Category: CNBC

Google ameaça funcionários de demissão caso não voltem ao presencial

Google ameaça funcionários de demissão caso não voltem ao presencial

Google vem abandonando política de home office adotada durante a pandemia (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Google está exigindo trabalho híbrido com pelo menos três dias presenciais por semana para funcionários que moram até 80 km de um escritório, de acordo com a CNBC.
Quem recusar o modelo será demitido em um programa de saída voluntária, com suporte para realocação a quem aceitar se mudar.
Funcionários remotos aprovados fora do raio de 80 km podem manter o trabalho remoto, mas só terão mudança de cargo se adotarem o modelo híbrido.

O Google está ameaçando demitir funcionários que não voltarem para o trabalho presencial. A informação foi publicada pelo canal americano CNBC, que teve acesso aos documentos enviados aos empregados da big tech. Segundo o canal, funcionários que receberam o aviso tiveram autorização da empresa para o trabalho remoto.

Em resposta à CNBC, uma porta-voz do Google explicou que a decisão está ligada a equipes individuais, não às mudanças no posicionamento da empresa sobre o home office. Entretanto, a porta-voz destacou que a big tech defende que a colaboração presencial é uma parte importante da inovação e resolução de problemas complexos.

Como é a política de trabalho presencial do Google?

Como explicou a porta-voz, funcionários das equipes que estão pedindo o retorno presencial terão que trabalhar no mínimo três dias da semana nos escritórios do Google. Na prática, o trabalho deixa de ser home office/remoto para ser híbrido. A nova política de local de trabalho se aplica aos empregados que moram perto dos escritórios da big tech.

Meet só de vez em quando: Google quer funcionários trabalhando presencial no mínimo três vezes por semana (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Contudo, os comunicados enviados aos funcionários explicam que quem não aceitar a nova forma de trabalho será demitido. Entre as equipes afetadas estão a de Serviços Técnicos e Operações de Pessoas — nome startupeiro do setor de recursos humanos do Google. Todos os empregados dessas equipes que moram até 80 km de distância de um escritório da big tech devem iniciar o trabalho híbrido.

O prazo para iniciar o novo formato de trabalho vai até junho deste ano. Quem não aceitar a ordem receberá um pacote de saída voluntária — não há informações sobre os benefícios desse pacote. O Google também está oferecendo uma ajuda de custo para empregados que aceitarem se mudar para até 80 km de distância de um escritório.

Os funcionários que tiveram o pedido de trabalho remoto aprovado e moram mais de 80 km de distância de escritórios do Google podem seguir no formato. Porém, mudanças de cargo só serão dadas para quem optar pelo modelo híbrido.

Layoff disfarçado?

A decisão do Google de demitir funcionários que não aceitarem o trabalho híbrido ou presencial parece um layoff disfarçado — ou um mini layoff. No início deste ano, a big tech ofereceu um programa de demissão voluntária para empregados remotos que não queriam aceitar o formato híbrido.

Em março, o Google fez a mesma proposta para funcionários das Operações de Pessoas e Plataformas e Dispositivos (setor responsável pelo Android, Chrome, Fitbit, Nest e outros). Mas nesse caso não houve contrapartida para voltar ao trabalho presencial. O Google está cortando gastos para ampliar o investimento em inteligência artificial.

Com informações da CNBC
Google ameaça funcionários de demissão caso não voltem ao presencial

Google ameaça funcionários de demissão caso não voltem ao presencial
Fonte: Tecnoblog

Disney Plus vai travar compartilhamento de senha a partir de junho

Disney Plus vai travar compartilhamento de senha a partir de junho

Disney Plus segue passos da Netflix e a partir de junho caçará contas que compartilham senhas (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Resumo

A Disney anunciou que começará a bloquear o compartilhamento de senhas no Disney Plus em junho. Ela vai seguir uma iniciativa originalmente da Netflix.
As novas políticas de uso proíbem explicitamente compartilhar senhas com pessoas que não residem na mesma casa.
Ainda não se sabe o impacto dessa política no Brasil.
A estratégia envolverá tecnologia capaz de rastrear o uso das contas de forma similar à Netflix, que utiliza o Wi-Fi da residência e os IPs dos dispositivos para determinar a localização do usuário.

A Disney revelou nesta quinta-feira (4) que o bloqueio ao compartilhamento de senhas no Disney Plus começará em junho. O CEO Bob Iger anunciou o cronograma em uma entrevista para a emissora CNBC. Essa estratégia foi apresentada ainda em 2023, mas deu os primeiros passos em 2024.

Em fevereiro, o streaming do Mickey alterou as políticas de uso, incluindo no texto que é proibido compartilhar senhas com quem não mora na mesma residência. A regra é bem parecida com o que foi adotado pela Netflix no ano passado — tudo bem dividir a senha com quem mora sob mesmo teto, o problema é com quem mora em casas separadas.

Caça às bruxas começa em junho

Bob Iger, CEO da Disney, deu poucos detalhes de como será o bloqueio de compartilhamento de senhas (Foto: Divulgação/Disney)

Apesar de mudar as políticas de uso, a Disney ainda não começou a sua “caça às bruxas” contra contas compartilhadas. A partir de junho, o streaming começará a bloquear o acesso de perfis que não vivem na mesma residência que o dono da conta.

Até o momento não há previsão de quando a Disney iniciará o bloqueio ao compartilhamento de contas no Brasil. Na entrevista para a CNBC, Iger apenas falou que isso começará em “alguns países”.

O provável motivo dessa demora pode envolver o conhecimento para rastrear o uso das contas. Não basta mudar a política, é preciso ter a tecnologia capaz de identificar os usuários que estão compartilhando uma conta. Agora a Disney pode ter finalizado o desenvolvimento desse recurso e está planejando a implementação.

Netflix foi precursora

Seguindo como exemplo — novamente — a Netflix, esta rastreia os perfis pelo Wi-Fi da residência do dono da conta, a pessoa que está registrada como pagante. O sistema da Netflix exige que o usuário conecte os dispositivos ao Wi-Fi de casa pelo menos uma vez a cada 31 dias, além de dar play em qualquer conteúdo da plataforma. Ele também usa os IPs dos dispositivos para definir a residência.

Junto do bloqueio de compartilhamento de senhas da Disney Plus, a empresa criará um plano de perfil adicional. A empresa informou que haverá uma opção de taxa de compartilhamento, mas sem revelar detalhes.

Com informações: The Verge e CNBC
Disney Plus vai travar compartilhamento de senha a partir de junho

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Fonte: Tecnoblog