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Samsung revela o chip Exynos 2600, agora com 2 nm

Samsung revela o chip Exynos 2600, agora com 2 nm

A inteligência artificial é um dos focos centrais do Exynos 2600 (imagem: reprodução/Samsung)

Resumo

A Samsung anunciou oficialmente o Exynos 2600, seu novo chipset topo de linha para smartphones, que deve equipar ao menos parte da linha Galaxy S26. Mais do que uma atualização anual, o componente representa um passo importante para a indústria por ser o primeiro SoC móvel produzido em processo de 2 nanômetros com arquitetura GAA (Gate-All-Around).

Segundo a empresa, a transição para 2 nm permite avanços expressivos de performance, consumo energético e controle térmico — um ponto sensível em gerações anteriores do Exynos, frequentemente atrás de chips da Qualcomm, MediaTek e Apple. O Exynos 2600 já está em produção em massa.

O novo chip traz uma CPU de dez núcleos baseada na arquitetura Arm v9.3, com uma mudança relevante na estratégia da Samsung: não há mais núcleos pequenos, de baixíssimo consumo. Em vez disso, o processador combina um núcleo principal de alto desempenho com núcleos intermediários e de eficiência, todos da linha C1.

O que muda na CPU e na GPU?

A ficha técnica cita um núcleo C1-Ultra operando a até 3,8 GHz, três núcleos C1-Pro de alto desempenho a 3,25 GHz e outros seis C1-Pro focados em eficiência, com clocks de até 2,75 GHz. De acordo com a Samsung, esse conjunto entrega até 39% mais desempenho em CPU em comparação com o Exynos 2500. O suporte às instruções SME2 da Arm também deve reduzir latência e acelerar tarefas de aprendizado de máquina diretamente no dispositivo.

Na parte gráfica, o Exynos 2600 estreia a GPU Xclipse 960. A fabricante afirma que o novo componente dobra a capacidade de processamento em relação à geração anterior e melhora em até 50% o desempenho em ray tracing. Outra novidade é o Exynos Neural Super Sampling (ENSS), tecnologia que usa IA para upscale e geração de quadros, buscando melhorar a fluidez em jogos sem elevar drasticamente o consumo de energia.

O novo chip tem suporte a UFS 4.1 e memória LPDDR5X

Samsung ainda não confirmou oficialmente todos os aparelhos que irão utilizar o novo chip (imagem: reprodução/Gizmochina)

IA, câmeras e o desafio do aquecimento

A inteligência artificial é um dos focos centrais do novo chip. A NPU teve, segundo a Samsung, um salto de 113% em desempenho, permitindo rodar modelos generativos maiores no próprio aparelho e reforçar a proteção de dados sensíveis sem depender da nuvem.

O ISP integrado suporta sensores de até 320 MP, captura sem atraso em fotos de 108 MP e gravação em 8K a 30 fps ou 4K a até 120 fps com HDR. Há ainda melhorias em redução de ruído por aprendizado profundo e um sistema de percepção visual capaz de identificar detalhes sutis em tempo real.

Para lidar com calor e estabilidade, o Exynos 2600 adota a tecnologia Heat Path Block, que usa novos materiais para reduzir a resistência térmica em até 16%. A promessa é sustentar alto desempenho por mais tempo, enfrentando um dos principais problemas históricos da linha Exynos.
Samsung revela o chip Exynos 2600, agora com 2 nm

Samsung revela o chip Exynos 2600, agora com 2 nm
Fonte: Tecnoblog

Daqui a 5 anos? CEO do LinkedIn diz que pergunta clássica está desatualizada

Daqui a 5 anos? CEO do LinkedIn diz que pergunta clássica está desatualizada

CEO do LinkedIn defende planos mais curtos, com foco em aprendizado e experiência (imagem: reprodução/No One Knows What They’re Doing)

Resumo

O CEO do LinkedIn, o Ryan Roslansky, considera o plano de carreira de cinco anos desatualizado devido às rápidas mudanças tecnológicas e do mercado de trabalho.
Roslansky sugere focar em objetivos de curto prazo, como aprendizado e experiências, em vez de um plano fixo de cinco anos.
Dados indicam que 39% das habilidades serão transformadas até 2030, e trabalhadores da Geração Z mudam de emprego a cada 1,1 ano.

Ryan Roslansky, CEO do LinkedIn, diz que uma das perguntas mais comuns em entrevistas de emprego se tornou “um pouco boba”. Para ele, a ideia de pensar onde você quer estar daqui a cinco anos e traçar um plano para chegar lá está desatualizada.

“Você frequentemente ouve pessoas dizendo, ‘Ei, você precisa ter um plano de cinco anos, escreva como quer que os próximos cinco anos da sua vida sejam, siga esse caminho e siga esse plano’”, afirma o executivo ao podcast No One Knows What They’re Doing.

“E na verdade, quando você sabe que a tecnologia, o mercado de trabalho e tudo mais está se mexendo, acho que ter um plano de cinco anos é um pouco bobo”, completa o CEO.

O que pode substituir o plano de cinco anos?

Roslansky acha que o futuro da carreira pode ser definido por outras perguntas, mais focadas em um horizonte próximo. Elas seriam mais adequadas a um ambiente que está mudando muito rápido — graças, em grande parte, à inteligência artificial.

“Eu recomendaria que as pessoas se concentrem, talvez, nos próximos meses e em algumas coisas que não são um plano”, explica. “O que você quer aprender? Quais tipos de experiências você quer? Isso, eu acho, é o modelo mental correto para o cenário atual.”

O executivo também alerta para a ilusão de um caminho linear na carreira, passando por se formar na faculdade, conseguir um emprego, se tornar um consultor e fazer um MBA. “As pessoas acham que é assim que funciona”, adverte.

“Se você se concentrar nesses passos pequenos, aprender, ganhar experiência, o caminho profissional vai se abrir para você”, defende Roslansky.

Mesmo com mudanças frequentes, especialistas defendem plano

A Fortune observa que algumas informações endossam a ideia do CEO do LinkedIn. Dados do Fórum Econômico Mundial, por exemplo, apontam que 39% das habilidades dos trabalhadores serão transformadas ou se tornarão obsoletas já em 2030 — ou seja, no fim de um plano de cinco anos feito hoje.

A revista também menciona um relatório da empresa educacional TAFE Gippsland, que afirma que, em média, as pessoas passam por três a sete mudanças de carreira na vida, além de 16 trocas de emprego.

Já a empresa de recrutamento Randstad observa que essa tendência tem se intensificado entre os mais jovens. Trabalhadores da Geração Z mudam de emprego, em média, a cada 1,1 ano. A companhia diz que eles mudam quando sentem que não estão progredindo no cargo atual.

Mesmo assim, nem todo mundo descarta o método tradicional. “Planos de cinco anos também dão a flexibilidade para mudar o que não é mais relevante para suas metas de longo prazo, sem que isso atrapalhe seu progresso”, diz Mary McNevin, executiva de talentos. “Desse modo, você está sempre trabalhando em direção ao que realmente quer conquistar.”

Com informações da Fortune
Daqui a 5 anos? CEO do LinkedIn diz que pergunta clássica está desatualizada

Daqui a 5 anos? CEO do LinkedIn diz que pergunta clássica está desatualizada
Fonte: Tecnoblog

Policiais da Pensilvânia poderão acessar histórico do Google mesmo sem mandado

Policiais da Pensilvânia poderão acessar histórico do Google mesmo sem mandado

Polícia pode acessar histórico do Google sem mandado na Pensilvânia (foto: Nathana Rebouças/Unsplash)

Resumo

A Suprema Corte da Pensilvânia decidiu que a polícia pode acessar o histórico de pesquisas no Google sem mandado.
A decisão baseia-se na ideia de que usuários não têm expectativa de privacidade sobre dados compartilhados com provedores.
A decisão se aplica apenas à Pensilvânia e distingue buscas na internet de dados de localização, que exigem mandado.

A Suprema Corte do estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, decidiu nesta terça-feira (16/12) que a polícia não precisa de um mandado judicial para obter o histórico de pesquisas de um suspeito no Google. A justificativa é de que os internautas não possuem uma “expectativa razoável de privacidade” sobre esses dados, uma vez que eles são voluntariamente compartilhados com provedores de serviço e aplicativos.

O caso, detalhado pelo portal The Record, envolveu a investigação de um estupro, na qual as autoridades procuraram por termos de busca feitos pelo acusado para incriminá-lo. Com a decisão, os magistrados estabeleceram que o rastro digital deixado em mecanismos de pesquisa não possuem as mesmas proteções constitucionais que outro dados.

A decisão vale apenas para o estado da Pensilvânia até que, eventualmente, a Suprema Corte dos Estados Unidos decida unificar o entendimento sobre o tema.

Qual o argumento da corte?

A corte argumentou que “é de conhecimento comum que sites, aplicativos baseados na internet e provedores de serviços coletam e, em seguida, vendem dados de usuários”.

Para os juízes, como o Google informa expressamente em seus termos de uso que monitora a atividade para fins comerciais e que não se deve esperar privacidade total, a polícia não estaria violando um direito fundamental ao requisitar essas informações sem a crivo prévio de um juiz.

A decisão distingue o histórico de buscas de outros dados, como a localização de celulares. Tribunais superiores dos EUA já haviam decidido anteriormente que o rastreamento de localização exige mandado, pois é um dado gerado involuntariamente apenas por carregar o aparelho.

Corte entende que termosdo Google não garantem privacidade dos dados (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

No entanto, no caso das pesquisas, a corte da Pensilvânia entendeu que o ato é ativo e consciente. “A trilha de dados criada pelo uso da internet não é involuntária da mesma maneira que a trilha criada pelo porte de um telefone celular”, diz o texto da decisão.

O tribunal também sugeriu que os usuários têm a opção de não expor seus dados se utilizarem métodos diferentes ou ferramentas de navegação anônima, o que validaria a tese de que o uso do Google padrão é uma escolha de “não-privacidade”.

Preocupação com privacidade

A sentença gerou reações imediatas de especialistas em direitos digitais e juristas. Eles alertam que o acesso irrestrito a esse tipo de dado é perigoso, já que as pessoas costumam fazer perguntas ao Google que não fariam, necessariamente, a uma outra pessoa na vida real.

Para especialistas ouvidos pelo The Record, a existência de um precedente em um estado pode encorajar departamentos de polícia em outras jurisdições a adotarem práticas semelhantes, normalizando a coleta de históricos de navegação sem a necessidade de justificar a “causa provável” a um juiz.
Policiais da Pensilvânia poderão acessar histórico do Google mesmo sem mandado

Policiais da Pensilvânia poderão acessar histórico do Google mesmo sem mandado
Fonte: Tecnoblog

Linux Mint 22.3 "Zena" fica disponível em beta com Cinnamon 6.6 e mais; saiba como baixar

Linux Mint 22.3 “Zena” fica disponível em beta com Cinnamon 6.6 e mais; saiba como baixar

Nesta semana, o Linux Mint 22.3 foi lançado em sua versão beta. A equipe de desenvolvimento do sistema operacional publicou a imagem ISO da próxima versão de maneira oficial.

A edição chega com o codinome “Zena” e terá o Cinnamon 6.6 como ambiente de área de trabalho como principal característica. Ele inclui um redesenho no menu de aplicação com possibilidade de configurar Lugares e Marcadores.Entre os outros destaques, estão os suportes a ícones simbólicos de categoria e melhoria ao Wayland. Sem falar nas atualizações das configurações com um novo módulo Thunderbolt, a fim de gerenciar melhor os dispositivos compatíveis com a tecnologia.Clique aqui para ler mais

Linux Mint 22.3 “Zena” fica disponível em beta com Cinnamon 6.6 e mais; saiba como baixar
Fonte: Tudocelular

Mais integração! PicPay e Rappi levam experiência do delivery ao banco digital

Mais integração! PicPay e Rappi levam experiência do delivery ao banco digital

O PicPay e o Rappi anunciaram nesta semana uma integração de ambos os serviços, com o lançamento do PicPay Delivery. A funcionalidade leva a experiência de entregas de mercado e restaurantes ao aplicativo do banco digital.

Na prática, o recurso permite que os clientes do PicPay consigam fazer seus pedidos de refeições e itens de mercado, inclusive com as opções do Rappi Turbo para entregas em até 10 minutos, dentro do app da instituição financeira.


“A parceria com o Rappi, líder na América Latina, inaugura um modelo inédito no mercado para trazer ainda mais conveniência ao usuário do nosso app. Esse passo, somado ao lançamento dos hubs de Viagens e Experiências e ao marketplace de ponta a ponta no app, reforça que o cliente pode comprar tudo que precisa sem sair do PicPay.”
Clique aqui para ler mais

Mais integração! PicPay e Rappi levam experiência do delivery ao banco digital
Fonte: Tudocelular

LG promete: donos de TVs poderão retirar o ícone do Copilot

LG promete: donos de TVs poderão retirar o ícone do Copilot

Microsoft Copilot começou a aparecer em smart TVs LG (imagem: reprodução/Reddit)

Resumo

LG comunicou que vai permitir que usuários removam o ícone do Microsoft Copilot de suas smart TVs.
A instalação automática do Copilot gerou críticas por ser considerada invasiva, mas a fabricante afirma que o atalho não compromete a privacidade.
Ainda não há uma data para a atualização que permitirá a remoção.

A LG anunciou que vai alterar o comportamento de seu sistema operacional para permitir que os usuários removam o ícone do Microsoft Copilot da tela inicial de suas smart TVs. A inclusão do sistema da Microsoft viralizou nas últimas semanas com críticas de consumidores que se sentiram invadidos pela instalação automática do recurso.

Visualmente, o Copilot aparece na interface do webOS ao lado de serviços como Netflix e YouTube, comportando-se como qualquer outro aplicativo, conforme o Tecnoblog noticiou no começo desta semana.

No entanto, a companhia esclareceu, em nota enviada ao The Verge, que o item não é um “serviço baseado em aplicativo embutido”, mas sim um “atalho” que redireciona o usuário para a versão web da IA através do navegador da TV.

Ao portal, Chris De Maria, porta-voz da fabricante, afirmou que a companhia “respeita a escolha do consumidor” e tomará medidas para permitir a exclusão do ícone de atalho.

Copilot no webOS

A polêmica começou na última semana, quando proprietários de TVs LG notaram que uma atualização automática do sistema webOS havia instalado o Copilot em seus aparelhos. O problema não era apenas a presença do software, mas a impossibilidade de removê-lo.

My LG TV’s new software update installed Microsoft Copilot, which cannot be deleted. byu/defjam16 inmildlyinfuriating

Diferente de aplicativos de streaming como Netflix ou Disney+, os quais os donos da TVs podem gerenciar livremente, a marca implementou o atalho da Microsoft como um aplicativo de sistema ou pré-instalado.

Segundo a documentação de suporte da própria marca, usuários não podem desinstalar apps dessa categoria, apenas ocultar ou movê-los para o final da lista. Essa impossibilidade o que gerou acusações de “bloatware” em fóruns como o Reddit.

LG nega invasão de privacidade

Além do incômodo visual, a instalação forçada levantou dúvidas sobre privacidade, mas a LG garante, no comunicado, que o atalho não ativa o microfone da TV automaticamente. “Recursos como a entrada de microfone são ativados apenas com o consentimento explícito do cliente”, reforçou a empresa.

Apesar da promessa de correção, a LG não forneceu uma data específica para a liberação do update que tornará o ícone deletável. A integração faz parte da estratégia de AI TV anunciada pela marca em parceria com a Microsoft durante a CES 2025, no início do ano.
LG promete: donos de TVs poderão retirar o ícone do Copilot

LG promete: donos de TVs poderão retirar o ícone do Copilot
Fonte: Tecnoblog

YouTube fora do ar: site de vídeos sofre soluço nesta sexta-feira (19)

YouTube fora do ar: site de vídeos sofre soluço nesta sexta-feira (19)

YouTube apresenta pane (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O YouTube ficou fora do ar nesta sexta-feira (19) para uma parcela relevante dos usuários. A plataforma do Google rapidamente subiu no monitoramento da ferramenta DownDetector, um indicativo de que passa por uma instabilidade técnica. A pane se mostrou mais proeminente a partir das 10h10. No nosso monitoramento, a situação parece ter sido resolvida por volta das 10h40.

Por ora, não temos nenhuma informação sobre o que ocorreu com a plataforma de vídeos.

No X, pessoas lamentam o problema com o YouTube nesta manhã (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)
YouTube fora do ar: site de vídeos sofre soluço nesta sexta-feira (19)

YouTube fora do ar: site de vídeos sofre soluço nesta sexta-feira (19)
Fonte: Tecnoblog

IA fica responsável por máquina de vendas e dá prejuízo

IA fica responsável por máquina de vendas e dá prejuízo

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Experimento da Anthropic expõe limites de agentes de IA autônomos (imagem: divulgação/Anthropic)

Resumo

A Anthropic colocou uma IA para gerenciar uma máquina de vendas, mas o resultado foi uma série de decisões erradas do sistema e prejuízo financeiro.
Apelidada de Claudius, a IA foi manipulada por funcionários, vendendo produtos abaixo do custo e distribuindo itens gratuitamente.
O veredito da empresa é que a distância para um agente de IA completamente funcional e autônomo ainda é grande.

Um experimento conduzido pela Anthropic, dona da IA Claude, mostrou que a autonomia total de sistemas de inteligência artificial ainda esbarra em limitações práticas. A empresa colocou um agente de IA para administrar uma pequena máquina de vendas em seus escritórios, mas o resultado foi uma sequência de decisões equivocadas e perdas financeiras.

A IA, apelidada de Claudius, operava a máquina quase de forma independente, definindo preços, gerenciando estoque e atendendo clientes. A interação com os funcionários era feita por meio da plataforma Slack. Segundo a Anthropic, o objetivo era avaliar como agentes autônomos se comportam em tarefas do mundo real, indo além de responder perguntas ou gerar textos.

Como funcionou o experimento?

Na primeira fase, Claudius controlou sozinho uma operação no escritório do The Wall Street Journal: pesquisava produtos, sugeria preços e autorizava vendas. Sem sensores ou mecanismos físicos de controle, a IA dependia do chamado “sistema de honra”, confiando que as pessoas pagariam corretamente pelos itens. Rapidamente, surgiram problemas.

Funcionários conseguiram convencer a IA a vender produtos abaixo do custo, distribuir itens gratuitamente e até comprar objetos sem sentido comercial, como cubos de tungstênio e itens caros para “marketing”. O jornal escreve que a IA “sorteou um PlayStation 5 para fins de marketing”.

Em um momento, o agente começou a alucinar e chegou a afirmar que era um humano “usando um blazer azul”, evidenciando falhas de contexto e identidade. O resultado foi um prejuízo constante e a perda quase total do estoque.

IA não conseguiu lucrar

Anthropic testou agente de IA em negócio real (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Na segunda fase, a Anthropic tentou corrigir os erros com uma máquina instalada no seu próprio escritório. Claudius foi atualizado para um modelo mais recente, recebeu ferramentas adicionais — como sistemas de gestão de estoque e pesquisa de preços — e passou a responder a um “CEO” virtual, outro agente de IA chamado Seymour Cash. A ideia era impor metas e disciplina financeira.

As mudanças trouxeram melhorias parciais: os descontos caíram cerca de 80% e a IA passou a calcular melhor margens e prazos. Ainda assim, o sistema continuou vulnerável a manipulações humanas e a decisões pouco racionais. O próprio “CEO virtual” autorizou reembolsos excessivos e se envolveu em longas conversas irrelevantes, comprometendo a eficiência do negócio.

Para a Anthropic, o experimento deixa um recado claro. “A ideia de uma IA administrando um negócio não parece tão absurda quanto antes”, diz um post no blog da empresa. “Mas a diferença entre ‘capaz’ e ‘completamente robusto’ continua grande”.
IA fica responsável por máquina de vendas e dá prejuízo

IA fica responsável por máquina de vendas e dá prejuízo
Fonte: Tecnoblog

Satélite da Starlink perde controle e entra em rota de reentrada na Terra

Satélite da Starlink perde controle e entra em rota de reentrada na Terra

Satélite passa por um processo de reentrada na Terra (Imagem: SpaceX/Divulgação)

Resumo

A SpaceX informou que perdeu o controle de um satélite da constelação da Starlink após a ocorrência de uma anomalia técnica, fazendo com que o equipamento passasse a perder altitude e iniciasse um processo de reentrada na atmosfera da Terra. Segundo a empresa, o satélite não representa risco para a Estação Espacial Internacional (ISS) e deve se desintegrar completamente ao atravessar a atmosfera nas próximas semanas.

O episódio ocorreu poucos dias depois de a companhia relatar um quase acidente envolvendo um satélite chinês, o que voltou a chamar atenção para os desafios da operação em órbita baixa da Terra. A região, cada vez mais disputada por empresas privadas e agências governamentais, concentra um número crescente de aparelhos dedicados principalmente a serviços de internet espacial.

O que aconteceu com o satélite da Starlink?

De acordo com a SpaceX, o satélite identificado como Starlink 35956 apresentou uma falha grave que incluiu perda repentina de comunicação, redução de altitude e a liberação de material do sistema de propulsão.

A empresa também mencionou a ejeção de um pequeno número de objetos rastreáveis, com baixa velocidade relativa, o que indica que houve algum tipo de evento energético anormal a bordo.

On December 17, Starlink experienced an anomaly on satellite 35956, resulting in loss of communications with the vehicle at 418 km. The anomaly led to venting of the propulsion tank, a rapid decay in semi-major axis by about 4 km, and the release of a small number of trackable…— Starlink (@Starlink) December 18, 2025

Segundo a empresa de monitoramento espacial Leo Labs, os dados de radar sugerem que o incidente foi provocado por uma “fonte energética interna”, descartando, ao menos por enquanto, a hipótese de colisão com outro objeto. Após o evento, sensores detectaram dezenas de fragmentos próximos a ele, reforçando a possibilidade de uma falha estrutural ou explosão localizada.

O incidente aconteceu a cerca de 418 quilômetros de altitude, uma faixa considerada especialmente sensível por concentrar grande parte das operações em órbita baixa.

Por que a órbita baixa preocupa especialistas?

Milhares de objetos disputam espaço na órbita baixa da Terra (imagem: SpaceX)

Mais de 24 mil objetos — entre satélites ativos e detritos espaciais — são monitorados nessa região ao redor do planeta. A expectativa é que esse número cresça de forma acelerada nos próximos anos. Estimativas indicam que, até o fim da década, cerca de 70 mil satélites possam estar operando nessa mesma faixa orbital, impulsionados por megaconstelações como a Starlink e da Amazon Leo.

Esse adensamento aumenta significativamente o risco de colisões, que podem gerar ainda mais fragmentos e provocar reações em cadeia difíceis de controlar.
Satélite da Starlink perde controle e entra em rota de reentrada na Terra

Satélite da Starlink perde controle e entra em rota de reentrada na Terra
Fonte: Tecnoblog

Teste de velocidade de internet Simet ganha nova versão

Teste de velocidade de internet Simet ganha nova versão

Novo site do Simet aposta em mais ferramentas educativas (imagem: reprodução/NIC.br)

Resumo

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) lançou uma nova versão do teste de velocidade de internet Simet, originalmente lançado em 2011. O novo medidor vai além dos números de download e upload, explicando ao usuário se a conexão é suficiente para tarefas como trabalho e entretenimento.

O NIC.br é o braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), uma entidade sem fins lucrativos que coordena e integra as iniciativas de serviços de internet no país. É o mesmo órgão responsável, por exemplo, pelo registro de domínios terminados em “.br” e pelos Pontos de Troca de Tráfego (IX.br) que garantem a infraestrutura da rede nacional.

App avalia internet para uso diário

Ao contrário dos velocímetros tradicionais, que destacam apenas as taxas de download e upload, o novo Simet foca na “tradução” desses dados para o cotidiano.

O sistema cruza as métricas técnicas (como latência, jitter e perda de pacotes) com os requisitos reais de diferentes aplicações. Após o levantamento, o sistema informa se a rede está adequada para trabalho remoto, educação a distância (EAD), jogos online ou streaming de vídeo.

Simet demonstra se velocidade é útil para diversas atividades (imagem: Felipe Faustino/Tecnoblog)

Histórico e disponibilidade

Além do diagnóstico instantâneo, a ferramenta permite que o usuário acompanhe a evolução da qualidade da sua conexão ao longo do tempo. É possível salvar os resultados e comparar o desempenho em diferentes locais, como “casa”, “trabalho” ou “faculdade”, criando um registro histórico que pode ajudar na identificação de problemas.

Por ser uma ferramenta mantida por uma entidade setorial, o Simet promete isenção comercial nos resultados e não exibe publicidade. Além disso, os dados anonimizados coletados pelos testes ajudam o próprio NIC.br a mapear a qualidade da infraestrutura de telecomunicações em diferentes regiões do país, servindo de base para estudos e políticas públicas.

A atualização também ampliou o suporte do medidor. A ferramenta está disponível para navegador web e em apps nativos para dispositivos móveis (iPhone/iOS e Android) e computadores (Windows, macOS e Linux).
Teste de velocidade de internet Simet ganha nova versão

Teste de velocidade de internet Simet ganha nova versão
Fonte: Tecnoblog