Category: Apple Card

O desejado cartão da Apple se tornou isca para golpe no Brasil

O desejado cartão da Apple se tornou isca para golpe no Brasil

Vídeo enganoso promete Apple Card com limite de R$ 5 mil (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Golpistas usam vídeo falso com imagem e voz de Thiago Augusto para promover falso Apple Card no Instagram.
Site fraudulento coleta informações pessoais dos usuários, replicando interface da Apple.
O Apple Card é um cartão de crédito de titânio, lançado em parceria com o Goldman Sachs e disponível apenas nos Estados Unidos.

Cartão de crédito da Apple com limite de pelo menos R$ 5 mil. Se te parece bom demais para ser verdade, você tem razão: trata-se de um golpe que circula na internet nas últimas semanas, e se vale do design minimalista do Apple Card para atrair vítimas. Os golpistas também utilizam a imagem e a voz de um conhecido influenciador para convencer usuários da oportunidade única.

O Tecnoblog verificou que algumas vítimas já se queixam da falcatrua no Reclame Aqui. Apesar disso, não se sabe quais medidas foram tomadas para evitar que mais pessoas sejam expostas à publicidade. Cabe lembrar que a Apple de fato possui o Apple Card, um luxuoso cartão de crédito feito de titânio.

Como é o vídeo falso?

Dono do perfil Jornada Top é vítima de deep fake (imagem: reprodução)

O vídeo falso inclui a voz manipulada de Thiago Augusto, conhecido influenciador com mais de 8 milhões de seguidores no Instagram, onde assina o perfil Jornada Top. “Solicitar é muito rápido e simples”, afirma a narração, possivelmente gerada com inteligência artificial.

O vídeo veiculado no Instagram ainda promete um link para fazer o processo de registro. A página não fica hospedada no domínio oficial apple.com, mas sim num obscuro endereço .shop.

Chatbot pergunta CPF do consumidor (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Página falsa fica em domínio com problema de segurança (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Nossa equipe adotou medidas de segurança e acessou o tal endereço, que tenta replicar a interface da Apple, mas peca pela falta de cuidado com a identidade visual. O chatbot faz uma saudação e pergunta o CPF do consumidor. A partir daí, o cadastro falso coleta outras informações pessoais.

Nós apuramos que o assunto é tratado como um mega fake dentro da empresa da maçã. A Apple, o Instagram e o influenciador Thiago Augusto foram procurados, mas não responderam até a publicação desta matéria. O espaço está aberto.

Apple Cad só existe nos EUA

O Apple Card é um cartão de crédito lançado pela Apple em 2019 numa parceria com o banco Goldman Sachs. Ele se destaca pelo visual minimalista, com uma interface branca e a marca da maçã, sem nenhum tipo de numeração. O cartão é feito de titânio, material que o deixa mais pesado e com um toque mais premium.

Apple Card é feito de titânio (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A proposta do Apple Card é trazer mais conveniência e privacidade para os consumidores. Ele funciona de forma integrada ao app de carteira do iPhone e do Apple Watch. Além disso, a fabricante promete que os dados de compras não são compartilhados com o banco parceiro.

Os adeptos do cartão da Apple contam com os seguintes percentuais de cashback, o mecanismo que devolve parte do dinheiro gasto:

3% em compras feitas diretamente com a Apple (Apple Store, App Store, Apple Music etc) e em empresas parceiras específicas

2% em pagamentos usando o Apple Pay

1% em compras realizadas com o cartão físico

Site oficial da Apple informa que Apple Card está disponível somente nos EUA (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Não há qualquer previsão de lançamento do Apple Card no Brasil. Ele nem sequer está em outras economias que costuma figurar entre as prioridades da Apple, como Alemanha, França, Reino Unido e Japão.
O desejado cartão da Apple se tornou isca para golpe no Brasil

O desejado cartão da Apple se tornou isca para golpe no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras

Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras

Pay Later chega ao fim, mas Apple Card e conta Savings continuam (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple anunciou o fim do Apple Pay Later, seu serviço de “buy now, pay later” (BNPL) disponível nos Estados Unidos. Com ele, donos de iPhone podiam fazer compras de até US$ 1 mil e pagá-las em quatro vezes sem juros. O serviço durou menos de um ano no mercado. No lugar dele, a empresa vai oferecer parcerias com bancos para financiar pequenos valores.

Parcelar compras é algo a que nós, brasileiros, já estamos acostumados há muito tempo, desde a época dos cheques pré-datados e carnês. Em outros países, isso é uma novidade, que ficou conhecida pela sigla BNPL (“compre agora, pague depois”) e ganhou popularidade na pandemia de COVID-19, quando as compras online ganharam muitos adeptos.

Apple Pay Later oferecia parcelamento em quatro vezes (Imagem: Reprodução / Apple)

Enquanto aqui os parcelamentos são feitos diretamente na loja ou na administradora do cartão, nos EUA, eles geralmente envolvem uma terceira empresa, como Affirm, Klarna e Afterpay, por exemplo.

Foi neste mercado que a Apple decidiu entrar. O Pay Later oferecia parcelamento em até quatro vezes sem juros, com pagamentos a cada duas semanas. Cada compra era avaliada de forma separada, com limite de US$ 1 mil.

Apple Pay Later durou menos de um ano

A Apple anunciou o Pay Later em junho de 2022, durante a apresentação do iOS 16, na WWDC. Os testes, porém, só começaram em março de 2023, com o lançamento geral nos EUA em outubro de 2023. Portanto, foram menos de dez meses de operação.

O fim do Apple Pay Later não será o fim do parcelamento na carteira digital da maçã. Em comunicado divulgado na semana passada, a empresa diz que bancos e instituições financeiras vão oferecer o serviço no Apple Pay, com pagamento diretamente em cartões de crédito ou débito.

Enquanto o Pay Later era exclusivo do mercado americano, o novo sistema de parceria chegará a mais países. A Apple menciona Austrália, Espanha e Reino Unido.

Apple tem até sua própria poupança (Imagem: Divulgação / Apple)

O parcelamento foi uma das cartadas da fabricante do iPhone para tentar pegar uma fatia do mercado de serviços bancários. Nos EUA, a empresa também oferece o Apple Card, cartão de crédito com cashback e integração ao iOS, e o Savings, uma espécie de conta poupança com rendimento de 4,15% ao ano, considerado alto para os padrões americanos.

Com informações: 9to5Mac, MacRumors
Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras

Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras
Fonte: Tecnoblog

Apple lança iOS 17.3 com “modo ladrão” para iPhone

Apple lança iOS 17.3 com “modo ladrão” para iPhone

Proteção de Dispositivo Roubado apareceu pela primeira vez no iOS 17.3 Beta (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A Apple liberou o iOS 17.3, que conta com a Proteção de Dispositivo Roubado. O recurso dificulta o acesso a configurações importantes do iPhone, como apagar dados do telefone, mudar a senha do Apple ID e alterar os rostos cadastrados no Face ID, entre outras. Em alguns casos, é necessário esperar uma hora para conseguir fazer a mudança desejada.

A Proteção de Dispositivo Roubado ficou conhecida em dezembro de 2023, quando o iOS 17.3 ainda estava na fase beta. Na ocasião, nós chamamos a ferramenta de “modo ladrão”. Agora, ela está disponível para todos os usuários.

O recurso é uma resposta da Apple a um tipo de crime que se tornou comum nos EUA. Por lá, ladrões observam vítimas digitarem suas senhas nos iPhones em lugares movimentados, como bares. Então, roubam o aparelho, alteram a senha do Apple ID e desligam o rastreamento da localização. Com acesso às senhas salvas, eles conseguem entrar no e-mail e em contas bancárias. A nova proteção pode evitar este “sequestro” da Apple ID.

Como ativar a Proteção de Dispositivo Roubado

Para ativar o modo ladrão, acesse:

Ajustes

Face ID e Código

ligue a Proteção de Dispositivo Roubado

A partir desse momento, o iPhone passa a exigir algumas confirmações para alterar configurações sensíveis do aparelho, caso o aparelho não esteja em uma localização conhecida, como sua casa ou seu trabalho.

Proteção de Dispositivo Roubado fica na seção de Face ID e Código dos Ajustes do iPhone (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Segundo a Apple, as configurações sensíveis estão divididas em dois grupos. Um deles só pode ser alterado com autenticação biométrica, seja Face ID ou Touch ID — não vale usar a senha cadastrada:

usar senhas ou passkeys salvas no iOS

usar métodos de pagamento salvos no Safari

desativar o Modo Perdido (que é ativado pelo usuário remotamente)

apagar conteúdo e ajustes

usar o iPhone para configurar um novo dispositivo

acessar recursos relacionados ao Apple Card, ao Apple Cash e à conta Savings, disponíveis apenas nos EUA

O outro grupo conta com uma proteção extra, chamada atraso de segurança. Neste caso, toda alteração precisa de uma confirmação biométrica (Touch ID ou Face ID), uma espera de uma hora e uma nova confirmação biométrica. Neste grupo, estão:

alterar a senha do Apple ID

finalizar a sessão do Apple ID

atualizar os ajustes de segurança do Apple ID (adicionar ou remover dispositivo confiável, chave reserva ou contato de recuperação)

adicionar ou remover a autenticação biométrica

alterar a senha do iPhone

redefinir todos os ajustes

desativar o recurso Buscar

desativar a própria Proteção de Dispositivo Roubado

Com informações: The Verge e Apple
Apple lança iOS 17.3 com “modo ladrão” para iPhone

Apple lança iOS 17.3 com “modo ladrão” para iPhone
Fonte: Tecnoblog