Category: Banco

C6 Bank aumenta tarifa de conta de pagamento a partir de 2025

C6 Bank aumenta tarifa de conta de pagamento a partir de 2025

Cartão do C6 Bank (imagem: divulgação/C6 Bank)

Resumo

O C6 Bank decidiu aumentar a tarifa de manutenção de contas de pagamento de R$ 8 para R$ 10.
A medida vale a partir de 1º de janeiro de 2025.
Clientes têm isenção da tarifa se atenderem a uma das seguintes condições: gastar R$ 500 mensais no cartão, ter plano C6 Átomos, contratar seguro, manter R$ 1.000 investidos, ou receber salário pelo C6 Bank.

Se você é cliente do C6 Bank, atenção: a tarifa de manutenção das contas de pagamento na instituição passará de R$ 8 para R$ 10 por mês a partir de 1º de janeiro de 2025. Alguns consumidores já estão sendo notificados sobre o reajuste. Mas, para muitos deles, haverá isenção.

Esse não é um movimento inédito. O C6 Bank começou a cobrar tarifa de manutenção de contas de pagamento em março de 2023. No início de 2024, o C6 Bank reajustou essa tarifa de R$ 4 para R$ 8 por mês. O que acontece agora é um novo reajuste.

Na prática, essa cobrança é direcionada a clientes que usam pouco os serviços da instituição.

É possível conseguir a isenção de tarifa?

Sim, é possível obter a isenção de tarifa no C6 Bank. A empresa informou ao Tecnoblog que o benefício será concedido aos clientes que cumprirem um dos requisitos abaixo:

Gastar a partir de R$ 500 por mês no cartão de débito ou crédito

Contratar um plano acelerador de pontos C6 Átomos

Contratar um seguro do C6 Bank ou o Plano C6 Odonto

Tiver investimento a partir de R$ 1.000

Receber salário pelo C6 Bank (basta solicitar a portabilidade e aguardar a aprovação em até dez dias úteis).

Quando o cliente isento deixa de atender a pelo menos um desses critérios, a tarifa de manutenção da conta será cobrada no mês seguinte.

Prédio do C6 Bank (imagem: divulgação/C6 Bank)

Ainda de acordo com a empresa, contas de pagamento novas são isentas da tarifa durante os três primeiros meses “para que o cliente conheça os serviços do C6 Bank e avalie estreitar o relacionamento com o banco”.

Vale lembrar que a tarifa de R$ 10 é direcionada somente a contas de pagamento, modalidade mais simples e que, no C6 Bank, normalmente é baseada em cartão de débito.

A nova tarifa não é aplicada a quem tem conta corrente (com mais serviços) ou conta PJ, por exemplo.
C6 Bank aumenta tarifa de conta de pagamento a partir de 2025

C6 Bank aumenta tarifa de conta de pagamento a partir de 2025
Fonte: Tecnoblog

A bancarização das Big Techs

A bancarização das Big Techs

A Amazon lançou oficialmente o seu cartão de crédito no Brasil. Os principais destaques são a anuidade grátis e o cashback de até 5%. O movimento é mais uma evidência da aposta das grandes empresas de tecnologia nos serviços financeiros. Outro exemplo é a Apple, que, além de cartão de crédito, oferece nos EUA uma conta poupança com rendimento superior ao dos bancos tradicionais.

A bancarização das Big Techs (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Mas como esses serviços se encaixam na estratégia destas Big Techs? E o mais importante: eles são de fato vantajosos para o usuário? É sobre isso que conversamos no Tecnocast de hoje. Dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Paulo Higa

Lucas Braga

Josué de Oliveira

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Atenção: o Tecnocast 300 está chegando. E queremos que você participe deste marco. Nosso próximo episódio será inteiro uma conversa com você, ouvinte.

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Créditos

Produção: Josué de Oliveira

Edição e sonorização: Maremoto

Arte da capa: Vitor Pádua

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A bancarização das Big Techs

A bancarização das Big Techs
Fonte: Tecnoblog

Em meros dois dias, o banco das startups afundou

Em meros dois dias, o banco das startups afundou

O Silicon Valley Bank foi fundado em 1983 com um foco muito claro. Basta olhar para o nome da instituição para entender qual era: atender as empresas que despontavam no Vale do Silício. Em conjunto com elas, o banco prosperou, tornando-se o 16º maior dos Estados Unidos.

Em meros dois dias, o banco das startups afundou (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

E essa era a realidade até bem pouco tempo. O SVB era considerado uma instituição bancária confiável, e seus serviços eram utilizados por cerca de metade das startups americanas apoiadas por fundos de capital de risco.

Mas isso é passado. No dia 10 de março, o SVB teve suas portas fechadas pelas autoridades regulatórias americanas. A falência foi a segunda maior de uma instituição bancária nos EUA, perdendo apenas para a do Washington Mutual, em plena crise de 2008.

Como isso aconteceu?

Como um banco fica sem dinheiro

O Silicon Valley Bank tinha US$ 209 bilhões em ativos. Isso não significa, porém, que toda essa grana estivesse parada num cofre em algum lugar. Como explicamos no Tecnocast 281, não é assim que os bancos funcionam.

O dinheiro estava circulando, afinal, ele é o produto “alugado” (emprestado) pelo banco a diversas pessoas e organizações. A maior parte do dinheiro do SVB, portanto, não estava no SVB.

Normalmente, isso não seria um problema. Mas imagine que, por algum motivo, todos os clientes do banco decidam, ao mesmo tempo, sacar os valores que têm depositados. O banco certamente se veria em maus lençóis cobrir esses saques.

Bem, foi mais ou menos isso que ocorreu com o SVB. Num só dia, cerca de US$ 42 bilhões em saques foram solicitados. Quase um quarto dos ativos da instituição em apenas 24 horas. É claro que o banco não conseguiu aguentar muito mais do que isso.

A situação é uma clássica corrida aos bancos, evento em que os clientes, num estado de pânico, decidem resgatar tudo que possuem com medo de perder as economias. Nesse cenário, quem chegar por último periga ficar sem dinheiro, afinal, uma hora o banco não vai ter mais como atender à demanda por saques.

A pergunta que surge, então, é: o que provocou o pânico que quebrou o Silicon Valley Bank?

Muitos ovos numa cesta só

Se você acompanha o noticiário, sabe que a economia vai mal e a inflação tem sido um problema em vários países. Em resposta a isso, Bancos Centrais no mundo todo têm aumentado as taxas de juros. Guarde essa informação.

Nesse momento delicado, os fundos de capital de risco reduzem seus investimentos em empresas de tecnologia e startups. Numa consequência natural, estas precisam sacar o dinheiro depositado nos bancos para manter suas operações.

Esse movimento já vinha ocorrendo, e o SVB teve de lidar com isso. O banco tinha colocado a maior parte de seu dinheiro em títulos do governo americano, um investimento considerado seguro; e em outros ativos de renda fixa. Mas tratava-se de títulos pré-fixados, ou seja, seria necessário esperar a data combinada na compra para receber o valor esperado.

Mas o SVB não podia esperar. Precisava do dinheiro agora. Assim, a solução encontrada foi vender parte desses títulos.

E aí está o cerne do problema. Lembram do aumento na taxa de juros? Ele fez com que os títulos perdessem valor. Ao vendê-los para lidar com a situação que se colocava, o Silicon Valley Bank teve um prejuízo de cerca de US$ 1,8 bilhão. Essa foi a faísca que resultou no incêndio de pânico.

Percebam que, se o banco tivesse esperado alguns anos até o momento correto de resgatar o investimento, não teria perdido nada. As circunstâncias, no entanto, exigiram uma resposta rápida, e o SVB tinha muitos ovos numa cesta só. Precisou vender os títulos, assumir a prejuízo, e daí para frente tudo veio a baixo.

Um tipo diferente de corrida aos bancos

A perda levou a uma crise de confiança. De uma hora para outra, investidores passaram a recomendar a retirada dos fundos do SVB, e o pânico se espalhou.

Vale apontar o papel de redes sociais e grupos de mensagens na criação e ampliação desse clima de temor. A velocidade com que informações correm fez com que os receios sobre o SVB se espalhassem em tempo recorde entre fundadores de startups, que correram para resgatar seus fundos.

Além disso, a digitalização do acesso a instituições bancárias torna esse tipo de corrida muito mais prática: com alguns cliques, é possível mover seu dinheiro de um banco para outro. Não houve tempo para reação por parte do SVB.

Dois dias foram suficientes para decretar a quebra do banco. No dia 8 de março houve o comunicado do prejuízo inicial de US$ 1,8 bilhão; no dia 10, os órgãos reguladores já haviam assumido o controle da situação.

Diversas medidas foram anunciadas para garantir que todos os clientes tenham acesso aos seus depósitos. Mas a atuação do governo é importante também por outro motivo: conter o pânico. Por ser uma reação irracional, ele pode acabar atingindo outras instituições financeiras, gerando danos em cadeia.

Esta foi a história do Silicon Valley Bank, um banco que cresceu na esteira do Vale do Silício. Não deixa de ser um tanto irônico — e trágico — que, neste momento de adversidade para as empresas dessa região, o banco das startups tenha sucumbido ao pânico que as assolou.
Em meros dois dias, o banco das startups afundou

Em meros dois dias, o banco das startups afundou
Fonte: Tecnoblog