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O que são codecs de áudio Bluetooth? Veja diferenças entre SBC, aptX, AAC e mais

O que são codecs de áudio Bluetooth? Veja diferenças entre SBC, aptX, AAC e mais

SBC, AAC, LC3, aptX e LDAC são codecs de áudio Bluetooth usados na transmissão sem fio de conteúdo sonoro para fones de ouvido, alto-falantes e outros dispositivos de som. A função de cada um é aplicar um algoritmo que padroniza e otimiza o fluxo de áudio.

O que são codecs de áudio Bluetooth? (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A padronização define taxa de bits, nível de compressão e outros parâmetros que determinam a qualidade de áudio, o gasto de energia e a quantidade de dados trafegados durante a transmissão.

Algumas empresas desenvolvem tecnologias próprias para esse fim, como a Sony, que criou o codec LDAC com foco em alta qualidade de áudio. Mas há companhias que preferem padrões como o aptX, desenvolvido pela Qualcomm em vários níveis de qualidade. Confira as diferenças entre esses e outros codecs a seguir.

ÍndiceComo funciona um codec de áudio Bluetooth?Quais são as propriedades dos codecs de áudio Bluetooth?1. Taxa de bits2. Taxa de amostragem3. Profundidade de bits4. LatênciaQuais são os principais codecs de áudio Bluetooth?SBCAACLC3aptXaptX Low LatencyaptX HDaptX AdaptiveaptX LosslessLDACLHDCLLACSamsung Scalable Codec (SSC)Qual é o melhor codec de áudio Bluetooth?SBC ou AAC: qual é o melhor codec de áudio?SBC ou LC3: qual é o melhor codec de áudio?LDAC ou AAC: qual é o melhor codec de áudio?aptX ou AAC: qual é o melhor codec de áudio?aptX ou LDAC: qual é o melhor codec de áudio?Qual é a diferença entre aptX e A2DP?

Como funciona um codec de áudio Bluetooth?

Um codec de áudio Bluetooth determina como um conteúdo auditivo deve ser transmitido de um dispositivo de origem, como um celular ou uma TV, para fones de ouvido, alto-falantes, sistemas de som automotivos e outros equipamentos sonoros.

A função do codec Bluetooth é comprimir o áudio à medida que ele é transmitido para tornar esse procedimento mais rápido e estável. Para tanto, o codec codifica o áudio na origem, gerando a compressão, e o decodifica no destino, quando o conteúdo é então reproduzido.

Fluxo básico de funcionamento de um codec de áudio Bluetooth (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Sem um codec, o conteúdo de áudio é transmitido em estado bruto (sem compressão), o que pode fazer a transmissão exceder a largura de banda do A2DP (Advanced Audio Distribution Profile), a tecnologia de áudio padrão do Bluetooth. Esse problema causa interrupções na reprodução do conteúdo.

Quais são as propriedades dos codecs de áudio Bluetooth?

Os codecs de áudio Bluetooth podem diferir em fatores como taxa de bits, taxa de amostragem, profundidade de bits e latência, que influenciam a qualidade sonora ou da conexão Bluetooth em si. Entenda o que é e como funciona cada parâmetro a seguir.

1. Taxa de bits

A taxa de bits indica o número de kilobits ou megabits processados no decorrer de um período de tempo, normalmente, um segundo. Quanto maior a taxa de bits (bitrate), mais elevada tende a ser a qualidade do áudio. Isso porque a compressão de dados é proporcionalmente menor, resultando em menos perdas de detalhes.

Nos codecs de áudio, normalmente a taxa de bits é expressa em Kb/s (kilobits por segundo), como em 320 Kb/s ou 990 Kb/s.

2. Taxa de amostragem

A taxa de amostragem (sampling rate) define a quantidade de vezes que amostras do áudio são registradas em uma medida de tempo, geralmente, segundos. Cada amostra é equivalente a uma pequena parte de um som analógico. Logo, quanto mais amostras um áudio digital tiver, mas próximo ele fica do som original.

Usa-se a medida em quilohertz (kHz) para indicar o parâmetro. Um exemplo é a taxa de amostragem de 44,1 kHz, que equivale a 44.100 amostras.

3. Profundidade de bits

A profundidade de bits (bit depth) informa a resolução de cada amostra do áudio, isto é, a quantidade de bits de informação usada para formá-la. Quanto maior a profundidade de bits, mais dados de áudio a amostra terá.

As taxas de profundidade de bits mais comuns são de 16, 24 e 32 bits. Elas podem ser representadas com a seguinte notação: 16-bit, 24-bit e 32-bit.

4. Latência

Latência (latency) indica o tempo necessário para um sinal de áudio sair da origem e chegar ao dispositivo de destino via Bluetooth. O parâmetro é dado em milissegundos (ms). Quanto menor esse número, melhor, pois latências altas indicam um tempo de atraso que pode prejudicar a experiência do usuário.

Em linhas gerais, a latência é considerada ótima quando inferior a 50 milissegundos, e boa quanto varia entre 50 e 100 milissegundos. Mas latências entre 100 e 200 milissegundos podem ser suficientes para aplicações não profissionais.

Quais são os principais codecs de áudio Bluetooth?

SBC, ACC, LC3, LDAC e as versões aptX são os codecs de áudio mais usados em conexões Bluetooth. As características desses e outros padrões são resumidos na tabela a seguir e detalhados na sequência.

CodecTaxa de bits máximaAmostragem máximaProfundidade de bitsLatência máx. típicaSBC328 Kb/s48 kHz16200 msAAC320 Kb/s44,1 kHz16, 24200 msLC3392 Kb/s48 kHz16, 24, 3230 msaptX384 Kb/s48 kHz16180 msaptX LL384 Kb/s44,1 kHz16, 2450 msaptX HD576 Kb/s48 kHz16, 24180 msaptX Adaptive420 Kb/s96 kHz16, 2480 msAptX Lossless1,2 Mb/s96 kHz16, 2450 msLDAC990 Kb/s96 kHz16, 24200 msLDHC900 Kb/s96 kHz16, 24200 msLLAC600 Kb/s48 kHz16, 2430 msSSC512 Kb/s96 kHz16, 24IndefinidoComparativo de especificações entre codecs de áudio Bluetooth

SBC

O SBC (Low-Complexity Sub-band Codec) é um codec de áudio Bluetooth lançado em 2003 com taxa de bits máxima de 328 Kb/s e latência de até 200 milissegundos.

A principal vantagem do SBC é a ampla compatibilidade com fones de ouvido, alto-falantes e outros equipamentos de som são a principal vantagem do SBC. Mas, para garantir o fluxo de áudio em tantos dispositivos, o codec atinge níveis altos de compressão, o que pode levar a uma perda importante da qualidade de áudio.

AAC

O AAC (Advanced Audio Coding) é um codec de áudio Bluetooth lançado em 1997, e é mais conhecido por ser padrão nas linhas iPhone e iPad.

O AAC tem taxa de bits de até 320 Kb/s e pode gastar mais bateria ou apresentar latência de 200 milissegundos por não ser otimizado para codificação em tempo real e ser baseado em algoritmos complexos.

É possível encontrar celulares e tablets Android compatíveis com AAC, mas o desempenho do codec pode variar de acordo com a implementação feita pelo fabricante.

LC3

LC3 (Low Complexity Communication Codec) é um codec de áudio introduzido em 2019 como taxa de transmissão de até 320 Kb/s com o Bluetooth LE Audio, padrão que une baixo consumo de energia com otimização do fluxo de som. Isso faz o áudio ser reproduzido com boa qualidade até em dispositivos com baterias pequenas.

A Bluetooth SIG, entidade responsável pela tecnologia, dá como exemplo que o LC3 é capaz de converter um fluxo de áudio de 1,5 Mb/s em 192 Kb/s, enquanto que essa taxa fica em 345 Kb/s no codec SBC. A latência do LC3 geralmente não passa de 30 milissegundos.

Diferença entre os codecs LC3 e SBC (imagem: reprodução/Bluetooth SIG)

aptX

O aptX é um codec com taxa de bits de até 384 Kb/s introduzido pela Qualcomm em 2009 para transmissões de áudio com compressão condizente com a largura de banda restrita do A2DP (a tecnologia padrão de áudio do Bluetooth), mas mantendo um bom nível de qualidade de som por meio de algoritmos avançados.

Porém, o aptX tem a desvantagem de gerar latência próxima a 180 milissegundos, uma taxa relativamente alta. Esse problema é atenuado nas outras versões do codec.

aptX Low Latency

O aptX Low Latency, também chamado de aptX LL, é um codec de áudio lançado em 2012 com taxa de transferência de até 384 Kb/s, mas latência inferior a 50 milissegundos em transmissões baseadas em A2DP, o perfil de transmissão de áudio do Bluetooth. Isso torna o codec ideal para transmissões sincronizadas de áudio e vídeo.

A baixa latência do aptX LL é alcançada com a otimização do fluxo de pacotes e com o uso de uma antena dedicada a transmissões de áudio. Este último requisito dificulta a adoção do codec pela indústria.

aptX HD

O aptX HD, ou aptX High Definition, é um codec de áudio que surgiu em 2016 com uma taxa de bits de até 576 Kb/s para suportar transmissões de alta definição. Essa característica faz o aptX HD ser empregado em dispositivos de áudio mais sofisticados e concorrer com codecs como LDAC e LHDC.

Apesar de suportar alta definição, o aptX HD faz compressão de áudio com perdas, mas com intensidade menor em relação ao aptX original. A qualidade do áudio depende da forma como o codec é implementado, portanto.

A latência também depende da implementação, podendo tanto ser baixa quanto se aproximar de 180 milissegundos. Existe compatibilidade com as versões anteriores do aptX.

aptX Adaptive

O aptX Adaptive foi anunciado em 2018 como um codec capaz de adaptar dinamicamente a taxa de bits para otimizar a transmissão, mas sem passar de 420 Kb/s. O codec não chega a ter qualidade de áudio superior em relação ao aptX HD, mas faz transmissões eficientes mesmo quando há menos largura de banda.

Normalmente, o aptX Adaptive opera com latências que não passam de 80 milissegundos. O codec é compatível com dispositivos baseados nas versões anteriores da tecnologia.

aptX Lossless

O aptX Lossless é uma variação do aptX Adaptive que realiza transmissões de áudio sem perdas via Bluetooth, não sendo exatamente um codec novo. O padrão foi apresentado em 2021 para funcionar em equipamentos sonoros que priorizam a qualidade de áudio, com taxa de bits que pode chegar a 1,2 Mb/s.

A latência máxima do aptX Lossless é estimada em 50 milissegundos.

LDAC

LDAC é um codec anunciado pela Sony em 2015 que transmite áudio com taxas de bits de 330, 660 ou 990 Kb/s. Essa taxa costuma ser definida automaticamente com base nas especificações dos dispositivos, mas, em muitos casos, pode ser ajustada pelo usuário. A taxa de 990 Kb/s gera som de alta qualidade (Hi-Res).

O LDAC é reconhecido pelo AOSP (Android Open Source Project) desde o Android 8.0, logo, é compatível com numerosos dispositivos móveis nessa plataforma. Normalmente, o codec está presente em dispositivos de áudio focados em alta qualidade de som. A sua latência costuma variar entre 50 e 200 milissegundos.

LHDC

LHDC (Low Latency High-Definition Audio Codec) é um codec de áudio de alta qualidade, capaz de trabalhar com taxas de bits de 400, 560 e 900 Kb/s. O padrão foi introduzido pela Savitech em 2018. O LHDC pode alcançar latência de 200 milissegundos, apesar de o nome sugerir o contrário.

Ainda em 2018, a organização Hi-Res Wireless Audio (HWA) foi formada por companhias como Edifier, Huawei e Sennheiser para promover o codec. Apesar disso, o LHDC não é um codec tão bem aceito quanto padrões como LDAC ou aptX.

LLAC

LLAC (Low Latency Audio Codec) é um codec baseado no LHDC, mas que trabalha com latência de até 30 milissegundos, tipicamente. Por causa disso, o LLAC também é chamado de LHDC LL. O padrão foi introduzido em 2018.

O LLAC é focado em otimizar a transmissão, razão pela qual tem latência menor em relação ao LHDC. Seus parâmetros também são inferiores, a exemplo da taxa de bits, que não passa de 600 Kb/s.

Samsung Scalable Codec (SSC)

SSC (Codec Samsung Scalable Codec) é um codec introduzido pela Samsung em 2019, junto com os fones Galaxy Buds. Sua principal característica é a taxa de bits dinâmica, com valores que variam de 88 a 512 Kb/s de acordo com as condições da transmissão.

O SSC é apontado com um codec mais eficiente que o SBC e o AAC, sendo menos suscetível a interferências do que esses padrões. Porém, o SSC só funciona com smartphones e fones de ouvido da própria Samsung.

Samsung Galaxy Buds Pro suporta SSC, AAC e SBC (imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Qual é o melhor codec de áudio Bluetooth?

Os codecs Bluetooth focados em alta qualidade de som, como LDAC e aptX HD, são considerados os melhores por serem generosos em parâmetros como taxa de bits e amostragem. Mas o entendimento sobre o melhor codec também depende da finalidade de uso, da compatibilidade e de fatores como a latência.

Comparar um codec com outro é uma forma mais precisa de entender qual a melhor opção para determinadas situações, portanto. A seguir, alguns comparativos entre os principais codecs de áudio para Bluetooth.

SBC ou AAC: qual é o melhor codec de áudio?

O AAC leva vantagem sobre o SBC por oferecer alta qualidade de áudio mantendo as taxas de bits e amostragem em patamares similares. Além disso, o AAC normalmente apresenta mais eficiência de compressão de dados, o que torna a transmissão mais estável.

Porém, o SBC tem compatibilidade com uma gama maior de dispositivos em relação ao AAC por ser o codec de áudio padrão do Bluetooth. O SBC também tende a ter consumo de energia menor na comparação com o AAC.

SBC ou LC3: qual é o melhor codec de áudio?

O codec LC3 é mais vantajoso que o SBC por transmitir áudio com maior eficiência de compressão, baixo nível de latência e menor consumo de energia. Isso porque o LC3 foi desenvolvido para permitir alta qualidade de áudio nas transmissões em dispositivos com baterias de baixa capacidade.

Contudo, o codec LC3 só funciona em dispositivos baseados no Bluetooth LE Audio, o que torna a sua compatibilidade mais limitada em relação ao SBC, o codec padrão do Bluetooth clássico.

LDAC ou AAC: qual é o melhor codec de áudio?

O LDAC é melhor que o AAC para quem busca alta qualidade de áudio por causa da sua capacidade de trabalhar com taxa de bits de até 990 Kb/s. Entretanto, o AAC tem mais eficiência de compressão e consumo de energia menor em relação ao LDAC, o que o torna mais adequado a fones de ouvido compactos.

As especificações do LDAC fazem o codec ser encontrado com mais frequência em equipamentos de áudio sofisticados e, portanto, mais caros. A compatibilidade do AAC com dispositivos sonoros é maior, em parte pelo fato de o codec ser amplamente usado pela Apple em seus dispositivos e serviços.

aptX ou AAC: qual é o melhor codec de áudio?

Os codecs aptX levam vantagem em relação ao AAC no quesito compatibilidade por serem amplamente usados em dispositivos Android, enquanto o AAC é comum em iPhones. Ambos os padrões oferecem alta qualidade de áudio, mas o aptX HD consegue ir além por trabalhar com taxa de bits de até 576 Kb/s.

O AAC tende a ter mais eficiência de compressão em relação aos codecs aptX, mas demanda um consumo de energia maior.

Fones Beats Solo Pro têm suporte a AAC (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

aptX ou LDAC: qual é o melhor codec de áudio?

O LDAC é mais vantajoso que os codecs aptX para quem prioriza alta qualidade de áudio, dada a capacidade do codec de alcançar uma taxa de bits de 990 Kb/s. Mas os codecs aptX têm uma eficiência de compressão que tende a tornar o consumo de energia menor.

Os codecs aptX também têm compatibilidade com uma gama maior de dispositivos em relação ao LDAC, além de apresentar latência inferior a 100 milissegundos nas versões LL, Adaptive e Lossless, o que os tornam mais apropriados a transmissões em tempo real.

Qual é a diferença entre aptX e A2DP?

O aptX é um codec de áudio para transmissões sem fio, enquanto o A2DP (Perfil Avançado de Distribuição de Áudio) é um tipo de perfil Bluetooth que estabelece parâmetros técnicos para que fluxos de som sejam transmitidos por meio da tecnologia.

O A2DP faz parte das especificações básicas do Bluetooth, logo, consiste na forma mais simples de se fazer transmissão de áudio por meio da tecnologia. O aptX otimiza o fluxo de áudio, mas tem menos presença no mercado por ser uma família de codecs mais específica e exigir licenciamento para ser implementado.
O que são codecs de áudio Bluetooth? Veja diferenças entre SBC, aptX, AAC e mais

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Fonte: Tecnoblog

Bluetooth 5.0 ao 5.4: conheça os benefícios e diferenças de cada versão

Bluetooth 5.0 ao 5.4: conheça os benefícios e diferenças de cada versão

O Bluetooth 5.0 é uma evolução nos padrões de conexão sem fio de curto alcance, e traz recursos voltados para a Internet das Coisas (IoT). As variações Bluetooth 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4 têm melhorias em taxa de transferência, consumo de energia, codecs de áudio, serviços de localização, segurança e estabilidade de conexão.

Bluetooth 5 e variações (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Os avanços da tecnologia Bluetooth contribuem para a economia de bateria em aparelhos portáteis, melhoram a experiência com dispositivos de áudio sem fio, permitem monitoramento de objetos por meio de beacons, entre outros benefícios.

Conheça as especificações do Bluetooth 5.0 e suas variações, e entenda as diferenças entre elas, a seguir.

ÍndiceO que é o Bluetooth 5.0?O que é o Bluetooth 5.1?O que é o Bluetooth 5.2?O que é o Bluetooth 5.3?O que é o Bluetooth 5.4?Quais são as diferenças entre Bluetooth 5.0, 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4?1. Consumo de energia2. Qualidade de áudio3. Serviços de localização4. Estabilidade da conexão5. Segurança e criptografia

O que é o Bluetooth 5.0?

O Bluetooth 5.0 é um padrão de conexão sem fio de curto alcance anunciado em dezembro de 2016 que se destaca por aumentar a taxa de transferência de dados dos dispositivos conectados.

São características do Bluetooth 5.0:

Maior taxa de transferência: a velocidade de transferência de dados máxima do Bluetooth 5.0 é 50 Mb/s, contra 24 Mbs/s da versão anterior, pois o Bluetooth 5.0 pode dobrar a largura de banda de cada canal de transmissão;

Alcance aumentado: o alcance típico de uma conexão Bluetooth 5.0 chega a 40 metros, contra até 10 metros nas versões anteriores. O alcance pode superar 200 metros em conexões com velocidade baixa ou em ambientes abertos;

Menos interferência: o Bluetooth 5.0 traz recursos para diminuir o risco de interferência por dispositivos que operam na frequência de 2,4 GHz (a mesma do Bluetooth), como roteadores Wi-Fi;

Retrocompatibilidade: o Bluetooth 5.0 e suas variações foram desenvolvidas para funcionar com dispositivos baseados nas versões anteriores da tecnologia, embora possa haver exceções.

Trackball Logitech Ergo M575 com Bluetooth 5.0 de baixo consumo (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O que é o Bluetooth 5.1?

O Bluetooth 5.1 é um tipo de comunicação wireless anunciado em janeiro de 2019 para aprimorar a capacidade da tecnologia de localizar dispositivos dentro da sua área de alcance. Isso leva aos seguintes avanços:

Localização de direção: o Bluetooth 5.1 permite localizar dispositivos próximos e determinar a sua direção. Com isso, a conexão pode ser estabelecida com mais rapidez e estabilidade;

Serviços de localização: o Bluetooth 5.1 usa recursos de direção e beacons (dispositivos de localização de baixo consumo) para identificação, rastreamento e monitoramento de objetos;

Otimização para IoT: o Bluetooth 5.1 tem maior eficiência energética e recursos de localização, o que é importante para dispositivos de Internet das Coisas, como equipamentos médicos e aparelhos de casa inteligente.

O que é o Bluetooth 5.2?

Bluetooth 5.2 é uma especificação para comunicação sem fio de curto alcance anunciada em dezembro de 2019 para melhorar a experiência do usuário com dispositivos de áudio sem fio, bem como otimizar o consumo de energia pela conexão.

As principais novidades do Bluetooth 5.2 são:

Bluetooth LE Audio: o Bluetooth 5.2 introduz o Bluetooth Low Energy Audio, padrão que reúne o baixo consumo de energia do BLE (Bluetooth Low Energy) com codecs Bluetooth otimizados para fones de ouvido e outros dispositivos de som;

Múltiplos dispositivos: o Bluetooth 5.2 permite conexões de um para vários dispositivos em transmissões de áudio via canais isócronos (fluxos de transmissão para comunicação simultânea).

Fones Edifier Hecate GM5 com Bluetooth 5.2 (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O que é o Bluetooth 5.3?

O Bluetooth 5.3 é uma tecnologia de comunicação sem fio entre dispositivos próximos anunciada em julho de 2021 com foco em Internet das Coisas. Seus principais benefícios são:

Segurança reforçada: o Bluetooth 5.3 permite que um dispositivo determine o tamanho mínimo da chave criptográfica para que uma conexão seja estabelecida de forma segura;

Estabilidade: o Bluetooth 5.3 divide a faixa de frequência da conexão em um grande número de canais para que seja possível utilizar somente aqueles que não estão congestionados, garantindo transmissões mais estáveis.

O que é o Bluetooth 5.4?

Bluetooth 5.4 é um padrão de comunicação sem fio revelado em fevereiro de 2023 que melhora a conectividade de dispositivos com baixo consumo energético.

Para tanto, a tecnologia traz recursos como a Publicidade Periódica com Resposta (PAwR), que organiza em pacotes enviados periodicamente os dados que indicam que um dispositivo está apto para conexão.

Quais são as diferenças entre Bluetooth 5.0, 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4?

As diferentes atualizações do Bluetooth 5 trouxeram melhorias em consumo de energia, qualidade de áudio, recursos de localização e economia de energia. Os principais atributos das versões 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4 são apresentados na tabela a seguir.

Versão BluetoothLançamentoPrincipais recursosBluetooth 5.012/2016Largura de banda dobrada, alcance típico de até 40 metrosBluetooth 5.101/2019AoA e AoD para localização aprimoradaBluetooth 5.212/2019Bluetooth LE Audio, LEPC para ajuste de potência, EATT para múltiplas conexõesBluetooth 5.307/2021Classificação de canais, tamanho mínimo da chave criptográficaBluetooth 5.402/2023PAwR para confiabilidade em transmissões de um para muitosComparativo entre principais recursos do Bluetooth 5.0, 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4

1. Consumo de energia

As especificações Bluetooth 5.2, 5.3 e 5.4 são as que mais otimizam o consumo de energia, pois contam com recursos como Bluetooth LE Audio e LEPC (LE Power Control), desenvolvidos para aumentar a autonomia das baterias dos dispositivos.

O Bluetooth Le Audio está disponível desde o Bluetooth 5.2, e reúne as características de eficiência energética do Bluetooth Low Energy com o codec LC3 (Low Complexity Communication Codec), otimizando transmissões de áudio para dispositivos com bateria de baixa capacidade, como fones sem fio, caixas de som portáteis e aparelhos auditivos.

O LEPC (LE Power Control), também introduzido no Bluetooth 5.2, possibilita que dois dispositivos interconectados ajustem a potência de transmissão para prevenir o desperdício de energia.

Além de absorver esses recursos, o Bluetooth 5.3 aumenta a eficiência energética ao trazer um sistema de subclassificação de conexão. O mecanismo permite aos dispositivos alternar rapidamente entre estados de alto e baixo desempenho. Assim, a conexão não fica em modo de alta potência nos momentos de ociosidade.

O Bluetooth 5.4 incorpora todos esses avanços. Já o Bluetooth 5.1 e o Bluetooth 5.0 tendem a consumir mais energia por terem maior foco em desempenho. Apesar disso, as versões 5.0 e 5.1 são mais eficientes do que as anteriores por otimizar o consumo de energia em dispositivos com baterias de baixa capacidade.

2. Qualidade de áudio

Bluetooth 5.2, 5.3 e 5.4 são versões que otimizam a qualidade de áudio por meio da especificação Bluetooth LE Audio. Baseada no codec LC3, ela usa uma taxa de bits variável e um sistema de codificação bastante eficiente para transmitir áudio com menos dados, mas com pouco ou nenhum prejuízo para a reprodução do som.

Para tanto, o LC3 suporta valores de profundidade de bits como 16-bit, 24-bit e 32-bit, bem como uma taxa de amostragem entre 8 e 48 kHz. Os valores exatos são definidos de acordo com as condições da conexão ou com base nas características dos dispositivos que se comunicam.

O Bluetooth 5.2 introduziu o LE Audio, com as versões 5.3 e 5.4 incorporando suporte ao padrão quando lançadas. O Bluetooth 5.0 e o Bluetooth 5.1 também transmitem áudio, mas por meio de protocolos menos eficientes, como SBC e AAC.

3. Serviços de localização

As versões Bluetooth 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4 aprimoram os recursos de localização com a adição de dois mecanismos:

AoA (Angle of Arrival): faz o dispositivo emitir um sinal por meio de uma antena para ser localizado. O outro dispositivo, que faz a busca, é composto por várias antenas. A diferença do sinal entre elas é então analisada para que a localização do primeiro dispositivo seja determinada;

AoD (Angle of Departure): o dispositivo que faz a busca tem uma única antena, mas o dispositivo a ser localizado emite sinais usando várias antenas. As variações entre esses sinais são analisadas para a localização ser definida.

Introduzidas no Bluetooth 5.1 e incorporada pelas versões posteriores, o AoA e o AoD permitem que a transmissão seja direcionada com maior precisão ao dispositivos participantes. No Bluetooth 5.0 e anteriores, a sinalização é mais difusa, podendo tornar a localização mais demorada ou suscetível a interferências.

Busca de dispositivos para conexão via Bluetooth (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

4. Estabilidade da conexão

Os Bluetooth 5.2, 5.3 e 5.4 deixam a conexão mais estável por meio do EATT (Enhanced Attribute Protocol), protocolo que permite que vários fluxos de dados sejam transmitidos ao mesmo tempo. Ele também otimiza a troca de pacotes entre os dispositivos de forma a reduzir a latência.

Já as versões Bluetooth 5.3 e 5.4 adicionam um sistema de classificação de canais que divide a conexão em vários segmentos. Isso faz os dispositivos priorizarem os canais menos congestionados para evitar interferência ou latência alta.

O Bluetooth 5.4 traz ainda o PAwR, recurso que permite comunicação bidirecional quando um equipamento faz transmissão para muitos dispositivos (teoricamente, até 32.640 aparelhos) usando BLE, o que melhora a qualidade do sinal no rastreamento de objetos, por exemplo.

As versões Bluetooth 5.0 e 5.1 não têm EATT e PAwR, mas suportam múltiplos canais. Contudo, somente o dispositivo principal (como um celular) consegue fazer a classificação deles.

5. Segurança e criptografia

O Bluetooth 5.3 e o Bluetooth 5.4 permitem a um dispositivo determinar o tamanho mínimo da chave criptográfica necessária para a conexão ser estabelecida. Isso torna a comunicação mais eficiente, pois o tamanho da chave de criptografia é informado logo no início do procedimento.

Nos Bluetooth 5.0, 5.1 e 5.2, o tamanho da chave é negociado durante o estabelecimento da conexão, o que pode tornar o procedimento mais demorado ou menos eficiente.
Bluetooth 5.0 ao 5.4: conheça os benefícios e diferenças de cada versão

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Fonte: Tecnoblog

Samsung Galaxy A de 2023 sai por menos de R$ 700 em oferta histórica

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Se você precisa de um smartphone de entrada com preço atraente, vale conferir o Galaxy A04s, que sai por apenas R$ 649 nessa promoção. Ele entrega o esperado de um celular para uso o básico, como suporte às tecnologias de NFC e Bluetooth, e uma bateria grande de 5.000 mAh. Além disso, as condições de compra também são atrativas. Confira mais detalhes sobre a oferta e a ficha técnica a seguir.

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Galaxy A04s é um smartphone básico (e barato)

Apesar de não se comparar aos modelos (bem mais caros) da linha S, o Galaxy A04s é um celular legal pelo preço. E deve atender bem quem não precisa de um smartphone tão avançado ou quer um aparelho reserva para, por exemplo, ser o “celular do Pix”. Falando em Pix, ele não conta com suporte ao 5G, mas se conecta ao Wi-Fi e 4G. Além de fazer pagamentos via NFC e ler QR codes tranquilamente com a câmera tripla de 50 MP.

Assim como cumprir com outras funções simples, navegar por aplicativos com a tela com taxa de atualização de 90 Hz — excelente para a categoria. E reproduzir músicas sem ou com os fones de ouvido, que podem ser conectados via Bluetooth ou pela entrada de 3,5 mm — que tem deixado de aparecer nos últimos lançamentos de smartphone.

Isso, com uma bateria com 5.000 mAh de capacidade, suficientes para 21h de acesso à internet segundo a Samsung. O Galaxy A04s ainda traz 4 GB de RAM, 64 GB de armazenamento expansíveis até 1 TB via SSD, leitor de impressões digitais, e sistema operacional Android 13 de fábrica.
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Fonte: Tecnoblog

O que é Bluetooth Low Energy (BLE) e quais as vantagens desse tipo de conexão?

O que é Bluetooth Low Energy (BLE) e quais as vantagens desse tipo de conexão?

O Bluetooth Low Energy (BLE) é um padrão de conexão sem fio que consome pouca energia elétrica. Essa característica aumenta a duração da bateria de wearables (como relógios inteligentes), dispositivos médicos e até serviços de localização.

O que é Bluetooth Low Energy? (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Bluetooth SIG lançou o Bluetooth Low Energy em 2010, junto ao Bluetooth 4.0, visando otimizar ainda mais o consumo de energia em relação ao Bluetooth clássico.

A tecnologia Bluetooth demanda pouca energia desde suas primeiras versões, mas o BLE permite que dispositivos com baterias muito pequenas, como fones de ouvido sem fio, tenham maior autonomia. A seguir, conheça o funcionamento, vantagens e limitações do BLE.

ÍndiceComo funciona o Bluetooth Low Energy?Quais são as principais topologias do Bluetooth Low Energy?Qual é o alcance máximo do Bluetooth Low Energy?Qual é a faixa de frequência utilizada pelo Bluetooth Low Energy?Quais são as aplicações do Bluetooth Low EnergyO que são BLE beacons?Quais são as vantagens do Bluetooth Low Energy?Quais são as limitações do Bluetooth Low Energy?Qual é a diferença entre Bluetooth Low Energy e Bluetooth clássico?Qual é a diferença entre Bluetooth LE e Bluetooth LE Audio?

Como funciona o Bluetooth Low Energy?

O Bluetooth Low Energy, também chamado de Bluetooth LE ou Bluetooth Smart, é uma tecnologia que permite que dispositivos como fones de ouvido e smartwatches se conectem a celulares, tablets, computadores e outros equipamentos por meio de sinais de rádio.

A principal vantagem do BLE é consumir por volta de 10% da energia demandada por dispositivos baseados no Bluetooth clássico, embora essa porcentagem possa variar para mais ou menos sob determinadas circunstâncias.

O Bluetooth Low Energy opera na faixa de frequência de 2,4 GHz a 2,483 GHz e usa um método de transmissão FHSS (com troca da frequência de trabalho em curtos intervalos de tempo), assim como o Bluetooth clássico.

Porém, o BLE trabalha com apenas 40 canais em espaços de 2 MHz entre eles na referida faixa de frequência, enquanto o Bluetooth clássico o faz com 79 canais e espaço de 1 MHz.

De modo geral, o que torna o Bluetooth Low Energy econômico no consumo de energia é um conjunto de recursos, como um sistema de modulação um pouco mais simples, um modo que mantém a tecnologia em suspensão até uma conexão ser iniciada, e uso de pacotes de dados menores em relação ao Bluetooth clássico.

Quais são as principais topologias do Bluetooth Low Energy?

Para atender a diversos tipos de aplicações, o Bluetooth Low Energy foi desenvolvido para suportar três tipos principais de topologias, isto é, de estruturas de comunicação entre os dispositivos:

Ponto a ponto: é a comunicação entre dois dispositivos, como um celular que transmite áudio para fones de ouvido;

Broadcast: método no qual um aparelho se comunica com vários dispositivos ao mesmo tempo, como um sistema que rastreia lotes de produtos em um estoque por meio de BLE beacons (dispositivos de localização);

Mesh: é uma topologia em que o Bluetooth Low Energy cria uma rede com muitos dispositivos, com todos podendo se comunicar com os outros. Essa é uma abordagem útil para sistemas de monitoramento, por exemplo.

Topologias do BLE: ponto a ponto, broadcast e mesh (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Qual é o alcance máximo do Bluetooth Low Energy?

O Bluetooth Low Energy tem alcance típico de até 100 metros, embora distâncias maiores sejam possíveis. Contudo, a maioria das conexões suporta até 10 metros. Paredes, máquinas, objetos de grande porte e a própria capacidade de emissão de sinal do dispositivo estão entre os fatores que podem reduzir o alcance.

Qual é a faixa de frequência utilizada pelo Bluetooth Low Energy?

O BLE atua entre 2,4 GHz a 2,483 GHz. Essa é a faixa de frequências ISM, reservada a aplicações industriais, científicas e médicas. Por isso, ela é amplamente usada em aparelhos e sistemas de comunicação sem fio, como o Wi-Fi de 2,4 GHz.

Quando há vários dispositivos atuando na mesma faixa de frequência, o risco de interferência ou congestionamento no Bluetooth é maior, apesar de existirem mecanismos que previnem o problema.

Fones sem fio LG Tone Free FN7 com BLE (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Quais são as aplicações do Bluetooth Low Energy

A capacidade de funcionar com baixo consumo de energia faz o Bluetooth Low Energy encontrar espaço em aplicações como:

Dispositivos vestíveis: o BLE ajuda a aumentar a autonomia da bateria de dispositivos de monitoramento fitness, como smartwatches e smartbands;

IoT: o Bluetooth Low Energy é usado em dispositivos de internet das coisas, como sensores que monitoram a qualidade do solo na agricultura ou detectam a presença de invasores em uma área protegida;

Automação residencial: o BLE é usado para controlar lâmpadas, alarmes, sensores de fumaça, termostatos e outros dispositivos para casa inteligente;

Medicina: o Bluetooth Low Energy pode transmitir dados de monitores de glicose, pressão sanguínea, batimentos cardíacos, temperatura e afins a prontuários eletrônicos;

Varejo: etiquetas eletrônicas (tags) com BLE podem ser usadas em lojas para o monitoramento mais preciso dos produtos que precisam de reposição rápida ou elaboração de estratégias de marketing;

Serviços de localização: é possível o uso de BLE beacons no rastreamento de produtos em estoque, gerenciamento de frotas em garagens ou envio de cardápios eletrônicos ao celular do cliente em um restaurante, por exemplo.

Uma smartband Fitbit Charge 2 com BLE (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

O que são BLE beacons?

BLE beacons são dispositivos que usam o Bluetooth Low Energy para permitir que objetos ligados a eles sejam identificados, rastreados ou monitorados. Esses equipamentos podem ser usados em museus para enviar descrições das peças expostas ao celular do visitante que se aproxima delas, entre outras utilidades.

Os beacons lembram o funcionamento da tecnologia NFC. A principal diferença é que o NFC exige que os dispositivos tenham proximidade entre si de poucos centímetros. No Bluetooth Low Energy, a distância entre os dispositivos pode alcançar alguns metros.

Quais são as vantagens do Bluetooth Low Energy?

Entre as características que fazem o Bluetooth Low Energy ser uma tecnologia bem aceita no mercado estão:

Baixo consumo de energia: o principal atributo do BLE é demandar pouca energia, o que torna a tecnologia útil em dispositivos com baterias pequenas;

Escalabilidade: o Bluetooth Low Energy suporta várias topologias, o que permite o seu uso até em estruturas formadas por vários dispositivos;

Implementação descomplicada: o BLE é uma tecnologia de comunicação wireless que combina ondas de rádio com protocolos simples, o que facilita a sua implementação em aplicações dos mais diversos tipos;

Ampla compatibilidade: a implementação relativamente fácil faz o Bluetooth Low Energy funcionar em uma grande variedade de dispositivos;

Suporte multiplataforma: o Bluetooth Low Energy é suportado pelo Windows, macOS, distribuições Linux, Android, iOS e outros sistemas operacionais;

Segurança: o BLE suporta criptografia AES de 128 bits, autenticação criptografada e outros recursos que diminuem o risco de a tecnologia ser usada para invasões, roubos de dados e outras ações maliciosas.

Fones LG Tone Free FN7 com BLE conectado a um iPhone (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Quais são as limitações do Bluetooth Low Energy?

O Bluetooth Low Energy também tem algumas características que dificultam ou inviabilizam o seu uso em determinadas aplicações, como:

Velocidade baixa: a taxa de transferência de dados do BLE não passa de 2 Mb/s na maioria das aplicações, ficando frequentemente abaixo de 1 Mb/s. Isso torna a tecnologia inadequada para tarefas como streaming de vídeo;

Alcance limitado: o BLE só chega a 10 metros de alcance na maioria das aplicações. Distâncias de até 100 m só são possíveis sob condições específicas, como uso de transmissores mais sofisticados e ausência de interferências;

Risco de interferência de sinal: o BLE está sujeito a interferência de sinal, embora esse problema não seja comum.

Qual é a diferença entre Bluetooth Low Energy e Bluetooth clássico?

O Bluetooth Low Energy é uma tecnologia de conexão sem fio criada para consumir menos energia e, assim, otimizar a troca de dados em dispositivos com baterias pequenas. Já a expressão Bluetooth clássico é usada para referenciar as versões convencionais da tecnologia Bluetooth, que não são focadas em baixo consumo energético.

Qual é a diferença entre Bluetooth LE e Bluetooth LE Audio?

O Bluetooth Low Energy é uma tecnologia de troca de dados que prioriza o baixo consumo de energia nos dispositivos conectados. Já o Bluetooth LE Audio é uma especificação que combina baixo consumo energético com otimização de streaming áudio, o que torna essa tecnologia adequada para fones de ouvido sem fio ou smart speakers.
O que é Bluetooth Low Energy (BLE) e quais as vantagens desse tipo de conexão?

O que é Bluetooth Low Energy (BLE) e quais as vantagens desse tipo de conexão?
Fonte: Tecnoblog

Bluetooth: o que é, como funciona e quais são versões da tecnologia?

Bluetooth: o que é, como funciona e quais são versões da tecnologia?

Bluetooth é uma tecnologia de conexão sem fio de curto alcance. Ela permite que fones de ouvido, caixas de som, mouses e outros tipos de dispositivos sejam conectados a smartphones, tablets, computadores, TVs e até painéis de carros.

O que é Bluetooth? (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A evolução da tecnologia Bluetooth é classificada em versões, que trazem novos recursos e melhorias em especificações como latência, taxa de transmissão de dados e alcance. Isso permite que o Bluetooth faça comunicação sem fio entre dispositivos das mais variadas categorias, incluindo aqueles com baixo consumo de energia.

Neste artigo, o Tecnoblog explica como funciona a transmissão de dados via Bluetooth, quais são as versões existentes, as vantagens e as limitações desse tipo de conexão.

ÍndiceComo funciona o Bluetooth?O que é pareamento Bluetooth?Quais são as classes de alcance do Bluetooth?Quais são as versões de Bluetooth que existem?Bluetooth 1.0Bluetooth 2.0Bluetooth 3.0Bluetooth 4.0Bluetooth 5.0Qual é a versão mais recente do Bluetooth?O que são os perfis Bluetooth?O que pode causar interferência no Bluetooth?O Bluetooth é seguro?Quais são as aplicações da tecnologia Bluetooth?Quais são as vantagens do Bluetooth?Quais são as limitações do Bluetooth?Como surgiu o Bluetooth?Quem criou o Bluetooth?Quem regula o Bluetooth?De onde veio o nome Bluetooth?Devo deixar o Bluetooth do celular sempre ligado?Posso compartilhar internet via Bluetooth?O Bluetooth consome muita bateria?Bluetooth ou Wi-Fi: qual conexão consome mais bateria?Qual é a diferença entre Bluetooth clássico e Bluetooth Low Energy?

Como funciona o Bluetooth?

A comunicação via Bluetooth é feita por meio de ondas de rádio de curto alcance que operam, tipicamente, na frequência de 2,4 GHz, podendo chegar a 2,483 GHz. Essa é a faixa de frequências ISM, reservada para aplicações industriais, científicas e médicas. Isso garante o funcionamento do Bluetooth em escala global.

A conexão por Bluetooth é feita diretamente entre os dispositivos participantes, não existindo um equipamento central para controlar o tráfego de dados entre eles.

O que é pareamento Bluetooth?

Para que dispositivos possam se comunicar via Bluetooth, é preciso que ocorra o pareamento. Nesse processo, os aparelhos trocam informações de registros mutuamente para que um possa identificar o outro.

Normalmente, o pareamento só precisa ser feito uma vez. Com isso, os dispositivos envolvidos na comunicação poderão se conectar automaticamente nas próximas vezes em que um estiver no alcance do outro.

Pareamento Bluetooth (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Um aparelho pode se conectar a mais de um dispositivo via Bluetooth. É o caso de uma pessoa que usa a tecnologia para conectar fones, teclado e mouse sem fio ao notebook. O aparelho que estabelece a conexão é chamado de master (principal), enquanto os que a aceitam são denominados slaves (secundários).

Cada um desses dispositivos pode ter um perfil específico. Perfis Bluetooth são especificações de interface que definem como cada tipo de dispositivo deve se comunicar para que a conexão seja efetiva. Há perfis para reprodução de áudio, transmissão de voz, troca de arquivos, entre outros.

Quais são as classes de alcance do Bluetooth?

O Bluetooth é divido em quatro classes que variam conforme a potência máxima e distância alcançada. São elas:

Classe 1: a transmissão tem alcance de até 100 metros e potência máxima de 100 mW. Headsets e smartwatches estão entre os dispositivos que se comunicam nesta classe;

Classe 2: tem alcance de até 10 metros e potência de 2,5 mW. É adequado para dispositivos que não precisam de alcance amplo, como determinados fones de ouvido e caixas de som. É a classe mais comum;

Classe 3: tipicamente, alcança 1 metro e tem potência de 1 mW, sendo adequado para dispositivos com baixo consumo de energia, como fones de ouvido simples;

Classe 4: com alcance de apenas meio metro e potência de 0,5 mW, é uma classe pouco usada por necessitar que os dispositivos envolvidos estejam muito próximos entre si.

O que é mW?
A potência do Bluetooth é representada pela sigla mW, que significa miliwatt, e corresponde a um watt dividido por mil. Não confundir com MW (com ‘M’ maiúsculo), que é a sigla para megawatt.

Quais são as versões de Bluetooth que existem?

A tecnologia Bluetooth é atualizada com o passar do tempo, o que leva ao surgimento periódico de novas versões, que variam em aspectos como tecnologias de transmissão de dados e taxa de transferência. Elas são definidas como Bluetooth 1.0, 2.0, 3.0, 4.0 e 5.0. Entenda mais sobre cada tipo a seguir.

Bluetooth 1.0

O Bluetooth 1.0 e o Bluetooth 1.0B são as primeiras versões da tecnologia, introduzidas em 1998 com muitas limitações. Os principais problemas eram a difícil implementação e interoperabilidade frequentemente falha. A sua taxa de transferência máxima era de 721 Kb/s.

As restrições dessas versões foram solucionadas com o Bluetooth 1.1, lançado em 2001, e com o Bluetooth 1.2, anunciado em 2003. Ambas as versões trouxeram recursos que estabilizavam a conexão e preveniam interferências. A partir delas é que o Bluetooth começou a ganhar mercado.

Bluetooth 2.0

O Bluetooth 2.0 surgiu em 2004 como evolução que aumenta a velocidade de transmissão para até 3,2 Mb/s, embora a taxa não costume passar de 2,1 Mb/s. O destaque do Bluetooth 2.0 é a tecnologia opcional Enhanced Data Rate (EDR), capaz de triplicar a taxa de transmissão em relação ao Bluetooth 1.0.

Em 2007, o Bluetooth 2.1 foi lançado com recursos de segurança, como o padrão Secure Simple Pairing (SSP), e controle aprimorado de consumo de energia. Essa versão também é compatível com EDR.

Bluetooth 3.0

O Bluetooth 3.0 foi introduzido em 2009 com maior taxa de transferência máxima: 24 Mb/s. Contudo, velocidades elevadas só são alcançadas em dispositivos que combinam o Bluetooth 3.0 com instruções Hig Speed (HS).

Esse aprimoramento permitiu que o Bluetooth fosse usado para transmissão de vídeo e áudio, ou na transferência de arquivos grandes (com muitos megabytes).

Bluetooth 4.0

O Bluetooth 4.0 foi anunciado em 2010 com foco em eficiência energética. Por conta disso, essa versão introduz uma variação da tecnologia conhecida como Bluetooth Low Energy (BLE), direcionada a dispositivos movidos a bateria e que, portanto, precisam otimizar ao máximo o consumo de energia.

Em 2013, o Bluetooth 4.1 foi anunciado com melhorias no consumo de energia, permitindo que a tecnologia fique quase inativa quando um dispositivo é afastado da conexão. Também há otimização para retomada de conexão e transmissão de pacotes de dados para internet das coisas.

Já o Bluetooth 4.2 foi apresentado no final de 2014 com recursos como suporte nativo a IPv6 e um novo método de criptografia para assegurar que a conexão ocorra somente entre dispositivos autorizados.

Smartband Huawei com Bluetooth Low Energy (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Bluetooth 5.0

O Bluetooth 5.0 foi revelado em 2016 com taxa de transferência de dados máxima de 50 Mb/s e menor risco de interferência no funcionamento de conexões Wi-Fi ou 4G.

Já o Bluetooth 5.1, apresentado no início de 2019, trouxe melhorias para serviços de localização. Esse tipo de conexão permite não só identificar a proximidade de um dispositivo, mas também a sua direção com precisão de centímetros.

O Bluetooth 5.2, anunciado no final de 2019, marca o surgimento do Bluetooth LE Audio, que otimiza a conexão para transmissões de som com menor consumo de energia. Além disso, o Bluetooth 5.2 possibilita o ajuste dinâmico da potência de transmissão com a função LE Power Control (LEPC).

Em 2021, o Bluetooth 5.3 foi anunciado com um modo que permite a um dispositivo alternar entre estados de baixo e alto desempenho para economizar energia. Esse recurso é direcionado principalmente a dispositivos vestíveis e aplicações de internet das coisas.

Qual é a versão mais recente do Bluetooth?

O Bluetooth 5.4 é a versão mais recente da tecnologia Bluetooth, lançada em fevereiro de 2023, e se destaca pelo PAwR (Periodic Advertising with Responses), especificação para troca bidirecional de dados em conexões Bluetooth Low Energy formadas por muitos dispositivos (teoricamente, até 32.640 aparelhos).

O que são os perfis Bluetooth?

Perfis Bluetooth são protocolos que definem como uma conexão deve ser usada em determinada aplicação. Cada perfil estabelece padrões técnicos que devem ser seguidos pela indústria para assegurar a eficiência da comunicação e a compatibilidade entre dispositivos. Os perfis de controle de mídia são os mais comuns.

Entre os perfis Bluetooth disponíveis estão:

A2DP (Perfil Avançado de Distribuição de Áudio): perfil Bluetooth que define como um fluxo de áudio deve ser transmitido, a exemplo de um celular que reproduz música em fones de ouvido sem fio. Pode funcionar com codecs de áudio Bluetooth;

VDP (Perfil de Distribuição de Vídeo): perfil Bluetooth próprio para transmissões de vídeo a partir de uma fonte para o receptor, podendo ser usado para reproduzir filmes na TV a partir de uma central de mídia, por exemplo;

AVRCP (Perfil de Controle Remoto de Áudio e Vídeo): perfil Bluetooth que permite o uso da tecnologia para controle remoto de equipamentos de som e vídeo, podendo ser usado em conjunto com os perfis A2DP e VDP;

HFP (Perfil de Mãos Livres): perfil que faz o Bluetooth ser ativado para chamadas sem o uso das mãos, a exemplo do painel de um carro que se comunica com o celular. Faz parte dos perfis de controle de sistemas de comunicações;

GOEP (Perfil de Troca de Objetos Genéricos): perfil Bluetooth próprio para troca de dados específicos entre os dispositivos, a exemplo da transferência de arquivos entre um notebook e um celular;

Sync: é um perfil Bluetooth para sincronização de dados entre um dispositivo principal e aparelhos secundários, como celulares que se conectam a um computador para receber informações específicas. Pode ser usado junto com o GOEP.

Fones de ouvido Bluetooth (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

O que pode causar interferência no Bluetooth?

O Bluetooth foi desenvolvido para oferecer conexões estáveis, mas alguns problemas pode interferir em seu funcionamento. Os mais comuns são obstáculos físicos, como paredes ou portas maciças que impedem que um dispositivo alcance o outro. Uma distância longa entre eles também é uma causa frequente.

Entre os demais possíveis problemas com Bluetooth estão aparelhos sem mecanismos ou ajustes contra interferências que operam na faixa de frequência de 2,4 GHz (como um roteador Wi-Fi mal configurado), falhas de alimentação elétrica (como pilhas fracas), drivers desatualizados e até bugs de software.

O Bluetooth é seguro?

O Bluetooth é uma tecnologia segura, de modo geral, mas não é possível garantir que ela esteja 100% livre de problemas de segurança. Uma conexão Bluetooth pode ser usada para ações como o bluesnarfing, que é o roubo de dados de um dispositivo, e o bluejacking, que é o envio de mensagens com links perigosos a um aparelho.

Esses problemas não são comuns. Apesar disso, é recomendável adotar alguns cuidados para reforçar a segurança do Bluetooth, como não se conectar a dispositivos que não sejam seus, manter atualizado o sistema operacional de computadores, celulares e tablets, e excluir conexões que não são mais usadas.

Quais são as aplicações da tecnologia Bluetooth?

O Bluetooth é amplamente utilizado devido à compatibilidade com várias categorias de dispositivos. Suas principais aplicações são:

Transmissão de áudio: o Bluetooth é muito usado para transmitir áudio de celulares, tablets, notebooks e TVs a fones de ouvido e caixas de som;

Transmissão de vídeo: conexões Bluetooth podem ser usadas para transmissão de vídeo de um dispositivo para outro, inclusive em tempo real;

Compartilhamento de arquivos: a tecnologia pode ser usada para que dispositivos baseados em plataformas distintas compartilhem arquivos e ouras informações;

Conexão de acessórios: é comum o uso de Bluetooth para conectar mouse, teclado e outros dispositivos a computadores ou tablets;

Automação residencial: a tecnologia pode conectar dispositivos do lar, como câmeras de segurança, portões eletrônicos, termostatos e lâmpadas inteligentes;

IoT (Internet das Coisas): as versões mais modernas do Bluetooth podem permitem uma comunicação eficiente entre dispositivos residenciais, máquinas industriais, equipamentos médicos, entre vários outros;

Setor automobilístico: é possível usar o Bluetooth para conectar o painel do carro ao celular do usuário ou a sistemas de cidades inteligentes, como os que controlam semáforos de modo dinâmico.

Atalho para ativação de Bluetooth no iPhone (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Quais são as vantagens do Bluetooth?

A tecnologia Bluetooth é bem aceita por usuários domésticos e organizações por oferecer numerosas vantagens, como:

Ampla compatibilidade: a tecnologia funciona em muitos dispositivos, estando presente em praticamente todos os notebooks, celulares e tablets atuais;

Múltiplos dispositivos: um equipamento pode ser conectado a mais de um dispositivo via Bluetooth. Um notebook, por exemplo, pode usar a tecnologia para conectar mouse, teclado e fones de ouvido simultaneamente;

Multiplataforma: a tecnologia funciona com numerosos sistemas operacionais, incluindo Windows, macOS, distribuições Linux, Android e iOS;

Fácil utilização: não é difícil conectar dois dispositivos via Bluetooth, embora isso dependa da interface do aparelho que dá origem à conexão. O fato de só ser necessário parear os dispositivos uma vez torna o uso ainda mais fácil;

Baixo consumo de energia: o Bluetooth não é uma tecnologia que demanda muita energia, principalmente nas versões mais modernas ou em dispositivos baseados em Bluetooth Low Energy;

Baixa interferência: uma conexão Bluetooth até pode causar interferência em outros aparelhos ou redes wireless, mas esse não é um problema frequente;

Retrocompatibilidade: um dispositivo baseado em uma versão recente do Bluetooth é compatível com as versões anteriores, existindo poucas exceções.

Quais são as limitações do Bluetooth?

O Bluetooth está sujeito a algumas limitações em relação a outros tipos de conexão sem fio. São elas:

Alcance limitado: o Bluetooth pode alcançar distâncias de 100 metros (ou mais) sob determinadas circunstâncias, mas a maioria das conexões do tipo não passa de 10 metros;

Velocidade de transferência inferior: a taxa de transferência do Bluetooth não é tão elevada quanto as que podem ser atingidas com redes Wi-Fi ou conexões cabeadas;

Risco de interferências: conexões Bluetooth podem causar interferências em outros dispositivos ou redes sem fio. Mas esse não é um problema muito comum e, quando ocorre, geralmente envolve versões antigas da tecnologia;

Preocupações de segurança: existe o risco de conexões Bluetooth serem usadas em negação de serviço e outras formas de ataques, embora a tecnologia seja dotada de numerosos mecanismos de segurança.

O Bluetooth pode alcançar 100 m, mas a maioria dos dispositivos suporta até 10 m (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Como surgiu o Bluetooth?

O projeto do Bluetooth teve início em 1989, quando a Ericsson passou a trabalhar em uma tecnologia de rádio de curto alcance. Mas a tecnologia só começou a ser desenvolvida em 1994, época em que a companhia expandiu a ideia para permitir a conexão de acessórios a celulares.

Os trabalhos de desenvolvimento continuaram até a primeira versão do Bluetooth ser apresentada, em 1998. Naquela época, o objetivo de permitir compatibilidade entre dispositivos de diferentes tipos já estava estabelecido.

O primeiro dispositivo Bluetooth foi um headset da Ericsson para celulares anunciado em 1999, sem nome comercial. Os primeiros celulares com a tecnologia foram os modelos Ericsson R520M e Ericsson T39, ambos com Bluetooth 1.0B.

Quem criou o Bluetooth?

O desenvolvimento do Bluetooth começou com Nils Rydbeck, executivo da Ericsson que, em 1989, trabalhava em um projeto de rádio de curto alcance que poderia ser usado em dispositivos como fones de ouvidos sem fio.

A convite de Rydbeck, o engenheiro elétrico Jaap Haartsen começou a trabalhar no desenvolvimento do projeto em 1994. O pioneirismo com a tecnologia fez Haartsen ser considerado o “pai do Bluetooth”.

Quem regula o Bluetooth?

A tecnologia Bluetooth é desenvolvida e promovida pela Bluetooth SIG, organização criada em 1998 pelas companhias Ericsson, Intel, Nokia, Toshiba e IBM. Hoje, a entidade conta com mais de 38 mil empresas afiliadas.

De onde veio o nome Bluetooth?

O termo “Bluetooth” é uma referência a Harald Gormsson, rei que unificou as regiões da Dinamarca e Noruega em 958. Ele era conhecido como Harald Bluetooth (Harald Dente Azul) por ter um dente morto de cor azulada.

A unificação promovida pelo rei inspirou Jim Kardach, membro da Intel que participava do projeto, a sugerir o nome “Bluetooth” para a tecnologia, pois o objetivo daquele trabalho era criar um padrão que unificasse computadores e celulares, como explica a Bluetooth SIG.

Bluetooth era para ser um nome temporário, mas se tornou oficial, tanto que o logotipo da tecnologia consiste na junção de runas que representam as iniciais de Harald.

Devo deixar o Bluetooth do celular sempre ligado?

Deixar o Bluetooth sempre ativado em seu celular, tablet ou computador traz conveniência e praticidade. Essa medida permite conectar fones de ouvido e outros acessórios rapidamente ao equipamento, inclusive de modo automático, se o pareamento tiver sido realizado em outra ocasião.

Mas desativar o Bluetooth quando a tecnologia não estiver em uso é uma boa medida de segurança, pelo menos em lugares públicos. Trata-se de uma forma de evitar que dispositivos de terceiros tentem se conectar ao seu equipamento.

Essa medida também pode ser útil para reduzir o consumo de energia pelo aparelho, ainda que a economia proporcionada costume ser modesta.

Bluetooth ativado em um Galaxy Z Fold 4 (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Posso compartilhar internet via Bluetooth?

É possível compartilhar um acesso à internet usando Bluetooth. Esse procedimento é chamado de tethering e faz o dispositivo que dá origem à conexão funcionar como um hotspot Bluetooth.

Rotear internet pelo Bluetooth é uma ação que pode ser feita com certa facilidade, tanto em celulares Android quanto em iPhones. É claro que, se o acesso à internet tem origem em conexões 4G ou 5G, o compartilhamento levará ao consumo da franquia do plano de dados contratado.

O Bluetooth consome muita bateria?

O Bluetooth não é uma tecnologia que drena a bateria, ainda mais se a versão em uso for a 4.0 ou superior. Algum impacto na autonomia só costuma ser percebido em aparelhos com baterias de baixa capacidade ou desgastadas pelo tempo de uso.

Em dispositivos muito pequenos, como fones intra-auriculares, a tecnologia Bluetooth LE ajuda a reduzir o consumo de energia. Em equipamentos com alguma versão do Bluetooth clássico, o gasto de energia pela tecnologia tende a ser maior, mas não a ponto de o seu desligamento proporcionar uma grande economia.

Bluetooth ou Wi-Fi: qual conexão consome mais bateria?

O Bluetooth foi desenvolvido para consumir baixas quantidades de energia por ser direcionado a dispositivos equipados com baterias. Já conexões Wi-Fi tendem a demandar mais energia por priorizar a potência do sinal, alta taxa de transferência de dados e amplo alcance geográfico.

Mas essa comparação depende das circunstâncias. As características de uma rede Wi-Fi podem ser ajustadas, reduzindo o consumo de energia. Além disso, fatores como modo de espera, uso em segundo plano e tempo de atividade podem fazer tanto o Bluetooth quanto o Wi-Fi consumirem mais ou menos energia.

Qual é a diferença entre Bluetooth clássico e Bluetooth Low Energy?

O Bluetooth clássico é uma tecnologia para comunicação entre dispositivos dos mais diversos portes e finalidades de uso, como celulares, caixas de som e headsets.

Já o Bluetooth Low Energy (BLE), também chamado de Bluetooth Smart, surgiu com o lançamento do Bluetooth 4.0. Trata-se de uma variação da tecnologia focada em baixo consumo energético e, portanto, direcionada a dispositivos com baterias pequenas, como relógios e pulseiras inteligentes.
Bluetooth: o que é, como funciona e quais são versões da tecnologia?

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Fonte: Tecnoblog

Anatel e Receita apreendem selos falsos e R$ 3 milhões em equipamentos

Anatel e Receita apreendem selos falsos e R$ 3 milhões em equipamentos

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Receita Federal do Brasil, o Inmetro e a Secretaria de Segurança Pública do Piauí apreenderam 15 toneladas de produtos, avaliados em um total de R$ 5 milhões, em operação realizada em Teresina (PI) na última quinta-feira (10), entre aparelhos sem homologação e selos falsos. Cerca de R$ 3 milhões eram equipamentos irregulares de telecomunicações.

Anatel (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A ação das autoridades teve como alvo dez estabelecimentos comerciais, entre lojas de roupas, eletrônicos, brinquedos e calçados, para verificar produtos irregulares, sem homologação da Anatel ou do Inmetro.

Os fiscais da Anatel deram suporte às equipes da Polícia Federal, fazendo a consulta e identificação de produtos sujeitos à homologação ou certificação da agência, como caixas de som com Bluetooth, carregadores, power banks, câmeras e fones de ouvido sem fio.

Entre todos os aparelhos apreendidos, um total de R$ 3 milhões não tinha homologação da Anatel. Eles foram recolhidos pela Receita Federal.

O objetivo da fiscalização é combater os crimes de contrabando, contrafação e descaminho, como parte do Plano de Ação de Combate à Pirataria (PACP). A Anatel já fez operações semelhantes em Porto Alegre (RS) e Belém (PA) desde o início de 2023.

O PACP chegou a apreender 1 milhão de aparelhos de TV Box só nos primeiros meses de 2021.

Anatel vê crescimento na falsificação de selos

Uma das lojas comercializava selos de certificação da Anatel com suspeita de falsificação. A Polícia Federal fará a apuração criminal do caso.

Na ação realizada em Porto Alegre, em julho de 2023, a Anatel também apreendeu selos de homologação falsos. Segundo a agência, este tipo de prática está se tornando cada vez mais comum.

Estes selos podem ser usados para enganar consumidores, dando a aparência de que um produto falsificado ou contrabandeado é legítimo e foi homologado.

Com informações: Anatel
Anatel e Receita apreendem selos falsos e R$ 3 milhões em equipamentos

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Fonte: Tecnoblog

Arduino Uno R4 WiFi chega oficialmente ao Brasil por R$ 319

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Os makers brasileiros vão contar com uma maneira oficial de obter as placas da série Arduino Uno R4, anunciada há cerca de três meses pela Arduino no exterior. A versão com WiFi está em pré-venda e tem preço sugerido de R$ 319 na MakerHero. O representante da loja, André Barreto Amaral, contou ao Tecnoblog que as primeiras unidades devem ser enviadas em 10 de julho.

Arduino R4 Uno WiFi na palma da mão (Imagem: Divulgação/Arduino)

A placa tem tanto Wi-Fi quanto Bluetooth Low Energy (BLE). O microcontrolador Renesas RA4M1 (de 32 bits) é baseado no Arm Cortex-M4. De acordo com a imprensa estrangeira, houve evolução tanto no poder de processamento quanto na memória e nas demais funcionalidades.

Segundo a Arduino, mais de 10 milhões de usuários tiraram proveito do microcontrolador de 8 bits presente na Arduino Uno R3 ao longo de mais uma década. Agora, a companhia promete um grande salto em direção ao futuro. São “infinitas possibilidades de projetos” com a Uno R4.

O conector passou a ser o USB-C, que se tornou quase um padrão universal no mercado de tecnologia (com notável exceção do iPhone com seu Lightning – por pouco tempo, ao que tudo indica).

Mais simples, a placa Arduino Uno R4 Minima está à venda por R$ 209.

Retrocompatibilidade com outros equipamentos

Arduino R4 Uno WiFi em projeto de eletrônica (Imagem: Divulgação/Arduino)

Os produtos mantêm o mesmo formato, compatibilidade com shields e voltagem de 5V vistos em modelos anteriores. De acordo com Amaral, eles são adequados “tanto para quem está começando quanto para entusiastas experientes de eletrônica que desejam expandir os limites de seus projetos”.

A MakerHero nos contou que também é a revendedora exclusiva em território brasileiro das placas Arduino Nano Every, Arduino Nano 33 BLE, Arduino Nano 33 BLE Sense e Arduino MKR WiFi 1010.

Com informações de Arduino e Hacksterio
Arduino Uno R4 WiFi chega oficialmente ao Brasil por R$ 319

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Fonte: Tecnoblog