Category: API

Android vai permitir que bancos limitem apps em celulares antigos

Android vai permitir que bancos limitem apps em celulares antigos

Android vai permitir que bancos limitem apps em celulares desatualizados (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Android tem uma API chamada Play Integrity que, basicamente, checa a legitimidade de aplicativos instalados de modo a aumentar a segurança do dispositivo. Essa API ganhou mais uma função: informar a determinados apps se o Android está atualizado ou não. Com isso, vários serviços, como os bancários, poderão ser limitados ou até barrados em celulares ou tablets sem updates recentes de segurança.

Os desenvolvedores do Android explicam que a API Play Integrity é um importante mecanismo de segurança, afinal, ajuda a identificar atividades fraudulentas, a atuação de bots, entre outras ameaças. Nesse sentido, a nova função da API consiste em dar aos desenvolvedores novas opções de “vereditos de integridade”.

Entre esses novas opções estão sinais de segurança que ajudam o desenvolvedor a estimar qual confiável é o dispositivo em que o seu aplicativo está sendo executado. Se, de acordo com seus parâmetros, o app estiver rodando em um ambiente com nível insatisfatório de segurança, o desenvolvedor poderá limitar as funcionalidades da ferramenta.

Com isso, aplicativos de bancos, por exemplo, poderão reduzir os limites de transferência de dinheiro ou até impedir esse tipo de operação caso seja constatado que o Android não tem determinadas atualizações de segurança.

Em linhas gerais, o padrão de funcionamento do novo recurso consiste em informar se o aparelho recebeu alguma atualização de segurança para o Android no último ano. Se negativo, os desenvolvedores poderão decidir por limitar funcionalidades específicas de seus aplicativos.

Se bancos, financeiras, serviços governamentais e afins adotarem esse recurso, isso significa que usuários com celulares ou tablets antigos terão dificuldades para utilizar seus dispositivos para operações sensíveis, como as que envolvem pagamentos ou transferências de dinheiro.

Em alguns casos, a simples instalação de atualizações do Android disponibilizadas pelo fabricante resolverá o problema. Mas, se o dispositivo já não estiver mais sendo atualizado, restarão poucas opções: instalar uma ROM do Android mais recente, procedimento que exige algum conhecimento técnico, ou trocar de dispositivo.

Celular Motorola Edge 50 Ultra com Android 14 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Para quando?

As novas sinalizações da API Play Integrity já começaram a ser disponibilizadas. A previsão é a de que todos os dispositivos com Android 13 ou superior tenham as novas sinalizações até maio de 2025.

Isso significa que dispositivos com Android 13 ou superior serão identificados como tendo nível de proteção inferior se não tiverem pelo menos uma atualização de segurança no último ano. Já aparelhos com Android 12 ou anterior poderão ser considerados menos seguros por si só e, como tal, receber tratamentos diferentes por parte de aplicativos.

Mas que fique claro: essa mudança no ecossistema do Android não gera bloqueio automático de funções em aparelhos desatualizados. A decisão de limitar ou não recursos de aplicativos caberá a cada desenvolvedor ou serviço.

Com informações: Android Police, Android Developers Blog
Android vai permitir que bancos limitem apps em celulares antigos

Android vai permitir que bancos limitem apps em celulares antigos
Fonte: Tecnoblog

Até o Ctrl+V do Windows ganhou recursos de inteligência artificial

Até o Ctrl+V do Windows ganhou recursos de inteligência artificial

PowerToys, o “canivete suíço” do Windows 11, ganhou mais uma utilidade (Imagem: Guilherme Reis / Tecnoblog)

A ferramenta de recursos experimentais PowerToys agora conta com a opção de usar inteligência artificial na hora de copiar e colar conteúdo no Windows. A função se chama Paste With AI. Com ela, você pode escrever como quer formatar aquele conteúdo na hora de colar. No entanto, é preciso ter créditos da API da OpenAI para fazer isso.

O PowerToys é uma espécie de “canivete suíço” do Windows, com os mais variados recursos, como medir pixels, organizar janelas e até mesmo substituir o comando Executar. A versão 0.81 do utilitário vem com o Advanced Paste (ou “colar avançado”, em tradução livre), com opções adicionais na hora de colar — basta apertar o Botão Windows + Shift + V.

Ao apertar Windows + Shift + V, este menu suspenso aparece (Imagem: Reprodução / Microsoft)

Por padrão, ele tem um histórico da área de transferência e três alternativas extras: colar como texto sem formatação, como markdown ou como JSON.

O Paste With AI (“colar com IA”, em tradução livre) pode ser ativado nas configurações. Quando ele está ligado, o Advanced Paste mostra também um campo de texto, em que o usuário pode descrever como ele quer que o texto copiado anteriormente seja formatado na hora de colar.

A página de ajuda lista algumas possibilidades: resumir, traduzir, gerar código a partir de uma descrição, reescrever seguindo um pedido de tom ou estilo.

Paste With AI precisa de API da OpenAI, que é paga

No entanto, para usar o recurso, é preciso ter uma chave de API da OpenAI e colocá-la no PowerToys. Além disso, é necessário comprar créditos na plataforma de IA da empresa — o mínimo é de US$ 5, o que dá cerca de R$ 26, em conversão direta.

Preço mínimo de recarga para usar API da OpenAI é de US$ 5 (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O preço para usar é contado em tokens. No modelo mais barato, o milhão de tokens de entrada sai por US$ 0,50, enquanto o milhão de tokens de saída sai por US$ 1,50. Um milhão de tokens equivale a cerca de 750 mil palavras — US$ 5 devem durar um bom tempo se forem usados só neste recurso, portanto.

Vale dizer que esse pagamento não tem relação com ser assinante do ChatGPT Plus ou não.

Microsoft apresentou muitas novidades de IA

Apesar de não ter sido apresentado com muito destaque, o Paste With AI vem em um momento em que a Microsoft está lançando vários recursos de IA. Aqui estão alguns destaques.

O navegador Edge será capaz de dublar vídeos do YouTube em tempo real

O Copilot vai anotar o que foi dito durante reuniões no Teams

O Windows terá uma ferramenta chamada Recall para salvar as atividades no computador e ajudar o usuário a encontrar informações

Com informações: The Verge, Microsoft
Até o Ctrl+V do Windows ganhou recursos de inteligência artificial

Até o Ctrl+V do Windows ganhou recursos de inteligência artificial
Fonte: Tecnoblog

Android 15 poderá mostrar saúde do chip da memória de armazenamento

Android 15 poderá mostrar saúde do chip da memória de armazenamento

Android 15 deve ter seção para diagnosticar saúde do aparelho(Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Android 15 pode contar com um recurso para exibir o tempo de vida útil restante para a memória de armazenamento do dispositivo. Uma análise do código da versão Beta 1 do sistema mostra que o Google prepara uma ferramenta para acessar as informações de saúde do componente.

A novidade foi identificada por Mishaal Rahman, editor do site Android Authority e engenheiro de software. A estimativa da vida útil restante da memória deve ficar em um aplicativo específico do Android 15, chamado Device Diagnostics (Diagnósticos do Dispositivo, em tradução livre). Para obter essas informações, o Android vai usar uma nova versão de uma API usada para fazer a manutenção do dispositivo quando ele está inativo.

Aparelhos da linha Pixel deverão mostrar estimativa de maneira mais precisa (Imagem: Divulgação/Google)

O sistema poderá solicitar a “vida útil restante do dispositivo de armazenamento interno como uma porcentagem inteira”. Se a resposta for 90, por exemplo, significa que a memória tem pela frente 90% de seu ciclo de vida.

Rahman acredita que apenas alguns aparelhos, como a linha Pixel, poderão detalhar o ciclo de vida restante com granularidade de 1%. Para outros, a informação deve vir em intervalos de 10%, o que torna a informação menos precisa. E alguns poderão nem ter suporte ao recurso, já que os fabricantes não são obrigados a aderir.

Esta mesma API era usada para cortar blocos de memória não utilizados, visando melhorar o desempenho de memórias flash, geralmente usados em cartões. Isso, porém, reduzia a vida útil de chips UFS, usados internamente nos aparelhos. O Android 13 trouxe mudanças neste aspecto para evitar problemas.

As memórias internas de smartphone podem se desgastar com o tempo. Com isso, o usuário corre o risco de perder dados armazenados. Por isso, é sempre importante fazer backup de seus arquivos.

Android 15 também poderá trazer saúde da bateria

A saúde do armazenamento não é a única que pode estar no Device Diagnostics. Desde dezembro, o Google testa uma forma nativa de exibir a saúde da bateria. Até agora, o sistema só é capaz de dizer se ela está em bom estado. Para mais detalhes, é necessário baixar apps de terceiros.

Essas informações chegaram a aparecer em uma versão de testes do Android 14, na página dedicada à bateria nas configurações, mas foram removidas, o que sugere que elas serão, por enquanto, exclusivas da linha Pixel. Mesmo assim, o Android 14 já tem todo o código para mostrar este dado — só falta a interface.

Com informações: Android Authority, TechRadar
Android 15 poderá mostrar saúde do chip da memória de armazenamento

Android 15 poderá mostrar saúde do chip da memória de armazenamento
Fonte: Tecnoblog