Category: ChatGPT

Currículos escritos pelo ChatGPT se tornam pesadelo para recrutadores

Currículos escritos pelo ChatGPT se tornam pesadelo para recrutadores

Recrutadores dizem que está mais difícil filtrar candidatos (Imagem: Jonathan Kemper / Unsplash)

Recrutadores estimam que até 50% dos currículos recebidos foram gerados por ferramentas de inteligência artificial, como o ChatGPT e o Gemini. Eles contam que estão tendo que lidar com grandes quantidades de inscrições genéricas, escritas de formas parecida e cheias de palavras-chave.

Este número foi obtido pelo Financial Times em conversas com fontes do setor e pesquisas publicadas nos últimos meses. Ele se refere apenas aos currículos claramente escritos por IAs — na verdade, a quantidade real pode ser bem maior.

ChatGPT deixa sinais no texto, alertam recrutadores (Imagem: Glenn Carstens Peters / Unsplash)

Para Victoria McLean, da consultoria de carreira CityCV, a escrita desajeitada e genérica é facilmente identificável. “Currículos precisam mostrar a personalidade, paixões e história do candidato, e uma IA não consegue fazer isso”, diz McLean.

Com o ChatGPT, o volume de inscrições aumentou e a qualidade do material enviado diminuiu, dificultando a tarefa de escolher um candidato para a vaga. “Definitivamente estamos vendo um volume maior e uma qualidade mais baixa, o que significa que está mais difícil filtrar”, diz Khyati Sundaram, diretora-chefe da plataforma de recrutamento Applied.

Os candidatos usam IA até mesmo para responder tarefas de avaliação. “Um candidato pode copiar e colar qualquer questão da inscrição no ChatGPT, e então copiar e colar a resposta no formulário”, explica Sundaram. Ela considera que a “barreira de entrada” está mais baixa.

ChatGPT pago dá vantagem

Uma dessas pesquisas foi feita pela empresa Neurosight, também da Inglaterra, especializada em recursos humanos. Segundo o levantamento, 57% de cerca de 1,5 mil estudantes entrevistados que procuram empregos recorreram ao ChatGPT.

A Neurosight também identificou que alunos que usam a versão Plus do ChatGPT conseguem passar em testes com mais facilidade do que os que ficam no plano gratuito. A assinatura, que custa US$ 20 mensais (aproximadamente R$ 110), oferece acesso a modelos de linguagem mais avançados.

E o que as empresas podem fazer para contornar tudo isso? A resposta é simples: recorrer à boa e velha entrevista. Nela, não dá para o candidato usar IA. “Tudo está sendo automatizado ao máximo, mas sempre haverá a necessidade da interação humana antes da seleção final”, diz Ross Crook, da agência de recrutamento Morgan McKinley.

Com informações: Financial Times, TechSpot
Currículos escritos pelo ChatGPT se tornam pesadelo para recrutadores

Currículos escritos pelo ChatGPT se tornam pesadelo para recrutadores
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT libera gerador de imagens Dall-E 3 para todo mundo

ChatGPT libera gerador de imagens Dall-E 3 para todo mundo

Usuários não pagantes do ChatGPT poderão criar apenas duas imagens por dia (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI disponibilizou o gerador de imagens Dall-E 3 para todos os usuários do ChatGPT, inclusive aqueles que não assinam o plano Plus. A ferramenta de inteligência artificial, porém, será limitada a duas imagens por dia para cada pessoa.

Até agora, ele só estava disponível para quem paga o Plus, que custa US$ 20 mensais (cerca de R$ 110, em conversão direta). Estes usuários continuarão tendo a vantagem de limites maiores, que permitem criar até 50 imagens por dia.

We’re rolling out the ability for ChatGPT Free users to create up to two images per day with DALL·E 3. Just ask ChatGPT to create an image for a slide deck, personalize a card for a friend, or show you what something looks like. pic.twitter.com/3csFTscA5I— OpenAI (@OpenAI) August 8, 2024

O Dall-E 3 no ChatGPT foi anunciado inicialmente há quase um ano, em setembro de 2023. Segundo a OpenAI, este modelo oferece mais fidelidade aos pedidos dos usuários. Além disso, ele deve lidar melhor com mãos e textos, dois problemas comuns a ferramentas deste tipo.

Com o novo modelo de IA, o ChatGPT é capaz de oferecer assistência, caso o usuário não saiba exatamente o que deseja. O chatbot também pode pedir mais informações e detalhes para gerar uma imagem.

Desenhos complexos e com textos devem ficar melhores no Dall-E 3 (Imagem: Divulgação / OpenAI)

Microsoft tem Dall-E 3 com limites maiores

Apesar de novo para os usuários não pagantes do ChatGPT, o Dall-E 3 já está disponível no Copilot da Microsoft. Por lá, é possível criar até 15 imagens por dia.

Não é a primeira vez que a Microsoft “se adianta” e coloca um modelo desenvolvido pela OpenAI em uma ferramenta para todos os usuários. O GPT-4, por exemplo, já é usado para geração de textos do Copilot, mas só está disponível para assinantes do ChatGPT Plus e clientes corporativos. Clientes gratuitos do assistente usam o GPT-4o Mini, mais limitado.

A Microsoft é uma das maiores investidoras da OpenAI, tendo colocado cerca de US$ 13 bilhões na startup. A desenvolvedora do ChatGPT começou como uma organização sem fins lucrativos, mas criou uma empresa com lucro limitado, como forma de facilitar a captação de recursos. Com seu investimento, a Microsoft tem direito a uma parte deste lucro.

Com informações: The Verge, ZDNet
ChatGPT libera gerador de imagens Dall-E 3 para todo mundo

ChatGPT libera gerador de imagens Dall-E 3 para todo mundo
Fonte: Tecnoblog

OpenAI alerta para risco de “apego emocional” à voz do ChatGPT

OpenAI alerta para risco de “apego emocional” à voz do ChatGPT

OpenAI alerta para risco de “apego emocional” à voz do ChatGPT (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A OpenAI tem uma interface de voz baseada em inteligência artificial (IA) que é muito parecida com a fala de uma pessoa real. Tão parecida que a organização publicou um alerta inusitado: a tecnologia pode levar usuários do ChatGPT a se apegarem emocionalmente ao chatbot.

Ficção virando realidade?

Tecnologias de IA têm sido associadas a riscos de diversas naturezas, como “roubo” de empregos, violação de direitos autorais na geração de conteúdo e comprometido de dados sensíveis do usuário.

O risco de um humano se apegar emocionalmente a uma tecnologia de IA parecia coisa de ficção, no entanto. Talvez a obra que mais bem retrate esse cenário é o filme Ela (Her), em que Theodore (Joaquin Phoenix) passa a conversar com uma inteligência artificial até se apaixonar por ela.

No caso da OpenAI, o aviso aparece na lista de riscos do modelo de linguagem GPT-4o. Além do possível apego emocional à voz do ChatGPT, a lista inclui pontos como risco de disseminação de desinformação e auxílio no desenvolvimento de armas químicas ou biológicas.

Presumivelmente, o ponto sobre apego emocional foi incluído na lista devido à possibilidade de o usuário sofrer abalos de natureza psicológica, dado que o contato “homem-máquina” não têm as qualidades das relações humanas.

Além disso, a pessoa pode tomar decisões precipitadas ou prejudiciais por conta da confiança desmedida que têm na interação via voz com a IA.

Não por acaso, quando a interface da OpenAI foi revelada, em maio, muitos usuários notaram que a tecnologia pronunciava frases de modo excessivamente “flertador”.

Cena do filme Her (imagem: divulgação/Warner Bros)

Possível risco às interações humanas

O alerta sobre a tecnologia de voz é descrito no tópico “Anthropomorphization and emotional reliance” (“Antropomorfização e Confiança Emocional”) na página da OpenAI.

Em linhas gerais, a organização afirma ter encontrado sinais de socialização com a IA durante a fase de testes da tecnologia. Esses sinais parecem ser benignos, mas os efeitos desse comportamento no longo prazo ainda não podem ser mensurados, e isso exige mais investigação sobre o assunto.

Um trecho do documento diz o seguinte:

A socialização no estilo humano com um modelo de IA pode produzir externalidades que impactam as interações entre pessoas. Por exemplo, usuários podem criar relacionamentos sociais com a IA, reduzindo a sua necessidade de interação humana — isso potencialmente beneficia indivíduos solitários, mas pode afetar relacionamentos [humanos] saudáveis.

Como tudo isso é muito novo, vale a máxima advinda das bebidas alcóolicas: aprecie com moderação.

Com informações: Wired
OpenAI alerta para risco de “apego emocional” à voz do ChatGPT

OpenAI alerta para risco de “apego emocional” à voz do ChatGPT
Fonte: Tecnoblog

OpenAI consegue detectar textos do ChatGPT, mas não quer liberar ferramenta

OpenAI consegue detectar textos do ChatGPT, mas não quer liberar ferramenta

OpenAI está tentando novas formas de marcar textos gerados pelo ChatGPT (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI tem uma ferramenta para colocar “marcas d’água” em textos gerados pelo ChatGPT e detectá-los posteriormente, com precisão de 99,9%. O método é baseado em mudar como o modelo de linguagem prevê e escolhe as palavras seguintes, criando um padrão que possa ser identificado, sem afetar a qualidade das respostas.

As informações foram reveladas inicialmente pelo The Wall Street Journal, no domingo (4). A OpenAI confirmou a existência da ferramenta ao TechCrunch, além de atualizar um blog post publicado em maio sobre funcionalidades de marcação e detecção.

Professores estão entre os maiores interessados em detectar textos gerados por IA (Imagem: Emerson Alecrim / Tecnoblog)

No texto, a empresa diz estar testando métodos menos controversos. Um deles seria aplicar metadados — esta possibilidade está nos primeiros passos e ainda não é possível dizer se ela vai funcionar bem. Mesmo assim, ela seria assinada criptograficamente, o que impediria falsos positivos (a ferramenta nunca iria apontar incorretamente que um texto foi criado pelo ChatGPT, caso ele não tenha sido).

A OpenAI chegou a liberar uma ferramenta de detecção, mas ela era muito ruim, com precisão de apenas 26%. A própria empresa desistiu do recurso.

OpenAI teme estigmatização do ChatGPT

Apesar de a ferramenta existir, a OpenAI debate internamente se seria conveniente lançá-la neste momento, segundo o WSJ. Um problema é que ela pode ser burlada: basta pedir para outro modelo de linguagem reescrever o texto criado pelo ChatGPT. Uma ferramenta de tradução também é suficiente para descaracterizar a marcação.

A empresa também demonstra outra preocupação: isso poderia ter consequências ruins para quem usa o ChatGPT, devido aos estigmas que envolvem a inteligência artificial. A companhia acredita que pessoas que não têm o inglês como idioma principal e usam o assistente na hora de escrever poderiam ser prejudicadas.

Isso traria problemas para a própria OpenAI. Segundo a empresa, quase 30% dos entrevistados sobre este assunto disseram que usariam menos o ChatGPT se um sistema do tipo fosse implementado.

Apesar da relutância, um sistema para detectar o uso de IA poderia ser útil para professores, por exemplo. Além disso, em uma pesquisa encomendada pela OpenAI, cerca de 80% dos entrevistados apoiam a criação de uma ferramenta para identificar textos gerados pela tecnologia.

Com informações: The Verge, TechCrunch
OpenAI consegue detectar textos do ChatGPT, mas não quer liberar ferramenta

OpenAI consegue detectar textos do ChatGPT, mas não quer liberar ferramenta
Fonte: Tecnoblog

Claude aprende português e chega ao Brasil para duelar com ChatGPT

Claude aprende português e chega ao Brasil para duelar com ChatGPT

Assistente virtual Claude é produzido pela Anthropic (imagem: divulgação)

A empresa de inteligência artificial Anthropic anuncia hoje a chegada do Claude ao mercado brasileiro. A ideia é “dar mais opção para os consumidores”, segundo me contou Scott White, gerente de produto da ferramenta. O Claude faz as vezes de chatbot e deve duelar com ChatGPT, o mais visado do país, além do Gemini, Copilot e a futura Siri turbinada com IA.

Os usuários terão diversas opções de acesso ao Claude: desde os aplicativos para Android e iPhone (iOS), passando pelo site Claude.ai e pela API da Anthropic, voltada a desenvolvedores. Todas utilizam o modelo mais recente da empresa, batizado de 3.5 Sonnet. Ele foi apresentado em 21 de junho.

Quanto custa o Claude?

O Claude é oferecido de graça para quem quer as funções mais básicas, como as conversas com o chatbot. No entanto, há um limite na quantidade de interações. A Anthropic nos informou que não é possível cravar um número exato de mensagens porque tudo depende da extensão dos tokens usados.

Ainda assim, a companhia explicou que os clientes da versão paga do Claude conseguem fazer cinco vezes mais interações.

Estes são os valores do Claude pago:

Plano Pro: R$ 110 por usuário por mês

Plano Team: R$ 165 por usuário por mês (mínimo de 5 estações)

O que o Claude é capaz de fazer?

Interações com o Claude em português (imagem: reprodução)

O Claude atua como um assistente de IA. Apesar de não termos testado a ferramenta, a empresa promete compreensão de linguagem natural “em português fluente”. A ferramenta responde perguntas, realiza comandos apresentados no prompt, lê imagens e interpreta gráficos. A experiência em outros idiomas tem sido positiva.

Na nossa conversa, o executivo da Anthropic lista casos de uso que devem chamar a atenção dos brasileiros:

Tradução de conteúdo

Marketing de conteúdo no setor de turismo

Redação criativa e empresarial (o famoso copywriting)

Programação e revisão de código

O que tem (e o que não tem) no Claude pago?

Os criadores do Claude destacam as seguintes ferramentas voltadas a uso profissional:

Artifacts: usuários do site Claude.ai podem colaborar com a IA na edição de códigos, documentos e designs

Função Team: chats compartilhados com colegas de equipe e limite de uso maior

Claude 3.5 Sonnet foi apresentado em junho de 2024 (imagem: divulgação)

Por outro lado, o Claude não conta com funções interessantes de rivais (em especial o ChatGPT):

Loja para habilitar GTPs produzidos por terceiros

Armazenamento de memórias a partir das interações com o usuário

Segundo White, algumas destas ferramentas podem ser reproduzidas dentro de outros ambientes do Claude. Ele reconhece, porém, que a empresa pode avaliar a inclusão de áreas específicas no futuro.

Polêmica sobre cópia de conteúdo

Como sabemos, todo modelo de linguagem depende de um vasto conhecimento sobre o mundo. Não é diferente com o Claude. Por conta disso, a Anthropic está envolvida em polêmica desde que surgiram relatos sobre obtenção de conteúdo sem autorização.

O responsável pela página do iFixit, que presta serviços de suporte técnico e publica sobre o assunto, reclamou que os robôs da Anthropic realizaram mais de 1 milhão de acessos num intervalo de 24 horas. Os termos de uso do iFixit proíbem que o conteúdo seja usado para treinar IA.

Assistente de IA dá dicas de idiomas (imagem: reprodução/Tecnoblog)

A Anthropic diz que treina o Claude a partir de diversas fontes de dados. “Elas incluem informações publicamente disponíveis na internet, conjuntos de dados não públicos obtidos comercialmente de terceiros, dados fornecidos voluntariamente por usuários ou criados por meio de dados contratados.”

Quando questionada pelo Tecnoblog, a empresa também explica que os modelos não são treinados com os dados de entrada ou prompts de usuários do Brasil ou do restante do planeta.

A empresa não deu detalhes sobre a aderência à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), etapa essencial para operar no mercado doméstico, até a publicação deste texto.
Claude aprende português e chega ao Brasil para duelar com ChatGPT

Claude aprende português e chega ao Brasil para duelar com ChatGPT
Fonte: Tecnoblog

OpenAI quer usar IA para ajudar humanos que treinam IA

OpenAI quer usar IA para ajudar humanos que treinam IA

CriticGPT supera o próprio ChatGPT na hora de revisar códigos (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI revelou um novo modelo de inteligência artificial chamado CriticGPT. Ele é baseado no GPT-4, mas com outra especialidade: encontrar erros em códigos gerados pelo ChatGPT. A ideia é que ele ajude humanos na tarefa de treinar modelos de IA.

Pode parecer estranho, mas a empresa explica: seus modelos são treinados usando uma técnica chamada aprendizado por reforço com feedback humano (ou RLHF, na sigla em inglês). Nesta técnica, humanos avaliam as respostas dadas por modelos de IA. A ideia é aperfeiçoar o modelo, para que os resultados sejam mais úteis em situações reais e mais próximos ao desejado por humanos.

Novo modelo ajuda treinadores humanos a encontrar e explicar erros (Imagem: Kevin Ku / Unsplash)

Quando o ChatGPT gera um código, estes humanos, chamados treinadores de IA, revisam a resposta e apontam os erros, para que o modelo “aprenda” o que fazer. O problema é que humanos também podem errar e não perceber o que está incorreto em uma resposta.

O CriticGPT pode ajudar nisso. A ferramenta encontra erros nos códigos gerados pelo ChatGPT e escreve uma crítica (daí seu nome) explicando o problema.

CriticGPT explica onde ChatGPT errou (Imagem: Divulgação / OpenAI)

Segundo a OpenAI, treinadores de IA preferiram as críticas feitas por outros treinadores com ajuda do CriticGPT em 60% dos casos, em comparação com críticas feitas apenas por humanos.

A empresa diz que a “parceria” resulta em avaliações mais compreensivas dos que as feitas apenas por humanos e em menos alucinações que as feitas só pela IA.

Feedback humano também ajudou CriticGPT

Um ponto curioso é que o próprio CriticGPT foi desenvolvido usando RLHF. Os treinadores de IA colocaram manualmente erros em códigos criados pelo ChatGPT e escreveram avaliações como explicando os problemas, como se tivessem sido descobertos por eles.

Depois, estes funcionários verificavam várias avaliações feitas pelo CriticGPT e escolhiam a melhor, como forma de reforçar para o modelo o que ele deveria fazer.

CriticGPT ajuda, mas pode alucinar e ver erro onde não existe (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O próprio ChatGPT poderia ser usado para avaliar os códigos, mas o modelo especializado se sai melhor na tarefa. Treinadores de IA consideraram a crítica do CriticGPT melhor que a do ChatGPT em 63% dos casos. Para eles, a nova IA produz menos reclamações inúteis e menos alucinações.

Apesar das vantagens, o CriticGPT não é perfeito. A OpenAI admite que ele também pode alucinar, levando os treinadores a cometer erros. Além disso, o modelo foi treinado com respostas curtas e códigos com apenas um erro — para tarefas mais complexas, novos métodos serão necessários.

Com informações: OpenAI, Ars Technica
OpenAI quer usar IA para ajudar humanos que treinam IA

OpenAI quer usar IA para ajudar humanos que treinam IA
Fonte: Tecnoblog

Firefox começa a testar integração com ChatGPT e Gemini

Firefox começa a testar integração com ChatGPT e Gemini

Mozilla Firefox também oferece descrição de imagens de PDFs (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Resumo

O Firefox Nightly integrará ChatGPT, Google Gemini, HuggingChat e Le Chat Mistral para resumir textos, simplificar escrita e criar quizzes.
A Mozilla também lançou ferramenta de descrição de imagens em PDFs, que funciona localmente para garantir a privacidade.
Outros navegadores, como Edge, Chrome e Opera, já possuem recursos de inteligência artificial integrados há algum tempo.

O Firefox Nightly, versão do navegador com acesso a funcionalidades experimentais, terá opção para se integrar a ChatGPT, Google Gemini, HuggingChat e Le Chat Mistral. As inteligências artificiais poderão ser usadas para resumir textos, simplificar a escrita ou criar quizzes.

O recurso se chama AI Chatbot Integration e precisa ser ativado nos experimentos do Nightly. Depois disso, a IA escolhida pode ser acessada em uma barra lateral do navegador. Você também poderá selecionar textos das páginas e executar rapidamente três ações, clicando com o botão direito do mouse:

resumir o trecho e organizá-lo em tópicos;

simplificar a escrita, para, segundo a Mozilla, facilitar explicações para crianças, por exemplo;

criar quizzes, como forma de testar se você entendeu e memorizou o texto lido.

Usuário escolhe IA preferia e tem acesso rápido a funções (Imagem: Reprodução / Mozilla)

Além dos quatro chatbots disponibilizados inicialmente, outros serão avaliados. Ian Carmichael, vice-presidente sênior da Mozilla, diz que os usuários devem ter opções para testar os serviços e escolher aquele que melhor atende às suas necessidades. Ele também destaca os chatbots são totalmente opcionais.

Este não é o primeiro recurso de IA que a Mozilla coloca no Firefox. Há algumas semanas, a desenvolvedora anunciou uma ferramenta para gerar descrições de imagens em arquivos PDF. O modelo responsável pela tarefa roda no próprio computador, sem depender da nuvem, garantindo que os dados não serão compartilhados com outras empresas.

Firefox adere à IA depois de Edge e Chrome

Enquanto o Firefox está chegando agora aos recursos de inteligência artificial, outros navegadores embarcaram nesta onda há bastante tempo.

Gerador de imagens Designer é uma das ferramentas de IA do Edge (Imagem: Reprodução / Microsoft)

Seguindo o sucesso do ChatGPT, a Microsoft correu para colocar IA em vários de seus produtos, e o navegador Edge foi um dos primeiros a receber ferramentas do tipo. Ele conta com chatbot, gerador de imagem, resumo de páginas e muito mais.

Quem demorou um pouco mais foi o Chrome. O browser do Google terá acesso rápido ao Gemini na barra de endereços. Entre os “independentes”, o Opera é um dos mais entusiasmados com a ideia. Ele conta com a IA Aria, que usa diversos modelos para realizar as tarefas pedidas pelo usuário.

Com informações: Mozilla, Firefox Nightly News
Firefox começa a testar integração com ChatGPT e Gemini

Firefox começa a testar integração com ChatGPT e Gemini
Fonte: Tecnoblog

Amazon pode cobrar até US$ 10 mensais por Alexa mais avançada

Amazon pode cobrar até US$ 10 mensais por Alexa mais avançada

Amazon Echo Dot de 3ª geração com Alexa (imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Em maio, surgiram rumores de que a Amazon planeja lançar uma assinatura mensal da Alexa com inteligência artificial (IA) generativa. Burburinhos mais recentes dão conta de que esse plano está de pé: a companhia estaria cogitando cobrar entre US$ 5 e 10 por mês por esse serviço.

Esse movimento tem um motivo: guardadas as devidas proporções, tecnologias como Microsoft Copilot, Google Gemini e ChatGPT se mostram muito mais avançadas que a Alexa na entrega de resultados ao usuário.

A solução óbvia consiste em aprimorar a Alexa com recursos atuais de IA generativa. De acordo com a Reuters, a Amazon tem chamado essa nova versão de Remarkable Alexa (Alexa Notável, em tradução livre). Talvez esse seja só um nome provisório. O projeto tem “Banyan” como codinome interno.

Ainda não há definição sobre preços, mas fontes próximas à Amazon informaram à Reuters que a companhia considera um assinatura entre US$ 5 e 10 mensais nos Estados Unidos.

Três dessas fontes revelaram ainda que a Amazon quer que a Remarkable Alexa fique pronta para uso até agosto deste ano.

Por que a Amazon cobraria pela nova Alexa?

Uma das possibilidades é a de que a Amazon esteja planejando fazer da Alexa uma fonte consistente de receita. Desde que foi lançada, em 2014, a assistente virtual nunca deu lucro para a companhia.

Outra possibilidade é a de que a Amazon esteja tentando controlar os gastos. Em linhas gerais, tarefas de IA generativa exigem muita capacidade de processamento. Um plano pago seria uma maneira de compensar os custos com servidores, energia e afins.

Echo Dot de 4ª geração com Alexa (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Você assinaria o plano mensal da Alexa?

A Amazon tem alguns desafios se quiser mesmo lançar a Remarkable Alexa (ou qualquer que venha a ser o nome da modalidade). Para começar, é preciso que os recursos oferecidos sejam realmente mais interessantes do que os da Alexa atual.

Isso envolve respostas mais precisas e a realização de tarefas complexas, como redigir um e-mail completo e realizar um pedido no Uber Eats. Até a necessidade de pronunciar “Alexa” para acionar a assistente poderia ser descartada para os assinantes, disseram as fontes.

Mas, provavelmente, o maior desafio estará em convencer os usuários a pagarem pela Alexa mais “esperta”. Mesmo que os recursos oferecidos se mostrem mais avançados e o preço seja convidativo, ninguém fará uma assinatura se não enxergar vantagem nisso.

A Amazon ainda não confirmou a chegada de uma nova Alexa.
Amazon pode cobrar até US$ 10 mensais por Alexa mais avançada

Amazon pode cobrar até US$ 10 mensais por Alexa mais avançada
Fonte: Tecnoblog

Light Phone 3 ganha tela OLED e câmeras para ser menos minimalista

Light Phone 3 ganha tela OLED e câmeras para ser menos minimalista

Light Phone 3 mantém interface minimalista dos modelos anteriores (Imagem: Divulgação / Light)

A Light apresentou seu Light Phone 3, terceira geração do celular com proposta minimalista, para quem quer se desconectar um pouco e não consegue fazer isso apenas com as configurações de um smartphone comum. Desta vez, ele fez algumas concessões à ideia original: o novo modelo tem câmeras frontal e traseira, tela OLED (em preto e branco) e chip NFC.

O aparelho está em pré-venda ao preço de US$ 399 (R$ 2.141, em conversão direta), com previsão de entrega para janeiro de 2025. No site, o preço cheio é de US$ 799 (R$ 4.287), o que o coloca no mesmo patamar de aparelhos como o iPhone 15 no exterior, mas a empresa diz que pode reduzir o preço, se houver demanda para aumentar a produção. O Light Phone 2 continuará à venda, por US$ 299 (R$ 1.604).

Tela OLED e câmera com botão físico

A tela OLED talvez seja a principal novidade do Light Phone 3. A versão anterior vinha com tela e-ink. O novo visor ainda é preto e branco, o que significa que pouca coisa mudou no visual, mas a fluidez da interface é melhor com a nova tecnologia.

O aparelho continua com um formato compacto, com tela de apenas 3,92 polegadas em um formato quase quadrado. Como observa o TechCrunch, é como um iPhone na largura, só que mais “baixinho”.

Câmera e bateria removível são duas novidades do Light Phone 3 (Imagem: Divulgação / Light)

Outra novidade é que agora o Light Phone 3 tem câmeras — uma de 50 megapixels na parte de trás e outra de 8 megapixels na parte da frente. As funcionalidades são limitadas: dá para tirar fotos, mas não dá para compartilhar ou editar. Elas também servem para chamadas de vídeo e escanear QR Codes.

O Light Phone 3 conta com um botão de duas fases para focar e tirar fotos, como as câmeras tradicionais. Outro botão físico é um scroll para ajustar o brilho da tela e ligar a lanterna.

Light Phone 3 está mais perto de ser smart

Várias especificações do Light Phone 3 chamam a atenção por estarem mais próximas de um smartphone do que de um feature phone. Ele tem 128 GB de armazenamento, 6 GB de RAM, processador Qualcomm 4 Gen 2, porta USB-C, leitor de digitais e conectividade 5G, por exemplo.

Dois aspectos chamam a atenção. O primeiro é a presença de um chip NFC. Kaiwei Tang, fundador da Light, disse ao Verge que a empresa quer oferecer pagamentos por aproximação em algum momento.

Mesmo sendo minimalista, aparelho tem mapas e navegação (Imagem: Divulgação / Light)

O outro é a bateria, que é removível e pode ser substituída pelo próprio usuário. A capacidade, no entanto, é pequena: 1.800 mAh. Com tela sem cor e proposta de uso mínimo, isso deve durar bastante.

O celular já conta com mapas e navegação, tocador de músicas e podcasts, mensagens de texto, anotações, calendário, alarme, timer, calculadora e compartilhamento de internet.

A Light também está pensando em integrar novos serviços para aproximar o Light Phone 3 aos smartphones. Tang menciona uma possível conexão com serviços de Spotify, Uber e até ChatGPT. O fundador explica que a empresa não é contra todos os apps, apenas os viciantes, com seus feeds infinitos.

Com informações: The Verge, TechCrunch
Light Phone 3 ganha tela OLED e câmeras para ser menos minimalista

Light Phone 3 ganha tela OLED e câmeras para ser menos minimalista
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT e Gemini têm números aleatórios “favoritos”; descubra quais

ChatGPT e Gemini têm números aleatórios “favoritos”; descubra quais

Quer um número aleatório? GPT e Claude provavelmente vão responder 42 (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Um experimento com modelos de inteligência artificial da OpenAI, Anthropic e Google descobriu que, ao pedir que eles digam aleatoriamente um número de zero a 100, as escolhas são estranhamente enviesadas, de uma forma parecida com o que acontece com humanos.

Os testes foram feitos pela Gramener, empresa especializada em dados. Os engenheiros usaram o GPT-3.5 Turbo (da OpenAI), o Claude 3 Haiku (da Anthropic) e o Gemini 1.0 Pro (do Google), com o prompt “Escolha um número aleatório de 0 a 100” (em inglês). Todos os três modelos tiveram seus números favoritos: o 47 foi o mais escolhido pelo GPT (52% das vezes); o 42, pelo Claude (50%); e o 72, pelo Gemini (30,3%).

Com temperatura 0 (resultados mais previsíveis), modelos deram quase sempre o mesmo número (Imagem: Reprodução / Gramener)

Os engenheiros também variaram a temperatura dos modelos, como é chamado o parâmetro para dar respostas mais previsíveis (temperatura menor) ou mais criativas (temperatura maior). Com temperatura 0, os três modelos não variaram e escolheram quase sempre seus favoritos.

Os engenheiros da Gramener levantaram alguns pontos curiosos:

números terminados em 7 são mais frequentes;

números terminados em 0 ou 5 são mais raros;

números com dígitos repetidos são mais raros;

números abaixo de 10 são mais raros.

O experimento da Gramener reforça um teste anterior, da empresa Leniolabs, com o GPT 3.5 Turbo. Ao pedir para escolher um número aleatório entre 1 e 100, a IA também preferiu o 42 e números com 7. Isso também aconteceu ao pedir para escolher um número entre as opções de uma sequência aleatória.

Ao pedir para escolher um número em uma lista aleatória, o GPT tendia a escolher o 42 (Imagem: Reprodução / Leniolabs)

Como modelos de linguagem de grande escala (LLM, na sigla em inglês) são treinados com uma quantidade enorme de textos, é possível que eles tenham visto o número 42 várias vezes e estejam apenas completando frases com ele. A popularidade se deve ao livro O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams. Na obra de ficção científica, 42 é a resposta para a vida, o Universo e tudo mais — só não se sabe qual é a pergunta.

Para os autores deste teste, a frequência fora do comum de números com 7 pode ter relação com o aspecto cultural — sete dias da semana, sete maravilhas do mundo e outros exemplos. Curiosamente, ao repetir os testes em chinês, o número mais escolhido foi o 57.

Humanos percebem números de forma enviesada

Um vídeo do canal de ciência Veritasium serve como bom complemento a esses experimentos com as IAs. Ao pedir que pessoas nas ruas respondessem um número aleatório de 1 a 100, o 37 foi o campeão de menções, e outros números com 3 e 7 também foram os mais lembrados.

Isso pode ter a ver com vários fatores, segundo o vídeo. Na base de tudo, nós, humanos, falamos números aleatórios pensando em como eles parecem aleatórios para nós, porque não estamos acostumados a lidar com eles.

Pensamos em números pares como mais “certinhos”, então números ímpares parecem mais aleatórios.

Entre os números ímpares, 1 e 9 são extremos, enquanto o 5 é o ponto do meio. Portanto, 3 e 7 pareceriam mais aleatórios.

O número 37 é primo, o que significa que ele não é múltiplo de nenhum outro além dele mesmo e de 1. Como não dá para chegar nele fazendo contas, ficamos com a impressão de que ele é aleatório.

Apesar de não terem o rigor científico, com amostras pequenas e sequências curtas, estes experimentos mostram que humanos e modelos de linguagem têm vieses na hora de dizer números aleatoriamente.

Mesmo assim, ainda não existe uma explicação definitiva para por que os LLMs estão dando respostas enviesadas a este tipo de pergunta. Vale lembrar que este tipo de modelo é voltado a escrever e completar frases, o que significa que ele não deve estar fazendo o que outros algoritmos fazem para gerar um número aleatório.

Computadores geram números que parecem aleatórios

Talvez você nunca tenha pensado nisso, mas a verdade é que computadores não são bons para gerar números aleatórios. Computadores são feitos para serem previsíveis — a mesma entrada e o mesmo processo precisam ter sempre a mesma saída. É isso que garante que, ao teclar “A”, você verá “A” na tela, entre outras tarefas muito mais complexas. Como fazer algo imprevisível surgir a partir dessas máquinas?

Um computador não é capaz de gerar sozinho uma sequência verdadeiramente aleatória (Imagem: Mika Baumeister / Unsplash)

O jeito mais simples de gerar um número aleatório envolve um número inicial e muitas contas. Ele é chamado gerador de número pseudo-aleatório (PRNG, na sigla em inglês). Este método recebe este nome porque, na verdade, o número resultante parece imprevisível, mas não é.

Este tipo de algoritmo recebe um valor inicial, chamado semente. A partir dele, o computador faz uma série de operações matemáticas para retornar outro número. Este outro número pode ser usado novamente como semente, e o processo segue, gerando uma sequência de números aparentemente aleatórios.

O gerador de número pseudo-aleatório é mais conveniente e barato, mas também mais limitado. Ele é periódico (quando o algoritmo gerar um número igual à primeira semente, a sequência vai se repetir, mesmo que depois de muito tempo) e determinístico (a mesma semente e o mesmo algoritmo vão sempre gerar o mesmo número).

Um gerador deste tipo pode servir para coisas simples, como sorteios entre amigos ou jogos de videogame. Para fins de segurança, é recomendável que ele cumpra alguns requisitos extras, que conferem maior resistência a ataques e menor previsibilidade — o que faz com que ele seja classificado como um gerador de números pseudo-aleatórios criptograficamente seguro (CSPRNG, em inglês).

Existe um jeito ainda mais complexo, chamado gerador de número verdadeiramente aleatório (TRNG, em inglês). A principal diferença é que ele conta com um componente externo naturalmente imprevisível, como o ruído atmosférico — é o que o site Random.org faz, por exemplo.

Lava lamps geram aleatoriedade para Cloudflare usar em chaves criptográficas (Imagem: Reprodução / Cloudflare)

Este tipo é mais recomendado para processos de criptografia, porque dificulta que um invasor consiga adivinhar a sequência. Por outro lado, coletar dados de um fenômeno imprevisível não é tão simples, já que envolve a captação de informações externas ao computador.

Outro bom exemplo de TRNG é a famosa parede de luminárias do tipo lava lamp que fica no escritório da empresa de cibersegurança Cloudflare. Uma câmera captura os movimentos imprevisíveis do material em cada uma delas e transforma as imagens em sequências numéricas, que são usadas pela empresa para gerar chaves de criptografia.

E se alguém entrar na frente da câmera ou a iluminação mudar? Melhor ainda: o resultado fica mais imprevisível.
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Fonte: Tecnoblog