Category: Activision Blizzard

Lucro da Microsoft cresce 20% graças à Activision Blizzard (novamente)

Lucro da Microsoft cresce 20% graças à Activision Blizzard (novamente)

Microsoft faturou US$ 21,9 bilhões no primeiro trimestre, crescimento de 20% comparado ao ano passado (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Microsoft divulgou nesta quinta-feira (25) o resultado financeiro referente ao primeiro trimestre (T1) de 2024. A big tech registrou lucro de US$ 21,9 bilhões (R$ 113 bilhões) e receita de US$ 61,9 bilhões (R$ 319 bilhões) no período. O lucro da Microsoft mostra um crescimento de 20% quando comparado ao mesmo trimestre de 2023 — e a Activision Blizzard é a maior responsável por isso.

O resultado da big tech superou as previsões de analistas financeiros. As análises indicavam que a Microsoft teria uma receita de US$ 60,8 bilhões e lucro por ação de US$ 2,82 — aqui os acionistas ganharão US$ 2,94. O crescimento da receita, quando comparado ao T1 de 2023, foi de 17%.

Activision Blizzard ajuda no crescimento financeiro

Activision Blizzard segue impactando positivamente a receita da Microsoft seis meses após a fusão (Imagem: Divulgação/Activision Blizzard)

Este é o segundo trimestre em que a Microsoft inclui a operação da Activision Blizzard em seu resultado financeiro — o segundo em que ela puxa as finanças para o topo. A divisão de games e serviços da big tech, que não inclui o console Xbox, teve o melhor desempenho de todos os setores, com sua receita aumentando 62% em relação ao ano anterior (todo o empenho para adquirir a empresa de jogos está compensando).

Porém, ainda no assunto games, a Microsoft informou que as vendas do Xbox caíram 31% no ano a ano. Essa foi a maior queda do console desde o lançamento dos Xbox Series S e Series X em novembro de 2020. A Microsoft espera que a receita com da linha Xbox siga assim no próximo trimestre.

IA tem contribuição modesta na receita da Azure

Primeiros Surfaces dedicados à integração com IA podem chegar nas próximas semanas (Imagem: Reprodução/Microsoft)

Durante a apresentação dos resultados financeiros, a Microsoft revelou que dos 31% de crescimento de receita da Azure, 7% vêm de seus produtos de inteligência artificial. A OpenAI, criadora do ChatGPT, é uma das clientes da Azure. No entanto, outras empresas também estão utilizando o processamento em nuvem da Microsoft para rodar suas soluções de inteligência artificial.

Enquanto a Meta anuncia que IA vai demorar para dar lucro, é especulado que o lançamento dos próximos Surfaces com o Snapdragon X Elite e Snapdragon X Plus tragam melhores resultados. Esses laptops serão a primeira leva de AI PCs da Microsoft, computadores que terão uma maior integração com inteligência artificial.

Com informações: CNBC e The Verge
Lucro da Microsoft cresce 20% graças à Activision Blizzard (novamente)

Lucro da Microsoft cresce 20% graças à Activision Blizzard (novamente)
Fonte: Tecnoblog

Microsoft demite 1.900 funcionários de Activision Blizzard e Xbox

Microsoft demite 1.900 funcionários de Activision Blizzard e Xbox

Microsoft (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Microsoft demitiu cerca de 1.900 funcionários da Activision Blizzard e do Xbox esta semana. A divisão conta com aproximadamente 22 mil funcionários, o que significa que o layoff representa 8% do quadro de empregados. Os cortes se concentraram em cargos da Activision Blizzard, mas as saídas afetam também Xbox e Zenimax.

O CEO da Microsoft Gaming, Phil Spencer, divulgou um memorando, obtido pelo site The Verge. Ele diz que a liderança da empresa “está comprometida em alinhar uma estratégia e um plano de execução com uma estrutura de custos que suporte o crescimento de nossos negócios”. Spencer também escreve que a chefia identificou áreas desnecessárias e alinhou as melhores oportunidades para crescimento.

Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, diz que cortes são para garantir crescimento sustentável (Imagem: Divulgação/Microsoft)

Blizzard perde executivos e cancela game

Quem também deixa a Microsoft é Mike Ybarra, presidente da Blizzard. O anúncio consta em outro memorando interno, assinado por Matt Booty, presidente de conteúdo e estúdios de jogos da Microsoft. Outro nome a sair da empresa é Allen Adham, diretor-chefe de design e um dos cofundadores da Blizzard.

A Blizzard cancelou um survival game anteriormente anunciado, devido às demissões e saídas. Booty diz que a Microsoft vai realocar as pessoas para outros projetos que estão em fase inicial de desenvolvimento.

A Microsoft concluiu a compra da Activision Blizzard em outubro de 2023, em uma transação de cerca de US$ 69 bilhões. O negócio ficou quase dois anos sob investigação de autoridades nos EUA e no Reino Unido, que temiam concentração de mercado.

As primeiras semanas de 2024 estão sendo marcadas pelos layoffs nas áreas de games e tecnologia. Até agora, Riot Games, Twitch, Discord e Unity fizeram cortes de pessoal. Saindo um pouco da área de jogos, o Google já dispensou cerca de 1 mil funcionários e deve fazer mais demissões nos próximos meses.

Com informações: The New York Times e The Verge
Microsoft demite 1.900 funcionários de Activision Blizzard e Xbox

Microsoft demite 1.900 funcionários de Activision Blizzard e Xbox
Fonte: Tecnoblog

Microsoft pensou em comprar Sega para expandir Xbox Game Pass

Microsoft pensou em comprar Sega para expandir Xbox Game Pass

As audiências entre a Microsoft e a Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) sobre a compra da Activision Blizzard estão revelando informações dos bastidores do mercado de games. A mais nova é que a fabricante do Xbox considerou comprar a Sega e outros estúdios para incrementar a oferta de games no Xbox Game Pass.

Sega (Imagem: Jezael Melgoza/Unsplash)

O plano aparece em um e-mail enviado por Phil Spencer, chefe da divisão de Xbox, a Satya Nadella e Amy Hood, CEO e CFO da Microsoft, respectivamente.

Na mensagem, escrita em novembro de 2020, Spencer pede uma aprovação para a estratégia de abordar a Sega Sammy e fazer uma oferta pelo estúdio de games Sega.

“Acreditamos que a Sega construiu um portfólio equilibrado de jogos em vários segmentos, com apelo geográfico global, e isso vai nos ajudar a acelerar o Xbox Game Pass, tanto nos consoles quanto fora deles”, argumenta o chefe da divisão de Xbox.

Spencer considerava que as “amadas propriedades intelectuais” da Sega ajudariam a expandir o Xbox Game Pass e alcançar novos públicos, principalmente na Ásia. O estúdio também traria oportunidades de monetização no futuro, com transações nos games.

Bungie e Zynga também chamaram a atenção da Microsoft

Documentos de abril de 2021 mostram que a Microsoft também ficou de olho em Bungie (Destiny), Zynga (Farmville), IO Interactive (Hitman) e Niantic (Pokémon GO), entre outros.

A Sega já não constava mais nessa relação. Não está claro qual foi o motivo que fez a Microsoft desistir.

A Bungie é um caso curioso. Ela era apontada como detentora de propriedades intelectuais valorosas, além de Destiny e sua comunidade. A Microsoft ainda observava que Destiny era um dos títulos com mais horas jogadas no Game Pass.

A Bungie foi da Microsoft entre 2000 e 2007, período em que Halo fez sucesso como exclusivo do Xbox. Em 2022, após 15 anos independente, ela foi comprada pela Sony, grande rival da empresa de Redmond.

De todas as mencionadas, a Zynga foi a que chegou mais perto de ser comprada pela Microsoft. As empresas chegaram a negociar, mas a empresa do Xbox preferiu investir na Activision Blizzard. Já a Zynga foi comprada pela Take-Two, desenvolvedora da série GTA.

Não se sabe se a Microsoft chegou a negociar com outras empresas com foco em dispositivos móveis. Mesmo assim, nas audiências até aqui, Phil Spencer garante que a Microsoft dá o mercado de consoles por perdido e quer crescer nos games para smartphones.

Com informações: The Verge
Microsoft pensou em comprar Sega para expandir Xbox Game Pass

Microsoft pensou em comprar Sega para expandir Xbox Game Pass
Fonte: Tecnoblog

Para ficar com Activision, Microsoft admite que Xbox perdeu guerra dos consoles

Para ficar com Activision, Microsoft admite que Xbox perdeu guerra dos consoles

A compra da Activision Blizzard pela Microsoft por US$ 69 bilhões está travada na Justiça. Nesta quinta-feira (22), a empresa começou sua batalha nos tribunais para provar que a aquisição não representa um risco para o mercado de games. E para isso, ela admite: o Xbox perdeu a guerra dos consoles.

Xbox Series X + Series S (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Em um documento enviado à corte, a Microsoft revela que, desde que foi lançado, em 2001, “o console Xbox ficou consistentemente com a terceira posição entre as três concorrentes, atrás de PlayStation e Nintendo nas vendas”.

A empresa também revela alguns números sobre o mercado: o Xbox tem 16% das vendas de consoles e 21% da base instalada, como é chamado o número de usuários atuais.

As fatias do PlayStation e da Nintendo foram censuradas, mas documentos anteriores falam em 34% e 50% das vendas, respectivamente.

A Microsoft admite isso para argumentar que a compra da Activision Blizzard é parte de uma aposta em uma estratégia diferente: ganhar dinheiro vendendo jogos e não consoles.

O hardware, inclusive, seria vendido abaixo do preço de custos. Isso seria uma forma de subsidiar os jogadores para que eles gerem receita comprando jogos e acessórios.

Não é a primeira vez que a Microsoft apela para esse argumento. Em dezembro de 2022, a empresa disse ainda que só 10% dos títulos exclusivos estão no Xbox, contra 40% do PlayStation e 50% da Nintendo.

Sony não acredita que vá perder jogos da Activision

Na Justiça dos EUA, a Comissão Federal do Comércio (FTC) entrou com uma ação contra a compra da Activision. O órgão teme que a aquisição possa transformar jogos como Call of Duty em exclusivos do Xbox.

A Microsoft nega — e, aparentemente, nem a concorrência acha que é o caso.

Em um e-mail revelado também nesta quinta-feira (22), Jim Ryan, chefe de PlayStation na Sony, diz que a compra “não é mesmo uma jogada para ter exclusividade”.

“Eles estão pensando em alguma coisa maior que isso, e eles têm dinheiro para coisas desse tipo”, escreve Ryan na mensagem.

Call of Duty: Modern Warfare II (Imagem: Divulgação / Activision)

Ele também diz que passou tempo suficiente conversando com Phil Spencer, chefe de Xbox na Microsoft, e Bobby Kotick, CEO da Activision Blizzard, e que acredita que Call of Duty vai continuar no PlayStation por “bons anos”.

“Eu preferiria que isso não acontecesse, mas estaremos OK, melhor que OK”, completa o executivo da Sony.

Microsoft corre contra o tempo

A empresa tem pressa em se defender. A FTC entrou com um pedido de liminar para pausar a compra da Activision, e a Microsoft tenta evitar que isso ocorre. Caso não consiga, o negócio ficaria impedido até 2 de agosto, quando seria realizada uma audiência.

Essa data é um problema para a Microsoft. Nos termos da aquisição da Activision, as empresas estipularam a data de 18 de julho de 2023 como limite para fechar o negócio.

Caso isso não seja possível, ambas podem rediscutir o acordo, mas a Microsoft já adiantou: vai desistir da compra.

E não é só nos EUA o problema. No Reino Unido, a Autoridade de Competição e Mercado (CMA, na sigla em inglês) vetou a aquisição. Para o órgão, o problema está no mercado de cloud gaming: a Microsoft largaria muito na frente de outras concorrentes.

Com informações: IGN, The New York Times, The Verge
Para ficar com Activision, Microsoft admite que Xbox perdeu guerra dos consoles

Para ficar com Activision, Microsoft admite que Xbox perdeu guerra dos consoles
Fonte: Tecnoblog

Sony acredita que Microsoft poderia diminuir a qualidade de Call of Duty no PlayStation

Sony acredita que Microsoft poderia diminuir a qualidade de Call of Duty no PlayStation

A Sony não ficou nada feliz com a mudança de opinião da Autoridade de Competição e Mercado do Reino Unido (CMA) em relação à compra da Activision Blizzard pela Microsoft. Segundo a empresa japonesa, a dona do Xbox poderia sabotar futuros jogos da série Call of Duty no PlayStation. Assim, o desempenho dos títulos ficaria levemente inferior em comparação ao seu concorrente americano, fazendo com que os gamers migrassem de plataforma.

Call of Duty: Warzone 2.0 (Imagem: Divulgação / Activision)

Depois da mudança de postura da CMA no caso Microsoft e Activision, a Sony se viu em um momento delicado. A companhia de Redmond havia oferecido à japonesa o mesmo acordo feito com a Nintendo, mas que foi recusado. Ela acreditava que o negócio seria barrado, porém, não é o que está acontecendo.

Dessa forma, a Sony afirmou em um comunicado que “a reversão da CMA de sua posição sobre a teoria do dano de seus consoles é surpreendente, sem precedentes e irracional”.

Ela também cita que a empresa estadunidense não sentiria a necessidade de “fazer uso dos recursos avançados do PlayStation não encontrados no Xbox”. Indo mais além, o relatório indica que “degradar a experiência de Call of Duty no PlayStation beneficiaria o Xbox”.

Vale apontar que a companhia comandada por Phil Spencer já se propôs a manter a franquia de FPS nas plataformas concorrentes e até criou uma página para desmistificar a compra da Activision Blizzard.

Call of Duty no Xbox Series (Imagem: Ricardo Syozi / Tecnoblog)

Relatório tem menções a Digital Foundry e VG Tech

No mesmo comunicado divulgado pela Sony no dia 31 de março, a companhia citou dois canais de YouTube famosos por seus vídeos comparativos: a Digital Foundry e o VG Tech.

Ela disse que na época de lançamento de um novo Call of Duty, esses youtubers liberam conteúdo que coloca as versões de cada console lado a lado. Além disso, a empresa japonesa ressaltou o alto nível de influência que esses conteudistas têm com o público gamer:

Conversas em fóruns, salas de bate-papo e sessões públicas de jogos confirmam que os jogadores são muito conscientes das menores mudanças no desempenho de um jogo. Eles se envolvem com cada título da franquia imediatamente após seu lançamento, estão cientes do preço, qualidade e recursos de um jogo e comparam regularmente a qualidade, o desempenho e os recursos de seus jogos favoritos no PlayStation e no Xbox.

Na opinião da dona do Vita, a Microsoft poderia diminuir a qualidade de framerate propositalmente para convencer os jogadores a mudarem de lado. Entretanto, ainda não há nenhuma evidência ou comentário por parte de Phil Spencer e companhia que dê suporte a isso.

Com informações: The Verge.

Sony acredita que Microsoft poderia diminuir a qualidade de Call of Duty no PlayStation

Sony acredita que Microsoft poderia diminuir a qualidade de Call of Duty no PlayStation
Fonte: Tecnoblog