos usados em celulares, PCs e câmeras?

Processadores servem para controlar funções e executar operações em smartphones, PCs, câmeras e outros eletrônicos. Chips especializados, como GPUs e NPUs, podem realizar cálculos, processar gráficos, treinar inteligências artificiais, entre outras tarefas, enquanto uma CPU é um processador de uso geral.

Uma placa de vídeo com GPU (acima) e um processador central (CPU) fabricado pela Intel (Imagem: Everton Favretto/Tecnoblog)

Os processadores são definidos por suas propriedades, incluindo litografia, quantidade de núcleos, velocidade do clock, arquitetura e conjunto de instruções. A seguir, entenda mais sobre os principais tipos de processadores presentes em eletrônicos de consumo, os atributos em comum e suas respectivas funções.

ÍndiceQuais são os principais tipos de processadores?Para que serve a Unidade Central de Processamento (CPU)?Para que serve a Unidade de Processamento Gráfico (GPU)?Para que serve a Unidade de Processamento Neural (NPU)?Para que serve um Processador Digital de Sinal (DSP)?Para que serve um Processador de Sinal de Imagem (ISP)?O que é a litografia de um processador?O que são nanômetros no processador?O que são transistores de um processador?O que é a arquitetura de um processador?O que é o conjunto de instruções de um processador?Qual é a diferença entre RISC e CISC?Qual é a diferença entre processador Arm e x86?Qual é a diferença entre processador 64 bits e 32 bits?O que é o clock do processador?O que é overclock do processador?Para que serve o núcleo do processador?O que é um processador multicore?O que são threads do processador?O que é a tecnologia Hyper-Threading?O que é o TDP de um processador?O que é um microprocessador?Quem inventou o primeiro microprocessador?Quais eram as especificações do primeiro microprocessador?O que diz a Lei de Moore sobre processadores?Quais são as principais linhas de processadores?Processador de notebook serve em PC (desktop)?

Quais são os principais tipos de processadores?

CPU (Unidade Central de Processamento), GPU (Unidade de Processamento Gráfico), NPU (Unidade de Processamento Neural) e ISP (Processador de Sinal de Imagem) são alguns dos principais tipos de processadores encontrados em celulares, câmeras e computadores.

Para que serve a Unidade Central de Processamento (CPU)?

A CPU serve para executar instruções gerais de programas, funcionando como o “cérebro” do computador. Ela é dividida em três componentes principais: a Unidade Lógica Aritmética (ULA), a Unidade de Controle (UC) e os Registradores. Por ser a unidade central de processamento, é muitas vezes chamada apenas de “processador”.

Para que serve a Unidade de Processamento Gráfico (GPU)?

A GPU serve para processar gráficos de forma eficiente, sendo fundamental para renderização de jogos, edição de vídeo e outras aplicações visuais. Baseia-se no processamento paralelo para executar múltiplas operações gráficas simultaneamente e pode ter centenas ou milhares de núcleos de processamento independentes.

Placa de vídeo com GPU Nvidia instalada em um desktop (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Para que serve a Unidade de Processamento Neural (NPU)?

A NPU serve para acelerar tarefas relacionadas à inteligência artificial, como deep learning, redes neurais e visão computacional em celulares e computadores. Também chamada de Unidade de Processamento Inteligente (IPU), pode melhorar a qualidade de imagens em Smart TVs por meio de uma técnica conhecida como upscaling.

Para que serve um Processador Digital de Sinal (DSP)?

Um DSP serve para processar sinais digitais, como áudio e vídeo, em tempo real. É útil em aplicações como codificação e decodificação de vídeos de alta resolução, cancelamento ativo de ruído (ANC) em fones de ouvido e filtros de melhoria de qualidade de imagem.

Para que serve um Processador de Sinal de Imagem (ISP)?

Um ISP serve para processar as imagens capturadas por câmeras. Trabalha em conjunto com outros processadores do SoC (System-on-a-chip), como o DSP e a CPU, para gerenciar as cores, reduzir o ruído e melhorar a nitidez das cenas fotografadas e filmadas pelo celular, notebook, câmera digital e outros eletrônicos com sensores de imagem.

Galaxy Z Fold 5 tem ISP Spectra, do Snapdragon 8 Gen 2 for Galaxy, para processar imagens das câmeras (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O que é a litografia de um processador?

Litografia é a tecnologia de fabricação usada na produção de um semicondutor, como um processador de silício. Ela afeta diretamente fatores como a densidade de transistores, a velocidade de processamento, a eficiência energética e o gerenciamento de calor do chip.

O que são nanômetros no processador?

A litografia de um processador é expressa em nanômetros (nm). Quanto menor o valor em nanômetros, maior tende a ser o número de transistores dentro do processador em uma mesma área física.

O que são transistores de um processador?

Transistores são componentes semicondutores, normalmente feitos de silício, que controlam a corrente elétrica. Em um processador, transistores agem como interruptores, controlando o fluxo de eletricidade e, consequentemente, a execução das instruções e dos cálculos.

O que é a arquitetura de um processador?

A arquitetura de um processador se refere ao projeto do chip e à forma como ele processa os dados. Há dois tipos de arquiteturas: a von Neumann, mais comum em processadores modernos, e a Harvard.

Arquitetura von Neumann: usa uma memória única para armazenar tanto os dados quanto as instruções que estiverem sendo executadas. Ela consiste em um processador que realiza os cálculos, uma unidade de controle que coordena as operações e um barramento que interliga todos os componentes.

Arquitetura Harvard: tem memórias separadas para dados e programas, o que significa que o processador pode acessar instruções e manipular dados ao mesmo tempo. É mais usada em sistemas embarcados e pequenos microcontroladores, como os usados em eletrodomésticos, por ser mais eficiente para tarefas muito específicas.

O conjunto de instruções se refere às operações que o processador é capaz de executar. Pode ser do tipo RISC (Reduced Instruction Set Computer), que se baseia em instruções simplificadas e em menor quantidade, ou CISC (Complex Instruction Set Computing), que traz instruções mais complexas para aplicações específicas.

Snapdragon 865, um SoC projetado pela Qualcomm, tem uma arquitetura de conjunto de instruções do tipo Arm (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

O que é o conjunto de instruções de um processador?

O conjunto de instruções é uma parte da arquitetura que especifica quais operações um processador pode executar. Uma instrução pode ser uma operação de soma, subtração, multiplicação e divisão, ou um comando para carregar e armazenar dados.

A arquitetura do conjunto de instruções (ISA) serve como ponte entre o hardware e o software do computador. Um programa deve ser escrito de acordo com as especificações da ISA para que seja executado de maneira nativa, com a maior eficiência possível, sem necessidade de técnicas como emulação ou virtualização.

A microarquitetura é a forma como a ISA é implantada no processador. Chips diferentes podem ter a mesma ISA e entender o mesmo conjunto de instruções. No entanto, se tiverem microarquiteturas diferentes, eles executarão as instruções de maneiras diferentes, o que interferirá no desempenho e na eficiência energética.

Qual é a diferença entre RISC e CISC?

A diferença entre RISC e CISC está na abordagem do conjunto de instruções:

RISC (Computador com um conjunto reduzido de instruções): tem um conjunto de instruções simples e otimizadas. Sua ideia principal é executar mais instruções em menos tempo. Tem um pipeline mais eficiente, já que menos etapas são necessárias para cada instrução, o que tende a reduzir o consumo de energia;

CISC (Computador com um conjunto complexo de instruções): tem conjunto de instruções variadas e complexas. Sua ideia principal é minimizar o número de instruções por programa, já que uma única instrução pode executar várias operações complexas de baixo nível. Pode consumir mais energia.

Ou seja, RISC é um tipo de arquitetura de processador com um conjunto menor e mais simples de instruções, enquanto o CISC possui um conjunto maior e mais complexo de instruções.

Qual é a diferença entre processador Arm e x86?

A diferença entre Arm e x86 é o conjunto de instruções. Processadores Arm são facilmente encontrados em dispositivos móveis e são projetados com ênfase em eficiência energética, enquanto os modelos x86 são comuns em desktops e servidores, nos quais o desempenho bruto é mais importante.

Intel Pentium D, um processador dual-core com arquitetura CISC x86 (Imagem: Everton Favretto/Tecnoblog)

Qual é a diferença entre processador 64 bits e 32 bits?

A diferença entre processadores de 64 bits e 32 bits está no endereçamento de memória e no processamento de dados. Um chip de 32 bits pode endereçar até 4 GB (232 bytes) de memória e processar dados em pedaços de 32 bits. Já um chip de 64 bits pode endereçar até 18,4 EB (264 bytes) de memória e processar dados em pedaços de 64 bits, o que permite maior desempenho em operações complexas.

O que é o clock do processador?

O clock do processador estabelece o número de ciclos que o chip executa em um segundo. É medido em Hertz (Hz), geralmente na escala de megahertz (MHz) ou gigahertz (GHz). Quanto maior a frequência, mais operações um processador pode executar a cada segundo, o que tende a aumentar seu desempenho.

O que é overclock do processador?

Overclock é a prática de aumentar o clock de um processador além do limite pré-estabelecido pela fabricante. Quando uma CPU com clock base de 3 GHz é configurada pelo usuário para operar a 4 GHz, dizemos que foi realizado um overclock.

O overclock pode elevar o consumo de energia e a temperatura do processador. Se o sistema de resfriamento for insuficiente para atender à frequência mais alta, o chip pode ser danificado permanentemente.

Para que serve o núcleo do processador?

O núcleo do processador, também chamado de “core”, é responsável por executar as operações e cálculos em um computador. Cada núcleo físico ou virtual de um chip pode operar de maneira independente, o que permite executar múltiplas tarefas simultaneamente e melhora o desempenho.

O que é um processador multicore?

A tecnologia multicore permite que um processador tenha múltiplos núcleos. São exemplos os processadores quad-core (4 núcleos) e octa-core (8 núcleos), comuns em dispositivos como smartphones e notebooks. O objetivo do multicore é aumentar a velocidade de processamento ao executar mais de uma operação ao mesmo tempo.

Processador Intel Core 2 Duo T7200, uma CPU com dois núcleos (Imagem: Everton Favretto/Tecnoblog)

O que são threads do processador?

Threads de um processador são sequências de instruções que fazem parte de um processo principal. Um programa é organizado em processos, e cada processo é dividido em threads. Quando um processador suporta multithreading, ele pode executar dois ou mais threads simultaneamente, o que melhora o desempenho.

O que é a tecnologia Hyper-Threading?

Hyper-Threading (HT) é a tecnologia de multithreading simultâneo da Intel que aumenta a eficiência ao permitir que cada núcleo físico da CPU execute dois threads ao mesmo tempo. Foi lançado pela primeira vez em um processador doméstico em novembro de 2002, no Pentium 4 HT de microarquitetura Northwood.

O nome Hyper-Threading é de propriedade da Intel, mas há outras fabricantes que usam tecnologias similares, como o AMD Simultaneous Multi-Threading (SMT), presente na família de microarquiteturas Zen.

O que é o TDP de um processador?

TDP (Thermal Design Power) representa a quantidade máxima de calor que um processador gera em condições normais. É expresso em watts (W) e serve para entender as necessidades de resfriamento de um chip, como uma CPU em um notebook ou uma GPU em uma placa de vídeo. Saber o TDP é importante para evitar o superaquecimento do chip.

O que é um microprocessador?

Microprocessador é um circuito integrado compacto que executa operações lógicas e cálculos matemáticos. O nome é comumente usado para se referir à Unidade Central de Processamento (CPU), que é o principal responsável por executar programas em um computador.

Quem inventou o primeiro microprocessador?

O primeiro microprocessador, Intel 4004, foi inventado por uma equipe de engenheiros da Intel composta por Ted Hoff, Federico Faggin e Stanley Mazor.

O Intel 4004 foi anunciado em 15 de novembro de 1971. Ele foi o primeiro microprocessador vendido ao público, por US$ 60 em valores da época.

Intel 4004, o primeiro microprocessador (Imagem: Divulgação/Intel)

Quais eram as especificações do primeiro microprocessador?

O Intel 4004 tinha clock de 740 a 750 kHz (kilohertz) e arquitetura BCD de 4 bits. Era fabricado em um processo de 10 micrômetros, ou 10.000 nanômetros, e tinha 2.300 transistores mais finos que um fio de cabelo. Processadores modernos podem ter bilhões de transistores com 5 nanômetros ou menos.

O chip foi usado na calculadora Busicom 141-PF, que tinha memória, 4 funções (soma, subtração, multiplicação e divisão) e impressão de resultados com até 15 dígitos.

O que diz a Lei de Moore sobre processadores?

A Lei de Moore é uma observação feita por Gordon E. Moore, cofundador da Intel, em 1965. A versão mais atualizada da previsão dizia que o número de transistores em um processador dobraria a cada 2 anos, ou seja, o desempenho dos chips evoluiria de forma exponencial.

A previsão está sendo desafiada nos últimos anos porque a miniaturização dos transistores está se aproximando dos limites físicos. À medida que se eles se tornam tão pequenos quanto átomos, surgem problemas técnicos que dificultam a continuidade da miniaturização no mesmo ritmo das últimas décadas.

Quais são as principais linhas de processadores?

Intel Core: lançada em 2006, tem como características sua alta performance em PCs. A linha Core é subdividida em Core i3 (entrada), Core i5 (intermediário), Core i7 (alto desempenho) e Core i9 (performance extrema);

Intel Pentium: lançada originalmente em 1993, a linha Pentium se tornou voltada para o segmento de entrada, oferecendo desempenho básico a um preço menor. Era a principal marca de CPUs da Intel antes da linha Core;

Intel Xeon: é a linha de processadores da Intel para servidores e estações de trabalho (workstations). Foi lançada em 1998 e tem foco em alto desempenho, podendo operar em conjunto com outros processadores do mesmo modelo no mesmo computador;

AMD Ryzen: lançada em 2017, é a marca de processadores de alto desempenho da AMD para PCs. A linha Ryzen é subdividida em Ryzen 3 (entrada), Ryzen 5 (intermediário), Ryzen 7 (alto desempenho) e Ryzen 9 (performance extrema);

AMD Athlon: criada originalmente em 1999, a linha Athlon se tornou voltada para os segmentos de entrada e intermediário, oferecendo desempenho básico para tarefas cotidianas. O Athlon foi o principal concorrente do Intel Pentium até o final da década de 2000;

AMD Epyc: é a linha de processadores da AMD projetada para servidores de alto desempenho. Geralmente conta com um grande número de núcleos e suporte a altas quantidades de memória;

AMD Radeon: reúne os processadores gráficos (GPUs) da AMD. Foi criada em 2000 pela ATI Technologies, empresa comprada pela AMD em 2006.

Nvidia GeForce: reúne os processadores gráficos (GPUs) da Nvidia. É a principal marca da Nvidia para placas de vídeo voltadas ao usuário doméstico e muito usada em aplicações de GPGPU (Unidade de Processamento Gráfico de Propósito Geral).

Qualcomm Snapdragon: lançada em 2007, é uma linha de System-on-a-Chip (SoC) muito popular em smartphones e tablets com Android. Reúne CPU, GPU, modem e outros componentes dentro do mesmo chip;

Samsung Exynos: linha de SoCs da Samsung criada em 2010. É comum em celulares e tablets da linha Samsung Galaxy.

Apple Silicon: são os processadores da Apple usados principalmente em Macs. Os chips da linha Apple M1, M2 e sucessores têm arquitetura Arm e substituíram os processadores da Intel, com arquitetura x86, em desktops e laptops da Apple.

Processador de notebook serve em PC (desktop)?

Não, pois processadores de notebooks geralmente são soldados diretamente na placa-mãe e têm soquete diferente das CPUs para desktops, que são especificamente projetadas para serem removíveis e substituíveis.
O que são processadores e quais os tipos usados em celulares, PCs e câmeras?

O que são processadores e quais os tipos usados em celulares, PCs e câmeras?
Fonte: Tecnoblog

Turbo Boost e Turbo Core: o que é o modo turbo em processadores?

Turbo Boost e Turbo Core: o que é o modo turbo em processadores?

Turbo Boost e Turbo Core são tecnologias desenvolvidas pela Intel e AMD, respectivamente, que elevam dinamicamente a frequência (clock) dos processadores. Também conhecido como modo turbo, esse tipo de recurso faz a CPU ter aumento de desempenho em tarefas que exigem muito processamento.

O que é o modo turbo em processadores? (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

ÍndicePara que serve o modo turbo do processador?O que é o Intel Turbo Boost?Quais são as versões do Intel Turbo Boost?O Intel Turbo Boost impulsiona todos os núcleos?Como saber se o processador tem Turbo Boost?O que é o AMD Turbo Core?O AMD Turbo Core impulsiona todos os núcleos?Como saber se o processador tem Turbo Core?É seguro usar o modo turbo no processador?Qual é a diferença entre modo turbo e overclock?

Para que serve o modo turbo do processador?

O modo turbo permite aos núcleos do processador funcionarem com uma taxa de clock acima da frequência base (padrão). O procedimento faz a CPU ter um aumento de desempenho temporário para otimizar a execução de tarefas complexas.

O ajuste do clock no modo turbo ocorre de forma dinâmica, ou seja, é aplicado proporcionalmente à demanda de processamento e somente durante o tempo necessário. Esse controle evita que o processador gaste energia desnecessariamente.

Como o modo turbo tende a aumentar o consumo energético, o chip também pode gerar mais calor. Porém, o recurso é implementando em uma margem de segurança para não haver risco de superaquecimento, mesmo que o clock atinja velocidade máxima.

Fabricantes podem adotar nomenclaturas diferentes para se referir a esse mecanismo, como o Intel Turbo Boost e o AMD Turbo Core.

O que é o Intel Turbo Boost?

Intel Turbo Boost é uma tecnologia que realiza um aumento dinâmico da velocidade de clock em determinados processadores de linhas como Intel Core e Intel Xeon. O procedimento ocorre gradativamente até alcançar a frequência adequada para a tarefa em execução ou atingir o clock máximo do chip.

Quais são as versões do Intel Turbo Boost?

O Intel Turbo Boost foi introduzido em 2008 e, com o passar do tempo, ganhou novas versões. São elas:

Turbo Boost 1.0: a primeira versão surgiu nas CPUs Core i7 (Bloomfield) lançadas no final de 2008 para aumentar a taxa de clock sob demanda, desde que os limites de TDP e temperatura não sejam excedidos;

Turbo Boost 2.0: introduzida em 2011 com os chips Sandy Bridge, adiciona um controle de tempo para a sua ativação, o que a torna mais eficiente. Também tem recursos que podem ser regulados pelos fabricantes de PCs;

Turbo Boost Max 3.0: lançada em 2019, essa é uma tecnologia que aumenta a eficiência dos núcleos mais potentes da CPU, aplicando ajustes de frequência individualmente e direcionados às cargas de trabalho mais pesadas a eles.

A tecnologia Turbo Boost Max 3.0 não substitui o Turbo Boost 2.0, mas o complementa. Por isso, muitos processadores da Intel contam com as duas tecnologias, principalmente os modelos de alto desempenho.

Os chips Intel Core de 13ª geração mais avançados têm Turbo Boost (imagem: divulgação/Intel)

O Intel Turbo Boost impulsiona todos os núcleos?

A tecnologia Intel Turbo Boost pode aumentar dinamicamente a frequência de todos os núcleos da CPU. A exceção fica para a variação Turbo Boost Max 3.0, que impulsiona somente a frequência dos núcleos mais potentes.

Para o Turbo Boost entrar em ação, parâmetros como TDP (Thermal Design Power), tensão e temperatura são monitorados. Se as medições indicarem que há margem para que esses parâmetros aumentem dentro de um patamar seguro e funcional, a frequência de cada núcleo é elevada de acordo com a distribuição da carga de trabalho.

Embora o Turbo Boost possa modificar o clock de mais de um núcleo ao mesmo tempo, esse ajuste é feito em nível single core, isto é, se limita à capacidade máxima de aumento de cada núcleo.

O processador Core i5-13600K é um exemplo. Ele tem seis núcleos de alto desempenho e oito núcleos de eficiência energética (menos potentes). As frequências máximas que esses núcleos alcançam são as seguintes:

Core i5-13600KNúcleos de alto desempenhoNúcleos de eficiência energética Quantidade68 Frequência base3,5 GHz2,6 GHz Turbo Boost máximo5,1 GHz3,9 GHz 

Como saber se o processador tem Turbo Boost?

A maneira mais prática de saber se o seu processador suporta a tecnologia Turbo Boost é pesquisando pelo nome exato do modelo do site da Intel. A página do produto informa todas as especificações do chip, incluindo se há suporte à tecnologia e em quais frequências máximas.

Para descobrir o nome do seu processador, no Windows 10 ou 11, basta acessar o Gerenciador de Tarefas a partir do campo de pesquisa da Barra de Tarefas ou com o atalho de teclado Ctrl + Shift + Esc. Vá em Desempenho e CPU. O nome da CPU aparece no canto superior da tela.

Se você usa uma distribuição Linux, pode descobrir o nome da CPU digitando o comando lscpu em um terminal.

Nome da CPU no Gerenciador de Tarefas do Windows 11 (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

O que é o AMD Turbo Core?

Turbo Core é a tecnologia de dimensionamento de frequência dinâmica da AMD, que permite aumentar temporariamente o clock quando há cargas de trabalho exigentes, de modo a otimizar o desempenho do processador. Trata-se de uma tecnologia similar ao Intel Turbo Boost.

A tecnologia Turbo Core está presente em linhas de CPUs como AMD Ryzen e AMD Epyc, mas foi introduzida em 2010, junto com os chips Phenom II X6.

Nos chips Ryzen, mais atuais, a tecnologia traz alguns incrementos importantes, como o modo Precision Boost, uma evolução que eleva a frequência de operação para o nível mais elevado possível, mas ainda dentro de padrões de segurança.

O AMD Turbo Core impulsiona todos os núcleos?

A tecnologia AMD Turbo Core pode impulsionar o funcionando de todos os núcleos simultaneamente, dependendo das especificações de cada chip e da carga de trabalho a ser processada.

O processo é feito de modo incremental, até o clock atingir um patamar correspondente ao TDP máximo do chip. Alguns mecanismos, como o thermal throttling (redução da frequência para controle da temperatura), entram em ação para evitar que o Turbo Core ultrapasse limites de consumo ou temperatura.

Como saber se o processador tem Turbo Core?

O Turbo Core está presente em linhas como AMD Ryzen e AMD Epyc. Para ter certeza de que seu processador suporta a tecnologia, pesquise pelo nome do chip no site da AMD. Se a página do produto indicar um clock máximo em modo boost ou o uso da tecnologia Precision Boost, o Turbo Core está presente.

Se você não souber o nome exato de sua CPU, consulte o Gerenciador de Tarefas (área Desempenho / CPU) do Windows ou use o comando lscpu no Linux para obter essa informação.

Os chips Ryzen 7000 têm Turbo Core / Precision Boost (imagem: divulgação/AMD)

É seguro usar o modo turbo no processador?

As tecnologias de modo turbo são seguras, pois fazem ajuste automático da frequência. Isso permite que a velocidade de clock seja aumentada para o nível mais apropriado e evita consumo excessivo de energia e superaquecimento.

Processadores modernos também contam com mecanismos de segurança que reduzem o clock em caso de elevação exagerada de temperatura. Mesmo assim, é importante adotar alguns cuidados, como instalar um sistema de resfriamento apropriado para o chip em uso.

Qual é a diferença entre modo turbo e overclock?

O modo turbo realiza um ajuste automático que aumenta a velocidade de clock durante a execução de tarefas pesadas. O procedimento é controlado pela própria CPU e mantido dentro de seus limites de operação. Já o overclock do processador é um aumento de frequência configurado pelo próprio usuário, ou seja, é um processo manual.

Em linhas gerais, o modo turbo é mais seguro porque a tecnologia aplica apenas os acréscimos de clock necessários para a carga de trabalho em execução. O procedimento é revertido automaticamente se a temperatura do chip atingir níveis perigosos.

O overclock é mais arriscado porque toda ou parte da configuração aplicada é definida pelo usuário. Porém, o procedimento tem a vantagem de permitir ajustes mais minuciosos no clock quando feito por alguém com conhecimentos sobre o assunto e com o uso de mecanismos avançados de resfriamento.
Turbo Boost e Turbo Core: o que é o modo turbo em processadores?

Turbo Boost e Turbo Core: o que é o modo turbo em processadores?
Fonte: Tecnoblog

O que são threads do processador e quais os benefícios do multithreading?

O que são threads do processador e quais os benefícios do multithreading?

Thread (linha de execução) é uma sequência de instruções que faz parte de um processo principal. Um software é organizado em processos. Cada processo é dividido em threads, que formam tarefas independentes, mas relacionadas entre si. CPUs podem realizar multithreading simultâneo (SMT) para ter mais desempenho.

O que são os threads do processador? (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

ÍndiceComo funcionam os threads de um processador?O que é multithreading simultâneo (SMT)?O que é a tecnologia Hyper-Threading?Quais são as vantagens das threads em computação?Quanto mais threads, melhor o processador?Como saber o número de threads do processador?Como ver o número de threads no Windows?Como descobrir a quantidade de threads da CPU no Mac?Qual comando para ver o número de threads de CPU no Linux?Qual é a diferença entre multithreading e multi-core?Qual é a diferença entre thread e processo?

Como funcionam os threads de um processador?

Os sistemas operacionais organizam as tarefas a serem executadas em processos, que são divididos em um ou mais threads.

Cada processo é uma sequência de instruções que está ligada a um software. Se um processo está sendo executado por um núcleo do processador, significa que o software ligado a ele está em execução. Os threads formam conjuntos menores de instruções dentro de uma tarefa maior.

CPUs modernas suportam multithread (ou multithreading), conceito em que dois ou mais threads são executados simultaneamente para aumentar a eficiência do sistema. Para isso, cada thread é direcionado a um núcleo do processador.

Os núcleos físicos da CPU podem ainda ser divididos em núcleos virtuais por meio da técnica de SMT.

O que é multithreading simultâneo (SMT)?

Multithreading simultâneo (SMT) é uma técnica que permite que múltiplos threads sejam executados ao mesmo tempo por um único núcleo físico do processador.

As CPUs seguem um fluxo de processamento sequencial de dados, ao contrário da GPUs (chips para processamento gráfico), que podem ter até milhares de núcleos para permitir processamento paralelo. Ao possibilitar a execução simultânea de vários threads, o SMT compensa essa limitação nas CPUs.

As técnicas de SMT fazem os núcleos físicos serem divididos em núcleos virtuais, cada um deles também chamado de thread. Assim, se um processador quad-core tiver dois threads por núcleos, ele terá quatro núcleos e oito threads. Da mesma forma, um chip octa-core terá oito núcleos e 16 threads.

Na implementação do SMT, a execução dos threads não é exatamente simultânea. Os núcleos físicos fazem seu trabalho de modo sequencial, mas alternam tão rapidamente entre os threads que é como se a execução deles ocorresse ao mesmo tempo.

Nem sempre a quantidade de threads equivale ao dobro do número de núcleos. Nos chips Core de 12ª geração e sucessores, a Intel implementou dois threads somente nos núcleos de alto desempenho, deixando os núcleos de eficiência energética (menos potentes) com um thread cada.

O que é a tecnologia Hyper-Threading?

Hyper-Threading é o mecanismo de multithreading simultâneo (SMT) da Intel. A tecnologia permite que a CPU tenha aumento de eficiência ao fazer cada núcleo físico executar dois threads ao mesmo tempo, abordagem útil principalmente erm softwares complexos, como editores de vídeo.

A tecnologia Hyper-Threading está presente em linhas de processadores como Intel Core, Intel Core vPro (com recursos corporativos) e Intel Xeon (para servidores e workstations).

Hyper-Threading (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Quais são as vantagens das threads em computação?

O uso de threads para execução de instruções tem as seguintes vantagens:

Aumento de velocidade: a divisão de tarefas em threads é um método de paralelismo que otimiza o fluxo de instruções a serem executadas, contribuindo para o aumento de desempenho da CPU;

Maior eficiência: o uso de threads diminui o risco de núcleos ficarem ociosos à espera de dados ou instruções;

Compartilhamento de recursos: como os threads estão relacionados em si, eles compartilham determinados recursos, como endereçamento de memória e dados específicos;

Controle de custos: a abordagem dos threads pode reduzir os custos de desenvolvimento de um chip porque a otimização do fluxo de execução elimina a necessidade de mais núcleos físicos.

Quanto mais threads, melhor o processador?

O multithreading otimiza o fluxo de execução, mas nem sempre isso é o suficiente para tornar um processador melhor do que outro. Uma implementação exagerada de threads por fazer o chip demandar muita energia ou exigir uma restruturação de arquitetura.

Além disso, o desempenho geral é determinado por vários outros parâmetros, como a velocidade do clock, o tamanho do cache do processador, o processo de litografia e, claro, número de núcleos físicos.

Como saber o número de threads do processador?

Os principais sistemas operacionais para desktops e servidores têm recursos nativos que permitem verificar o número de threads do processador em uso. No Windows, essa informação aparece no Gerenciador de Tarefas. No macOS e no Linux, há comandos que revelam esse detalhe.

Como ver o número de threads no Windows?

Se você usa o Windows 10 ou 11, basta digital digitar “Gerenciador de Tarefas” no campo de busca da Barra de Tarefas. O recurso também é encontrado na tela de bloqueio do sistema ou com o atalho de teclado Ctrl + Shift + Esc.

Com o Gerenciador de Tarefas aberto, vá em “Desempenho” e “CPU”. A quantidade de threads é informada abaixo do gráfico de desempenho, no campo “Processadores Lógicos”.

Número de threads no Windows 11 (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Como descobrir a quantidade de threads da CPU no Mac?

Um jeito rápido de descobrir o número de threads da CPU no macOS é abrindo o terminal e digitando o seguinte comando:

sysctl -n hw.logicalcpu

O número de threads será informado na linha logo abaixo do comando.

Checandos os threads da CPU no macOS (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Qual comando para ver o número de threads de CPU no Linux?

Nas distribuições Linux, o número de threads e outros detalhes da CPU são informados com o seguinte comando em um terminal:

lscpu

A informação está na linha “Thread(s) por núcleo”. Já a quantidade de núcleos é informado na linha “Núcleo(s) por soquete”. Basta então multiplicar um pelo outro. Em um chip dual-core com dois threads por núcleo, o número de threads é 4 (2 x 2).

Threads da CPU em distribuição Linux (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Qual é a diferença entre multithreading e multi-core?

O multithreading descreve a capacidade de um processador de lidar com múltiplos threads ao mesmo tempo. Já o multi-core identifica chips que têm dois núcleos físicos ou mais.

Essa diferenciação é importante porque o núcleo físico de um processador é uma unidade de execução completa, contendo Unidade Lógica e Aritmética (ULA), registradores e outros componentes. Já os threads funcionam como núcleos virtuais, fazendo os núcleos físicos alternarem rapidamente entre eles de modo a otimizar o fluxo de execução.

Multithreading e multi-core (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Qual é a diferença entre thread e processo?

Um processo é uma sequência de instruções que corresponde a um software ativo. Cada processo ocupa um espaço individual de memória que contém os dados necessários para a sua execução. Um software pode gerar mais de um processo, com todos eles sendo vinculados a um processo principal.

Já um thread é um segmento de um processo, como se formasse uma subtarefa. Nos sistemas operacionais convencionais, um processo sempre tem um ou mais threads. Essa abordagem melhora o aproveitamento de recursos da CPU e otimiza o fluxo de execução de instruções, dando mais eficiência à operação.
O que são threads do processador e quais os benefícios do multithreading?

O que são threads do processador e quais os benefícios do multithreading?
Fonte: Tecnoblog

O que é overclock do processador e quais os riscos dessa prática?

O que é overclock do processador e quais os riscos dessa prática?

Overclock é um procedimento que melhora o desempenho de uma CPU ou GPU com o aumento da velocidade de clock (frequência). Apesar dos benefícios, é preciso ter cautela. O overclock eleva o consumo de energia, o que pode fazer a temperatura do processador subir, causando instabilidade.

O overclock é frequente em PCs gamer (imagem: divulgação/Kingston)

A seguir, entenda quando o overclock é recomendado, e saiba quais são as vantagens e desvantagens desse procedimento.

ÍndiceQuando fazer overclock no processador?Posso fazer overclock na CPU?Posso fazer overclock na GPU?É possível fazer overclock no celular?Quais as vantagens de fazer overclock?Quantos FPS se ganha com overclock?É seguro fazer overclock no processador?Quais os riscos de fazer overclock no processador?Quantas vezes por dia posso fazer overclock?O que é preciso para fazer overclock?Qual é a diferença entre clock turbo e overclock?

Quando fazer overclock no processador?

O overclock faz os núcleos de uma CPU ou GPU funcionarem com uma frequência acima da taxa definida pelo fabricante. Esse procedimento é útil principalmente para aumentar a velocidade do processador durante a execução de jogos com gráficos 3D complexos.

Também é possível usar o overclock para que aplicativos avançados, como softwares de edição de vídeo, alcancem o melhor desempenho possível quando os recursos de hardware do computador estiverem em sua capacidade máxima.

Posso fazer overclock na CPU?

Sim, possível fazer overclock na Unidade Central de Processamento (CPU). Mas é preciso ter um processador compatível com overclock. Na Intel, os chips Core desbloqueados para isso costumam ser identificados com o sufixo “K”, a exemplo do modelo Core i9-13900K. Na AMD, o suporte a overclock é padrão na linha de CPUs Ryzen.

Para o overclock funcionar sem causar danos ao chip ou instabilidades, pode ser necessário trocar o sistema de resfriamento por um que suporte temperaturas mais elevadas. Mesmo com isso, é importante não exagerar no aumento do clock.

Posso fazer overclock na GPU?

Sim, é possível fazer overclock na Unidade de Processamento Gráfico (GPU). O overclock aumenta a frequência de trabalho da GPU de modo que aplicações gráficas rodem com mais eficiência. Nos jogos, o procedimento pode aumentar a taxa de quadros por segundo (FPS), prevenindo lentidões ou até travamentos em cenas movimentadas.

É comum que fabricantes de placa de vídeo forneçam software de overclock, a exemplo do MSI Afterburner e do Asus GPU Tweak. Por meio deles, é possível aumentar o clock e outros parâmetros de modo gradual, bem como monitorar o funcionamento da GPU após o procedimento.

PC com sistema com water cooler da Alphacool (imagem: reprodução/Intel)

É possível fazer overclock no celular?

É possível fazer overclock no celular, mas esse não é um procedimento recomendado. Isso porque, normalmente, o overclock em smartphones exige o uso de softwares ou configurações que alteram o funcionamento do aparelho, o que pode causar brechas de segurança ou instabilidades.

Para aumentar o desempenho do celular, principalmente em jogos, é mais seguro reduzir a execução de apps em segundo plano, instalar uma atualização de software do sistema assim que disponível e, nos jogos, usar configurações gráficas adequadas para o hardware do aparelho.

Quais as vantagens de fazer overclock?

A prática do overclock é motivada por benefícios como:

Aumento de desempenho: o overclock de CPU ou GPU pode melhorar a execução de aplicações gráficas exigentes. Nos jogos, o ganho de desempenho é perceptível quando ocorre aumento na média de FPS;

Redução de gargalos: aumentar a velocidade de clock pode ser uma solução contra travamentos ou lentidões em jogos e softwares pesados;

Aumento dos detalhes gráficos: quando o aumento de FPS não for o único objetivo, o overclock pode permitir que determinados jogos rodem com gráficos 3D mais detalhados;

Controle de gastos: se o overclock fizer um game ou outra aplicação funcionar com mais fluidez, o usuário não precisará fazer upgrade do processador ou trocar a placa de vídeo, por exemplo;

Testes: o overclock pode ser útil para testes de software ou de configurações de hardware específicas.

Quantos FPS se ganha com overclock?

Não há um número exato de taxa de quadros (FPS) que ganha com o overclock, pois esse fator depende de outros parâmetros, como otimizações de softwares, configurações gráficas aplicadas e demais recursos de hardware.

Em linhas gerais, o ideal é que o overclock resulte em um ganho mínimo de FPS de 10-20%. Dependendo do jogo, o mais importante é garantir que haja quadros por segundo suficientes para que não ocorra gargalos que afetam a experiência do jogador.

O overclock pode melhorar o desempenho de games, mas o ganho de FPS depende de vários fatores (imagem: Reprodução/Murilo Tunholi/Tecnoblog)

É seguro fazer overclock no processador?

O overclock é seguro se feito sem exageros e, quando for o caso, com mecanismos de resfriamento próprios para isso. Mas, mesmo com todos os cuidados, o procedimento não está livre de problemas como instabilidade do sistema ou diminuição da vida útil do processador.

Quais os riscos de fazer overclock no processador?

Entre os problemas que o overclock pode ocasionar estão:

Superaquecimento: a ausência de um mecanismo de resfriamento capaz de lidar com o aumento de calor gerado pelo overclock pode fazer o processador esquentar demais, situação capaz até de causar danos permanentes;

Consumo de energia maior: o aumento da frequência faz a CPU ou a GPU demandar mais energia elétrica. Em muitos casos, o overclock requer até o uso de uma fonte de alimentação com mais capacidade;

Instabilidade do sistema: um overclock com ajustes inadequados pode fazer o computador travar, reiniciar ou apresentar mensagens de erros;

Vida útil: fazer o chip funcionar com frequência acima do clock base por muito tempo pode causar desgaste ou danos precoces em determinados componentes;

Perda da garantia: fabricantes de CPUs, placas de vídeo e até placas-mãe podem anular a garantia do produto em caso de overclock. No entanto, essa política pode ser inexistente ou flexível dependendo da categoria do item;

Barulho: durante o overclock, os coolers (ventoinhas) do sistema de resfriamento podem trabalhar em alta rotação para dissipar o calor resultante, tornando o computador bastante barulhento.

Quantas vezes por dia posso fazer overclock?

Não existe um limite por período que valha para todas as situações. Para diminuir as chances de o overclock causar problemas, convém realizar o procedimento somente quando houver ganho real de desempenho e, se possível, monitorar temperatura e outros parâmetros com softwares específicos para isso.

O que é preciso para fazer overclock?

Fazer overclock exige recursos de hardware ou software adicionais, que variam de acordo com o dispositivo a passar pelo procedimento. Estas são as exigências mais comuns:

Processador desbloqueado: certifique-se de que a CPU não tem travas para impedir o overclock. Os chips AMD Ryzen não costumam ter bloqueio. Na Intel, os modelos Cores desbloqueados são identificados com a letra ‘K’;

Placa-mãe compatível: é preciso checar se a placa-mãe é compatível, permitindo ajustes a partir do BIOS. Modelos de baixo custo podem ser baseados em um chipset que não possibilita overclock;

Fonte de alimentação adequada: em casos extremos, a demanda por energia causada pela overclock ou exigida pelo sistema de resfriamento requer uma fonte de alimentação com mais capacidade;

Sistema de resfriamento: dependendo do overclock, o cooler que acompanha o processador não é suficiente para dissipar o calor. É necessário, então, instalar um sistema de resfriamento mais avançado, como um water cooler;

Drivers atualizados: drivers atuais podem aumentar o desempenho da GPU, tanto sem quanto com overclock. É possível obtê-los nos seguintes sites:

Drivers Nvidia GeForce

Drivers AMD Radeon

Drivers Intel Arc

Software de overclock: ferramentas como MSI Afterburner permitem fazer ajustes cuidadosos de clock e tensão, bem como definir limites de segurança para temperatura. Prefira os softwares recomendados pelo fabricante do produto;

Software de teste e monitoramento: ferramentas de testes e monitoramento não são obrigatórias, mas podem ajudar a avaliar os efeitos de um overclock e aplicar ajustes mais precisos. Uma opção conhecida é o software OCCT.

O software de overclock AMD Ryzen Master (imagem: reprodução/AMD)

Qual é a diferença entre clock turbo e overclock?

O clock turbo (ou boost) é um recurso que faz o processador funcionar com uma frequência acima do clock base (padrão), mas ainda dentro dos limites de segurança estabelecidos pelo fabricante.

Normalmente, o clock turbo é um recurso automático. Isso significa que, em chips modernos, a velocidade de clock aumenta sozinha quando a demanda por processamento é maior. Trata-se de uma abordagem diferente do overclock convencional, baseado em aumento manual da frequência do processador.
O que é overclock do processador e quais os riscos dessa prática?

O que é overclock do processador e quais os riscos dessa prática?
Fonte: Tecnoblog

Qual é a diferença entre processadores de 64 bits e 32 bits? Saiba o que muda na arquitetura

Qual é a diferença entre processadores de 64 bits e 32 bits? Saiba o que muda na arquitetura

32 bits e 64 bits são especificações ligadas à arquitetura de um sistema e se referem à quantidade de dados que um chip pode processar por vez. Entenda as diferenças entre os bits na arquitetura e suas implicações em desempenho, sistemas operacionais e compatibilidade com softwares.

Qual é a diferença entre processadores de 64 bits e 32 bits? (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

ÍndiceO que são os bits na arquitetura?Quais arquiteturas são de 32 bits?Quais arquiteturas são de 64 bits?O que muda entre uma CPU de 32 bits e uma de 64 bits?Processador de 64 bits é mais rápido que 32 bits?Posso rodar programas de 64 bits com um processador de 32 bits?Qual Windows devo instalar, 32 ou 64 bits?Como saber se meu Windows é 32 bits ou 64 bits?Por que o Windows de 32 bits não consegue usar mais de 4 GB de RAM?Existe processador de 128 bits?

O que são os bits na arquitetura?

O número de bits determina o tamanho máximo do dado que pode ser processado durante uma operação. Assim, se um computador tem CPU de 8 bits, uma operação de 24 bits teria que ser executada em três etapas. Já um processador de 32 bits pode executar a mesma operação de uma só vez.

A quantidade de bits da CPU diz respeito, principalmente, à capacidade de armazenamento de dados em seus registradores, que são pequenas quantidades de memória temporária.

Durante um cálculo, os valores envolvidos são transferidos da memória do computador para os registradores. Se os registradores suportam 64 bits, eles permitirão que a CPU faça cálculos maiores ou mais rapidamente do que se eles contassem com 32 bits ou menos.

Certos registradores também são usados para endereçar dados na memória. Um processador de 32 bits só pode lidar com cerca de 4 GB de memória. Quantidades maiores de memória são suportadas com chips de 64 bits (ou com artifícios especiais).

É por isso que, quanto mais bits a CPU suportar, mais desempenho o computador tende a ter. No entanto, esse aspecto deve ser analisado com cuidado, pois um chip pode ter registradores de 64 bits, mas barramentos de dados ou de endereçamento de memória de 32 bits.

Significado de bit
Um bit representa um valor binário (0 ou 1). Essa notação é empregada em diversos contextos da computação, como a largura de banda de uma transmissão ou o tamanho em bytes de um arquivo (um byte equivale a 8 bits). Este artigo aborda a quantidade de bits no contexto de uma CPU, sem invalidar o uso de bits em outros conceitos.

Quais arquiteturas são de 32 bits?

A forma mais rápida de identificar a quantidade de bits de um processador é descobrir a sua arquitetura. As mais conhecidas no segmento de 32 bits são:

x86, i386 ou IA-32: identificam chips baseados na arquitetura de 32 bits criada pela Intel com o lançamento do chip Intel 386, em 1985. O nome “x86” também pode se referir aos chips Intel 8086, 80186 e 80286, de 16 bits;

PowerPC: arquitetura de 32 bits introduzida em 1991 por uma aliança formada entre Apple, IBM e Motorola. Foi utilizada em Macs até 2006. Ainda é usada em sistemas embarcados e equipamentos de redes;

Armv7: também conhecida como arm32, foi introduzida pela Arm em 2004. Foi adotado em celulares com o Nexus 6, com chip Snapdragon 805 de 32 bits. A linha Samsung Exynos também teve modelos Armv7;

Sparc: é uma arquitetura de 32 bits lançada pelo Sun Microsystems em 1987. Foi usada principalmente nas estações de trabalho e servidores da linha Sun-4. Em 1993, ganhou suporte a 64 bits;

MIPS: foi criada por uma empresa com o mesmo nome em 1985. As primeiras versões trabalhavam com 32 bits, mas a arquitetura foi atualizada para 64 bits no início dos anos 1990. Ainda é usada em sistemas embarcados.

O Intel Core Duo T2050 é uma CPU de 32 bits (imagem: Everton Favretto/Tecnoblog)

Quais arquiteturas são de 64 bits?

As arquiteturas de 64 bits mais conhecidas são:

x86-64, amd64 ou x64: arquitetura criada pela AMD em 2003, lançada inicialmente em chips como Opteron e Athlon 64. É baseada no x86 e mantém compatibilidade com softwares de 32 bits;

arm64: nome usado para se referir às versões mais recentes da arquitetura Arm, como o Armv8 e o Armv9, lançadas a partir de 2011, que acrescenta suporte a instruções de 64 bits em celulares, tablets e notebooks. É conhecida também como AArch64;

IA-64 (Intel Itanium): arquitetura de 64 bits desenvolvida pela Intel e a HP. Surgiu em 2001 com o lançamento do chip Intel Itanium para servidores. Embora avançados, os chips IA-64 não foram um grande sucesso comercial;

PowerPC 64: às vezes identificada como ppc64, corresponde aos chips com arquitetura PowerPC que lidam com instruções de 64 bits. O primeiro desses chips foi o PowerPC 620, revelado no final de 1995;

MIPS64: a MIPS passou a trabalhar com 64 bits a partir da terceira versão, lançada em 1991. Mas a arquitetura MIPS64 só foi padronizada e recebeu esse nome em 1999. O Nintendo 64 tem uma CPU MIP de 64 bits (NEC VR4300);

Sparcv9: a arquitetura Sparc, criada pela Sun Microsystems em 1987, passou a suportar instruções de 64 bits em 1993 com o surgimento de sua nona versão.

Qualcomm Snapdragon 8 Gen 2, um chip Arm de 64 bits (imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

O que muda entre uma CPU de 32 bits e uma de 64 bits?

A tabela a seguir reúne as diferenças entre as arquiteturas de 32 e 64 bits:

 32 bits64 bitsEndereçamento máximo de memória4 gigabytes16 exabytesCompatibilidade de software32 bits e inferiores64 bits, 32 bits e inferiores, com possíveis exceçõesSistema operacionalSomente 32 bits64 bits e 32 bitsDesempenho geralMenorMaior, em parte porque chips de 64 bits são mais modernosMultitarefaSuporta, mas com limitaçõesAlto desempenho por suportar mais memóriaAplicações gráficasDesempenho menorDesempenho maior (gráficos envolvem operações complexas)SegurançaMenorPor serem mais modernos, chips de 64 bits costumam ter mais recursos de segurançaCustoMenor (chips de 32 bits são mais simples e ainda podem atender a algumas aplicações)Relativamente maior

Processador de 64 bits é mais rápido que 32 bits?

Uma CPU de 64 bits pode ser mais eficiente que um processador de 32 bits por suportar um volume de dados maior em cada ciclo de execução. Porém, o número de bits, isoladamente, não é um fator determinante para o desempenho geral.

A rapidez e a capacidade de processamento de dados por uma CPU dependem de uma combinação de características, como número de núcleos, taxa de clock (frequência), quantidade de memória cache e processo de fabricação.

Posso rodar programas de 64 bits com um processador de 32 bits?

Softwares de 64 bits requerem um processador de 64 bits para serem executados, afinal, esses programas dependem de instruções que não existem em CPUs de 32 bits.

O inverso é possível, ou seja, um processador de 64 bits costuma rodar softwares de 32 bits. Um exemplo é o uso de subsistemas que geram um ambiente de execução de 32 bits, a exemplo do emulador WOW64 do Windows.

Há exceções na compatibilidade entre arquiteturas. No caso dos Windows de 64 bits, drivers de 32 bits tendem a não ser aceitos, exigindo que o usuário busque drivers de 64 bits. Outro exemplo é a linha de processadores de 64 bits Intel Itanium, que não era compatível com softwares de 32 bits.

Qual Windows devo instalar, 32 ou 64 bits?

Você deve instalar o Windows de 64 bits se o seu processador tiver essa característica. Provavelmente terá, pois CPUs de 32 bits são cada vez mais raras no mercado. Entre outras vantagens, versões de 64 bits têm maior capacidade de endereçamento de memória, o que faz o sistema suportar mais de 4 GB de RAM.

Como saber se meu Windows é 32 bits ou 64 bits?

Nos Windows 10 e 11, basta abrir o menu Iniciar e ir em Configurações / Sistema / Sobre. A descrição do computador que aparece na tela seguinte informará se você tem um Windows de 32 ou 64 bits.

Windows 11 de 64 bits (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Por que o Windows de 32 bits não consegue usar mais de 4 GB de RAM?

Uma CPU de 32 bits usa essa capacidade para endereçar cada byte de memória. Fazendo o cálculo (232), chega-se a aproximadamente 4,2 bilhões de endereços, o que faz a quantidade de memória RAM suportada pelo Windows de 32 bits corresponder a até 4 GB.

Em computadores de 32 bits com 4 GB de RAM, o Windows pode ainda informar que só há 3,25 GB de memória instalada. Não é um defeito. A exibição dessa quantidade tem algumas causas possíveis, como o uso reservado de uma parte da memória pelo próprio sistema para mapeamento de drivers.

Para superar a limitação de 4 GB, a Microsoft implementou o modo PAE (Extensão de Endereço Físico), que altera o gerenciamento de memória para fazer o sistema operacional acessar até 64 GB ou 128 GB de RAM (o limite depende do sistema). O recurso foi introduzido no Windows XP.

Existe processador de 128 bits?

Não existe CPU de 128 bits, a não ser por eventuais protótipos. O motivo é que as arquiteturas de 64 bits suportam volumes de operações gigantescos e permitem endereçar até 16 exabytes de memória, capacidade mais do que suficiente até para supercomputadores. Por isso, uma arquitetura de 128 bits ainda não traz vantagens práticas.
Qual é a diferença entre processadores de 64 bits e 32 bits? Saiba o que muda na arquitetura

Qual é a diferença entre processadores de 64 bits e 32 bits? Saiba o que muda na arquitetura
Fonte: Tecnoblog

O que é Apple Silicon? Saiba quais são os modelos de chips da Apple

O que é Apple Silicon? Saiba quais são os modelos de chips da Apple

Apple Silicon é a linha de processadores desenvolvida pela Apple. Os chips são baseados na arquitetura Arm e usados principalmente em Macs e iPads. Saiba quais são os modelos de SoCs da Apple e suas especificações.

MacBook Pro (2020) com Apple M1 (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

ÍndiceQual é a arquitetura do Apple Silicon?Quais são os componentes de um Apple Silicon?O que é a memória unificada do Apple Silicon?O que são os núcleos da GPU do Apple Silicon?Quando o Apple Silicon foi lançado?Quais são os modelos de processadores Apple Silicon?Apple M1, M1 Pro, M1 Max e M1 UltraApple M2, M2 Pro, M2 Max e M2 UltraApple A16, A15, A14 e maisApple S8, S7, S6 e maisApple R1Linhas Apple H, T, U e WQuem fabrica os chips Apple Silicon?O Apple Silicon é diferente de outros chips com arquitetura Arm?Mac com Apple Silicon roda jogos?Por que o Mac tem menos jogos que o Windows?Mac com Apple Silicon roda Windows?Qual a diferença entre Apple Silicon e Intel?Apple Silicon é mais rápido que Intel?Apple Silicon gasta menos bateria que Intel?Apps feitos para Intel rodam no Apple Silicon?Como saber se meu Mac tem processador Intel ou Apple Silicon?

Qual é a arquitetura do Apple Silicon?

A arquitetura do Apple Silicon é baseada em Arm. Os chips são projetados pela Apple no conceito de System-on-a-Chip (SoC), que consiste em incluir múltiplos tipos de processadores em um único circuito integrado, como uma CPU, uma GPU e um Neural Engine.

Quais são os componentes de um Apple Silicon?

CPU: é o processador central, responsável por lidar com a maioria das tarefas genéricas, como cálculos matemáticos e operações lógicas. Possui núcleos batizados de Firestorm (alto desempenho) e Icestorm (baixo consumo) desde o A14 Bionic;

GPU: chip que processa gráficos, como os existentes em jogos 3D, softwares de edição de vídeo e aplicações de realidade virtual. Beneficia-se diretamente de APIs gráficas, como a Metal;

NPU (Neural Engine): foca em tarefas de inteligência artificial e redes neurais, o que é útil para aplicações de reconhecimento de imagem, processamento de linguagem natural (NLP) e realidade aumentada;

ISP (processador de imagem): lida com fotos e vídeos capturados pelos sensores das câmeras, otimizando a definição e reduzindo o ruído das imagens em conjunto com outros chips, como o Neural Engine;

Secure Enclave: área protegida e isolada do Apple Silicon que guarda informações sensíveis, como os dados biométricos do Face ID e Touch ID;

Memória cache: memória volátil de alta velocidade que armazena dados temporários da CPU, em três níveis hierárquicos (L1, L2 e L3), para agilizar o acesso às informações frequentemente requisitadas pelo chip;

Controladores: são responsáveis por gerenciar as conexões do equipamento, como portas Thunderbolt, HDMI e USB.

Ilustração de um Apple Silicon em uma tela de MacBook Pro (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

O que é a memória unificada do Apple Silicon?

A memória unificada do Apple Silicon é uma arquitetura que permite que CPU e GPU acessem simultaneamente a mesma área da RAM.

A arquitetura de memória unificada reduz o tempo de acesso aos dados (latência) e permite atingir maiores larguras de banda (velocidades de transferência), o que melhora o desempenho do sistema.

Nos processadores Apple Silicon da linha M, o SoC e a RAM são montadas em um mesmo System-in-Package (SiP).

O que são os núcleos da GPU do Apple Silicon?

Os núcleos de GPU do Apple Silicon são os componentes responsáveis pelo processamento gráfico. Uma mesma geração de SoC da Apple pode ser equipada com diferentes combinações de núcleos de CPU e GPU.

Quanto maior o número de núcleos de GPU, maior tende a ser o desempenho em tarefas visuais. Por exemplo, no benchmark 3DMark Wild Life Unlimited, um MacBook Air M2 com GPU de 8 núcleos faz 21.009 pontos, enquanto uma versão com GPU de 10 núcleos atinge 24.885 pontos (18,4% a mais).

MacBook Pro M1 Max tem GPU de 32 núcleos para melhor desempenho em aplicações gráficas (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Quando o Apple Silicon foi lançado?

O nome Apple Silicon foi revelado pela primeira vez em 22 de junho de 2020, durante a conferência para desenvolvedores WWDC 2020, quando a Apple anunciou a transição de Intel para chips próprios nos Macs.

Os primeiros Macs com Apple Silicon foram anunciados em 10 de novembro de 2020. O MacBook Pro e o Mac Mini tinham um chip Apple M1 com 8 núcleos de CPU e 8 núcleos de GPU. O MacBook Air foi oferecido também em uma versão com 7 núcleos de GPU na configuração mais básica.

Evento de apresentação do Apple Silicon, quando foi anunciada a transição de arquitetura

Evento de lançamento dos primeiros Macs com processador Apple M1

No entanto, quando nos referimos a “Apple Silicon” como a linha de SoCs projetados pela Apple, podemos dizer que o primeiro processador da marca foi o Apple A4, lançado em 2010 no primeiro iPad. O chip tinha núcleos Arm Cortex-A8 e era fabricado pela Samsung.

Quais são os modelos de processadores Apple Silicon?

Apple M1, M1 Pro, M1 Max e M1 Ultra

O Apple M1 é o primeiro SoC da Apple para Macs. Foi lançado em 10 de novembro de 2020 nos computadores MacBook Pro, MacBook Air e Mac Mini, que tinham o mesmo design das versões com chips da Intel lançadas em anos anteriores.

Em outubro de 2021, a Apple lançou o M1 Pro e o M1 Max, que prometiam desempenho de CPU até 70% maior que o M1 e equipavam o novo MacBook Pro de 16 polegadas, que trazia um design renovado e tela com notch para o Face ID.

O M1 Ultra foi revelado em março de 2022 e adotou pela primeira vez a tecnologia UltraFusion, uma arquitetura de encapsulamento da Apple que juntou dois chips M1 Max em um único SoC.

ProcessadorLançamentoNúcleos de CPUNúcleos de GPUNúmero de transistoresProcesso de fabricaçãoMemória unificadaApple M1202087 ou 816 bilhões5 nm8 ou 16 GB LPDDR4XApple M1 Pro20218 ou 1014 ou 1633,7 bilhões5 nm16 ou 32 GB LPDDR5Apple M1 Max20211024 ou 3257 bilhões5 nm32 ou 64 GB LPDDR5Apple M1 Ultra20222048 ou 64114 bilhões5 nm64 ou 128 GB LPDDR5

Comparativo de tamanho da Apple entre os chips M1, M1 Pro, M1 Max e M1 Ultra (Imagem: Divulgação/Apple)

Apple M2, M2 Pro, M2 Max e M2 Ultra

O Apple M2 é a segunda geração do chip da Apple para Macs, anunciado em 6 de junho de 2022. O processador trouxe melhorias na arquitetura para aumentar o desempenho da CPU em 18%, da GPU em 35% e do Neural Engine em 40%.

Apesar das melhorias no desempenho por núcleo, o M2 era inferior ao M1 Pro, M1 Max e M1 Ultra em performance multi-core. A maior velocidade dos núcleos da CPU do M2 acontecia, em parte, devido à maior frequência (clock), que atingia 3,49 GHz, contra 3,2 GHz no M1.

Versões mais poderosas do Apple M2 foram anunciadas apenas em 2023. O mais potente da linha, o M2 Ultra, trouxe pela primeira vez um Neural Engine de 32 núcleos, capaz de realizar 31,6 trilhões de operações por segundo.

ProcessadorLançamentoNúcleos de CPUNúcleos de GPUNúmero de transistoresProcesso de fabricaçãoMemória unificadaApple M2202288 ou 1020 bilhões5 nm8, 16 ou 24 GB LPDDR5Apple M2 Pro202310 ou 1216 ou 1940 bilhões5 nm16 ou 32 GB LPDDR5Apple M2 Max20231230 ou 3867 bilhões5 nm32, 64 ou 96 GB LPDDR5Apple M2 Ultra20232460 ou 76134 bilhões5 nm64, 128 ou 192 GB LPDDR5

Lançamento do MacBook Air (2022), com processador Apple M2 (Imagem: Felipe Ventura/Tecnoblog)

Apple A16, A15, A14 e mais

Processadores Apple da linha A são usados principalmente em iPhones. A Apple projeta seus chips desde o Apple A4, lançado em 2010 no iPad de 1ª geração e depois no iPhone 4.

Os chips A16 Bionic, A15 Bionic e A14 Bionic têm como características a arquitetura Arm de 64 bits, a litografia de 5 nanômetros e a fabricação pela TSMC. Todos são do tipo SoC (System-on-a-Chip) e incluem CPU, GPU, ISP, Neural Engine e outros processadores no mesmo chip de silício.

Apple S8, S7, S6 e mais

Processadores Apple da linha S são usados principalmente no Apple Watch. Esses chips têm como características uma CPU mais econômica (geralmente dual-core) e um processo de fabricação mais antigo que o da linha A.

Os modelos S8, S7 e S6 também são chamados pela Apple de S8 SiP, S7 SiP e S6 SiP, respectivamente. Isso acontece porque eles são organizados em um System-in-Package, ou seja, um pacote que contém outros chips, como o W3 (conexão sem fio) e o U1 (banda ultralarga) no caso do SiP usado no Apple Watch Series 8.

Apple R1

Apple R1 é o processador usado no headset de realidade mista Apple Vision Pro, com previsão de lançamento em 2024.

Linhas Apple H, T, U e W

O Apple Silicon é composto por outros chips menores, como o Apple T2, focado em segurança; o Apple U1, para reconhecimento espacial; e o Apple H1, para fones de ouvido. As linhas de chips incluem:

Apple H: usado em fones de ouvido sem fio e dispositivos de áudio, como AirPods e AirPods Pro, para gerenciar a conectividade e processar o algoritmo de cancelamento ativo de ruído (ANC). Inclui os chips H1 e H2;

Apple T: usado em segurança e controle de sistema, encontrado em vários modelos de Macs, como MacBook Pro e iMac. Inclui os chips Apple T1 e T2;

Apple U: usado em dispositivos com tecnologias de reconhecimento espacial e de ultra-wideband (UWB), como iPhone 11 e versões posteriores. Inclui o chip Apple U1;

Apple W: usado para gerenciar a conectividade em fones de ouvido sem fio mais antigos da Apple, como AirPods de 1ª geração e Beats Studio 3 (Apple W1), e Apple Watch (Apple W2 e W3).

AirPods Pro, fones de ouvido com chip Apple H1 (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Quem fabrica os chips Apple Silicon?

Os chips Apple Silicon para Macs são fabricados pela TSMC. Processadores da linha A também já foram fabricados pela Samsung.

A Apple é uma empresa de processadores do tipo fabless, ou seja, não possui fábricas de semicondutores. Ela é responsável pelo projeto do chip e terceiriza a fabricação para outras companhias.

O Apple Silicon é diferente de outros chips com arquitetura Arm?

O Apple Silicon possui diferenças estruturais em relação a outros chips baseados em arquitetura Arm.

Isso acontece porque a Arm desenvolve núcleos próprios de CPU com a marca Cortex e também permite que suas licenciadas, como a Qualcomm e a Apple, criem suas próprias otimizações de microarquitetura. Por isso, um chip Arm nem sempre pode ser diretamente substituído por outro em um mesmo sistema.

Além disso, um SoC baseado em Arm incorpora diversos processadores além da CPU, o que impede a compatibilidade entre marcas diferentes. Chips da Apple geralmente têm GPU compatível com a API Metal, Neural Engine para processamento de IA e Secure Enclave para armazenamento criptografado de dados.

Mac com Apple Silicon roda jogos?

Macs com Apple Silicon rodam jogos, mas a variedade de títulos é menor que em outras plataformas, como PCs com Windows.

Games para macOS podem ser baixados na App Store, e Macs com Apple Silicon são capazes de executar nativamente jogos feitos para iPhone e iPad. O serviço de assinatura Apple Arcade também inclui jogos para Macs.

Por que o Mac tem menos jogos que o Windows?

Macs não costumavam ter GPUs suficientemente potentes para rodar jogos de última geração antes da transição para o Apple Silicon. Em geral, MacBooks eram equipados com chips gráficos integrados da Intel, enquanto computadores mais caros, como o Mac Pro, traziam uma placa de vídeo da AMD otimizada para uso profissional.

A Apple tem demonstrado interesse em mudar esse cenário desde que passou a incluir seus próprios chips gráficos nos Macs. Na WWDC 2023, a empresa anunciou o Game Porting Toolkit, ferramenta que traduz jogos Windows x86 para Apple Silicon.

Mac com Apple Silicon roda Windows?

Macs com Apple Silicon podem rodar Windows por meio de virtualização. Softwares como o Parallels Desktop são capazes de executar o Windows 10 e o Windows 11 em suas versões Arm (Windows on Arm). Há limitações, como a ausência de suporte à API gráfica DirectX 12.

Não é possível instalar o Windows por meio do Bootcamp em um Mac com Apple Silicon. A ferramenta da Apple, que permitia a instalação direta do sistema operacional da Microsoft em Macs com Intel, foi descontinuada.

Qual a diferença entre Apple Silicon e Intel?

Apple Silicon é uma linha de processadores baseada em arquitetura Arm, enquanto a Intel produz chips para PCs com a arquitetura x86.

O Arm é uma arquitetura do tipo RISC (Reduced Instruction Set Computer) e tende a ser mais eficiente em termos de consumo de energia, enquanto o x86 é uma arquitetura CISC (Complex Instruction Set Computer) e pode trazer instruções mais complexas para tarefas específicas.

Apple Silicon é mais rápido que Intel?

O Apple M1 do MacBook Air se mostrou entre 12% e 17% mais rápido que um Intel Core de 11ª geração (Tiger Lake) em notebooks da mesma categoria, como o Dell XPS 13 e o Asus ZenBook 13, no Geekbench 5.

Um teste realizado pelo Tecnoblog mostrou que um MacBook Pro de 13 polegadas com Apple M1 renderizou um vídeo 4K a 30 fps no Final Cut Pro em 8min32s, contra 10min29s de um MacBook Pro de 16 polegadas com Intel Core i9 e AMD Radeon Pro 5500M. O desempenho do M1 foi 18,7% superior com menor gasto de bateria.

MacBook Pro (2020) com Apple M1 (à esquerda) e MacBook Pro (2019) com Core i9 (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

No entanto, não é possível afirmar genericamente que um Apple Silicon seja mais rápido que um processador da Intel. Além disso, a Intel produz chips que oferecem mais performance gastando mais energia, como o Core i9-12900HK (Alder Lake), que se mostrou mais rápido que o Apple M1 Max no mesmo teste de desempenho.

Apple Silicon gasta menos bateria que Intel?

Processadores da Apple gastam menos energia para oferecer o mesmo desempenho que um equivalente da Intel.

O Apple M1 Max do MacBook Pro de 16 polegadas chegou a 12.375 pontos no teste de desempenho CineBench R23 Multi-Core com um consumo de 34 watts, enquanto o Intel Core i9-11980HK obteve 12.830 pontos (3,7% a mais) ao atingir uma potência de 82,6 watts (158% a mais).

Apps feitos para Intel rodam no Apple Silicon?

Sim. No anúncio da transição de Intel para Apple Silicon, a Apple lançou o Rosetta 2, um software de tradução de códigos binários que funciona de forma similar a um emulador. O Rosetta 2 traduz códigos x86 para Arm no momento da instalação de um aplicativo legado.

Testes de desempenho feitos com o Geekbench 5 mostraram que um Apple M1 executando um aplicativo originalmente feito para Intel mantinha entre 78% e 79% do desempenho de um aplicativo nativo para Arm.

A primeira versão do Rosetta (Rosetta 1) foi lançada em 2006, como parte da transição da arquitetura PowerPC para Intel nos Macs.

Como saber se meu Mac tem processador Intel ou Apple Silicon?

Clique no menu Apple (canto superior esquerdo da tela) e depois no item Sobre Este Mac. O nome do chip será exibido na tela que surgir, podendo ser um Intel (Core i3, i5, i7, i9 e similares) ou um Apple Silicon (Apple M1, Apple M2 e similares).

Um Mac Mini com processador Intel Core i3 (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
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Fonte: Tecnoblog

O que é a memória cache do processador? Saiba o que significa L1, L2 e L3

O que é a memória cache do processador? Saiba o que significa L1, L2 e L3

A memória cache do processador é uma memória de acesso rápido localizada próximo ou dentro do núcleo do chip. A função do cache é servir como armazenamento temporário de dados. A seguir, entenda os diferentes níveis de memória cache, geralmente divididos em L1, L2 e L3.

Processadores (CPUs) têm memórias cache L1, L2 e L3 para acesso rápido (Imagem: Reprodução/AMD)

ÍndiceOnde fica a memória cache do processador?Quais são os níveis de memória cache?O que é cache L1?O que é cache L2?O que é cache L3?Como saber o tamanho da memória cache do processador?Quanto maior o cache do processador, melhor?Qual é a diferença entre memória cache e RAM?Qual é a memória mais rápida: cache ou registrador?

Como funciona a memória cache do processador?

A memória cache é uma memória de altíssima velocidade que funciona como um intermediário entre o processador e a RAM. Ela armazena temporariamente dados e instruções que são usados com frequência pelo chip, o que melhora o desempenho do sistema.

Como a memória cache tem capacidade reduzida, geralmente de alguns kilobytes (kB) a alguns megabytes (MB), somente são guardadas as informações consideradas muito importantes pelo processador. O armazenamento obedece a uma hierarquia, sendo que o cache L1 é o mais rápido e o mais próximo do núcleo de uma CPU.

Quando um processador precisa buscar ou armazenar dados, ele primeiro verifica se as informações estão salvas na memória cache. Se os dados estiverem em cache (ou seja, se houver um “cache hit”), o acesso é muito rápido. Caso contrário, há um “cache miss”, e o chip irá procurá-los em outras memórias, como a RAM, que é mais lenta.

Ilustração de um processador com quatro núcleos (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Onde fica a memória cache do processador?

A memória cache fica dentro do processador e é dividida em níveis (L1, L2 e L3) que determinam a proximidade com o núcleo. Quanto mais próxima do núcleo, mais rápida é a velocidade da memória.

A localização exata dos níveis de memória cache pode variar conforme a arquitetura do processador. Em geral, o cache L1 fica dentro do núcleo da CPU e não é compartilhado com nenhum outro núcleo. O L2 pode ser exclusivo ou compartilhado entre núcleos. Já o L3 tem maior capacidade e geralmente está fora de um núcleo.

Quais são os níveis de memória cache?

A memória cache pode ser dividida entre em três níveis: L1, L2 e L3, que se diferenciam em capacidade de armazenamento, velocidade de acesso e distância do núcleo.

A nomenclatura pode variar de acordo com a fabricante. A Qualcomm, por exemplo, já classificou a memória cache mais próxima do núcleo como “cache L0”. Em outras arquiteturas, essa memória seria chamada de cache L1.

Além disso, a quantidade de níveis de memória cache é definida pela fabricante. O cache L1 e o cache L2 geralmente estão presentes em todos os processadores, mas nem todo chip possui cache L3. Certas CPUs também podem ter uma quarta memória cache, chamada de cache L4.

O que é cache L1?

O cache L1 é o mais rápido entre as memórias cache e, devido ao alto custo de fabricação, costuma ter a menor capacidade, na escala de dezenas de kilobytes (kB). É o nível de cache mais próximo do núcleo do processador e, na maioria das CPUs modernas, está localizado dentro de um núcleo, sendo de uso exclusivo de cada core.

Como o L1 (também chamado de L0 por algumas fabricantes) é o nível de memória cache mais próximo do núcleo e com menor latência, ele costuma ser utilizado para armazenar os dados e instruções que o processador acessa com muita frequência.

O que é cache L2?

Cache L2 é o segundo nível de memória cache de um processador, também conhecido como cache de nível médio. Ele tem capacidade de armazenamento maior que o L1, normalmente de centenas de kilobytes (kB) a alguns poucos megabytes (MB).

Assim como o cache L1, o L2 costuma operar na mesma frequência (clock) do núcleo do processador. No entanto, o L2 está mais distante do core e possui tempo de acesso maior (ou seja, velocidade menor). Além disso, o cache L2 costuma ser compartilhado entre os núcleos de um processador, diferente do L1, que geralmente é dedicado para cada núcleo.

O que é cache L3?

Cache L3 é o terceiro nível de memória cache. Na maioria dos processadores, é chamado de cache de último nível. Apesar de estar mais distante do núcleo da CPU, o L3 é mais rápido que a RAM e pode armazenar uma quantidade dados maior que o L1 e L2, na escala de dezenas a poucas centenas de megabytes (MB).

Em regra, o cache L3 é compartilhado entre os todos os núcleos de uma CPU multi-core. As exceções ficam por conta de chips especializados, como o AMD Epyc de 3ª geração para servidores, que possui cache L3 de 768 MB compartilhado entre grupos de núcleos.

Como saber o tamanho da memória cache do processador?

Para descobrir o tamanho da memória cache do seu processador, basta utilizar um software especializado, como o CPU-Z, que informe as especificações do chip.

A Intel possui uma ferramenta oficial para Windows, a Intel Processor Identification Utility, que lista todas as características de um processador da marca, incluindo o tamanho das memórias cache, a frequência de cada núcleo e, quando houver, o modelo do chip gráfico (GPU).

Quanto maior o cache do processador, melhor?

Quanto maior é a memória cache de um processador, mais dados um chip pode armazenar e acessar rapidamente antes de depender de outras memórias mais lentas, como a RAM. Isso geralmente resulta em maior desempenho.

Porém, há outras características da memória cache que influenciam o desempenho. A distribuição entre os níveis de cache é tão ou mais importante que a capacidade total. Normalmente, por limitações de custo, as fabricantes só conseguem aumentar de forma significativa o tamanho do cache L3, que é o mais lento.

Além disso, a relação entre desempenho e tamanho de cache não é direta, ou seja, um processador com o dobro de memória cache não necessariamente terá o dobro de performance. Por fim, a eficácia da memória cache depende da capacidade do chip em prever com precisão quais dados realmente serão acessados a seguir.

Qual é a diferença entre memória cache e RAM?

Memória cache é uma memória de acesso rápido com alguns megabytes (MB) de tamanho localizada dentro da CPU, enquanto RAM é uma memória externa para armazenamento de dados temporários e normalmente tem capacidade na escala dos gigabytes (GB).

Tanto o cache quanto a RAM são memórias voláteis, ou seja, perdem os dados salvos quando o fornecimento de energia elétrica é interrompido. Por isso, servem apenas para armazenamento temporário. Ambos são mais rápidos que unidades não voláteis, como o HD, SSD ou memória flash (NAND).

Qual é a memória mais rápida: cache ou registrador?

Os registradores são um tipo de memória extremamente rápida localizada dentro do processador e têm velocidade maior que qualquer nível de memória cache. Eles são usados para guardar dados temporários durante a execução de uma instrução e possuem capacidade muito limitada, geralmente medida em bits.

Apesar de ser mais lenta que os registradores, a memória cache pode armazenar muito mais dados. Portanto, tem papel crucial na melhoria do desempenho do sistema e na redução de dependência da RAM.
O que é a memória cache do processador? Saiba o que significa L1, L2 e L3

O que é a memória cache do processador? Saiba o que significa L1, L2 e L3
Fonte: Tecnoblog

O que é o clock do processador e o que ele diz sobre desempenho?

O que é o clock do processador e o que ele diz sobre desempenho?

O clock de um processador representa o número de ciclos que o chip executa por segundo. É medido em hertz (Hz), geralmente na escala de megahertz (MHz) ou gigahertz (GHz). Quanto maior a frequência, mais operações um processador pode executar a cada segundo. Porém, o clock sozinho não é capaz de definir o desempenho de um processador.

Intel Core de 12ª geração, lançado em 2021, tinha chips com clock acima de 5 GHz (Imagem: Divulgação/Intel)

ÍndiceO que é velocidade de clock?Qual é a unidade de medida do clock do processador?Qual é a diferença entre instruções por clock (IPC) e frequência?O que é clock base?O que é clock turbo?O que é overclock?Como ver a velocidade de clock do processador?No WindowsNo MacNo LinuxNo celular (Android ou iPhone)Quais fatores afetam o desempenho do processador?

O que é velocidade de clock?

A velocidade de clock é a frequência na qual um processador executa suas operações básicas. Quanto maior a taxa de clock, mais instruções um chip pode processar a cada segundo.

Uma CPU pode ter múltiplos núcleos de processamento, cada um trabalhando em um clock diferente. As frequências dos núcleos não são somadas, mas um chip quad-core, octa-core ou com mais núcleos pode executar várias operações simultaneamente, o que tende a aumentar o desempenho e a capacidade de processamento.

O clock é apenas um dos fatores que influencia o desempenho de um processador. Por isso, não é possível afirmar que uma CPU de 2 GHz é mais rápida que uma CPU de 1 GHz sem saber outros detalhes, como a arquitetura do chip e o tipo de tarefa executada.

Qual é a unidade de medida do clock do processador?

O clock do processador é medido em hertz (Hz). No Sistema Internacional de Unidades (SI), uma taxa de 1 Hz significa 1 ciclo por segundo.

Em chips modernos, é comum o uso dos prefixos mega (milhão, 106) e giga (bilhão, 109). Dessa forma, um clock de 800 MHz (megahertz) significa uma taxa de 800 milhões de ciclos por segundo. Já a frequência de 3,0 GHz (gigahertz) representa 3 bilhões de ciclos por segundo.

Qual é a diferença entre instruções por clock (IPC) e frequência?

Instruções por clock (IPC) é uma medida que representa a quantidade de instruções que um processador executa a cada ciclo de clock. Já a frequência é o clock em si, medido em ciclos por segundo.

O IPC identifica a eficiência da arquitetura de um processador em uma determinada tarefa. Um chip com alto número de instruções por segundo terá maior desempenho que um chip com baixo IPC operando no mesmo clock em Hz.

O número de instruções por clock geralmente não é divulgado pelas fabricantes porque é altamente dependente do tipo de instrução sendo executada. É possível que uma instrução complexa demore vários ciclos de clock, enquanto múltiplas instruções simples sejam completadas em apenas um ciclo.

Além disso, um chip pode ter IPC alto em uma tarefa na qual ele é especializado, mas baixo em outra. É o caso de uma GPU, por exemplo, que pode processar gráficos em 3D mais rapidamente que uma CPU mesmo trabalhando a um clock menor.

O que é clock base?

Clock base é o termo usado pelas fabricantes para definir a frequência padrão do processador. Ou seja, em condições normais, um processador com clock base de 1,8 GHz será capaz de executar 1,8 bilhão de ciclos por segundo.

O que é clock turbo?

Clock turbo é a frequência máxima que um processador pode atingir de acordo com as especificações da fabricante. Por exemplo, uma CPU Intel Core com Turbo Boost de 5,8 GHz pode, temporariamente, executar 5,8 bilhões de ciclos em um segundo.

Em geral, quanto maior a frequência, maior será o consumo de energia e a geração de calor de um processador. Temperaturas altas podem danificar um chip, por isso, o clock turbo normalmente é atingido apenas por um curto período de tempo e em tarefas intensas, como softwares profissionais e jogos.

Intel Core i9-12900KS, processador que chega a 5,5 GHz em clock turbo (Imagem: Divulgação/Intel)

O que é overclock?

Overclock é a prática de aumentar o clock de um processador além do limite pré-estabelecido pela fabricante. Quando uma CPU com clock base de 3 GHz é configurada pelo usuário para operar a 4 GHz, dizemos que foi realizado um overclock.

Não é possível aumentar o IPC com overclock, mas uma frequência maior tende a melhorar o desempenho geral de um chip.

O overclock pode elevar o consumo de energia e a temperatura do processador. Se o sistema de resfriamento for insuficiente, o chip pode ser danificado permanentemente.

Como ver a velocidade de clock do processador?

No Windows

Para consultar o clock de um processador no Windows, abra o Gerenciador de Tarefas pressionando Ctrl+Shift+Esc, clique na aba Desempenho e depois no gráfico de CPU. O clock base será exibido no canto superior direito, em GHz, ao lado do modelo do processador. A frequência atual da CPU aparecerá no campo “Velocidade”.

Gerenciador de Tarefas do Windows 11 mostra um processador Core i7-10700F com clock base de 2,9 GHz operando a 3,65 GHz (Imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

No Mac

O clock de um processador Intel no macOS pode ser acessado clicando no menu Apple (canto superior esquerdo da tela) e depois em Sobre Este Mac. O clock base do processador será exibido em GHz. Não é possível consultar diretamente a frequência de um Apple Silicon no macOS.

“Sobre Este Mac” mostra um Mac Mini com processador Intel Core i3 com frequência de 3,6 GHz (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

No Linux

No Linux, abra o terminal e utilize o comando sudo lscpu para consultar o clock. A frequência do processador será exibida na linha CPU MHz, em escala de megahertz.

No celular (Android ou iPhone)

Para ver a frequência da CPU de um celular, use aplicativos como o CPU-Z no Android e AIDA64 no iPhone. Ambos exibirão, além do modelo do processador, o número de núcleos e a frequência da CPU.

iPhone 13 Pro Max com SoC Apple A15 Bionic tem clock de 3,2 GHz (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Quais fatores afetam o desempenho do processador?

Além do clock, veja uma lista com outros fatores que influenciam diretamente o desempenho de um processador:

Arquitetura: é o conjunto de instruções que um processador é capaz de executar. Quanto mais eficiente é uma arquitetura, mais instruções por clock (IPC) um processador executa, o que melhora o desempenho de uma tarefa;

Litografia: determina a distância entre os transistores de um chip e geralmente é expressa em nanômetros (nm). Quanto menor é a distância, mais transistores podem ser colocados no mesmo espaço físico, o que pode aumentar o desempenho;

Quantidade de núcleos: quanto mais núcleos um processador tem, mais instruções ele pode executar simultaneamente. É importante lembrar que nem todas as tarefas são paralelizáveis, ou seja, nem sempre um processador quad-core terá o dobro de desempenho de um dual-core;

Tamanho do cache: a memória cache (L1, L2 e L3) é o local de acesso rápido onde o processador guarda informações temporárias. Quanto maior é a memória cache, mais dados um chip pode acessar sem depender de memórias mais lentas (como um HD), o que tende a melhorar a performance.

O que é o clock do processador e o que ele diz sobre desempenho?

O que é o clock do processador e o que ele diz sobre desempenho?
Fonte: Tecnoblog