Category: Casa Branca

Governo Trump quer comprar parte da Intel

Governo Trump quer comprar parte da Intel

Donald Trump conversou com CEO da Intel após desentendimento público (imagem: Gage Skidmore/Flickr)

Resumo

O governo dos EUA discute a possibilidade de se tornar acionista da Intel para acelerar a construção de fábricas.
O projeto da Intel em Ohio enfrenta atrasos, e um investimento pode garantir sua viabilidade financeira.
Após atrito com o CEO Lip-Bu Tan, Trump elogiou o executivo e mudou seu discurso sobre a empresa.

A relação entre a Casa Branca e a Intel voltou a ganhar força. Após a crise pública entre o presidente dos Estados Unidos e o CEO da empresa, Lip-Bu Tan, o governo americano agora discute a possibilidade de se tornar acionista de uma das maiores fabricantes de chips do mundo.

Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, a Intel usaria o potencial investimento, que não teve valor revelado, para acelerar o desenvolvimento do polo fabril da Intel em Ohio, um projeto que vem enfrentando atrasos. O mercado financeiro recebeu a notícia com otimismo, fazendo as ações da Intel dispararem.

A possível compra de uma participação na Intel ocorre uma semana depois de Trump, através de seu perfil na plataforma Truth Social, exigir a renúncia imediata de Lip-Bu Tan. O presidente acusa o executivo de ter “conflito de interesses” por supostas ligações com empresas de tecnologia da China.

Trump acusou Lip-Bu Tan de manter relações com a China e pediu sua demissão (imagem: Felipe Faustino/Tecnoblog)

Tan, por sua vez, adotou um tom conciliador e, após declarar fidelidade aos EUA em uma carta publicada no site da Intel, se reuniu com Trump na Casa Branca na última segunda-feira (11/08). Após o encontro, o presidente mudou o discurso, elogiou o CEO e disse que sua equipe se reuniria com o executivo para discutir o futuro.

EUA podem virar acionistas da Intel

A ideia de um investimento estatal partiu justamente dessas conversas entre Trump e Tan, de acordo com reportagem da Bloomberg. O objetivo principal seria garantir a viabilidade financeira do já atrasado complexo de fábricas da Intel em Ohio — projeto que a empresa já prometeu transformar no maior do mundo.

Procurada, a Casa Branca classificou tudo como especulação, afirmando que “discussões sobre acordos hipotéticos” não devem ser levadas em conta até um anúncio oficial. Já a Intel não quis comentar diretamente as negociações. Em nota, a empresa reforça seu comprometimento “em apoiar os esforços do presidente Trump para fortalecer a liderança tecnológica e de manufatura dos EUA”.

Quanto a intervenção direta do governo no setor, nada de novo sob o Sol do governo Trump. Recentemente, administração anunciou um acordo para receber 15% das receitas da Nvidia e da AMD com a venda de chips de IA para a China — além, é claro, de um grande esforço para evitar o contrabando dessas tecnologias para o país asiático. Outro investimento, no mês passado, foi do Departamento de Defesa, que adquiriu uma participação de US$ 400 milhões na produtora de terras raras MP Materials.

Ações da Intel dispararam

Lip-Bu Tan prometeu uma “nova Intel” ao assumir a empresa no início do ano (imagem: YouTube/Intel)

A notícia sobre o possível investimento estatal teve um efeito imediato e positivo no mercado financeiro. As ações da Intel chegaram a subir 8,9% na quinta-feira e fecharam o dia com uma alta de 7,4%, a US$ 23,86. A valorização elevou o valor de mercado da companhia para mais de US$ 104 bilhões.

A Intel tem passado por um período de dificuldades financeiras, com perda de participação de mercado e de sua vantagem tecnológica, segundo a Bloomberg. A empresa vem realizando demissões como parte de um plano de corte de custos.

Com informações de Bloomberg e The Guardian
Governo Trump quer comprar parte da Intel

Governo Trump quer comprar parte da Intel
Fonte: Tecnoblog

Gigantes da inteligência artificial se comprometem com regras do governo dos EUA

Gigantes da inteligência artificial se comprometem com regras do governo dos EUA

As grandes empresas de inteligência artificial anunciaram o comprometimento de seguir as diretrizes do governo americano sobre o desenvolvimento seguro de IAs. Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI aprovaram as medidas da Casa Branca nesta sexta-feira (21). Com esse acordo, as companhias seguirão diretrizes de segurança para evitar riscos na evolução das IAs.

Principais empresas de IA na atualidade aprovaram diretrizes sugeridas pelo governo americano (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O anúncio do acordo entre as partes (governo e empresas) foi publicado no site oficial da Casa Branca. Segundo o texto, o comprometimento das empresas foi voluntário. O governo americano informa ainda que está em contato com outras nações, incluindo o Brasil, para ampliar o número de empresas e governos que apoiam as diretrizes de segurança para o desenvolvimento de IAs.

Medidas para o desenvolvimento seguro de IAs

No total, foram apresentadas oito diretrizes (ou medidas) para o desenvolvimento seguro de inteligências artificiais. Essas medidas são apenas o primeiro passo da Casa Branca antes de criar uma proposta de regulamentação. Iremos resumi-las de acordo com as suas similaridades.

Garantir uma IA segura antes do lançamento: Neste ponto, as empresas se comprometem a permitir que terceiros realizem testes com suas inteligências artificiais. Esses testes verificarão os riscos da IA expor dados sobre biossegurança e cibersegurança.As empresas também compartilharão informações com governos, indústria, sociedade e academia, além de promover práticas positivas sobre segurança, compartilhar técnicas e tentativas de “driblar” as medidas de segurança das IAs — como aquelas que impedem om ChatGPT de escrever vírus.

OpenAI, criadora do ChatGPT, é uma das empresas que aceitou as diretrizes da Casa Branca (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

“Segurança em primeiro lugar”: Basicamente um complemento do ponto anterior, essa diretriz exige que as empresas só lance seus modelos após a garantia de que a IA é segura. As companhias também facilitarão que terceiros descubram e reportem vulnerabilidades. A IA necessitará ainda de um “mecanismo robusto” de comunicação de falha.

“Conquistar a confiança do público”: Aqui, a proposta do governo americano é que as empresas criem ferramentas que permitam identificar se um conteúdo é gerado por IA; divulguem as capacidades das suas IAs (que pode evitar os casos de acusações falsas de plágio pelo ChatGPT); priorizem pesquisas no riscos da tecnologia sobre a sociedade; evitem conteúdos prejudiciais e discriminatórios e protejam a privacidade.Há também uma exigência para que as empresas desenvolvam sistemas avançados de IA para resolver os principais desafios da sociedade, como cura de cânceres e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Com informações: New York Times e Google
Gigantes da inteligência artificial se comprometem com regras do governo dos EUA

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Fonte: Tecnoblog