Category: Chrome OS

ChromeOS usará kernel Android para ganhar recursos do Gemini

ChromeOS usará kernel Android para ganhar recursos do Gemini

Mais tecnologias do Android serão adotadas no ChromeOS, mas dessa vez para levar IA aos Chromebooks(Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Google anunciou na quarta-feira (12) que o ChromeOS passará a usar o kernel do Android para ganhar recursos de IA. O sistema operacional para laptops também usará outras tecnologias para rodar as ferramentas do Gemini, como APIs e frameworks. A adoção do Android em alguns elementos do ChromeOS acelerará a chegada da IA nos Chromebooks.

Esse anúncio da utilização de mais tecnologias Android no ChromeOS levanta a seguinte questão: quando que o Google unificará de vez o sistema operacional dos seus produtos?

Há diferenças entre Android (kernel Linux) e ChromeOS (Chromium) — e outros produtos do Google. O Google Nest, por exemplo, utiliza o Fuchsia OS e um kernel próprio. Já o WearOS é baseado em Android.

A rival Apple adotou um caminho diferente: usou o macOS como base para o iOS, que depois serviu de “fonte” para os outros produtos — mas a raiz é o macOS. Isso facilita a integração entre produtos e confere fluidez ao ecossistema Apple.

Ao invés de criar novos sistemas para diferentes produtos, Apple optou por usar o macOS como base do iOS, que foi a fonte de outros SOs (Imagem: Divulgação/Apple)

No anúncio, o Google diz que a adoção das tecnologias Android no ChromeOS “simplificará os esforços de engenharia e ajudará diferentes dispositivos, como celulares e acessórios, a funcionar melhor com os Chromebook”. A declaração da empresa sugere que ela está focada em aprimorar a integração dos seus produtos.

O Google não informa quando chegará a primeira versão do ChromeOS com kernel e APIs do Android. A empresa apenas diz que os trabalhos para essas melhorias já começaram, mas levará um tempo até chegar aos consumidores.

Integrações entre ChromeOS e Android

O uso de ferramentas do Android no ChromeOS não chega a ser uma novidade. O Google já integra tecnologias do sistema operacional mobile nos Chromebooks. Por exemplo, a tecnologia do Bluetooth dos dois SOs foi unificada nesta semana.

Agora, tanto os dispositivos Android quanto os ChromeOS usam a mesma API e código-base, o que promete melhorar a experiência no ecossistema Google. Além disso, aplicativos Android são capazes de rodar nos Chromebooks (os laptops que utilizam o ChromeOS).

ChromeOS permite baratear laptops

Chromebooks são fabricados por diferentes marcas, como Acer, Lenovo e Samsung (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Como sugere o seu nome, o ChromeOS é um sistema operacional baseado no Chromium, um software open-source usado pelo navegador Chrome (e vários outros).

O uso do Chromium faz com que o SO para laptops seja leve — é como se o sistema operacional fosse um navegador. Como seu foco é a utilização de programas na nuvem, os Chromebooks não exigem hardwares pesados e, consequentemente, tendem a custar menos. Além disso, são compatíveis com programas Linux.

Programas do Windows no ChromeOS

Software da Oracle virtualizado no ChromeOS via Cameyo (imagem: divulgação/Google)

Quem também deve ganhar uma melhor integração com o ChromeOS são os programas do Windows. Na semana passada, o Google anunciou a aquisição da Cameyo, empresa que virtualiza softwares do SO da Microsoft no ChromeOS.

A compra da Cameyo e o futuro suporte para o Gemini no ChromeOS deixará o SO do Google mais competitivo. Os Chromebooks costumam ter preços mais acessíveis que os laptops Windows. Assim, escolas e empresas podem ver o ChromeOS como uma melhor opção de equipamento — inclusive o foco da Cameyo é virtualizar programas profissionais.

Com informações: Google e Android Police
ChromeOS usará kernel Android para ganhar recursos do Gemini

ChromeOS usará kernel Android para ganhar recursos do Gemini
Fonte: Tecnoblog

Google compra empresa que faz apps do Windows rodarem no ChromeOS

Google compra empresa que faz apps do Windows rodarem no ChromeOS

Software virtualizado no ChromeOS via Cameyo (imagem: divulgação/Google)

Vez ou outra a Alphabet, companhia que controla o Google, compra outras empresas para absorver tecnologia. A mais recente aquisição com esse propósito é a da Cameyo, startup especialista em virtualização. O negócio deve ajudar o ChromeOS a executar softwares desenvolvidos originalmente para Windows.

É uma estratégia interessante. O ChromeOS é o sistema operacional padrão dos laptops Chromebook, que são tradicionalmente comercializados como opções mais baratas em relação a notebooks com Windows.

Existe ainda uma versão do sistema operacional chamada ChromeOS Flex que pode ser instalada em computadores projetados para rodar um sistema operacional da Microsoft.

O ChromeOS é fácil de usar, costuma ser leve mesmo em computadores com hardware modesto e é integrado aos serviços do Google. Mas não é incomum usuários domésticos ou corporativos sentirem falta de ferramentas disponíveis no Windows durante o uso do ChromeOS. É aí que a tecnologia da Cameyo pode ajudar.

Virtualização de apps sem aborrecimentos

A startup foi criada com o intuito de desenvolver um sistema que virtualiza aplicativos para Windows em computadores que não rodam esse sistema operacional.

A tecnologia da Cameyo segue a estratégia de disponibilizar aplicativos virtualizados por meio das nuvens, sejam elas públicas ou privadas. Isso significa que os apps podem ser acessados até via navegador de internet.

ChromeOS mais Cameyo (imagem: divulgação/Google)

Foco em organizações

De acordo com Andrew Miller, CEO da Cameyo, a aquisição da startup pela Alphabet vai permitir que organizações que utilizam o ChromeOS tenham mais facilidade para utilizar aplicativos que não foram desenvolvidos originalmente para a plataforma.

O objetivo é permitir que essa abordagem seja feita sem que o usuário enfrente problemas de desempenho ou até de segurança. Miller complementa:

Ao combinar o poder do ChromeOS com a inovadora tecnologia de entrega de aplicativos virtuais da Cameyo, estamos ajudando empresas a modernizar a sua infraestrutura de TI enquanto elas preservam seus investimentos em softwares já existentes.

Andrew Miller, CEO da Cameyo

Não está claro quando ou se a Alphabet pretende levar a tecnologia da Cameyo para o segmento de usuários domésticos do ChromeOS. Seria ótimo se isso acontecesse. Mas, por ora, a companhia está mais preocupada em fortalecer a plataforma nos ambientes corporativos e educacionais, onde o ChromeOS tem mais chances de se consolidar.

Nenhuma das partes revelou quanto a Cameyo custou para a Alphabet.
Google compra empresa que faz apps do Windows rodarem no ChromeOS

Google compra empresa que faz apps do Windows rodarem no ChromeOS
Fonte: Tecnoblog

Google está testando rodar ChromeOS em smartphones Android

Google está testando rodar ChromeOS em smartphones Android

Tela inicial do ChromeOS (Imagem: Reprodução / Google)

O Google estaria preparando um método para rodar o ChromeOS, sistema operacional dos Chromebooks, em smartphones Android conectados a um monitor externo. O projeto teria sido apresentado a fabricantes em um evento fechado. Por enquanto, não se sabe qual será a aplicação prática.

As informações foram obtidas pelo site Android Authority. Segundo a publicação, o Google usou uma build especial do Chromium OS (versão de código aberto do ChromeOS), identificada pelo codinome interno “ferrochrome”. A compilação foi executada pelo Android Virtualization Framework, que permite rodar códigos mais instáveis com segurança.

Pixel 8 foi o smartphone escolhido para demonstração (Imagem: Reprodução / Google)

Ainda de acordo com a reportagem, a demonstração foi feita usando um Pixel 8 conectado a um monitor externo (o aparelho ganhou suporte a este tipo de conexão em uma atualização recente).

ChromeOS no Android pode concorrer com Dex

De acordo com as fontes ouvidas pelo Android Authority, o Google não revelou nenhum plano comercial para usar o “ferrochrome” ou outra implementação do tipo.

Seja como for, a ideia de conectar o celular a um monitor e usá-lo como computador não é nova. A Samsung já faz isso há anos com o DeX, e a Motorola criou o Ready For para a linha Edge.

Motorola Edge 30 tem modo PC graças ao recurso Ready For (Imagem: Darlan Helder / Tecnoblog)

Se este for o caminho do Google para a linha Pixel, pode ser um concorrente interessante para quem procura este tipo de flexibilidade. Outro cenário seria a empresa fornecer as ferramentas para as fabricantes implementarem este recurso.

Android se aproximou do ChromeOS e do Windows

Ao longo dos anos, Android e ChromeOS, os dois sistemas desenvolvidos pelo Google, foram se aproximando. O Chromebook consegue controlar várias configurações do smartphone e até mesmo rodar apps de Android, por exemplo.

A integração do Android com o Windows também melhorou. Com o programa Vincular ao Celular, dá para receber mensagens, chamadas e notificações do smartphone no Android, bem como acessar às fotos do aparelho, entre outras vantagens.

Com informações: Android Authority
Google está testando rodar ChromeOS em smartphones Android

Google está testando rodar ChromeOS em smartphones Android
Fonte: Tecnoblog

Google vai usar machine learning para melhorar barra de endereços do Chrome

Google vai usar machine learning para melhorar barra de endereços do Chrome

Algoritmos antigos da Omnibox foram feitos manualmente (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A versão 124 do Chrome para Windows, macOS e ChromeOS contará com recursos de aprendizagem de máquina (machine learning) para ajudar usuários a localizar abas abertas ou favoritos, voltar a páginas visitadas e encontrar informações.

No blog do Chromium (projeto de código aberto que serve de base para Chrome, Edge e outros navegadores), o engenheiro de software Justin Donnelly explica como foi o trabalho da equipe para aperfeiçoar esta parte do browser.

A barra de endereços do Chrome (também conhecida como Omnibox) funciona com base em pontuação. Cada sugestão recebe pontos, levando em consideração alguns parâmetros. As sugestões com mais pontos aparecem para o usuário.

Até agora, o sistema usava fórmulas desenvolvidas e ajustadas manualmente. Ele funcionava bem, principalmente com endereços de sites e termos de pesquisa, mas era inflexível e não se adaptava bem a novos cenários.

Aprendizagem de máquina descobriu que nem sempre um site visitado recentemente é relevante (Imagem: Bruno Gall De Blasi / Tecnoblog)

Machine learning melhora sistema de pontuação

A aprendizagem de máquina permite analisar uma série de dados, em escalas impossíveis para seres humanos. Com isso, ela consegue ajustar o sistema de pontuação considerando detalhes que passavam despercebidos para os programadores.

Donnelly dá um exemplo. O time de desenvolvimento do Chrome entendia que o tempo desde a última visita a um site era inversamente proporcional à sua relevância. Em outras palavras, uma página acessada há alguns minutos é mais relevante para o usuário do que uma acessada há meses.

A aprendizagem de máquina, porém, revelou que nem sempre isso é verdade. Se a última visita a uma página foi há pouquíssimo tempo, coisa de segundos, dificilmente é ela que o usuário quer encontrar ao digitar alguma coisa na Omnibox.

O algoritmo conseguiu perceber isso porque, muitas vezes, a barra sugeria um site visitado há alguns minutos. O usuário aceitava, mas voltava à Omnibox logo em seguida — sinal de que não era aquilo que ele estava procurando.

“Acreditamos que os novos modelos de machine learning abrirão novas possibilidades para aperfeiçoar a experiência do usuário e incorporar novos sinais, como levar em consideração o período do dia para melhorar a relevância”, adianta Donnelly.

“Com o novo sistema de pontuação, podemos coletar sinais mais recentes, refazer o treinamento, avaliar os resultados e implementar novos modelos periodicamente”, completa o engenheiro.

Com informações: Chromium Blog, Android Police
Google vai usar machine learning para melhorar barra de endereços do Chrome

Google vai usar machine learning para melhorar barra de endereços do Chrome
Fonte: Tecnoblog

Lenovo anuncia Chromebox Micro: um “mini Chromebook” menor que um celular

Lenovo anuncia Chromebox Micro: um “mini Chromebook” menor que um celular

Novo Chromebox Micro da Lenovo é uma solução compacta com sistema ChromeOS (Imagem: Divulgação/Lenovo)

A Lenovo e o Google revelaram um novo dispositivo com sistema ChromeOS: o Chromebox Micro. O modelo voltado para o meio corporativo e quiosques com telas sensíveis ao toque se destaca pelo tamanho compacto e o poder de desempenho.

Conforme as informações, o “mini Chromebook” mede cerca de 16 cm e pesa pouco mais de 450 gramas. Dessa maneira, ele é uma excelente opção para áreas de trabalho reduzidas, como mesas de atendimento ou caixas.

Lenovo Chromebox Micro é um computador menor que um celular (Imagem: Divulgação/Lenovo)

O Chromebox Micro é equipado com o processador dual-core Intel Celeron N4500 e roda o sistema operacional ChromeOS. O modelo ainda conta com 8 GB de memória RAM e apenas 32 GB de espaço interno.

A configuração permite que o pequeno computador seja um “reprodutor de mídia de bolso” capaz de transmitir conteúdos em resolução até 4K. Além disso, a Lenovo afirma que a máquina compacta tem baixo consumo de energia.

O dispositivo oferece duas portas USB-C, duas portas USB-A, uma saída HDMI e uma porta RJ45 para internet cabeada. Ademais, o aparelho tem uma tradicional entrada P2 (3,5 mm) para fones de ouvido.

“O Chromebox Micro é uma maravilha de design, tecnologia e inovação. O dispositivo pode ajudar a transformar qualquer negócio, oferecendo experiências visuais incomparáveis em uma solução pequena, mas poderosa e fácil de instalar”, disse Marc Godin, gerente geral da divisão comercial de soluções de dispositivos inteligentes da Lenovo.

Marca Instorescreen terá monitores touchscreen adaptados para o Lenovo Chromebox Micro (Imagem: Divulgação/Lenovo)

Chromebox Micro deve ser exclusivo para o meio corporativo

O Lenovo Chromebox Micro deve ser lançado nos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2024. O dispositivo custará US$ 219 – cerca de R$ 1080 na atual conversão direta entre as moedas (sem adição de impostos).

Apesar da proposta para clientes empresariais, a máquina seria uma opção simples e de fácil transporte para consumidores comuns. O computador pode ser instalado na parte de trás da TV e rodar jogos em serviços de streaming na nuvem.

Até o momento, a Lenovo não revelou planos de lançar o Chromebox Micro para o público geral. Contudo, acompanhando as reações ao anúncio, supomos que o modelo teria um grande potencial de sucesso fora do mercado corporativo.

Com informações: Google, 9to5Google e Android Central
Lenovo anuncia Chromebox Micro: um “mini Chromebook” menor que um celular

Lenovo anuncia Chromebox Micro: um “mini Chromebook” menor que um celular
Fonte: Tecnoblog

Google conserta sexta vulnerabilidade zero-day do Chrome em 2023

Google conserta sexta vulnerabilidade zero-day do Chrome em 2023

Google (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Google corrigiu mais uma falha de segurança do seu navegador, o Chrome. Esta é a sexta vulnerabilidade do tipo zero-day em 2023. O problema envolvia a biblioteca de gráficos 2D Skia, usada pelo browser e por outros produtos, como o ChromeOS e o Android.

A correção está sendo distribuída no canal Stable do Chrome para Windows (versão 119.0.6045.199/.200) e para macOS e Linux (119.0.6045.199).

O Google diz que a distribuição pode levar dias ou até semanas para chegar a todos. No meu computador, ela já chegou.

Google Chrome (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Para saber se seu navegador foi atualizado, clique nos três pontinhos no canto superior direito, vá até “Ajuda” e escolha “Sobre o Google Chrome”. Uma página com o número da versão instalada vai aparecer. Se um update estiver disponível, ela será instalada imediatamente.

Vulnerabilidade pode afetar outros softwares

Falhas zero-day são aquelas descobertas por criminosos antes mesmo da empresa ou organização responsável pelo software, que fica com “zero dia” para resolver o problema — daí o nome.

A vulnerabilidade foi identificada por Benoît Sevens e Clémant Lecigne, pesquisadores do grupo de análise de ameaças do Google, e reportada no dia 24 de novembro. Ela recebeu o identificador CVE-2023-6345.

Este grupo é conhecido por descobrir vulnerabilidades zero-day. Geralmente, este tipo de problema é explorado por grupos de hackers ligados a estados, geralmente tendo jornalistas e políticos de oposição como alvos.

A empresa confirma que um exploit desta falha já existe — ou seja, atacantes podem estar tirando proveito do problema para infectar computadores com spyware.

O Google não deu mais detalhes sobre a vulnerabilidade de segurança. A empresa diz apenas que ela envolve um integer overflow (transbordamento de inteiro, em tradução livre) na biblioteca gráfica 2D Skia.

Isso pode ser explorado de várias formas, de fazer apps travarem a executar códigos de maneira arbitrária (ou seja, que o próprio atacante escolhe).

Segundo a empresa, os detalhes só serão revelados quando a maioria dos usuários atualizar o Chrome. Caso ela afete outros softwares, a restrição será estendida.

Esta é a sexta vulnerabilidade zero-day encontrada no Chrome em 2023. Em setembro, outras duas foram corrigidas, e mais três receberam reparos no primeiro semestre.

Com informações: Bleeping Computer
Google conserta sexta vulnerabilidade zero-day do Chrome em 2023

Google conserta sexta vulnerabilidade zero-day do Chrome em 2023
Fonte: Tecnoblog