Category: ChatGPT Plus

ChatGPT libera gerador de imagens Dall-E 3 para todo mundo

ChatGPT libera gerador de imagens Dall-E 3 para todo mundo

Usuários não pagantes do ChatGPT poderão criar apenas duas imagens por dia (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI disponibilizou o gerador de imagens Dall-E 3 para todos os usuários do ChatGPT, inclusive aqueles que não assinam o plano Plus. A ferramenta de inteligência artificial, porém, será limitada a duas imagens por dia para cada pessoa.

Até agora, ele só estava disponível para quem paga o Plus, que custa US$ 20 mensais (cerca de R$ 110, em conversão direta). Estes usuários continuarão tendo a vantagem de limites maiores, que permitem criar até 50 imagens por dia.

We’re rolling out the ability for ChatGPT Free users to create up to two images per day with DALL·E 3. Just ask ChatGPT to create an image for a slide deck, personalize a card for a friend, or show you what something looks like. pic.twitter.com/3csFTscA5I— OpenAI (@OpenAI) August 8, 2024

O Dall-E 3 no ChatGPT foi anunciado inicialmente há quase um ano, em setembro de 2023. Segundo a OpenAI, este modelo oferece mais fidelidade aos pedidos dos usuários. Além disso, ele deve lidar melhor com mãos e textos, dois problemas comuns a ferramentas deste tipo.

Com o novo modelo de IA, o ChatGPT é capaz de oferecer assistência, caso o usuário não saiba exatamente o que deseja. O chatbot também pode pedir mais informações e detalhes para gerar uma imagem.

Desenhos complexos e com textos devem ficar melhores no Dall-E 3 (Imagem: Divulgação / OpenAI)

Microsoft tem Dall-E 3 com limites maiores

Apesar de novo para os usuários não pagantes do ChatGPT, o Dall-E 3 já está disponível no Copilot da Microsoft. Por lá, é possível criar até 15 imagens por dia.

Não é a primeira vez que a Microsoft “se adianta” e coloca um modelo desenvolvido pela OpenAI em uma ferramenta para todos os usuários. O GPT-4, por exemplo, já é usado para geração de textos do Copilot, mas só está disponível para assinantes do ChatGPT Plus e clientes corporativos. Clientes gratuitos do assistente usam o GPT-4o Mini, mais limitado.

A Microsoft é uma das maiores investidoras da OpenAI, tendo colocado cerca de US$ 13 bilhões na startup. A desenvolvedora do ChatGPT começou como uma organização sem fins lucrativos, mas criou uma empresa com lucro limitado, como forma de facilitar a captação de recursos. Com seu investimento, a Microsoft tem direito a uma parte deste lucro.

Com informações: The Verge, ZDNet
ChatGPT libera gerador de imagens Dall-E 3 para todo mundo

ChatGPT libera gerador de imagens Dall-E 3 para todo mundo
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT terá memória para aprender informações e preferências do usuário

ChatGPT terá memória para aprender informações e preferências do usuário

Memória do ChatGPT será inicialmente liberada para pequeno número de usuários (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI anunciou que o ChatGPT contará com uma memória para lembrar o que foi dito em conversas anteriores — como seu trabalho, o que você gosta de fazer nas horas vagas e como prefere suas anotações de trabalho. Os usuários podem desligar o recurso, bem como selecionar o que deve ser “esquecido”.

Com a memória, o ChatGPT deve ficar mais personalizado. Até agora, toda nova conversa começava do zero, e não era possível se referir a assuntos tratados anteriormente em outros chats. Quando o recurso estiver disponível, isso pode agilizar algumas tarefas — você não vai precisar dizer de novo que gosta de seus resumos em bullet points, por exemplo.

Informações sobre família, preferências de escrita e planos de viagem mencionadas anteriormente ficam armazenadas (Imagem: Divulgação/OpenAI)

Os GPTs personalizados e os plugins também terão memórias. O Verge dá um exemplo bom de como isso pode ser útil: o plugin do Kayak, que busca passagens aéreas e hotéis, pode aprender qual sua companhia aérea favorita e sugerir voos por ela, sem que você precise especificar.

Memória do ChatGPT terá configurações de privacidade

A memória aprende o que é dito durante as conversas, mas o usuário também pode pedir para o ChatGPT armazenar algumas informações para interações futuras. Você pode pedir para a IA lembrar que você é vegetariano, e todas as sugestões de receitas futuras deverão levar isso em consideração, por exemplo.

Também dá para perguntar ao ChatGPT o que ele memorizou sobre você, bem como pedir para esquecer alguns detalhes (ou todos eles). Isso também pode ser feito nas configurações do serviço. A OpenAI diz que o chatbot não vai gravar dados sensíveis, como de saúde, por exemplo.

Memória pode ser desativada nas configurações (Imagem: Divulgação/OpenAI)

Um ponto importante: a memória funciona de maneira independente do histórico de conversas. Apagar uma conversa não faz desaparecer as informações que o robô aprendeu durante aquela interação.

Para quem não se sente confortável com a possibilidade de uma inteligência artificial estar decorando tudo que é dito, a OpenAI sugere usar as conversas temporárias (“temporary chats”, no aplicativo).

A memória será liberada inicialmente para alguns usuários selecionados, tanto do plano gratuito quanto do ChatGPT Plus. A ideia é entender se ela será realmente útil durante esse período de testes e melhorar o que for necessário antes de ativar a ferramenta para todo mundo.

Com informações: The Verge, TechCrunch, OpenAI
ChatGPT terá memória para aprender informações e preferências do usuário

ChatGPT terá memória para aprender informações e preferências do usuário
Fonte: Tecnoblog

OpenAI diz ter resolvido “preguiça” do ChatGPT com GPT-4 Turbo

OpenAI diz ter resolvido “preguiça” do ChatGPT com GPT-4 Turbo

ChatGPT estava preguiçoso desde novembro, mas OpenAI afirma que resolveu (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI afirmou nesta quinta-feira (25) que resolveu a crise de preguiça do ChatGPT — em partes. A nova versão do GPT-4 Turbo, tecnologia mais avançada por trás da inteligência artificial, promete acabar com as respostas curtas — e casos de pedir para o usuário terminar uma tarefa. No comunicado publicado em seu site, a OpenAI destaca que a atualização do GPT-4 Turbo ainda é uma prévia e a tendência é que as respostas fracas diminuam.

Desde o fim de novembro, usuários pagos da IA generativa, que podem utilizar o GPT-4 Turbo, reclamavam de uma “preguicite” da inteligência artificial. Pouco depois, foi levantado até a teoria que o ChatGPT tinha aprendido sobre a “pausa de inverno” (levando em conta o hemisfério norte). A teoria se baseia no fato de que em dezembro, próximo das datas comemorativas, as pessoas tendem a se esforçar menos, postergando trabalhos maiores para janeiro — no nosso caso, o winter break é “calor demais para conseguir viver e trabalhar”.

ChatGPT deve diminuir respostas preguiçosas

ChatGPT não pode sentir preguiça, mas usuários relatam que ele estava preguiçoso (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Com essa atualização, a OpenAI espera que o ChatGPT publique menos respostas curtas — e talvez pare de mandar o usuário fazer. Geralmente, a IA entrega respostas até que completas sobre alguns temas. No entanto, os usuários relatavam que o ChatGPT estava bem sucinto na conversa.

No post do Reddit linkado no parágrafo anterior, até o caso de um usuário relatando que pediu para o ChatGPT escrever um determinado código em C++. A IA apenas respondeu com o template, indicando onde o código do usuário deveria ser escrito.

Para resolver a situação, alguns usuários até davam algumas dicas de como contornar os problemas. Entre as possíveis soluções estavam repetir o prompt pedindo para que o ChatGPT fizesse o que foi pedido e até mensagens motivacionais como “você consegue! Eu confio”.

Se você não assina o ChatGPT Plus e está boiando sobre isso, tudo bem. A IA com GPT-4 e GPT-4 Turbo só está disponível para os assinantes. O GPT-3.5 segue sem preguicite.

Com informações: The Verge e Ars Technica
OpenAI diz ter resolvido “preguiça” do ChatGPT com GPT-4 Turbo

OpenAI diz ter resolvido “preguiça” do ChatGPT com GPT-4 Turbo
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT: OpenAI firma parceria com universidade pela primeira vez

ChatGPT: OpenAI firma parceria com universidade pela primeira vez

ChatGPT, da OpenAI, será usado pela Universidade do Estado do Arizona em seus computadores (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI e a Universidade do Estado do Arizona (conhecida pela sigla ASU) anunciaram nesta semana uma parceria que levará o ChatGPT para os PCs da universidade. Esta é a primeira vez que uma instituição de ensino superior contrata o serviço de IA da empresa. O ChatGPT será usado por pesquisadores, funcionários e até mesmo alunos — mas não, a IA não fará os trabalhos de aula por eles.

O anúncio da parceria mostra que a percepção das instituições de ensino sobre a inteligência artificial está mudando. Com a popularização do ChatGPT, houve uma preocupação envolvendo o seu impacto nas instituições de ensino, tanto que algumas escolas bloquearam o acesso ao site da OpenAI.

O tempo foi passando e hoje a IA generativa passa a ser cotada como uma aliada no ensino e nas empresas — vide os funcionários da Samsung que usavam o ChatGPT para auxiliar em algumas tarefas. A ASU anunciou ainda que realizará um concurso para que alunos e funcionário deem dicas de como usar a IA nas atividades da universidade.

Funcionários da ASU ganharão conta do ChatGPT Enterprise

Com a parceria entre a Universidade do Estado do Arizona e OpenAI, funcionários da universidade terão contas para acessar o ChatGPT Enterprise, uma versão da IA com recursos extras. Entre essas funcionalidades estão a capacidade de analisar arquivos, receber prompts maiores e desempenho mais rápido.

O ChatGPT Enterprise usado pela ASU permite ainda que a instituição customize a IA com ferramentas dedicadas para as atividades da universidade. Um exemplo interessante para as universidades brasileiras seria um ChatGPT capaz de avaliar as ementas e conteúdos programáticos das disciplinas que um estudante deseja validar.

ChatGPT pode criar questões para que alunos treinem um determinado assunto (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Se no início da sua popularização havia uma crença de que o ChatGPT iria prejudicar a educação, o tempo mostra que a IA generativa, quando bem usada, pode auxiliar as instituições de ensino. No exemplo acima, o ChatGPT mostra que ele pode ajudar os estudantes a treinar algum assunto criando novas questões — mas claro, ele ainda pode estar errado e as respostas da IA devem ser comparadas com as fontes, anotações e material de aula, por exemplo.

Com informações: TechCrunch
ChatGPT: OpenAI firma parceria com universidade pela primeira vez

ChatGPT: OpenAI firma parceria com universidade pela primeira vez
Fonte: Tecnoblog

OpenAI quer transformar o ChatGPT em um assistente virtual para celular

OpenAI quer transformar o ChatGPT em um assistente virtual para celular

App do ChatGPT para Android tem código sobre uso como assistente virtual (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI tem planos de transformar o ChatGPT no assistente virtual padrão do seu smartphone — pelo menos se você usar um Android. Na versão 1.2023.352 do aplicativo mobile da IA, lançado em dezembro, há algumas linhas de código que mostram que a empresa está preparando essa funcionalidade para o ChatGPT. Se tudo sair como esperado, você poderá substituir o Google Assistente no seu celular.

A descoberta desses códigos foi feita pelo jornalista Mishaal Rahman. Rahman é conhecido pelo seu trabalho envolvendo mineração de códigos e foi uma das principais fontes sobre os recursos do Android 14.

O jornalista conseguiu até ativar o recurso manualmente editando o código. Porém, ainda que a animação da função de prompt por áudio do ChatGPT seja aberta, o aplicativo fecha. Esse comportamento do recurso é normal, visto que ele não foi anunciado pela OpenAI e ainda deve estar na fase de desenvolvimento.

Funcionamento do ChatGPT como assistente virtual para celulares (Imagem: Mishaal Rahman/Android Authorithy)

ChatGPT como assistente virtual é caminho natural

O uso do ChatGPT e de outras IAs generativas como assistente virtual é o caminho esperado para essa tecnologia. A Siri e o Google Assistente são ferramentas limitadas, sem a capacidade de aprender e evoluir como acontece com o ChatGPT e o Bard.

Sem esquecer da Alexa, por mais que ela pareça uma inteligência artificial, suas skills são desenvolvidas e ela utiliza um algoritmo para “adivinhar” algumas coisas — como avisar que um produto que você listou está em promoção. Inclusive a Amazon já deu uma prévia de como será a Alexa inteligente.

Por isso, com a praticidade que as IAs podem entregar aos usuários, elas logo substituirão o Google Assistente, Siri e Bixby. Hoje, para usar o ChatGPT no celular, você precisa abrir o aplicativo. O plano da OpenAI é que você tenha mais praticidade para pedir que ele crie uma mensagem de aniversário, um convite, um email, uma tabela ou seja lá o que você precisa.

Com informações: Android Authority e 9to5Google
OpenAI quer transformar o ChatGPT em um assistente virtual para celular

OpenAI quer transformar o ChatGPT em um assistente virtual para celular
Fonte: Tecnoblog

Dall-E 3 será integrado ao ChatGPT e promete criar imagens melhores

Dall-E 3 será integrado ao ChatGPT e promete criar imagens melhores

A OpenAI anunciou nesta quarta-feira (20) o Dall-E 3, nova versão do seu modelo de inteligência artificial para criação de imagens. Como era de se esperar, a promessa é de que as artes geradas terão uma qualidade superior. Outra novidade é que vai dar para usar a ferramenta diretamente do ChatGPT. A previsão é que ele chegue em outubro.

Uma das ilustrações apresentadas pela OpenAI (Imagem: Divulgação/OpenAI)

Entre as melhorias na qualidade das imagens, a OpenAI promete que o Dall-E 3 será capaz de fazer mãos e textos melhores, dois pontos fracos das ferramentas do tipo disponibilizadas até aqui. Também será possível pedir ajustes em uma imagem já criada.

A empresa diz que os resultados serão mais fiéis ao que os usuários solicitarem. Para ilustrar, ela mostrou um desenho de um simpático abacate cortado ao meio, sem caroço, no divã, dizendo se sentir vazio por dentro.

Desenhos complexos e com textos devem ficar melhores no Dall-E 3 (Imagem: Divulgação/OpenAI)

Dall-E 3 será integrado ao ChatGPT

O Dall-E 3 também será integrado ao ChatGPT. Assim, os usuários não precisarão de duas ferramentas diferentes para gerar textos e imagens — vai dar para pedir tudo diretamente ao chatbot.

A nova versão da inteligência artificial geradora de imagens deve chegar em outubro para assinantes do ChatGPT Plus, plano pago que custa US$ 20 mensais, e também para os usuários corporativos.

OpenAI coloca regras para evitar acusações de plágio

Outra mudança está nas proteções. O Dall-E 3 deve rejeitar pedidos para criar uma imagem ao estilo de um artista vivo — você deve conseguir solicitar um quadro do Michael Jordan no estilo do Van Gogh, mas não do Romero Britto, por exemplo.

Além disso, artistas poderão impedir que todas as suas obras ou algumas delas não sejam usadas para treinar modelos de inteligência artificial da OpenAI.

Essas novidades parecem vir para evitar problemas relacionados a direitos autorais, como acusações de plágio, que surgiram desde que ferramentas do tipo foram liberadas para o público.

A Stability AI, concorrente da OpenAI, foi processada pela Getty Images, por exemplo. As criações do Stable Diffusion muitas vezes vinham com marcas d’água do banco de imagens. Para a Getty, isso é um indício de violação de direitos autorais.

Com informações: OpenAI, Axios, TechCrunch
Dall-E 3 será integrado ao ChatGPT e promete criar imagens melhores

Dall-E 3 será integrado ao ChatGPT e promete criar imagens melhores
Fonte: Tecnoblog

OpenAI libera ferramenta de instruções predefinidas para respostas do ChatGPT

OpenAI libera ferramenta de instruções predefinidas para respostas do ChatGPT

A OpenAI anunciou na última quinta-feira (20) a ferramenta de instruções padrões para o ChatGPT. Ainda em fase beta e disponível apenas para os assinantes do ChatGPT Plus, o recurso deve facilitar o uso da IA, permitindo que os usuários criem uma “estrutura” para que a inteligência artificial responda um comando de modo específico. A OpenAI espera lançar o recurso definitivamente e para todos os usuários nas próximas semanas.

ChatGPT deve dar respostas mais objetivas com nova funcionalidade (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O exemplo dado pela OpenAI e que também usaremos aqui é o seguinte: um professor da terceira série registrará na sua conta a sua profissão, permitindo que ele não repita que é um professor toda vez que enviar um prompt para o ChatGPT.

Além disso, o usuário pode definir como deseja receber a resposta. Por exemplo, o professor imaginário citado anteriormente pode preferir uma tabela com coluna de lado positivo e negativo de um determinado assunto que será apresentado em sala.

Em outra situação, a OpenAI mostra que um programador pode pedir que a resposta do ChatGPT seja direta, sem explicação sobre como funciona o código e que ele busque pela solução mais eficiente. E neste caso, o programador ainda pode adicionar com qual linguagem ele trabalha. Assim, não precisa escrever “escreva um código em Python” ou “escreva um código GoLang”.

Com instruções predefinidas para responder na linguagem GoLang, ChatGPT entrega código sem precisar que o usuário definida a linguagem (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Novidade da OpenAI é bem invasiva e a empresa “sabe disso”

Informar a sua profissão ou o tamanho da sua família e onde você mora (esse é um dos exemplos no site da OpenAI) é bem invasivo do ponto de vista de privacidade. Ciente disso, a OpenAI permite que o usuário desative o uso das informações das instruções padrões para melhorar o desempenho do ChatGPT.

A empresa afirma que os dados pessoais que facilitem a identificação de alguém são removidos quando usado para treinar a IA. Todavia, o problema é se acontecer um vazamento, como já sofreu a OpenAI duas vezes: uma por erro próprio e a outra na qual ela jogou a culpa nos usuários.

Com informações: OpenAI
OpenAI libera ferramenta de instruções predefinidas para respostas do ChatGPT

OpenAI libera ferramenta de instruções predefinidas para respostas do ChatGPT
Fonte: Tecnoblog

Professores estão usando ChatGPT para identificar plágios e isso é prejudicial

Professores estão usando ChatGPT para identificar plágios e isso é prejudicial

Na última terça-feira (27), um tweet sobre um estudante acusado de plágio em seu TCC viralizou. No caso, um professor usou o ChatGPT para perguntar se o trabalho foi feito por ele (ChatGPT). A inteligência artificial confirmou que sim, ela era autora do texto — o problema é que o ChatGPT faz isso com praticamente todo texto.

ChatGPT, da OpenAI (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Se você inserir um texto qualquer e perguntar para o ChatGPT “você é o autor?” ou “o texto é de sua autoria?” ele provavelmente dirá que sim. Fiz testes para o Tecnoblog usando um texto ainda não publicado e uma piada velha. Nas duas situações, ele confirmou que era autor. Porém, isso só aconteceu quando o prompt estava no início de uma conversa.

No tweet, a sobrinha do estudante acusado de plágio relata a história. Um professor da banca avaliadora usou o ChatGPT como ferramenta de plágio. Porém, a IA não é feita para isso — e basta perguntar para ela se ela pode identificar cópias. No máximo, o ChatGPT consegue avaliar dois textos que o usuário inserir e comparar semelhanças, ainda assim ele não identifica plágios.

gente olhem só o perigo do chatgpt:meu tio tá terminando graduação e redigiu o TCC, enviou pro professor da banca e a resposta foi “O ChatGPT dedurou vocês de que esse texto é de autoria dele. Escreva com suas próprias palavras”. Agr, meu tio tá tendo q fazer uma reuniao com a +
— carolingia the day (@carollingian) June 27, 2023

A história acima teve um final feliz. O estudante acusado de plágio provou que o ChatGPT não identifica plágios usando um artigo do professor. A inteligência artificial disse que o texto era de sua autoria. Ainda assim, a situação mostra que tem muita gente sem entender para que serve o ChatGPT.

ChatGPT e Bing Chat são revolucionários, mas não são deuses

Inteligência artificial é um marco de revolução tecnológica, mas “pera lá” (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

As inteligências artificiais estão cada vez mais revolucionárias e… inteligentes, sendo capazes de nos ajudarem de diversos modos. Porém, elas não são serem oniscientes e onipotentes: elas tem limitações. O ChatGPT e o Bing Chat, por exemplo, sofrem para resolver cálculos matemáticos mais difíceis. E o primeiro é treinado com informações até dezembro 2021.

Como não conseguimos contato com a OpenAI, entrevistamos o ChatGPT para que ele mesmo explicasse a sua função. Nas palavras da IA, ela foi “treinada para interagir com os usuários por meio de texto, fornecendo informações, respondendo a perguntas, dando sugestões e realizando diversas tarefas relacionadas ao processamento de linguagem natural.”

Resumindo, o ChatGPT é, ao mesmo tempo, um Google que entrega respostas prontas (sem que você clique em vários links) e um assistente, sendo capaz de escrever códigos, fornecer resumos de textos e te ajudar com insights — você pode até pesquisar no Google como as pessoas estão usando para facilitar a vida.

Logo, se o usuário quer um programa para identificar plágio, ela deve ir atrás de ferramentas específicas para isso. A situação é ainda pior quando professores, universitários ou não, usam o ChatGPT para algo que ele não serve — e cujas limitações geram respostas erradas. Nas respostas do tweet, outros usuários relataram que foram acusados de plágio pelo ChatGPT — o Tecnoblog tentou contato com essas pessoas e o outro estudante, mas não teve resposta até a publicação.

O nível de inteligência, o “QI”, do GPT-4, tecnologia de linguagem de modelo grande que é o motor do ChatGPT Plus e Bing Chat, é equivalente a uma criança de 10 anos — o que ajuda a explicar como é fácil burlar algumas das suas restrições. Além do mais, essas duas IAs podem responder com informações falsas.

Aliás, o correto para descobrir se um conteúdo foi criado por IA é usar uma ferramenta específica para isso. Só que nem mesmo as ferramentas criadas para isso são confiáveis para identificar se o autor foi um “robô”.

Para o ChatGPT, até um texto meu não publicado é dele

Quando soube do caso, fui testar se o ChatGPT “me acusaria de plágio”. No primeiro teste, ele respondeu que não tinha escrito o texto. Porém, abri uma nova conversa, peguei um texto que será publicada em breve no Tecnoblog e iniciei com o prompt “o texto a seguir é de sua autoria?”. Dessa vez, o ChatGPT confirmou que era autor de um conteúdo nem mesmo publicado.

ChatGPT se identifica como autor de texto não publicado (Imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

Depois, fiz um outro teste usando uma piada muito antiga. Novamente, precisei abrir uma nova conversa e seguir com o prompt citado no parágrafo anterior. Sim, o “poema” do “Eu cavo, tu cavas” foi escrito pelo ChatGPT.

Para o ChatGPT, piada que eu ouvi pela primeira vez em 2005 ou 2006 é de sua autoria (Imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

O mesmo método foi usado para que ele se declarasse autor de um trecho deste texto. Pelos testes, fica claro que o ChatGPT possui um problema: ele pode se considerar autor de texto que abre uma conversa.

ChatGPT se identificou até como autor de trecho desta notícia (Imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

Eu juro que tentei que a OpenAI me respondesse sobre o caso. Porém, o bot do suporte deles, assim como o seu principal produto, possui problemas. Ele não entendeu que eu queria falar com uma pessoa. O chatbot afirma que pode me botar em contato com um membro da equipe se não puder resolver meu problema. O que eu consegui foi um loop de “escreve-me o seu problema e vejo como posso ajudar”. É melhor receber um emoji de cocô como resposta.
Professores estão usando ChatGPT para identificar plágios e isso é prejudicial

Professores estão usando ChatGPT para identificar plágios e isso é prejudicial
Fonte: Tecnoblog

Após vazamento de dados, OpenAI culpa usuários por não tomarem cuidado com malwares

Após vazamento de dados, OpenAI culpa usuários por não tomarem cuidado com malwares

No início da semana, mais de cem mil contas de usuários do ChatGPT foram encontradas em sites de venda de informações hackeadas. A OpenAI, criadora do ChatGPT, se pronunciou sobre o caso. Para a empresa, a culpa do vazamento é dos usuários que não se protegem de malwares.

OpenAI reconhece vazamento, mas relembra que usuários precisam ter cuidado com malwares (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Este novo caso não tem relação com o bug que vazou dados de usuários do ChatGPT Plus, versão paga da inteligência artificial. Desta vez, de acordo com o Group-IB, empresa de cibersegurança que encontrou essas 100 mil contas em fóruns hackers, os dados foram roubados através de malwares instalados nos computadores das vítimas.

OpenAI afirma que toma as melhores medidas de segurança

Se no bug de março a culpada foi a OpenAI, dessa vez a empresa tirou o seu da reta e afirmou que segue os melhores padrões da indústria em cibersegurança. A criadora do ChatGPT disse, indiretamente, que não tem culpa se os usuários botam “vírus”. A OpenAI também está investigando as contas afetadas para contatar os clientes afetados.

Confira o comunicado da empresa para o site Tom’s Hardware:

“Os resultados do relatório de inteligência de ameaças da Group-IB são o resultado de ‘malware de commodities’ nos dispositivos das pessoas e não de uma violação da OpenAI. Atualmente, estamos investigando as contas que foram expostas. A OpenAI mantém as melhores práticas do setor para autenticar e autorizar [a entrada] dos usuários em serviços, incluindo o ChatGPT, e incentivamos nossos usuários a usar senhas fortes e instalar apenas softwares verificados e confiáveis em computadores pessoais.”
OpenAI

Cibersegurança não depende apenas da fornecedora do serviço, mas também do usuário (Imagem: Darwin Laganzon/Pixabay)

A OpenAI não está errada em se isentar de culpa neste caso. A cibersegurança é uma “estrada de mão dupla”: a fornecedora de um serviço faz a sua parte e o usuário faz a sua — seja usando um antivírus ou se atentando contra possíveis programas maliciosos de um príncipe nigeriano.

De acordo com a Group-IB, o Brasil está entre os países com mais contas vazadas. Outros países que integram essa lista infeliz estão: Bangladesh, Egito, França, Indonésia, Marrocos, Paquistão, Estados Unidos e Vietnã.

Vazamento de contas pode afetar a Samsung e outras empresas

Além de afetar os usuários, o vazamento pode prejudicar empresas: desde as pequenas até as grandes como a Samsung. A popularidade e efetividade do ChatGPT, sendo capaz até de ajudar na criação de código, leva funcionários de várias companhias a usar a IA como um assistente.

No caso da Samsung, a empresa proibiu o uso do ChatGPT nos seus computadores. A medida foi tomada após os “puxões de orelha” não funcionarem com seus empregados. A sul-coreana estava preocupada (e com razão) dos funcionários divulgarem dados confidenciais em um sistema de terceiro.

Com informações: Tech Radar e Tom’s Hardware
Após vazamento de dados, OpenAI culpa usuários por não tomarem cuidado com malwares

Após vazamento de dados, OpenAI culpa usuários por não tomarem cuidado com malwares
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT volta a funcionar na Itália após atender mudar políticas de privacidade

ChatGPT volta a funcionar na Itália após atender mudar políticas de privacidade

Depois de quase 30 dias banido na Itália, o ChatGPT volta a ser liberado no país. Acesso foi retomado dias depois da OpenAI atualizar suas políticas de privacidades, um dos pontos que motivou o banimento da IA generativa na Velha Bota (apelido para a Itália). O bloqueio ao ChatGPT também usou um vazamento de dados na justificativa.

ChatGPT volta a funcionar na Itália após alterações na política de privacidade (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Sobre a nova política de privacidade, a OpenAI agora permite que os usuários desativem o histórico de conversa com a IA. Ao ativar o recurso, o ChatGPT não utilizará a conversa para ser treinada. Porém, o conteúdo é guardado por 30 dias e revisado para monitorar possíveis abusos.

ChatGPT foi banido na Itália no fim de março

O bloqueio do ChatGPT na Itália aconteceu no dia 31 de março. Agência de Proteção de Dados do país acusou a OpenAI de recolher informações pessoais da população de maneira ilegal. Além disso, a agência apontou que a empresa não possuía métodos eficazes para verificar a idade dos usuários — somente maiores de 13 anos podem acessar o ChatGPT.

Para piorar a situação da OpenAI, dias antes do banimento, um bug na inteligência artificial levou ao vazamento de dado de usuários do serviço ChatGPT+ e permitiu que o histórico de conversa de uma conta fosse acessada por outro usuário.

Agora, quando um usuário com IP italiano entra no ChatGPT, um pop-up com a mensagem “a OpenAI está feliz em retomar o ChatGPT na Itália”. No texto também é pedido que a pessoa confirme ter mais de 18 anos ou que tem mais de 13 anos e foi autorizado pelos pais a acessar a IA generativa. O pop-up conta ainda com um link para acessar a política de privacidade da OpenAI.

ChatGPT agora pede confirmação de idade na Itália (Imagem: Unsplash / Jonathan Kemper)

OpenAI continua sob investigação na Espanha

Apesar das boas notícias na Itália, a OpenAI continua sob investigação na Espanha. Até o momento, o ChatGPT não foi banido no país. O motivo da investigação é quase o mesmo alegado pela Itália.

A Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) está investigando se a OpenAI segue o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia. Na Velha Bota, a dúvida envolvia a legislação da própria Itália.

O Conselho Europeu de Proteção de Dados (EDPB na sigla em inglês) criou uma força-tarefa para investigar o cumprimento da GDPR pela OpenAI.

Com informações: TechCrunch
ChatGPT volta a funcionar na Itália após atender mudar políticas de privacidade

ChatGPT volta a funcionar na Itália após atender mudar políticas de privacidade
Fonte: Tecnoblog