Category: Arquitetura ARM

Google Chrome: erro no instalador impede usuários do Windows de baixar app

Google Chrome: erro no instalador impede usuários do Windows de baixar app

Google Chrome oferece instalador offline, e ele continua funcionando (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O instalador do Google Chrome apresenta falhas no Windows 10 e 11, impedindo a instalação em computadores com chips Intel e AMD.
Ao tentar rodar o arquivo baixado, o sistema operacional diz que não é possível executar o aplicativo no PC.
Google informou que está ciente do erro e atualizou o navegador.

O instalador do Chrome está com problemas e não consegue terminar o processo em computadores com Windows 10 e Windows 11. A falha afeta tanto máquinas com chips Intel quanto AMD. Ao tentar rodar o arquivo baixado, o sistema operacional diz que não é possível executar aquele aplicativo no PC e sugere procurar a versão correta com o desenvolvedor.

O que causou o problema no Chrome?

Segundo o site Windows Latest, o Google parece ter publicado incorretamente a versão Arm (arquitetura usada por chips da Qualcomm) do Chrome no lugar da x86 (usada por Intel e AMD).

A reportagem nota que há referências a sistemas Arm no código do instalador. Além disso, foi possível transferir o arquivo para um Surface com chip Snapdragon X Elite e instalar o programa, sem problemas.

Surface Laptop usa chip Qualcomm com arquitetura Arm, diferente da usada por Intel e AMD (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Em resposta à reportagem do site Laptop Mag, um porta-voz do Google declarou que a empresa está ciente da situação e atualizou o instalador para torná-lo novamente compatível com o Windows na versão x86.

Como driblar o erro e instalar o Chrome?

Se você precisa muito trocar de navegador e ainda não obteve sucesso com o instalador tradicional, o Windows Latest nota que é possível baixar o instalador offline do Chrome diretamente do site do Google. Esta opção está funcionando.

Aqui, cabe uma explicação: o instalador mais comum do Chrome é bem pequeno. Ele apenas inicia um processo que envolve baixar o resto do programa da internet.

Ao usar o instalador offline, por outro lado, você já tem o aplicativo completo, sem precisar de downloads adicionais. Ele recebe este nome porque é voltado para máquinas sem conexão.

Infelizmente, o Google não oferece o Chrome na Microsoft Store; a loja de aplicativos poderia ser uma alternativa para baixar o navegador.

Com informações do Windows Latest, Laptop Mag e 9to5Google
Google Chrome: erro no instalador impede usuários do Windows de baixar app

Google Chrome: erro no instalador impede usuários do Windows de baixar app
Fonte: Tecnoblog

Qualcomm não violou contrato com Arm, decide Justiça dos EUA

Qualcomm não violou contrato com Arm, decide Justiça dos EUA

Snapdragon X Elite usa CPU que gerou processo da Arm (Imagem: Divulgação/Qualcomm)

Um tribunal federal dos Estados Unidos decidiu que os processadores produzidos pela Qualcomm estão devidamente licenciados, conforme o contrato existente com a Arm. Como o júri não foi unânime, a Arm pode pedir um novo julgamento — e a empresa já declarou que fará isso.

Ainda que parcial, a vitória deixa menos nebuloso o futuro dos novos chips da Qualcomm, que usam a CPU Oryon, pivô da disputa entre as duas empresas.

Arm licencia sua tecnologia com fabricantes de chips (Imagem: Divulgação/Arm)

Maryellen Noreika, juíza do caso, recomendou que as duas empresas busquem uma mediação. “Eu não acho que nenhum dos dois lados teve uma vitória clara ou teria uma vitória clara se este caso fosse julgado novamente”, declarou a autoridade.

Nova CPU da Qualcomm está no centro da disputa

A Arm é dona de patentes dos chips de arquitetura Arm. A empresa licencia esta tecnologia para as empresas que desenvolvem chips, como a Qualcomm.

Em 2021, a Qualcomm comprou a startup Nuvia por US$ 1,4 bilhão. A tecnologia da empresa adquirida foi essencial para o desenvolvimento da CPU Oryon. Ela está presente nos SoCs (sistemas em chip) Snapdragon X Elite e X Plus, para computadores, bem como no Snapdragon 8 Elite, para smartphones.

A Arm questiona o uso desta CPU. Para a empresa, a Qualcomm precisaria de um novo acordo de licenciamento para usar as tecnologias da Nuvia. A fabricante de chips discorda e diz que o contrato vigente permite o uso das CPUs desenvolvidas pela startup.

Em outubro, a Arm ameaçou revogar a licença da Qualcomm, que ficaria impedida de vender chips para as fabricantes, afetando a fabricação e a venda de smartphones, tablets e computadores.

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A CPU Oryon é a grande aposta da Qualcomm para ganhar terreno no mercado de computadores. Em maio, a Microsoft anunciou a certificação Copilot+ PC, que indica que um computador está pronto para rodar os recursos de inteligência artificial do Windows.

Na ocasião, diversas fabricantes — como Samsung, Lenovo e Dell — anunciaram produtos com Snapdragon X Elite/Plus, além da própria Microsoft, com a linha Surface.

Com informações: Reuters
Qualcomm não violou contrato com Arm, decide Justiça dos EUA

Qualcomm não violou contrato com Arm, decide Justiça dos EUA
Fonte: Tecnoblog

Windows 11 para Arm vai rodar mais aplicativos usando emulador Prism

Windows 11 para Arm vai rodar mais aplicativos usando emulador Prism

Surface Laptop roda Windows e usa Snapdragon X Elite (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A Microsoft vai expandir o suporte do Windows 11 para Arm, liberando o emulador Prism para rodar softwares feitos originalmente para processadores x86 de 64 bits (também chamada x64). A novidade está presente na compilação 27744 do sistema operacional, liberada para participantes do programa Windows Insider inscritos no canal Canary.

Atualmente, na versão estável do Windows 11 24H2, o Prism só pode fazer o Adobe Premiere Pro 25 funcionar. Outros apps e jogos são bloqueados. Na nova versão de testes, isso mudou. Segundo a Microsoft, aplicativos e games x64 que eram bloqueados devido a requisitos da CPU vão funcionar em computadores com chips de arquitetura Arm.

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A desenvolvedora do Windows diz que a CPU virtual usada para emular programas terá suporte a extensões adicionais da arquitetura x64, como AVX, AVX2, BMI, FMA, F16C e outras. Mesmo assim, o emulador não vai rodar corretamente programas de 32 bits.

Como observa a PCWorld, uma ausência sentida no Windows para Arm são os games. Teoricamente, o sistema poderia rodar jogos desenvolvidos para a arquitetura x86 de 64 bits com esta atualização do Prism. No entanto, a Microsoft não fez nenhuma menção específica a isso em seu comunicado.

Prism faz parte dos planos da Microsoft para o Arm

A arquitetura Arm de chips se destacou nos smartphones por seu baixo consumo de energia e desempenho confiável. Nos computadores, a história é um pouco diferente.

A Apple abandonou os processadores Intel e passou a usar seus próprios chips, com arquitetura Arm. Hoje, o Apple Silicon é realidade e consegue entregar bons resultados.

Do lado do Windows, o movimento mais recente foi o lançamento de notebooks com os chips Snapdragon X Elite e Snapdragon X Plus, da Qualcomm, que também usam o Arm.

Um desafio para esta arquitetura deslanchar no Windows está justamente na compatibilidade dos softwares desenvolvidos para o x86/x64, usado há tempos por Intel e AMD.

Muitos aplicativos já contam com versões nativas para o Arm, como é o caso do Chrome, do Photoshop e das ferramentas do Office. Porém, como o Windows é usado para fins muito diversos, não dá para garantir que todos os programas serão refeitos para esta arquitetura.

É aí que entra o Prism: a Microsoft promete que o emulador será capaz de executar softwares x86 com até 20% mais desempenho, facilitando a adoção dos novos chips.

Com informações: Microsoft, The Verge, Thurrott, PCWorld
Windows 11 para Arm vai rodar mais aplicativos usando emulador Prism

Windows 11 para Arm vai rodar mais aplicativos usando emulador Prism
Fonte: Tecnoblog

Arm ameaça revogar licença de arquitetura da Qualcomm

Arm ameaça revogar licença de arquitetura da Qualcomm

Qualcomm recebeu aviso da Arm de que licença para usar sua arquitetura será revogada em 60 dias (imagem: divulgação/Qualcomm)

A Arm comunicou que revogará a licença da Qualcomm para a fabricação de processadores com a sua arquitetura. A Qualcomm recebeu um aviso de que a licença será cancelada em 60 dias. Com isso, a venda de notebooks, tablets e celulares Android com chips Snapdragon pode ser afetada.

O caso é especulado como mais um capítulo na disputa judicial entre a Arm e Qualcomm, parceiras de longa data e agora “inimigas”. A Arm acusa a parceira de violação contratual e de sua marca. O processo foi iniciado em 2022 e envolve a aquisição da Nuvia pela Qualcomm.

Por que a Arm processa a Qualcomm?

Para a Arm, a Qualcomm está violando o contrato e sua marca ao utilizar a licença da Nuvia para fabricar seus processadores para PCs. A Nuvia também era parceira da Arm, mas trabalhava no desenvolvimento de chips para computadores. Com a compra desta empresa, a Qualcomm, segundo a autora do processo, deveria ter negociado uma nova licença.

Revogação de licença pode afetar venda de dispositivos equipados com SoCs Snapdragon Elite (imagem: divulgação/Qualcomm)

A tecnologia desenvolvida pela Nuvia os núcleos Oryons usados nos processadores Snapdragons para PCs e celulares — estes últimos foram anunciados na segunda-feira, junto do Snapdragon 8 Elite. O cancelamento da licença impactaria a venda dos dispositivos equipados com esses SoCs.

Já o prazo para revogação da licença serve para que a Arm e a Qualcomm cheguem a um acordo. Como dito anteriormente, sem licença a Qualcomm não pode vender os chips. Sem vender os SoCs, as suas clientes ficam sem terminar a montagem dos produtos.

Um porta-voz da Qualcomm disse para o The Register que a revogação é uma ameaça da Arm para medir forças. O julgamento do caso será em dezembro e, para a Qualcomm, a vitória é certa. Assim, o cancelamento da licença seria uma estratégia para forçar um acordo antes do julgamento.

Arm “acerta” timing de revogação de licença

Novo SoC para celulares Snapdragon 8 Elite foi anunciado na segunda-feira (imagem: divulgação/Qualcomm)

A notícia sobre a revogação da licença ocorre durante a Snapdragon Summit, evento no qual Qualcomm revela seu novo SoC topo de linha para celulares. O evento também tem a apresentação de novas tecnologias da marca.

Analisando um período maior de tempo, a Arm ameaça cancelar a licença no momento que os PCs Windows com Snapdragon estão ganhando espaço no mercado. Até o fim do ano, a Qualcomm será a fornecedora exclusiva de chips da arquitetura Arm para a Microsoft. Depois, AMD, Intel e até a Nvidia podem entrar nesse segmento.

Com informações: Bloomberg e The Register
Arm ameaça revogar licença de arquitetura da Qualcomm

Arm ameaça revogar licença de arquitetura da Qualcomm
Fonte: Tecnoblog

Versão nativa do Opera One para Windows com chip Arm já está disponível

Versão nativa do Opera One para Windows com chip Arm já está disponível

Opera One para Windows com chip Arm (imagem: divulgação/Opera)

O Opera One ganhou oficialmente uma versão nativa para computadores Windows equipados com chips de arquitetura Arm. Pudera: os primeiros notebooks Copilot+ com os processadores Snapdragon X serão lançados a partir de segunda-feira (18).

O Opera para Windows recebeu suporte para Arm em maio, mas em fase experimental. Agora essa versão é definitiva. Trata-se de uma medida importante para garantir que o navegador tenha o máximo de desempenho em PCs com Snapdragon X ou, eventualmente, com outros chips de arquitetura Arm.

Isso porque, sem um software nativo, o computador com chip Arm precisa executar uma versão desenvolvida originalmente para a arquitetura x86 por meio de emulação. Esse procedimento costuma funcionar bem no Windows 11, mas não são raros os casos em que o software emulado apresenta perda de desempenho ou erros.

Ganho de desempenho

O desenvolvimento de uma versão nativa também permite que o navegador tenha seu desempenho otimizado. De acordo com a Opera, a versão para Arm do Opera One está mais rápida e, ao mesmo tempo, demanda menos energia do que a versão para x86.

A Opera explica que, em benchmarks no Speedometer, a versão nativa para Arm apresentou quatro vezes mais desempenho em relação ao navegador emulado no mesmo computador.

Em parte, isso é resultado de um trabalho em conjunto da Opera com equipes da Microsoft App Assure e da Qualcomm Technologies.

Opera One para Windows com chip Arm (imagem: divulgação/Opera)

O que é o Opera One?

O Opera One é um navegador lançado há pouco mais de um ano que traz uma interface reformulada em relação à versão anterior do browser. Seus principais atributos incluem as Ilhas de Guias, que organizam as abas abertas em grupos distintos.

Essa versão também tem integração com a Aria, inteligência artificial da Opera. Outros recursos envolvem design modular, VPN, controle de players de mídia e integração com serviços de mensagens, como WhatsApp e Telegram.

O Opera One pode ser baixado no site oficial. A página de download indicará a versão mais apropriada para o seu computador.
Versão nativa do Opera One para Windows com chip Arm já está disponível

Versão nativa do Opera One para Windows com chip Arm já está disponível
Fonte: Tecnoblog

Briga entre Arm e Qualcomm pode atrapalhar vendas de laptops com Snapdragon X

Briga entre Arm e Qualcomm pode atrapalhar vendas de laptops com Snapdragon X

Vendas do Surface Laptop iniciam na próxima segunda, mas disputa judicial entre Arm e Qualcomm pode interferir nas vendas (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A disputa judicial que corre desde 2022 entre a Arm Holdings, criadora da arquitetura Arm, e a Qualcomm pode atrapalhar a venda dos laptops Windows com Snapdragon X. A Arm acusa a americana de violar a licença de uso da arquitetura após a aquisição da Nuvia. Segundo a autora do processo, a Qualcomm não negociou uma nova licença e usou o acordo antigo para criar processadores para laptops.

Anunciados no fim de maio durante o Microsoft Build, os notebooks com os chips Snapdragon X serão os primeiros a contar com os recursos do Copilot+, plataforma de IA para PCs com Windows 11. Os primeiros dispositivos com esses CPUs chegam no dia 18 de junho, mas suas vendas podem ser interrompidas a partir de dezembro, mês que inicia o julgamento do processo.

Se as partes chegarem a um acordo antes disso, a situação será resolvida (e essa é a aposta de investidores e analistas ouvidos pela Reuters). Do contrário, existe a possibilidade das vendas dos notebooks serem suspensas — assim como aconteceu com os Apple Watches no processo aberto pela Masimo.

Para investidores e analistas, Qualcomm e Arm devem chegar a um acordo antes do início do julgamento (Imagem: Divulgação/Qualcomm)

Entendendo a disputa entre Arm e Qualcomm

Em 2021, a Qualcomm comprou a Nuvia, uma fabricante de processadores fundada em 2019 por ex-empregados da Apple. Durante sua curta vida, a Nuvia negociou um acordo para usar a arquitetura Arm na criação de CPUs para servidores.

Contudo, após adquirir a jovem fabricante de chips, a Qualcomm não chegou a um acordo com a britânica Arm para o uso das licenças negociadas com a Nuvia. Em 2022, a dona da arquitetura abriu um processo contra americana.

Segundo a Arm, os atuais processadores Snapdragon X Plus e Elite foram desenvolvidos com a tecnologia licenciada para a Nuvia. Parte da acusação é baseada no fato da Qualcomm ter incluído os funcionários da Nuvia na tarefa de desenvolver CPUs para laptops.

Surface Pro é um dos primeiros laptops com Snapdragon X (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Em sua defesa, a americana afirma que possui, entre seus vários contratos com a Arm, a licença para fabricar chips para PCs com a arquitetura da empresa.

A Qualcomm também é fornecedora exclusiva de processadores Arm para a Microsoft — e esse contrato encerra em 2024. Após isso, a Nvidia e a AMD poderão lançar seus processadores Arm para laptops Windows. Para a Qualcomm, é melhor resolver a disputa de forma amigável do que prejudicar uma longa parceria.

Com informações: Reuters e The Verge
Briga entre Arm e Qualcomm pode atrapalhar vendas de laptops com Snapdragon X

Briga entre Arm e Qualcomm pode atrapalhar vendas de laptops com Snapdragon X
Fonte: Tecnoblog

Cortex-X925 é o novo núcleo da Arm para alto desempenho em celulares e PCs

Cortex-X925 é o novo núcleo da Arm para alto desempenho em celulares e PCs

Cortex-X925 é o novo núcleo da Arm para alto desempenho em celulares e PCs (imagem: divulgação/Arm)

A Arm anunciou um conjunto de novos núcleos baseados na arquitetura que leva o seu nome. O mais esperado deles é o Cortex-X925, até então conhecido pelo codinome Black Hawk. Trata-se de uma unidade com frequência típica de 3,8 GHz e tecnologia de fabricação que promete muito desempenho em celulares e até em PCs.

Tecnologia de 3 nanômetros

De acordo com a Arm, o Cortex-X925 tem desempenho geral até 36% superior em relação ao Cortex-X4, de geração anterior. Essa diferença foi registrada em um benchmark de núcleo único no Geekbench 6.

Os testes de desempenho também apontam que o novo núcleo é até 33% mais rápido na abertura de aplicativos, e permite navegação na web até 60% mais rápida, de acordo com o benchmark Speedometer 2.1.

Em grande parte, o mérito de todos esses avanços está na tecnologia de 3 nanômetros, que permite que o chip agrupe mais transistores em determinada área, favorecendo o desempenho e o menor consumo de energia.

Mas o mundo todo está olhando para as aplicações de inteligência artificial (IA). Nesse quesito, a Arm destaca que o Cortex-X925 é 46% superior no número de TOPS na comparação com o Cortex-X4, podendo alcançar até 80 TOPS (1 TOPS equivale a 1 trilhão de operações por segundo).

O processamento de IA pode ficar ainda mais interessante se o Cortex-X925 for combinado com uma NPU (Unidade de Processamento Neural). E isso deve mesmo acontecer, pois as empresas que lançarem chips baseados no novo núcleo provavelmente irão complementá-lo com NPUs próprias.

Apesar do foco em dispositivos móveis de alto desempenho, o Cortex-X925 também poderá atender ao mercado de notebooks. Nesse sentido, há fortes rumores de a Nvidia irá lançar um chip para disputar espaço no mercado de PCs, com o novo núcleo da Arm podendo ter participação essencial nessa iniciativa.

Detalhes do Cortex-X925 (imagem: divulgação/Arm)

Cortex-A725 e GPU Immortalis-G925

O Cortex-X925 não chega sozinho. A Arm também anunciou o núcleo Cortex-A725, que tem desempenho geral até 35% superior e 25% mais eficiência no consumo energético em relação ao Cortex-A720, a versão anterior.

Outro anúncio de destaque é a GPU Immortalis-G925, que promete alto desempenho em jogos, mas sem abrir mão da eficiência energética, sendo direcionado a SoCs avançados, portanto.

De acordo com a Arm, a nova GPU tem desempenho 37% maior em atividades gráficas, é até 52% mais rápida na execução de ray tracing com objetos complexos, além de demandar 30% menos energia. Isso tudo na comparação com a Immortalis-G720, GPU de geração anterior.

Voltando às CPUs, a companhia também atualizou o núcleo Cortex-A520, permitindo que ele suporte chips com tecnologia de 3 nanômetros e tenha 15% de ganho na eficiência energética.

Que fique claro que os novos núcleos e a nova GPU não são lançados pela Arm como produtos finais. Eles devem fazer parte de projetos de SoCs de companhias que desenvolvem chips de arquitetura Arm, a exemplo da MediaTek.
Cortex-X925 é o novo núcleo da Arm para alto desempenho em celulares e PCs

Cortex-X925 é o novo núcleo da Arm para alto desempenho em celulares e PCs
Fonte: Tecnoblog

Chrome para Windows ganha suporte nativo a chips Arm

Chrome para Windows ganha suporte nativo a chips Arm

Google Chrome já era compatível com Arm no macOS e no ChromeOS (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Google anunciou que o Chrome agora conta com uma versão otimizada para computadores com Windows e chips Arm. Segundo a empresa, a nova versão representa um salto drástico de desempenho em relação às anteriores, que precisavam de emulação para funcionar em chips com esta arquitetura.

A compatibilidade com Arm no Windows é uma notícia importante porque a Qualcomm está prestes a lançar sua nova linha de processadores com a arquitetura Arm, chamada Snapdragon X Elite, que promete desempenho superior aos chips próprios da Apple e deve estar presente na nova geração dos aparelhos Microsoft Surface.

Snapdragon X Elite chega em meados de 2024 (Imagem: Divulgação / Qualcomm)

Não por acaso, a própria Qualcomm participou do desenvolvimento e do anúncio de lançamento da nova versão do navegador do Google, mesmo que ele rode também em chips Arm de outras fabricantes.

“A nova versão do Google Chrome vai ajudar a consolidar o papel do Snapdragon X Elite como principal plataforma para PCs com Windows a partir da metade de 2024”, diz Cristiano Amon, presidente e CEO da Qualcomm, no comunicado publicado pela empresa.

O suporte à arquitetura Arm em si não é uma novidade para o Chrome. Ele tem compatibilidade nativa com este tipo de chip no macOS. Os computadores da Apple com chip próprio (M1, M2, M3 e suas variações) são baseados em Arm. O próprio ChromeOS, sistema derivado do navegador, também tem suporte a este tipo de processador, presente em alguns modelos de Chromebook.

Windows no Arm ainda não emplacou

A Qualcomm tenta, há quase uma década, aumentar sua participação no mercado de computadores com Windows, mas um grande obstáculo está justamente na compatibilidade com softwares feitos para a arquitetura x64, usada nos processadores da Intel e AMD.

Na prática, muita coisa roda como emulação, o que compromete o desempenho. A Microsoft — também interessada no Arm — vem tentando criar ferramentas para superar este desafio, como o Arm64EC, que permite que desenvolvedores portem softwares aos poucos do x64 para o Arm.

Com ele, é possível passar a parte principal de um código para o Arm, mantendo outras partes em x64, que continuam rodando com emulação. Assim, não é necessário ter o trabalho de migrar tudo de uma vez para a nova arquitetura, e a parte com compatibilidade nativa já pode garantir uma melhoria no desempenho.

A Microsoft provavelmente lançará sua nova linha de laptops em maio, em um evento antes da conferência Build, voltada a desenvolvedores. O Surface Laptop 6 e o Surface Pro 10 devem vir equipados com o novo Snapdragon X Elite.

Com informações: The Verge, Ars Technica, Qualcomm, Google
Chrome para Windows ganha suporte nativo a chips Arm

Chrome para Windows ganha suporte nativo a chips Arm
Fonte: Tecnoblog

O que é Arm big.LITTLE? Entenda quais CPUs têm essa arquitetura

O que é Arm big.LITTLE? Entenda quais CPUs têm essa arquitetura

big.LITTLE é uma tecnologia da Arm que combina até três tipos de núcleos (big, LITTLE e CXC) para oferecer alto desempenho de CPU consumindo menos bateria em celulares, computadores e outros dispositivos.

Qualcomm Snapdragon 8 Gen 2 (Imagem: Giovanni Santa Rosa / Tecnoblog)

ÍndiceComo funciona um processador Arm com big.LITTLE?O que é um núcleo de CPU de alto desempenho?O que é um núcleo de CPU de eficiência?O que é um núcleo CXC (Cortex-X Custom)?O que é big.LITTLE com Arm DynamIQ?Quais as vantagens do big.LITTLE em processadores?Quando o big.LITTLE foi lançado pela Arm?Quais chips têm arquitetura big.LITTLE?Existe processador da Intel com big.LITTLE?

Como funciona um processador Arm com big.LITTLE?

Processadores Arm com big.LITTLE combinam tipos diferentes de núcleos de CPU em um único SoC (System-on-a-Chip), formando uma arquitetura heterogênea.

Os núcleos “LITTLE“ são projetados para eficiência máxima de energia em tarefas de baixa intensidade, como envio de e-mail e reprodução de música. Os núcleos “big” fornecem desempenho sustentado de CPU para processamento de alta intensidade, como em jogos ou navegação na web.

O sistema operacional distribui as tarefas entre os núcleos “big“ ou “LITTLE”. Os núcleos são agrupados em clusters e se comunicam entre si através de uma interconexão que permite transferir dados de forma contínua.

O que é um núcleo de CPU de alto desempenho?

O núcleo “big” é otimizado para equilibrar desempenho e eficiência energética. A Arm consegue isso através do pipeline, isto é, da maneira como o processamento é organizado em estágios.

Núcleos “big“ possuem um pipeline com execução fora-de-ordem (out-of-order), ou seja, podem reordenar as instruções do processador de forma dinâmica, evitando gargalos no desempenho.

Existem as seguintes famílias de núcleos “big”:

Cortex-A72x (Cortex-A720)

Cortex-A71x (Cortex-A710, Cortex-A715)

Cortex-A7x (Cortex-A73, Cortex-A75, Cortex-A76, Cortex-A77, Cortex-A78)

O que é um núcleo de CPU de eficiência?

O núcleo “LITTLE” é projetado para o máximo de eficiência energética. Sua principal característica é o pipeline com execução na ordem (in-order), ou seja, o processamento das instruções é realizado em uma ordem predefinida e, se uma delas demorar muito, isso atrasa todas as outras na fila.

Núcleos “LITTLE“ geralmente têm frequência (clock) menor que núcleos “big”, o que ajuda a reduzir o consumo de energia. Alguns dos principais núcleos “LITTLE” são Cortex-A53, Cortex-A55, Cortex-A510 e Cortex-A520.

O que é um núcleo CXC (Cortex-X Custom)?

Núcleos CXC (Cortex-X Custom), também conhecidos como núcleos prime, são voltados para tarefas que exigem desempenho intenso e imediato, tal como streaming de vídeo.

Para fornecer o máximo de desempenho, núcleos Cortex-X possuem um tamanho maior que núcleos “big” e “LITTLE” (Cortex-A) e consomem mais energia. Estes são os principais núcleos CXC: Cortex-X1, Cortex-X2, Cortex-X3 e Cortex-X4.

Antes do Cortex-X, a Qualcomm criou os núcleos Kryo Prime para atingir maior desempenho. As primeiras versões ainda eram baseadas em núcleos “big“ (Cortex-A76 e Cortex-A77). Desde o Snapdragon 888, a Qualcomm utiliza o design Cortex-X para seus núcleos Kryo Prime.

Snapdragon 865 trouxe núcleo “prime”, mais potente que o “big” (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

O que é big.LITTLE com Arm DynamIQ?

A tecnologia Arm DynamIQ combina núcleos “big”, “LITTLE” e CXC em um só cluster totalmente integrado para maior desempenho e flexibilidade. Por exemplo, o DynamIQ Shared Unit-120 (DSU-120) permite reunir até 14 núcleos.

O DynamIQ oferece desempenho alto para determinados usos, como inteligência artificial e realidade mista, segundo a Arm. A tecnologia também regula o consumo de energia de forma inteligente para maior eficiência.

Quais as vantagens do big.LITTLE em processadores?

Menor consumo de energia: processadores big.LITTLE têm maior desempenho por watt e gastam menos bateria, porque mantêm apenas os núcleos econômicos operando em tarefas simples;

Troca inteligente entre núcleos: o software do big.LITTLE aloca tarefas de forma automática entre os núcleos. Cada instrução geralmente começa em um núcleo “LITTLE” e, se exigir mais performance, é migrada para um núcleo “big”;

Amplo suporte: a tecnologia big.LITTLE pode ser aplicada em todo tipo de hardware, como dispositivos móveis, computadores e carros, e funciona com diversos sistemas operacionais, como Android, iOS, macOS e Windows.

Quando o big.LITTLE foi lançado pela Arm?

A Arm lançou a tecnologia big.LITTLE em 2011, permitindo combinar núcleos Cortex-A15 de alto desempenho e Cortex-A7 de eficiência.

Um SoC (System-on-a-Chip) com núcleos A7 e A15 consome até 40% menos energia que um chip somente com núcleos Cortex-A15, com desempenho igual ou maior, segundo whitepaper da Arm. Antes do big.LITTLE, os processadores da Arm tinham todos os núcleos do mesmo tipo.

Quais chips têm arquitetura big.LITTLE?

Apple Silicon: usado em Macs pós-Intel, iPhones e iPads. Adotou o big.LITTLE a partir do Apple A10 Fusion.

Qualcomm Snapdragon: usado em dispositivos Android. Adotou o big.LITTLE a partir do Snapdragon 835.

Samsung Exynos: usado em celulares e tablets Galaxy e em alguns smartphones da Motorola. Adotou o big.LITTLE a partir do Exynos 5 Octa 5410.

MediaTek: usado principalmente em celulares intermediários e de baixo custo. Adotou o big.LITTLE a partir do MT6595.

HiSilicon: usado em celulares da Huawei. Adotou o big.LITTLE a partir do Kirin 920.

Existe processador da Intel com big.LITTLE?

A Intel combina núcleos de CPU de performance e de eficiência em seus processadores desde a 12ª geração do Intel Core (Alder Lake), mas usa o termo genérico “arquitetura híbrida”. A marca big.LITTLE é registrada pela Arm.

Os núcleos de desempenho da Intel (P-cores) são fisicamente maiores, atingem frequências maiores e fazem hyper-threading. Por sua vez, os núcleos de eficiência (E-cores) são menores, focados em desempenho por watt, e rodam uma thread de software por vez.
O que é Arm big.LITTLE? Entenda quais CPUs têm essa arquitetura

O que é Arm big.LITTLE? Entenda quais CPUs têm essa arquitetura
Fonte: Tecnoblog