Category: Carro

Primeiro carro da Xiaomi tem chip Snapdragon e alcance de até 800 km

Primeiro carro da Xiaomi tem chip Snapdragon e alcance de até 800 km

Xiaomi SU7 chega para rivalizar com Porsche Taycan e Tesla Model S (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

Resumo

A Xiaomi apresentou seu primeiro carro elétrico, o SU7. Ele será vendido na versão básica e na versão premium SU7 Max, que se destaca por maior velocidade, alcance ampliado e tração integral.
Ele é equipado com chip Qualcomm Snapdragon 8295 e roda sistema HyperOS. O SU7 tem uma tela central de 16 polegadas, com resolução de 3K.
O SU7 Max possui alcance de 800 km, velocidade máxima de 265 km/h.
Os preços ainda não foram anunciados, mas espera-se que sejam competitivos com o Tesla Model S (US$ 80 mil).

A Xiaomi revelou as informações completas sobre o Xiaomi SU7, carro elétrico que marca sua estreia em um novo mercado. Dessa vez, a fabricante mostrou o visual e as especificações do veículo, que será vendido em duas versões: SU7 e SU7 Max. Este último é o modelo premium, mais veloz, com maior alcance e tração integral. O lançamento ocorreu na madrugada de hoje.

O CEO Lei Jun tinha já tinha mostrado que o SU7 utilizaria o sistema HyperOS (o mesmo dos smartphones da marca). Aproveitando o gancho dos smartphones, a Xiaomi não cometeu o erro de deixar o painel apenas com touchscreen. Os clientes poderão controlar o ar condicionado por de botões físicos e ainda há o opcional para adicionar mais botões ao painel. O SU do nome significa Speed Ultra, enquanto o número 7 na China é associado com sorte — a pronúncia do nome, soo-chee, também é fluída e fácil de falar.

O sistema do Xiaomi SU7 utiliza o chip Snapdragon 8295 (Qualcomm), desenvolvido para veículos. A tela do painel central do carro tem resolução 3K (sim, isso existe) e mede 16 polegadas. Aqui já temos uma parte da integração dos dispositivos HyperOS, que permite espelhar o smartphone da Xiaomi diretamente no painel — que pode ser dividido em três janelas.

Xiaomi SU7 veio para brigar com Porsche e Tesla

Apesar do design que mistura o visual dos carros da rival chinesa BYD, lateral das rodas de Mercedes e tamanho de BMW, o Xiaomi SU7 tem como rivais o Porsche Taycan Turbo e Tesla Model S — que também tiveram seu visual adaptado no carro chinês.

A Xiaomi afirma que o SU7 Max tem uma aceleração superior aos sedans elétricos da Porsche e Tesla, fazendo de 0-100 km/h em 2,78 segundos. A marca alemã diz que o Taycan Turbo atinge essa velocidade em 2,8s, enquanto o Tesla Model S, de acordo com o site da fabricante faz isso em 3,1s — porém, o Model S Plaid, versão mais potente do modelo, supera o SU7 e faz 0-100 em 1,99s, também de acordo com a Tesla.

Xiaomi contratou engenheiros da BMW e Mercedes para o desenvolvimento do carro, o que ajuda a explicar algumas semelhanças (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

O SU7 Max, se fosse um smartphone, seria o Xiaomi 14 Pro: os dois são as versões mais premiums de suas linhas. O SU7 Max tem alcance de 800 km, velocidade máxima de 265 km/h e sua recarga rápida entrega 220 km de alcance com uma carga de cinco minutos. Isso graças a bateria que suporta 800 V. O SU7 “de entrada”, com alcance de 668 km, tem uma bateria de 400 V.

A Xiaomi só não divulgou os preços dos seus carros. No entanto, como Lei Jun afirmou que a meta é superar a Tesla, é esperado que o Xiaomi SU7 custe algo na faixe de preço de US$ 80 mil (R$ 386 mil em conversão direta), valor aproximado do seu rival Model S. O seu lançamento oficial deve ser realizado ainda em 2024.

Com informações: Engadget
Primeiro carro da Xiaomi tem chip Snapdragon e alcance de até 800 km

Primeiro carro da Xiaomi tem chip Snapdragon e alcance de até 800 km
Fonte: Tecnoblog

Robô da Tesla prende e machuca funcionário em fábrica nos EUA

Robô da Tesla prende e machuca funcionário em fábrica nos EUA

Tesla tem número de acidentes de trabalho acima da média (Imagem: Ivan Radic/Flickr)

Resumo

Incidente: Um engenheiro da Tesla foi capturado por um robô na Giga Texas, resultando em lesões nas costas e no braço em 2021.
Contexto: O incidente aconteceu durante a programação dos equipamentos. Um robô responsável por peças de alumínio permaneceu ativo, levando ao ocorrido.
Intervenção: Um colega usou botão de emergência para interromper a máquina, após o engenheiro cair e se ferir.
Riscos Laborais: A unidade Giga Texas registra índices de acidentes de trabalho acima da média nacional dos EUA.

As garras de um robô da Tesla prenderam um trabalhador da empresa em uma fábrica do Texas (EUA). O engenheiro teve ferimentos nas costas e no braço, deixando um rastro de sangue no local, segundo testemunhas. O episódio é mencionado em um relatório enviado para autoridades regulatórias. Ele aconteceu em 2021, na fábrica Giga Texas, da Tesla, que fica na cidade de Austin.

O funcionário é um engenheiro, que trabalhava na programação do software de controle dos robôs. Dois deles estavam desativados, mas um terceiro, responsável pelo manuseio de peças de alumínio recém-fundidas, ficou ligado e causou o acidente. O robô fez os movimentos normais, mas como o trabalhador estava próximo, ele acabou sendo agarrado pela máquina.

Tesla Model Y é um dos modelos fabricados na Giga Texas (Foto: Divulgação/Tesla)

Outro funcionário precisou apertar um botão de emergência para suspender a operação da máquina. Segundo duas testemunhas ouvidas pelo site The Information, o engenheiro conseguiu se soltar das garras, mas caiu alguns metros adiante, em uma rampa para coletar sucata de alumínio, deixando um rastro de sangue no chão.

Apesar disso, a Tesla diz, no relatório, que o engenheiro não precisou ficar afastado do trabalho devido aos ferimentos. Segundo o Daily Mail, que teve acesso aos documentos, nenhum outro acidente envolvendo robôs aconteceu em 2021 e 2022.

Tesla tem frequência de acidentes maior que a média

Não são só os carros da Tesla que causam polêmica quando o assunto é segurança — as próprias fábricas da empresa são alvo de críticas. Em 2021, um funcionário que trabalhava na construção da Giga Texas morreu de insolação.

Segundo a reportagem do The Information, um a cada 21 funcionários da fábrica Giga Texas da Tesla se feriu durante o trabalho em 2022. O número indica uma frequência maior que a média dos EUA, que é de um a cada 30.

Os dados de acidentes graves também mostram esta mesma tendência. Um a cada 26 funcionários da Tesla teve ferimentos sérios no trabalho em 2022. Em outras grandes montadoras dos EUA, este número é menos frequente: um a cada 38 trabalhadores.

Com informações: Daily Mail, The Independent, Sky News
Robô da Tesla prende e machuca funcionário em fábrica nos EUA

Robô da Tesla prende e machuca funcionário em fábrica nos EUA
Fonte: Tecnoblog

Xiaomi SU7: primeiro carro elétrico da marca vai rodar HyperOS

Xiaomi SU7: primeiro carro elétrico da marca vai rodar HyperOS

Xiaomi adiciona mais um produto para o seu imenso portfólio: carro elétrico (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Xiaomi divulgou nesta quarta-feira (27) a primeira imagem oficial do Xiaomi SU7, primeiro carro fabricado pela marca. O veículo elétrico foi desenvolvido pela Xiaomi Automobiles, subsidiária aberta em setembro de 2021, que recebeu um investimento inicial de US$ 8 bilhões. O sedã de luxo SU7 terá a interface HyperOS no seu sistema, seguindo a ideia da empresa de aumentar a integração entre todos os seus produtos de casa inteligente e celular — e agora carros.

A apresentação oficial do veículo elétrico será amanhã (28), em um evento na China, às 2h da manhã no horário de Brasília. Em 2021, mesmo ano em que lançou oficialmente a subsidiária Xiaomi Automobiles, Lei Jun, CEO da Xiaomi, disse que esperava iniciar a produção em massa do carro em 2024. Com o teaser apresentado e o evento programado para amanhã, é provável que a empresa cumpra essa meta.

Carro elétrico da Xiaomi com HyperOS

Carro elétrico Xiaomi SU7 usará o mesmo SO dos smartphones da marca (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

Não querendo soar como gato mestre, mas o anúncio da interface HyperOS no Xiaomi SU7 era algo já esperado. Ao anunciar a interface, que é baseada no Android 14, a empresa destacou que o seu objetivo era deixar seus produtos de casa inteligente (smart home) mais integrados. Não por menos, no teaser do carro elétrico temos a frase “Bem-vindo ao Humano x Carro x Casa”.

Aqui no Brasil, a marca vende smartphones e alguns produtos para casa, como balança, caixa de som, robô aspirador e câmera de vigilância. Porém, o portfólio da marca na China é muito maior, incluindo TVs, panela de arroz, máquina de lavar e até geladeira. Para atingir a desejada maior integração, a Xiaomi optou por criar uma nova interface para os seus dispositivos.

Com o HyperOS, o carro elétrico da Xiaomi deve entregar ao usuário uma experiência contínua com os produtos da marca. Essa integração Humano x Carro x Casa deve ter mais detalhes revelados no evento de amanhã. Reciclando uma piada de 2021, dá para imaginar que você poderá pedir para o seu carro ligar a panela de arroz ou a máquina de lavar.

Com informações: 91Mobiles
Xiaomi SU7: primeiro carro elétrico da marca vai rodar HyperOS

Xiaomi SU7: primeiro carro elétrico da marca vai rodar HyperOS
Fonte: Tecnoblog

LG anuncia antena 5G transparente para instalar em vidros de carros

LG anuncia antena 5G transparente para instalar em vidros de carros

LG mostrará mais detalhes da antena transparente na CES 2024 (Imagem: Paul Hanaoka/Unsplash)

A LG revelou nesta segunda-feira (18) uma antena transparente para instalar em automóveis. A antena possui suporte para rede 5G, Wi-Fi e navegação pelo sistema global de satélites (GNSS na sigla em inglês). O foco deste produto é ser instalado nos vidros dos veículos, como o para-brisa ou até mesmo no teto solar.

Como é transparente, a antena não prejudica a estética dos veículos, ficando mais “camuflada” nos vidros. O equipamento foi desenvolvido em parceria com a Saint-Gobain Sekurit, empresa francesa do ramo de vidros para automóveis.

A LG apresentará o produto na CES 2024, maior feira de eletrônicos do mundo que começará no dia 9 de janeiro em Las Vegas, quando mais detalhes sobre a antena devem ser revelados. O Tecnoblog cobrirá presencialmente a CES 2024.

Antena transparente da LG para vidros automotivos

Antena transparente da LG terá suporte para conexão 5G, Wi-Fi e navegação por satélite (Imagem: Divulgação/LG)

No comunicado à imprensa, a LG explica que a antena transparente pode ser instalada em qualquer tipo de vidro, independente do design do veículo. A fabricante sul-coreana explica ainda que a antena pode ser instalada tanto dentro quanto sobre o vidro.

O equipamento é feito com um material maleável, deixando a antena, de acordo com a LG, como uma espécie de adesivo. Como ainda há fotos oficiais do produto, não é possível saber como será a sua instalação nos vidros. No entanto, deve ter um processo parecido com as antenas usadas por operadoras de pedágio.

No release, a LG explica que as montadoras poderão instalar a antena no processo final de fabricação dos veículos. Isso não interfere no desenvolvimento e produção dos carros, já que não exigirá uma nova etapa na cadeia de montagem, deixando que um funcionário ou um robô instale a antena na parte final. Já a Saint-Gobain Sekurit informa que produzirá um “vidro-inteligente”, que terá o equipamento já integrado.

Com informações: The Verge
LG anuncia antena 5G transparente para instalar em vidros de carros

LG anuncia antena 5G transparente para instalar em vidros de carros
Fonte: Tecnoblog

Táxis autônomos atrapalharam socorro a vítima? Bombeiros e Cruise divergem sobre o caso

Táxis autônomos atrapalharam socorro a vítima? Bombeiros e Cruise divergem sobre o caso

O socorro e a posterior morte de uma vítima de acidente de carro nos Estados Unidos reacendeu uma polêmica sobre a segurança e a responsabilidade das empresas donas de táxis autônomos. Em resumo, os bombeiros de San Francisco, na Califórnia, acusaram os veículos da Cruise de atrapalharem uma operação de resgate. Por sua vez, a companhia veio a público para rejeitar as alegações.

Carro autônomo da Cruise (imagem: divulgação/Cruise)

No cerne da questão estão dois veículos autônomos que estavam próximos a um acidente de carro (envolvendo um motorista de carne e osso). O incidente aconteceu em 14 de agosto, mas que só veio a público agora. O Corpo de Bombeiros diz que a ambulância ficou parada num congestionamento porque os dois carros da Cruise permaneceram imóveis em duas das quatro faixas de uma rua de mão única no bairro de SoMa.

O relatório dos bombeiros ainda diz que um carro de polícia em outra faixa teve de sair do caminho para que a ambulância passasse pela via. O paciente deu entrada no hospital com vida, mas foi declarado morto cerca de 20 a 30 minutos depois.

Gravações da Cruise

Como se sabe, carros autônomos possuem muitos mecanismos de vigilância. Diante disso, a Cruise – que pertence à GM – entregou gravações de vídeo ao New York Times. O jornal relata que um dos carros autônomos saiu da cena antes que a vítima fosse carregada para a ambulância. O outro táxi parou na faixa da direita até que os socorristas tivessem passado (num intervalo de cerca de 90 segundos).

“A gravação também mostra que outros veículos, incluindo outra ambulância, passaram passaram pela direita do táxi da Cruise”, completa o jornal.

A chefe do Corpo de Bombeiros, Jeanine Nicholson, declarou à imprensa dos Estados Unidos que ainda precisa ver “a Cruise se mostrar responsável por qualquer coisa”. Ela também ressaltou que “segundos importam” em incidentes como um atropelamento e que o problema tem a ver com os brigadistas não conseguirem chegar à vítima.

Longo histórico de reclamações

Juntas, a Waymo e a Cruise somam mais de 70 incidentes em que carros autônomos interferiram no socorro a vítimas (Imagem: Divulgação/Waymo)

As autoridades de San Francisco estimam que carros inteligentes da Cruise e da Waymo – do mesmo grupo do Google – contabilizam mais de 70 incidentes em que ocorreu interferência na atividade dos socorristas.

Em nota, a Cruise disse que é “irresponsável tentar apontar a culpa para este trágico incidente para a nossa frota”. Também afirmou que “a ambulância atrás do carro autônomo tinha um trajeto livre para ultrapassá-lo”, assim como outros veículos naquele ambiente.

Não custa lembrar: a empresa recentemente ganhou as manchetes porque outro táxi autônomo não percebeu as circunstâncias e ficou preso em concreto fresco. O caso também ocorreu em San Francisco.

Com informações de New York Times e Kron 4
Táxis autônomos atrapalharam socorro a vítima? Bombeiros e Cruise divergem sobre o caso

Táxis autônomos atrapalharam socorro a vítima? Bombeiros e Cruise divergem sobre o caso
Fonte: Tecnoblog

À procura da bateria perfeita

À procura da bateria perfeita

A demanda por carros elétricos não para de crescer. Com isso, se intensifica também a corrida pelas matérias-primas para criação de baterias, parte mais importante do veículo. O problema é que a fabricação dessas peças gera impactos negativos ao meio ambiente. Para piorar, os números de reciclagem de baterias ao redor do mundo continuam muito tímidos.

À procura da bateria perfeita (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Como lidar com esse problema? É o que procuramos entender com a ajuda de Amilton Botelho, doutor em Engenharia Química e pesquisador na área de reciclagem de baterias de veículos elétricos. Será que estamos perto uma alternativa viável às baterias de íons de lítio, as mais comuns do mercado? Para saber a resposta, dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Paulo Higa

Josué de Oliveira

Amilton Botelho

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Créditos

Produção: Josué de Oliveira

Edição e sonorização: Ariel Liborio

Arte da capa: Vitor Pádua

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À procura da bateria perfeita

À procura da bateria perfeita
Fonte: Tecnoblog

Táxi autônomo da Cruise fica atolado em concreto fresco

Táxi autônomo da Cruise fica atolado em concreto fresco

Um táxi autônomo da Cruise atolou em concreto fresco na cidade de São Francisco, Califórnia. A grande ironia dessa situação é que o incidente (mais um) ocorreu dias depois da cidade autorizar a operação do “robotáxi” 24 horas por dia. As imagens do incidente foram divulgadas nas redes sociais e na mídia local.

(Imagem: @Name_Is_Nobody/Twitter)

Na semana passada, a Cruise e a Waymo, duas empresas de transporte por aplicativo que utilizam carros autônomos, foram autorizadas a operar sem restrições de horário na cidade californiana. Na decisão, que conta com oposição de moradores de São Francisco, uma das contrapartidas para que as companhias realizam corridas a qualquer momento e novos lugares é diminuir incidentes com os carros.

Possível causa é que robô ainda é “burro” para ver concreto fresco

Até o momento, a Cruise não divulgou a possível causa do incidente. Porém, é especulado que o motivo é incapacidade do robotáxi em identificar o que é estrada e o que é concreto fresco — mesmo que o local estivesse com marcações de cones e funcionários usando coletes refletivos.

Se de noite todos os gatos são pardos, para um carro autônomo todo “cinza” é asfalto e ponto final. Por isso, o carro pode ter visto a área da pista e identificou que estava seguro seguir. Pela imagem abaixo, podemos ver que há um desnível na faixa em que o robotáxi da Cruise atolou. Um ser humano entenderia que há algum problema ali e, mesmo que não identificasse o concreto fresco, poderia notar os funcionários da obra ao redor.

Bolt EV da Cruise atola em concreto em São Francisco (Imagem: @Name_Is_Nobody/Twitter)

O que também falta entender é se não havia um cone no início da faixa. Em obras que acontecem em apenas uma pista de uma via, é comum que se alinhem os cones formando uma diagonal com a calçada. Isso causa um “encurtamento” da faixa e indica ao motorista que ele terá que trocar para seguir.

Cidadãos usam incidente para reforçar suas críticas ao robotáxi

Mesmo que a Comissão de Utilidade Pública da Califórnia (CPUC, sigla em inglês) tenha aprovado a ampliação do funcionamento dos robotáxis, isso não significa que a população fosse a favor disso. Uma parte dos cidadãos de São Francisco é contra os carros autônomos na cidade — e não por serem “anti-tech”.

No dia seguinte à decisão da CPUC, os carros da Cruise causaram filas na saída de um festival de música em São Francisco. De acordo com a empresa, subsidiária da GM e que usa os Bolts EVs, o motivo do incidente foi um problema de conectividade devido ao grande número de pessoas na região do festival.

Nas redes sociais, seja no Xwitter ou no TikTok, há vários vídeos de carros da Cruise confusos com a situação do trânsito — e moradores da cidade relembrando que quem votou por isso foi a CPUC, não eles.

Com informações: The Register e SFGate
Táxi autônomo da Cruise fica atolado em concreto fresco

Táxi autônomo da Cruise fica atolado em concreto fresco
Fonte: Tecnoblog

Robotáxis são liberados para operar sem restrições de horário na Califórnia

Robotáxis são liberados para operar sem restrições de horário na Califórnia

A cidade californiana de São Francisco aprovou a operação de robotáxis sem restrições de horário. Agora, os serviços de táxi autônomo poderão funcionar 24h por dia, sem parar — assim como aquelas padarias que te salvam no pós-balada. A decisão foi aprovada pela Comissão de Utilidade Pública da Califórnia (CPUC, sigla em inglês).

São Francisco, Califórnia, autoriza Waymo e Cruise a operar sem limitação de horários (Imagem: chenhengyu/Pixabay)

As empresas beneficiadas com a medida são a Waymo (subsidiária da Alphabet) e a Cruise (subsidiária da GM). Já quem deve sentir um pequeno baque é a Uber e a Lyft. Essas empresas são concorrentes diretas do serviço de táxi autônomo, mas ainda utilizam serviços com motoristas. Porém, o número de corridas da Cruise é baixo quando comparamos com Lyft e Uber.

Importante contextualizar o motivo de ter citado apenas a Waymo no parágrafo anterior. Na nossa apuração, foi verificado que a Waymo continua autorizada a fornecer corridas “semiautônomas”, na qual é necessário um “motorista de segurança” no volante dos veículos.

Cidadãos de São Francisco podem cantar “robotáxi, cê sabe!”

Por 3 votos a 1, a CPUC aprovou a operação da Cruise e Waymo a qualquer hora do dia, sem restrições de horário. Antes da aprovação, as empresas tinham autorização para operar oito horas do dia, da 22h até as 6h da manhã.

A decisão da CPUC é uma nova vitória para as empresas de táxi autônomo. Quando iniciaram os seus serviços, a Cruise e a Waymo também tinham restrição de horário para operar. Todas essas limitações aos “robotáxis” eram motivadas pelo risco dos veículos se envolverem em acidente. Agora, as duas empresas podem ampliar a área de oferta de corridas.

As companhias atuavam em horários com menor fluxo de veículos. No caso da Cruise, por ter a autorização de usar veículos sem motorista de segurança, suas corridas precisavam ser feitas na região central de São Francisco. A velocidade máxima para os carros da empresa, os Bolts EVs, é de 56 Km/h — isso não foi alterado nessa decisão.

Cruise é uma subsidiária da GM e usa o elétrico Bolt EV (Imagem: Divulgação/Cruise)

A Waymo seguirá com velocidade máxima de operação de até 104 Km/h — as vantagens de ser “atrasada” e contar com um motorista de segurança. Outro ponto positivo da subsidiária da Alphabet sobre a Cruise é que ela tem autorização para operar em climas de forte chuva e baixa visibilidade — algo proibido para a concorrente.

Em contrapartida, a Cruise e Waymo se comprometem a resolver os problemas de tráfego e possíveis incidentes com seus veículos. Os robotáxis apresentam alguns casos de parar repentinamente, prejudicando o fluxo de carros e até de veículos de emergência. Isso costuma acontecer principalmente em casos de “confusão” no sistema.

Se esses casos crescerem ou a CPUC entender que as companhias não estão resolvendo esses problemas, a autorização pode ser revogada.

Com informações: The Verge (1 e 2), TechCrunch e BBC
Robotáxis são liberados para operar sem restrições de horário na Califórnia

Robotáxis são liberados para operar sem restrições de horário na Califórnia
Fonte: Tecnoblog

Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot almejam 20% de vendas em versões eletrificadas no Brasil

Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot almejam 20% de vendas em versões eletrificadas no Brasil

A Stellantis, montadora dona de marcas como Fiat, Citroën, Peugeot, Jeep e RAM, anunciou seus planos de eletrificação para o Brasil. A fabricante aposta principalmente em veículos de tecnologia híbrida, que utilizam combustão em conjunto com bateria.

Plataformas eletrificadas da Stellantis (Imagem: Lucas Braga / Tecnoblog)

Em evento na fábrica em Betim (MG), o presidente da Stellantis para a América Latina, Antonio Filosa, anunciou a meta de que 20% dos carros vendidos pela montadora no Brasil tenham algum tipo de eletrificação até 2030.

Em comparação com outros países, a meta local parece conservadora. A Stellantis planeja que 100% dos veículos vendidos na Europa sejam eletrificados; para os Estados Unidos, seriam 50%. A empresa leva em conta, no entanto, que as emissões de carbono no Brasil já são menores graças à utilização de etanol como combustível.

Elétricos e híbridos serão fabricados no Brasil

Filosa também apresentou outras metas durante o evento. A Stellantis quer ser uma empresa carbono neutro até 2038 e dobrar a receita líquida até 2030. Para isso, a montadora aposta na nacionalização do desenvolvimento e produção de componentes.

Antonio Filosa, presidente da Stellantis para a América Latina (Imagem: Lucas Braga / Tecnoblog)

Trata-se de um trabalho extenso, pois a Stellantis precisará convencer fornecedores a fabricarem produtos que hoje possuem baixa demanda e são importados. Filosa aposta na nacionalização da produção desses componentes vários motivos, incluindo menores custos de impostos e logística.

A Stellantis também comemora que o Brasil dispõe de matéria-prima para produção das baterias, incluindo reservas de lítio no norte de Minas Gerais. Outros metais utilizados no processo fabril também são amplamente encontrados no país e na América Latina.

A fabricante não anunciou nenhum novo carro eletrificado produzido no Brasil, mas um lançamento é esperado nos próximos anos. De acordo com o executivo, a montadora apostará em um produto com potencial para maior volume de vendas.

Bio-Hybrid: a plataforma da Stellantis para eletrificação

A Stellantis apresentou suas quatro plataformas de eletrificação para os próximos anos. Elas serão utilizadas igualmente por carros de todas as marcas presentes no Brasil, incluindo Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot.

Bio-Hybrid: sistema elétrico híbrido multifuncional com bateria de lítio, que carrega a bateria e gera o torque adicional. A bateria não é recarregável pela energia elétrica.

Bio-Hybrid e-DCT: dois motores elétricos fornecem energia para impulsionar o veículo em modo totalmente elétrico ou em conjunto com o motor térmico. A bateria não é recarregável pela energia elétrica.

Bio-Hybrid plug-in: combina motores elétricos com motor térmico, e o cliente pode recarregar a bateria pela energia elétrica. Permite a condução 100% elétrica, 100% térmica ou híbrida

BEV: veículo totalmente elétrico

Plataforma Bio-Hybrid plug-in, com motor elétrico e de combustão (Imagem: Lucas Braga / Tecnoblog)

A capacidade dos motores avança progressivamente conforme a plataforma. O Bio-Hybrid mais simples tem em torno de 3 KW de potência, enquanto a versão e-DCT tem 3 KW + 16 KW.

De acordo com João Irineu Medeiros, VP de assuntos regulatórios da Stellantis, a utilização de veículos híbridos é uma importante forma de reduzir as emissões de carbono, que acontecem principalmente durante a partida inicial do motor.

Os veículos híbridos continuam com motores flex, ou seja, compatíveis com gasolina e etanol. Para que as emissões realmente diminuam é necessário que o consumidor mude o hábito e abasteça apenas com etanol.

Atualmente, 30% dos carros da frota circulante no Brasil são considerados veículos de baixa emissão graças à utilização de etanol. Trata-se de uma grande vantagem frente a outros países cujo combustível predominante é a gasolina.

Stellantis já tem carros elétricos e híbridos

A eletrificação não é um assunto novo para a Stellantis. A montadora já possui veículos elétricos e híbridos em seu portfólio.

Jeep Compass 4xe, Peugeot e-2008 e Peugeot e-208 são opções eletrificadas da Stellantis (Imagem: Lucas Braga / Tecnoblog)

Durante o evento, tive a oportunidade de dirigir os modelos Peugeot e-2008, Fiat 500e e o furgão Citroën E-Jumpy. Tratam se de modelos 100% elétricos, ou seja, é necessário recarregar os veículos na tomada. Todos foram extremamente silenciosos durante o test-drive.

Os preços ainda são bem salgados. O modelo mais barato é o Peugeot e-2008, que sai pelo valor de R$ 209,9 mil. O elétrico também está disponível via assinatura através da Flua, com valor mensal a partir de R$ 6,7 mil.
Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot almejam 20% de vendas em versões eletrificadas no Brasil

Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot almejam 20% de vendas em versões eletrificadas no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Pesquisa mostra que motoristas estão cansados de “carros tech”

Pesquisa mostra que motoristas estão cansados de “carros tech”

Uma pesquisa publicada recentemente nos Estados Unidos mostra que os motoristas não estão felizes com o excesso de tecnologia em seus veículos. Publicado desde 1995, o mais recente estudo da JD Power revela que as centrais multimídia dos carros modernos estão “cansando” os usuários. No lugar dos sistemas integrados das montadoras, os motoristas preferem espelhar o Android Auto ou Apple Car Play na tela.

“Tech” é como “quântico”: você não pode usar em qualquer lugar esperando que signifique ou melhore algo (Imagem: Kam Pratt/Pexels)

Para complicar, algumas fabricantes adicionam recursos básicos na central multimídia touchscreen e acabam piorando a usabilidade dos recursos. Por exemplo, a ativação do ar-condicionado, trocas de rádio e atender chamadas.

Tudo tem limite: até tecnologia nos carros

Na pesquisa da JD Power, 56% dos 84.555 entrevistados com carros modelo 2023 responderam que preferem usar o sistema de nativo de seus carros para ouvir música— uma queda de 14% quando comparado ao ano de 2020. Os veículos dos entrevistados foram fabricados entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023.

Para outros usos do sistema de infotenimento do carro, como chamadas, navegação e reconhecimento de voz, apenas 45%, 43% e 37% dos motoristas escolhem usar o sistema nativo dos veículos.

Todavia, os resultados de satisfação são maiores quando o sistema nativo é Android Automotive Operating System (AAOS, Sistema Operacional Android Automotivo, tradução livre) com o Google Automotive Service (GAS), serviço de apps do Google para as fabricantes instalarem em seus veículos.

Android Auto (foto) e Apple CarPlay vão se tornando o queridinho do público, pois os sistemas das fabricantes peca em usabilidade (Imagem: Lucas Braga / Tecnoblog)

Os resultados do estudo da JD Power podem ser explicados com dados apresentados por uma pesquisa da Vi Bilagare, uma revista sueca sobre automóveis: interface ruim e botões touchscreen podem “ser um saco” (aspas de quem vos escreve) ao usar o carro.

A Vi Bilagare usa como exemplo de usabilidade complicada o sistema proprietário da BMW iX. Essa interface ruim somada ao uso exclusivo do touchscreen para ativar recursos simples, como ligar o ar-condicionado, prejudica a experiência do motorista. A revista ainda testou um Volvo V70, ano 2005, com os “arcaicos” botões analógicos — que foi o mais ágil nos testes de ajustar o ar-condicionado e o rádio.

Esse excesso de tecnologia pode dificultar tarefas simples e que são as mais usadas nos carros. Por exemplo, andar sem ar-condicionado no verão é um sufoco (experiência de quem tem um econômico Celta sem a “feature”). Fora isso, um ponto levantado pela Vi Bilagare é o risco em percorrer uma longa distância — e em alta velocidade — tentando ligar algum recurso.

Um outro exemplo de “tecnologia demais” é da adoção de um “guichê no metaverso” por uma empresa de viação brasileira. O cliente só quer comprar a passagem, não ter a experiência de criar um avatar e usar um recurso “complexo” para simular um guichê de rodoviária no navegador ou celular.

Fabricantes brasileiras mantém “redundância” nos sistemas

Fiat Mobi Like mantém ajuste de temperatura no sistema de infotenimento e botões analógicos (Imagem: Divulgação/Fiat)

O Tecnoblog entrou em contato com algumas montadoras presentes no Brasil para saber se seus veículos possuem sistema próprio de infotenimento e como é a ativação do ar-condicionado nos veículos — a função de rádio não foi citada, imaginando que o motorista opte por conectar o seu streaming de música ao sistema.

A Fiat e a Citroen possuem a opção de ativar o ar-condicionado tanto pelo painel de infotenimento como pelo bom e velho botão físico. Em contato com um dono de um Hyundai Creta, ele respondeu que o veículo segue esse “padrão”. Já nos veículos da Volvo, o ajuste é feito pelo touchscreen ou por comando de voz.

A montadora sueca também é a única das que responderam a ter o GAS nativo — as outras tem sistema proprietário. Todas suportam o espelhamento de apps terceiros, como Apple CarPlay e Android Auto.

Com informações: The Verge e ArsTechnica
Pesquisa mostra que motoristas estão cansados de “carros tech”

Pesquisa mostra que motoristas estão cansados de “carros tech”
Fonte: Tecnoblog