Category: Banda larga

82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso

82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso

Acesso à internet atinge 95% da população brasileira (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.BR) publicou o estudo Conectividade Significativa, que apresenta um panorama sobre o acesso à internet no Brasil em 2023. A pesquisa mostra que o acesso à internet atinge 95% da população, e que 82% das pessoas utilizam a rede diariamente. Ainda assim, apenas 22% dos brasileiros possuem boas condições de conectividade.

Considerando apenas usuários de internet, 84% das pessoas têm frequência diária de acesso. O acesso diversificado entre diferentes dispositivos — como computador e smartphone, por exemplo — é exercido por 34% das pessoas.

Conexões rápidas estão presentes para apenas 35% dos brasileiros

O estudo traz a estatística de que 59% das pessoas utilizam conexão domiciliar via fibra óptica ou cabo, e a velocidade de conexão é maior que 10 Mb/s apenas para 35% dos brasileiros.

É importante salientar que os dados também contemplam pessoas que não são atendidas por banda larga, mas possuem acesso à internet graças aos pacotes de dados celulares.

As estatísticas da Anatel para fevereiro de 2024 mostram que 93,2% das conexões de banda larga fixa são compostas por fibra ou cabo coaxial, e a velocidade média contratada no país foi de 369,4 Mb/s.

Apenas 22% dos brasileiros têm boas condições de acesso

O estudo apresenta um score com nove indicadores para identificar o nível de conectividade. Para o NIC.BR, os resultados da pesquisa mostram um cenário desafiador no Brasil.

A pesquisa leva em conta os seguintes critérios (cada indicador representa 1 ponto):

Custo da conexão domiciliar menor que 2% da renda domiciliar

Presença de plano de celular pós-pago

Dispositivos per capita (quantidade de aparelhos maior que um por cada morador)

Presença de computador no domicílio

Uso diversificado de dispositivos (ex: celular e computador, celular e tablet)

Tipo de conexão familiar (móvel ou banda larga fixa)

Velocidade de conexão familiar maior que 10 Mb/s

Frequência de uso da internet

Locais de uso diversificados (ex: em casa e no trabalho)

Quanto mais pontos, melhor o nível de conectividade. No entanto, 33% da população brasileira com idade acima de 10 anos se encontra na lanterna, com no máximo dois pontos, e 24% das pessoas acumulam três ou quatro pontos.

A conectividade satisfatória, com 7 a 9 pontos, atinge 22% da população brasileira, enquanto 20% das pessoas se enquadram em 5 a 7 pontos.

Gráfico com índice de conectividade por percentual da população brasileira (Imagem: Reprodução/NIC.BR)

Na classificação por raça, classe social e região, 18% dos autodeclarados pretos ou pardos atingem o melhor nível de conectividade, enquanto entre os brancos o número salta para 32%. No recorte por gênero, 28% dos homens são mais conectados; entre as mulheres, são 17%.

Índice de conectividade por recortes sociais (Imagem: Reprodução/NIC.BR)

No recorte regional, a região Sudeste apresenta os melhores índices de conexão, com 31% da população, seguido pelo Sul (27%), Centro-Oeste (19%), Norte (11%) e Nordeste (11).

O estudo completo pode ser acessado no site do NIC.BR.
82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso

82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso
Fonte: Tecnoblog

Como medir a velocidade de internet da sua casa

Como medir a velocidade de internet da sua casa

Aprenda a medir a velocidade da sua internet (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A velocidade de internet diz respeito ao quão rápido os dados são transferidos entre o dispositivo e o servidor. Existem várias ferramentas para medir a velocidade de internet e descobrir as taxas de download e upload da sua conexão.

A velocidade de internet ou pode ser medida em megabits por segundo (Mb/s) ou gigabits por segundo (Gb/s).

Quanto maior o número em Mb/s ou Gb/s, maior a capacidade da conexão em realizar tarefas ao mesmo, como jogar online ou assistir filmes e séries por streaming.

Além disso, o teste de velocidade é útil para saber se existe algum problema na rede local ou se o provedor não está entregando a largura de banda contratada.

A seguir, veja como medir a sua velocidade de internet:

Índice1. Entre no site do Speedtest para fazer o teste de velocidade2. Inicie a medição da velocidade da sua internet3. Confira a velocidade da sua internetExiste jeito certo de medir a velocidade de internet?Por que tem diferença testar a velocidade da internet via cabo e via Wi-Fi?O que significa Mb/s no teste de velocidade de internet?Qual a diferença entre download e upload da conexão de internet?O que significa ping no teste de velocidade de internet?Consigo saber qual a minha velocidade de internet contratada?

1. Entre no site do Speedtest para fazer o teste de velocidade

No computador, abra o navegador de sua preferência e entre no site speedtest.net.

Se a medição for feita por celular ou tablet, baixe o aplicativo Speedtest para iOS e Android na App Store ou Google Play.

2. Inicie a medição da velocidade da sua internet

Após abrir o site ou aplicativo, clique em Iniciar. Para resultados mais precisos, a plataforma poderá solicitar a permissão de localização, com objetivo de encontrar os servidores mais próximos.

A medição será iniciada em alguns instantes e deve levar menos de um minuto para concluir.

3. Confira a velocidade da sua internet

Após a conclusão do teste, você encontrará os principais indicadores da medição:

Download: a velocidade para baixar dados e arquivos, em megabits por segundo. Normalmente é o dado mais importante; quando uma operadora vende internet de 500 Mb/s, por exemplo, significa 500 Mb/s de download.

Upload: a velocidade de envio de arquivos do seu computador para outras pessoas ou serviços, em megabits por segundo. Geralmente os planos das operadoras oferecem taxa de upload inferior ao download.

Ping: trata-se do tempo de resposta, medido em milissegundos (ms); quanto menor o ping, melhor é a conexão. O símbolo amarelo representa a latência em espera, enquanto a seta para baixo indica o ping durante o download e a seta roxa se refere ao ping durante o upload.

O Speedtest também mostra qual foi o servidor utilizado, operadora em que está conectado e o endereço de IP. Também possível escolher outros servidores manualmente.

Existe jeito certo de medir a velocidade de internet?

Sim. Para ter resultados mais precisos, é importante considerar alguns pontos:

Prefira o cabo de rede: para aferir a velocidade corretamente, faça o teste da internet utilizando um computador conectado no equipamento da sua operadora via cabo. O Wi-Fi está suscetível a interferências e limitações, e pode atrapalhar o desempenho real entregue por sua operadora;

Esteja próximo do roteador Wi-Fi: na impossibilidade de utilizar o cabo de rede, certifique-se de que seu dispositivo se encontre a menos de cinco metros de distância do roteador sem fio;

Utilize a rede de 5 GHz no Wi-Fi: as redes de 2,4 GHz possuem menor desempenho e sofrem mais com interferências;

Esteja com a rede desocupada: na hora de fazer a medição, certifique-se de que os outros dispositivos não estejam utilizando a internet para tráfego de dados;

Utilize um medidor confiável: prefira sites reconhecidos como o Speedtest ou nPerf para fazer as medições, que oferecem servidores de alta capacidade espalhados por todo o mundo.

Por que tem diferença testar a velocidade da internet via cabo e via Wi-Fi?

Ao testar a conexão via cabo, você garante que a comunicação entre seu computador e o roteador é livre de interferências e com a velocidade máxima da porta de rede, como 100 Mb/s ou 1 Gb/s.

Por outro lado, o Wi-Fi não tem a mesma estabilidade de um cabo de rede e geralmente permite menores taxas de transferência. Você pode até melhorar o sinal do Wi-Fi, mas dependendo da velocidade da sua internet e dos seus equipamentos o resultado será inferior a uma conexão via cabo.

O que significa Mb/s no teste de velocidade de internet?

Mb/s ou Mbps significa megabits por segundo. O termo se refere a taxa de transferência, também conhecida como velocidade de transmissão.

Também é comum encontrar termos como kb/s ou Kbps (kilobits por segundo) e Gb/s ou Gbps (gigabits por segundo).

Atenção aos bits e bytes!
Não confunda Mb/s com MB/s. A primeira sigla, com B minúsculo, representa megabits por segundo, enquanto a segunda, com B maiúsculo, significa megabytes por segundo.
Na conversão, 1 MB/s equivale a 8 Mb/s.

Qual a diferença entre download e upload da conexão de internet?

Download são os dados baixados para o seu dispositivo. Ao receber um e-mail com anexo, por exemplo, os dados trafegam do servidor até seu celular, tablet ou computador.

Upload é quando dados são enviados a partir do seu dispositivo para outro. Ao anexar um arquivo em um e-mail, por exemplo, é os dados são transferidos do seu dispositivo até o servidor, efetuando o processo de upload.

O que significa ping no teste de velocidade de internet?

O ping ou latência é o tempo de resposta da comunicação de dados. Trata-se de uma importante medida para determinar a qualidade da conexão: quanto menor a latência, melhor o desempenho da internet. Um ping baixo é importante para tarefas como jogos online e chamadas de vídeo.

Consigo saber qual a minha velocidade de internet contratada?

Para saber qual a velocidade contratada da sua internet, é necessário verificar a informação no aplicativo da operadora ou na fatura. Caso não encontre essas informações, entre em contato com seu provedor de internet para entender qual é a velocidade nominal de download e upload do seu pacote.
Como medir a velocidade de internet da sua casa

Como medir a velocidade de internet da sua casa
Fonte: Tecnoblog

Como as empresas de telecom querem tirar dinheiro das Big Techs

Como as empresas de telecom querem tirar dinheiro das Big Techs

Quanto do tráfego global na internet é gerado pelas Big Techs? De acordo com um relatório da Sandvine, empresa de inteligência e redes, a resposta é 48%. Ou seja, quase metade dos dados trafegados no planeta vem de um grupo bem seleto de empresas.

Como as empresas de telecom querem tirar dinheiro das Big Techs (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O cenário brasileiro reflete esse achado. Segundo o presidente da Claro, José Félix, só a Meta corresponde a 20,1% do tráfego de dados dos clientes da operadora. Um quinto do volume de dados de uma das maiores operadoras do país.

Em vários países, essa concentração tem levado à formulação de um argumento bastante polêmico. Segundo várias operadoras de telecom, as plataformas digitais geram enorme demanda, mas não contribuem para a manutenção da infraestrutura que permite que seus streamings, redes sociais e aplicativos de mensagens sejam acessados.

O resultado é um cenário injusto, na concepção das teles. Para corrigir isso, as plataformas que mais geram tráfego — ou seja, as Big Techs — devem contribuir financeiramente para os investimentos em rede. Este é conceito por trás do chamado fair share.

Quem gera o tráfego que pague

A discussão sobre o fair share ganhou destaque na Europa, onde uma consulta pública sobre o tema chegou a ser aberta. Havia expectativa de que os legisladores europeus vissem a proposta com bons olhos.

Isso porque a Europa é conhecida por legislações mais rígidas com Big Techs. Além disso, o comissário da União Europeia para mercado interno, Thierry Breton, já foi empresário do setor de telecomunicações. As condições pareciam favoráveis à proposta.

Mas as coisas não se desenrolaram da forma que as teles gostariam. A consulta pública constatou basicamente que todo mundo era contra a ideia, exceto, é claro, as próprias empresas de telecomunicações. O assunto não morreu, mas só deve voltar à tona a partir de 2025.

No Brasil, debates em torno do tema têm sido frequentes em 2023, e as operadoras mantém um discurso afinado a favor da cobrança sobre as Big Techs.

O já citado José Félix reforça que as grandes plataformas são as principais responsáveis pelo aumento no tráfego, sendo necessário, portanto, que contribuam para a implementação das redes.

Camila Tapias, vice-Presidente da Telefônica Vivo, vai além. Segundo ela, o crescimento no volume de dados pode levar a um cenário em que a “qualidade do ecossistema está sob risco”.

Pesaria também o fato de que as operadoras não podem impôr limitações baseadas em franquia de dados aos usuários de internet fixa. Por esse raciocínio, os recursos para melhora da infraestrutura devem sair de outro lugar, portanto: do bolso das Big Techs.

O argumento das teles faz sentido?

Nem todo mundo concorda com a preocupação da executiva, no entanto. No Tecnocast 315, discutimos os diversos aspectos da proposta de fair share, e, de acordo com Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, a internet no Brasil não corre riscos devido ao aumento na demanda.

Ele cita dados do IX.br, projeto de troca de tráfego ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIbr), para mostrar que não há indícios de que a internet esteja em perigo. E mais: mesmo se dobrássemos o consumo de dados no Brasil hoje, a infraestrutura instalada daria conta.

Se não é provável que o ecossistema esteja “sob risco”, qual é a explicação para a reivindicação das teles? Outras falas de executivos do setor deixam claro: trata-se de uma questão econômica.

Segundo Camila Tapias, há uma “insuficiência de retorno econômico” para as prestadoras. Marcos Ferrari, presidente da Conexis, entidade reúne as empresas de telecom e de conectividade, destaca que o retorno das teles gira em torno de 8% na média global. Seria pouco diante dos 30% das Big Techs.

Aí estaria a principal motivação do fair share, na opinião de Ayub.

Eles tão salivando em cima dos 30%, querendo a fatia deles do bolo. É como se o motorista do carro-forte olhasse pelo retrovisor e falasse: poxa, tem tanto dinheiro aqui, quero um pedacinho disso.

Além disso, cabe apontar que as Big Techs fazem, sim, investimentos em infraestrutura. Eles vão desde o financiamento de cabos submarinos ao estabelecimento de redes de entrega de conteúdo, ou CDNs, ao redor do mundo. São conjuntos de servidores que otimizam a entrega de conteúdo ao usuário. Os CDNs melhoram a qualidade do serviço e ajudam a reduzir custos, e não só do lado das Big Techs, mas também das empresas de telecom.

Ou seja: não é verdade que as plataformas digitais simplesmente usam a rede já construída pelas operadoras sem contribuir para melhora do serviço. Todo mundo paga alguma coisa para estar na internet.

No colo de quem vai cair a conta?

A polêmica em torno do fair share deixa clara a dor de cabeça do setor de telecomunicações: encontrar novas fontes de receita. Trata-se de um mercado bastante maduro, com poucos players de grande porte. A briga é muito mais para roubar clientes uns dos outros do que por novos usuários.

Esse cenário de competição é ótimo para o consumidor, é claro. As teles passam a oferecer pacotes mais atrativos na internet fixa, tanto em preço quanto em velocidade, além de pacotes de internet móvel com zero rating para aplicativos muito populares.

A gratuidade destes aplicativos, inclusive, vai contra o próprio argumento das operadoras. Se o grande volume de tráfego fosse de fato um problema, os planos com WhatsApp e Facebook ilimitados já teriam sido abandonados. A concorrência, no entanto, tornou tais produtos praticamente uma commodity.

É difícil, de fato, imaginar novas possibilidade de crescimento para as operadoras, por maior que seja a pressão de investidores por margens de lucro mais altas. No entanto, não parece correto dizer que se trate de uma situação injusta. É apenas o resultado das dinâmicas do mercado.

Além disso, não é difícil imaginar o que aconteceria caso Big Techs fossem obrigadas a pagar pelo uso da rede. Os novos gastos seriam repassados para a ponta. Mensalidades mais altas no streaming, por exemplo, ou uma quantidade ainda maior propagandas exibidas nas principais plataformas. A conta cairia no colo do usuário, é claro.

Não existe internet grátis. Nem pra você, nem para as Big Techs.
Como as empresas de telecom querem tirar dinheiro das Big Techs

Como as empresas de telecom querem tirar dinheiro das Big Techs
Fonte: Tecnoblog

Claro reduz velocidade de upload em plano de internet fixa

Claro reduz velocidade de upload em plano de internet fixa

Após anunciar um novo plano de banda larga de 750 Mb/s, a Claro foi na contramão do mercado e reduziu pela metade o upload do pacote de 500 Mb/s. Anteriormente, a velocidade máxima de envio era de 100 Mb/s, e a operadora passou a comercializar o serviço com apenas 50 Mb/s.

Claro (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O corte no upload afeta os planos oferecidos via cabo coaxial (HFC). Nas localidades atendidas com fibra óptica pura (FTTH), a banda larga de 500 Mb/s possui upload de 250 Mb/s. De acordo com os dados de fevereiro da Anatel, 89,4% dos clientes de banda larga fixa da Claro utilizam tecnologia via cabo coaxial.

Que confusão

As velocidades da Claro chamaram atenção principalmente quando a operadora lançou o novo pacote de 750 Mb/s com apenas 50 Mb/s de upload.

Inicialmente pensei que a Claro havia se equivocado. Como o plano de 500 Mb/s tinha upload de 100 Mb/s, faria sentido se o pacote de 750 Mb/s tivesse velocidade de envio igual ou superior.

Na manhã de quarta-feira (6), a Claro entrou em contato com o Tecnoblog e informou que a velocidade de upload do plano de 500 Mb/s era, na verdade, 50 Mb/s em vez de 100 Mb/s como publicado na tabela.

Questionei a Claro se houve redução na velocidade de envio, pois conheço usuários do plano de 500 Mb/s que possuem upload de 100 Mb/s. A operadora enviou a seguinte resposta:

A Claro não reduz a velocidade de upload do 500Mega. A velocidade padronizada para todas as localidades atendidas com cabo/HFC é até 50Mbps. Algumas regiões podem alcançar mais, mas no site é informado a velocidade padronizada.

Imediatamente corri ao site da Claro, que continuava os mesmos 100 Mb/s de upload no plano de 500 Mb/s. Por conta da divergência de informações, encaminhei as capturas de tela para a empresa e pedi um novo posicionamento.

Versão anterior do site da Claro mostrava upload de até 100 Mb/s em plano de 500 Mb/s (Imagem: Reprodução)

Na noite de quarta-feira (6), o site da Claro havia sido atualizado. Para minha surpresa, o upload do plano de 500 Mb/s havia sido realmente reduzido para 50 Mb/s, em vez dos 100 Mb/s de praxe.

Claro atualizou o site e reduziu uploade para 50 Mb/s em plano de 500 Mb/s (Imagem: Reprodução)

O Tecnoblog entrou novamente em contato com a Claro e solicitou um posicionamento sobre a redução na velocidade de upload, mas a operadora não respondeu até a publicação da matéria.

Vivo, TIM e Oi superam Claro no upload

Entre as grandes operadoras, a Claro possui as menores taxas de upload. Existe uma razão para isso: a maioria dos contratos da empresa são servidos via cabo coaxial, que possuem maior limitação técnica na velocidade de envio.

Serviços como Vivo Fibra, Oi Fibra e TIM Ultrafibra utilizam fibra óptica pura (FTTH), que permite maior velocidade de upload. A própria Claro aposta nessa tecnologia nas novas cidades e tem feito sobreposição do cabo coaxial em algumas regiões, mas a tecnologia só atinge 9,6% dos contratos.

A diferença no upload é gritante:

enquanto a Claro oferece 50 Mb/s de upload no plano de 500 Mb/s via cabo, Vivo Fibra, Oi Fibra e TIM Live oferecem 250 Mb/s em pacotes similares;

na internet via cabo de 1 Gb/s, a Claro tem velocidade de envio de 100 Mb/s, enquanto o trio de concorrentes têm upload de 500 Mb/s.

Claro reduz velocidade de upload em plano de internet fixa

Claro reduz velocidade de upload em plano de internet fixa
Fonte: Tecnoblog

Claro e Sky têm os clientes de banda larga fixa mais insatisfeitos

Claro e Sky têm os clientes de banda larga fixa mais insatisfeitos

A Anatel divulgou a Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida para o ano de 2022, e os resultados não são bons para algumas operadoras de banda larga fixa: a Sky e Claro possuem os clientes com menor satisfação geral. A agência também avaliou o funcionamento, qualidade da informação, atendimento telefônico, atendimento digital e cobrança.

Cabo Ethernet (Imagem: Mike Gieson / FreeImages)

Além do serviço de banda larga fixa, a Anatel também pesquisou a satisfação e qualidade percebida para os serviços de TV por assinatura, telefonia fixa, móvel pós-pago e móvel pré-pago. Foram feitas 88,2 mil entrevistas entre julho de 2022 a janeiro de 2023, conduzidas pela Kantar TNS.

Clientes de banda larga são os menos satisfeitos

A pesquisa de satisfação geral é importante para entender a percepção dos usuários de determinada operadora. Os resultados são formados a partir de três perguntas: se o cliente está satisfeito, se pretende permanecer naquela empresa e se recomendaria para alguém.

Entre todas as pesquisas de satisfação geral, o serviço de banda larga alcançou a média nacional de 7,07 — é o menor índice em comparação com TV paga, fixo e celular. A Anatel estabeleceu a meta de chegar a nota 7,5 até o ano de 2027.

Com nota 6,5, a Sky é a operadora de internet com menos clientes satisfeitos. A Claro aparece no penúltimo lugar, com 6,76 — é uma colocação preocupante, especialmente quando consideramos que a tele lidera o mercado em número de clientes.

Também é importante ficar de olho na TIM e Oi, que figuraram abaixo da média nacional. Os melhores resultados foram alcançados por operadoras regionais, como Gigabyte, Unifique e Brisanet — são as únicas que ficaram com mais de 7,5 pontos, meta da Anatel para 2027.

OperadoraÍndice de Satisfação Geral – Banda LargaGigabyte8,25Unifique8,18Brisanet8,14Algar7,35Mob7,32Vivo7,32Valenet7,31Oi7,03TIM7,00Claro6,76Sky6,50Média nacional7,07

Sky e Claro têm menor qualidade de funcionamento

Outro importante parâmetro da pesquisa da Anatel é a qualidade de funcionamento. Mais uma vez, Claro e Sky aparecem na lanterna, com notas 7,27 e 6,58, respectivamente.

Vale destacar que a Oi também figura abaixo da média nacional de qualidade de funcionamento. As operadoras regionais Gigabyte, Unifique e Brisanet foram as melhores avaliadas.

OperadoraQualidade de funcionamento – Banda LargaGigabyte8,15Unifique8,13Brisanet8,12Algar7,56Mob7,56TIM7,46Valenet7,57Vivo7,55Oi7,29Claro7,27Sky6,58Média nacional7,41

A agência também estimou a qualidade de informação ao consumidor. Segundo o estudo, intervenções no sentido de melhorar a percepção do consumidor sobre a qualidade de funcionamento e informação tendem a contribuir para aumentar a satisfação com o serviço.

Cable Modem da banda larga Claro NET Virtua. Foto: Lucas Braga/Tecnoblog (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

A Claro figura mais uma vez na lanterna, com nota 6,58 no indicador de informação ao consumidor. TIM e Sky também figuraram abaixo da média nacional, enquanto as regionais Gigabyte, Unifique e Brisanet lideram a categoria.

OperadoraQualidade de informação ao consumidor – Banda LargaGigabyte8,10Unifique8,07Brisanet7,89Valenet7,40Mob7,28Algar7,11Oi6,92Vivo6,85Sky6,72TIM6,79Claro6,58Média nacional6,83

Em relação ao atendimento telefônico, a Claro também figurou com a menor nota. O desempenho da operadora para esse indicador não foi positivo nos demais serviços, e, por esse motivo, a Anatel irá abrir um processo de acompanhamento para avaliar a qualidade.

OperadoraQualidade de atendimento telefônico – Banda LargaBrisanet8,14Unifique8,14Algar7,05Gigabyte7,86Valenet7,04Sky6,57Mob6,56Vivo6,46Oi6,43TIM6,15Claro5,86Média nacional6,30

No quesito cobrança, Claro, Sky e Vivo figuram abaixo da média nacional:

OperadoraQualidade de Cobrança – Banda LargaGigabyte9,40Unifique9,38Brisanet9,16Valenet8,85Mob8,61TIM8,25Oi8,17Algar8,13Vivo8,00Claro7,96Sky7,81Média nacional8,11

Já no atendimento em plataformas digitais, a TIM teve a pior classificação, seguida por Claro e Vivo:

OperadoraQualidade de atendimento digital – Banda LargaGigabyte8,15Brisanet8,08Unifique7,95Algar7,15Valenet7,10Sky6,92Mob6,86Oi6,83Vivo6,76Claro6,42TIM6,41Média nacional6,71

O estudo completo está disponível no site da Anatel. A pesquisa também possui dados segregados por estado e pode ajudar a descobrir as melhores e piores operadoras da sua região.
Claro e Sky têm os clientes de banda larga fixa mais insatisfeitos

Claro e Sky têm os clientes de banda larga fixa mais insatisfeitos
Fonte: Tecnoblog

Claro lança nova banda larga de 750 Mb/s com modem Wi-Fi 6

Claro lança nova banda larga de 750 Mb/s com modem Wi-Fi 6

O portfólio de banda larga da Claro ganhou novidade nesta quarta-feira (4): a operadora passou a comercializar internet de 750 Mb/s, uma opção intermediária entre as velocidades de 500 Mb/s e 1 Gb/s. O novo pacote tem upload de até 50 Mb/s e inclui modem com suporte a Wi-Fi 6.

Banda larga da Claro (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O plano de 750 Mb/s já começou a ser vendido pela Claro em seu site. Curiosamente o novo pacote ainda não está disponível para contratação nas áreas atendidas com fibra óptica pura (FTTH), e só pode ser comprado nas regiões com cabo coaxial (HFC).

Veja abaixo os planos para a cidade de São Paulo (SP):

Velocidade de downloadVelocidade de uploadPreço mensal250 Mb/saté 25 Mb/sR$ 99,90500 Mb/saté 100 Mb/sR$ 139,90750 Mb/saté 50 Mb/sR$ 169,901 Gb/saté 100 Mb/sR$ 299,90

Chama a atenção que a velocidade de upload nominal do plano de 750 Mb/s é de 50 Mb/s — ou seja, menor que o oferecido pela operadora no plano de 500 Mb/s.

O novo plano da Claro é competitivo com a Vivo Fibra, que comercializa internet de 700 Mb/s por R$ 200 mensais. No entanto, a operadora tem custo-benefício inferior à TIM Ultrafibra, que possui plano de 1 Gb/s com a mensalidade de R$ 151,90.

Claro dá modem com Wi-Fi 6 em novo plano de 750 Mb/s

Um dos grandes diferenciais do novo plano de 750 Mb/s é que a assinatura inclui modem em comodato com tecnologia Wi-Fi 6. O padrão, também conhecido como 802.11ax, permite velocidades maiores e melhor desempenho na frequência de 2,4 GHz.

O curioso é que o equipamento com Wi-Fi 6 é listado pela Claro somente no plano de 750 Mb/s. A velocidade de 1 Gb/s, que custa mais caro, continua com o Wi-Fi Plus — nome dado pela operadora para o modem dual band com redes de 2,4 GHz e 5 GHz.

A chegada de equipamentos com Wi-Fi 6 no portfólio da Claro já é especulada desde agosto de 2022, quando a Anatel homologou o Sagemcom F@st 3896. O equipamento estampa o logo da Claro, traz suporte a 802.11ax e possui porta Ethernet 2,5 Gb/s, o que seria especialmente útil para assinantes do plano de 1 Gb/s.

Além da Claro, a TIM Ultrafibra é a única grande operadora que oferece modem em comodato com suporte a Wi-Fi 6. Concorrentes como Vivo Fibra e Oi Fibra entregam equipamentos compatíveis apenas com o padrão Wi-Fi 5.
Claro lança nova banda larga de 750 Mb/s com modem Wi-Fi 6

Claro lança nova banda larga de 750 Mb/s com modem Wi-Fi 6
Fonte: Tecnoblog